terça-feira, 18 de outubro de 2011

Tantchen - Capítulo 13 - Pain Of Love

As semanas foram se passando, Bill e Fabrícia se encontravam pelo menos duas vezes por semana em algum hotel bem longe do bairro, faziam amor ou apenas conversavam e jogavam conversa fora. E a cada encontro era mais difícil se vestirem e dizer adeus, a despedida era sempre triste e os beijos sempre era um convite a mais cinco minutos de prazer. E no caso dos dois não era só sexo, era mais cinco minutos de carinho, às vezes nem trocavam uma palavra sequer apenas ficavam abraçados por segundos... Minutos...

***

-Gust nossa você toca bateria muito bem. - Lorena o elogiou um dia à noite em um ensaio da banda.
-Porque você não aprende a tocar, eu te ensino. - Gust sugeriu com um brilho no olhar.
-Não sei se levo jeito para essa coisa. - Lorena disse fazendo uma careta.
-Tente!  – o loirinho de óculos apenas disse. –Quer começar hoje? Agora?

Vendo a cara de assustada de Lorena Gust saiu do banquinho e pediu para ela sentar. Ele começou a lhe ensinar primeiramente o básico.

-Você leva jeito, sabia?

Lorena sorriu e ali ficaram treinando os movimentos. Bill desceu as escadas pegou uma cerveja no frigobar e não pode perder a oportunidade.  

-Isso aí, Lorena se você tocar direitinho terá um lugar na banda. O melhor professor você tem agora é treinar todos os dias e ir pegando a prática.

Os dois sorriram para ele e Bill foi se juntar a Georg que estava afinando o baixo.

-Bela tentativa, Bill! - Ge disse sem olhá-lo.
-Bela tentativa? - Bill perguntou sem entender.
-Fazer o Gus conquistá-la pra largar do seu pé, para ela não sofrer quando descobrir que você esta traçando a mãe dela.
- Ge... Você devia abrir um consultório de psicologia assim não me encheria tanto o saco e depois não traço... Nosso lance é muito mais que isso.

Georg apenas riu do amigo que saiu de perto e foi afinar o microfone.

-Cadê o Tom? – perguntou Gus para o outro gêmeo.
-Esta lá em casa com a Alexia. Ele esta mostrando umas músicas para ela.
-Seus pais estão em casa? – Gustav perguntou.
-Não, estão no restaurante.
-Hum... Então estou vendo que ele vai mostrar muito mais que algumas músicas para ela. - Georg disse.
-Cuidem da vida de vocês e Ge além de abrir um escritório de psicologia abra uma revista de fofoca... Aff e depois dizem que mulher que é fofoqueira.

Tom, Alexia, Katy e mais alguns amigos chegaram no porão para ver o ensaio da banda.

-Nossa você se deram conta que daqui um mês estamos de férias da escola e da faculdade? – disse Katy para Ge.
-Graças a Deus. – Ge apenas revirou os olhos.
-O saco é ficar em casa sem fazer nada, tédio total. A maioria do pessoal viajava um pra cada lado.
-E porque não viajamos todos para um mesmo lugar esse ano? – sugeriu Gustav. –Eu pego férias no trabalho daqui a 20 dias poderíamos ir ao meio de Dezembro, pois daria tempo de voltarmos para o Natal e passarmos com a nossa família, o que acham?
- Boa idéia. - concordou Georg.
-Minha mãe nunca deixaria. –disse Lorena.
-Nem a minha. - disse Alexia. -Não tenho dezoito anos ainda, acho que Lory e eu somos as únicas que não temos dezoito anos aqui.
-Pedimos para a mãe de vocês. E afinal podemos ir para a minha casa de veraneio, minha mãe fica lá Dezembro e Janeiro, se a mãe de vocês não deixarem peço para ela ir falar com elas. Quantos aqui topam em ir? - óbvio que todos levantaram as mãos. Gus começou a contar.
-Ok já vou deixar minha mãe avisada que esse ano ela terá 13 hospedes. Podemos ir ao dia 15 e voltarmos no dia 23 de dezembro.

Todos presentes concordaram Lorena se mantinha calada não sabia se a mãe deixaria.

