sexta-feira, 18 de maio de 2012

Bonequinha De Luxo - Capítulo 14 - O primeiro show

 Narrado por Bill

Uma semana tinha se passado e a Maia estava animadíssima com as gravações da banda dela, a "The Sour Ladies". Quando perguntei para ela porque tinham colocado esse nome na banda, ela respondeu:

– Gosto da sonoridade da palavra "Sour" - Ela fez biquinho quando disse a palavra. - e além do mais, as meninas são umas "Ladies", já que são inglesas.

– É, mas "Sour" é azedo em inglês. - Eu respondi. - E você não é azeda.

– Ah, mas de manhã, a Jade faz jus ao nome. - Ela respondeu, sorrindo.

Eu esperei as gravações do CD delas terminarem para as duas bandas (Tokio Hotel e a The Sour Ladies) saírem juntas. O Tom, óbvio, ficou encantado pela Charlie. Georg ficou arrastando asa para cima da Roxy e o Gustav tentava se aproximar da Jade, mas, como ela raramente dava atenção para ele, então, os dois estavam quietos. E eu... Bom, estava sentado do lado da Maia, segurando a mão dela. A Roxy perguntou, me olhando, depois que trouxeram os nossos pedidos:

– Afinal de contas... Por que estamos aqui?

– Eu tive uma idéia e queria saber a opinião de vocês... - De repente, sete pares de olhos me encaravam. - Eu estive pensando em ajudar as meninas a se promoverem.

– Como? - A Charlie perguntou. Eu percebi para onde o Tom estava olhando: O decote dela.

– Eu ainda não falei com o Jost, mas, acho que se todos nós concordamos, ele libera. - Respondi. Eu sentia que ia apanhar.

– Fala logo, Bill... - O Tom me mandou, desviando o olhar do decote da Charlie por uns instantes.

– E se as meninas abrissem os shows da nossa turnê? - Eu sugeri. Houve aquele silêncio coletivo e, a primeira a falar, para minha surpresa, não foi a Maia, mas, a Jade:

– Espera aí... Essa turnê é só aqui na Alemanha ou por toda a Europa?

– Seria bom se fosse por toda a Europa, que a divulgação delas seria maior... - O Gustav arriscou.

– É, só que a gente não tem experiência em ficar viajando para todos os cantos que nem vocês... - A Jade respondeu, já num tom de censura.

– É, mas, como você vai conseguir a "experiência" se vocês não viajarem com a gente? - O Gustav retrucou. Eu olhei para o Tom e o Georg e nós três percebemos que a Jade estava conseguindo tirar o Gustav do sério, coisa que era um bocado difícil de acontecer, por incrível que pareça. Ainda mais que era uma garota.

– Eu ainda acho que não é uma boa idéia. - A Jade respondeu. O Gustav cruzou os braços sobre o peito e fechou a cara. A Maia disse:

– Jade... Posso falar com você um instante? Em particular?

– Claro. - Ela respondeu. Percebi o tom aliviado da Jade de poder sair dali. As duas saíram da pizzaria e cerca de dez minutos depois, elas voltaram. A Maia estava sorrindo e a Jade respondeu, num tom impaciente:

– Tudo bem. Se quiserem, nós abrimos os seus shows nessa turnê.

Quando fomos embora da pizzaria, perguntei para a Maia, enquanto íamos para o meu carro:

– O que você aprontou, hein?

– Eu? Não aprontei nada... - Ela respondeu, fazendo cara de santa.

– Ah, sei... - Respondi, desconfiado.

O primeiro show da vida delas foi... Estressante. Tanto para elas quanto para nós quatro, que tivemos que agüentar quatro garotas dando chilique o tempo inteiro. Mas, quando eu vi a expressão da Maia sobre o palco... Todo o nervosismo que eu sempre sentia, pareceu acabar um pouco.

Narrado por Maia

Confesso que nunca, na minha vida inteira, me senti tão nervosa quanto nos momentos antes do primeiro show da nossa banda. À essa altura do campeonato, as fãs do Tokio Hotel já sabiam que eu estava namorando o Bill e eu era a mais estressada entre todo mundo, das duas bandas. Eu estava apavorada de alguém tentar atirar alguma coisa no palco que pudesse me machucar de verdade. Mas, por sorte, quem estava no show, não pareceu se importar muito com o fato de que eu era a namorada do Bill Kaulitz; Pareciam mais interessados era na música e alguns tentavam descobrir quem eram aquelas quatro garotas com estilo "Joan Jett se atracando com Debbie Harry" que estavam abrindo o show do Tokio Hotel. A sensação era tão estranha... Era boa. Parecia que eu estava flutuando. E, depois do nosso show, eu assisti ao show dos meninos de um lugar privilegiado do backstage, cantando e dançando que nem uma louca. O Tom percebeu que eu estava ali, fazendo as danças mais malucas e, depois de me dar uma olhada, ele sorriu de um jeito maroto. O Bill estava distraído com os cartazes que as meninas fizeram e, quando a peste do Tom foi falar para ele que eu estava dançando, fiquei quieta, só batendo o pé. Do mesmo jeito que teria feito, caso tivesse me olhado a tempo, o Bill deu um sorriso igualmente maroto. E, quando nos encontramos nos camarins, a Jade estava brincando com as baquetas sobre o braço do sofá e o Gustav deu um olhar de surpresa para ela. De repente, eu percebi que ele ainda não sabia que ela era baterista também. E tudo isso graças à Roxy, que inventou de tocar bateria justo no dia que eles foram ver o nosso ensaio. Eu estava conversando com a Charlie, perto de uma mesa quando, de repente, o Bill me abraçou por trás e me levantou do chão, me dizendo:

– Estou tão feliz por você, puppe.

– Ai, Bill! Me põe no chão! - Eu pedi.

– Desculpa. Mas, eu estou tão orgulhoso. Das quatro, mas, mais de você. - Ele respondeu, me dando aquele beijo.

– Oi! dá para maneirarrem aí? Eu estou comendo! - A Roxy reclamou. Queríamos comemorar o sucesso da banda e tudo mais, mas, como tanto nós quanto os meninos estávamos cansados, acabamos indo para o hotel e a farra foi adiada por um tempo. Eu pensei comigo mesma que, se todos os shows fossem assim... Não ia querer fazer outra coisa pelo resto da minha vida. Só que eu não sabia de alguns... Detalhes dessa carreira.

Postado por: Jhenyfer

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