-Você vai Bill? - Lorena se aproximou de Bill.
-Não sei Lory, preciso ver como vai ficar o restaurante. É a época mais cheia e não quero deixar meu pai na mão.
-Mas, Tom disse que vai com certeza.
-Ahhh isso não tenho dúvidas, mas Tom é Tom e eu sou eu, somos muito diferentes mesmo sendo gêmeos idênticos.
-Eu percebi. Você é mais maduro, mais responsável, mais... Mais lindo!
-E aí Lory, esta gostando de aprender bateria? - Bill mudou de assunto.
 -Bill você não gosta de mim? Porque você sempre esta me evitando? O que eu te fiz?
-Lorena eu gosto de você, mas não sei se é do jeito que você gostaria.
-Porque sou muita nova? Olha meus pais...
-Eu já sei a história dos seus pais e acho linda... Não é a idade. Até porque te acho uma garota incrível e muito “adiantada” para a sua idade.

Lorena se aproximou dele e tentou beijar sua boca. Bill se levantou e disse:

-Não faça mais isso, já disse que entre nós não rola mais nada além de amizade. - Bill era doce em suas palavras para não magoar Lorena.- Lory eu queria te pedir que não alimente esperanças. Arrume um namoradinho e seja muito feliz.
-Entendi Bill, mas não vou desistir, não vou desistir tão cedo de você. Galera estou indo embora já vou pedir para a minha mãe sobre a viagem.
-Quer que eu vá com você agora e peça para ela, Lory?
-Não Gus, vou sondar primeiro ai se ela falar não você pede, ok?

Lorena baixou a cabeça e saiu do porão. Bill se sentiu horrível, mas não podia dar nenhuma esperança para Lorena.

Lorena chegou em casa e viu sua mãe no quarto assistindo TV, Fabrícia a viu entrar e bater a porta com tudo, Fabrícia se levantou e foi no quarto da filha.

-O que foi, Lorena? – Fabrícia perguntou abrindo a porta do quarto da filha.
-Nada. Deixe-me sozinha.
-Filha, você esta chorando. O que aconteceu?
-Mãe, me deixe em paz! Queria que meu pai estivesse aqui, porque ele não esta aqui agora?Por que?
-Todos queríamos, Lory... Todos queríamos.

Fabrícia se levantou, saiu do quarto e deitou na sua cama e se permitiu chorar.
No outro dia quando levou a filha para escola tentou falar com ela, mas ela mais uma vez não quis falar sobre o assunto.

Ela só foi descobrir o que tinha acontecido numa tarde que foi para um hotel com Bill depois de fazer amor estavam deitados na cama e ele lhe contou que Lorena chegou para perguntar sobre seus sentimentos para com ela e ele foi sincero.

-E ela disse que não ia desistir de você? – Fabrícia perguntou.
-Sim ela disse. – Bill respondeu vendo a cara de preocupação dela. -O que foi? Por que essa carinha?
-Ela chegou chorando em casa. O que você falou para ela?
-Eu disse que eu a achava incrível, mas que nunca passaria disso, de simples amizade. E outra, ela tentou me beijar.
- Tentou? Coitada da minha filha tão nova e já sofrendo por amor.
-Fabrícia pelo amor de Deus que sofrendo por amor, será que ela já sabe o que é sofrer e o que é o amor? 
-Sabe sim Bill, eu com a idade dela já namorava o Bernardo e...
-Ta...Ta. Eu sei dessa história, cansei de ouvi-la... Merda. – Bill levantou com raiva da cama e foi para o banheiro.

Fabrícia bufou foi até ele no banheiro e o abraçou por trás.

-Bill me entenda é minha filha.
-Eu sei Fabrícia, pra mim é muito difícil também. Não é só você que sofre, só que não quero ficar ouvindo da sua vida com Bernardo. Eu tenho dó dela também, mas eu te amo e não posso fazer nada. Não posso, não dá! É impossível, estou envolvido demais com você!  Será que dá para você entender? Ou você gostaria que te deixasse e começasse a namorar a Lorena?

Bill a olhou e conseguiu decifrar a resposta no olhar de Fabrícia.


-Nem fodendo, Fabrícia... Nem fodendo. Nem pense nisso, nem pense nessa merda. - ele passou por ela com ódio e começou a se vestir.

Ela o olhou com os olhos cheios d’água, ele a olhou com uma mistura de dor e raiva, fechou a porta do banheiro, tomou um banho e quando saiu para se vestir ele já não estava mais lá. Ela sentou na cama ainda enrolada na toalha e chorou.
Na sexta feira da mesma semana Fabrícia estava no computador resolvendo alguns problemas e falando com uns clientes quando Bill a chamou no MSN...

Postado Por: Grasiele

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