terça-feira, 22 de maio de 2012

Bonequinha De Luxo 2 - Capítulo 16 - Você realmente me ama? Prove, então!

 Narrado por Charlie

Sexta-feira à noite. Depois da gravação do nosso CD, o Georg e a Roxy foram para a casa, que nem a Jade e o Gustav. O Bill levou a Maia para a casa e, como eu tinha recebido um aviso de umas amigas minhas da Inglaterra que viriam me visitar, eu tinha combinado com elas que iríamos à uma boate. O Tom, como sempre, não gostou e a gente acabou discutindo. Resultado? Bati pé e decidi ir, mesmo se ele tivesse de cara feia para mim. Senti o celular vibrando dentro do bolso traseiro da minha calça e saí da sala, já que os engenheiros de som, o nosso empresário e o produtor do disco estavam ali dentro estavam conversando muito e eu não ia conseguir ouvir uma palavra sequer. Ouvi a confusão do outro lado da linha, tudo ao mesmo tempo:

– Charlotte Marie Spencer! Onde você está? - Ouvi a voz da Caroline, uma delas, me perguntando.

– A gente não vai mais? - Jean, outra amiga, reclamou.

– É bom você ter uma excelente razão para não estar aqui ainda! - Sophia, mais uma das amigas, exigiu.

– Para seu próprio bem, é melhor que você esteja dentro de um táxi, vindo para cá! - A última do grupo, Katharine (Keke, como costumávamos chamá-la), me ameaçou.

– Que isso? - Eu respondi, rindo. - Povo... Me desculpem. Eu me distraí e estou aí em quinze minutos, prometo!

– É bom mesmo! - Ouvi as quatro reclamando.

Voltei para a sala, peguei minha bolsa e me despedi de todo mundo que estava lá, dando um tchau "geral". O Tom estava sentado num canto da recepção e, mesmo que eu o tivesse visto, fiz questão de ignorá-lo.

Narrado por Tom

A Charlie era a única garota que realmente conseguia me fazer "sossegar o facho", como ela mesma dizia, além de conseguir me deixar irritado e, ainda sim, eu ficava na mão dela. Me cansando de ficar ali, fui até o estacionamento da gravadora e, quando encontrei o meu carro, dei a partida e, estava no meio do caminho para o centro da cidade para, aí sim, ir para minha casa, quando, de repente, me lembrei de uma coisa. A Charlie ia me matar, mas, eu não ia deixá-la sozinha, numa boate (Apesar de estar com as amigas).

Quando cheguei lá, dei a descrição da Charlie para o segurança, que me respondeu onde ela tinha ido. Fui andando, pelo meio da multidão até que a vi. A Charlie realmente adorava me tirar do sério. Ela tinha colocado o vestido que sempre me deixava louco; Era azul-escuro, de um tecido fosco, tomara-que-caia, porém, cheio de amarrações nas costas, além de um decote enorme, que revelava cada pedacinho de pele dela. A saia era toda armada, graças à um tecido que parecia renda, porém, era mais duro. E, para piorar minha situação, ela estava usando os cabelos soltos. Uma das amigas dela, Keke, senão me engano, me viu e comentou com a Charlie, que se virou e me viu. Eu estava estático, só observando-a. Ela pegou uma bebida sobre o balcão do bar e tomou tudo de uma vez. Logo em seguida, ela passou, fazendo questão de esbarrar em mim e foi para a pista de dança...

Narrado por Charlie

O safado do Tom veio atrás de mim e, como eu estava fula com ele, sempre me utilizava do mesmo artifício para amansar a fera: Sedução, claro. E foi por isso que eu tomei um copo enorme de vodca pura de uma vez e fui para a pista de dança. De repente, começou a tocar uma música bem... Propícia...

Tonight I'll be your naughty girl
Esta noite eu serei sua safadinha

I'm calling all my girls
Estou chamando todas minhas garotas

We're gonna turn this party out
Nós vamos terminar esta festa

I know you want my body
Eu sei que você quer meu corpo

Tonight I'll be your naughty girl
Esta noite eu serei sua safadinha

I'm calling all my girls
Estou chamando todas minhas garotas

I see you look me up and down
Te vejo me olhando de cima a baixo

And I came to party
E eu vim para festejar

Nessa hora, o refrão começou e, aí que eu comecei a dançar para provocá-lo mesmo, me movendo do jeito mais sensual possível.

You're so sexy tonight I am all yours boy
Você é tão sexy, esta noite eu sou toda sua, garoto

The way your body moves across the floor
O jeito que seu corpo se move no chão

You got me feeling n-a-s-t-y
Você me deixa sentindo "suja"

I might just take you home with me
Eu posso te levar para casa comigo

O Tom me encarava, babando mesmo, e eu sabia que ele estava louco de desejo. Só para torturá-lo um pouco mais, mexi no meu cabelo de um jeito que eu sabia que ele ia ficar para morrer, já que ele adorava. Funcionou e, um cara veio falar comigo. O Tom ficou todo reto, com a expressão fria e nada amigável. O rapaz sussurrava algumas coisas que eu nem sabia direito o que eram, e, quando percebi, o cara estava com os braços em torno da minha cintura e estava beijando o meu pescoço. De repente, eu senti uma mão, que não era a do cara que estava me agarrando, se fechando ao redor do meu braço e me puxando para fora dali. Eu sabia que era o Tom e não protestei. Ele me arrastou até o carro dele e, depois que ele bateu a porta do lado dele, deu a partida no motor e eu só pedi:

– Me leva para aquele parque. Você sabe onde é.

Ele me ignorou completamente, porém, atendeu ao meu pedido. Quando ele desligou o motor, ele me disse:

– Era isso o que você queria? Me testar até ver a que ponto eu ia conseguir me controlar? Parabéns. Você conseguiu.

– Ah, agora então, você sabe como eu me sinto quando você vai ciscar para cima de alguma garota, não é? Eu te amo. Só você que não vê isso. Só você que não percebeu ainda o quanto me magoa, agindo desse jeito!

– Eu também te amo, Charlie.

– Você realmente me ama? Prove, então! Seja fiel. Demonstre que gosta e se importa comigo. Não me trata como se eu fosse só mais uma garota com quem você passa a noite!

Ele suspirou, impaciente e, entendendo o silêncio dele como uma espécie de confissão que só estava comigo por causa da atração física, como sempre era com as outras garotas.

– Eu sabia. - Respondi, baixo. - Me leva para a casa, por favor.

– Não. - Ele respondeu.

– Tom, por favor! - Eu pedi, já sentindo as lágrimas caindo.

– Posso me explicar?

– Para quê? Vai tentar me prometer coisas que nós dois sabemos que você não vai conseguir cumprir...

Mesmo com minha reclamação, ele me disse:

– Tudo isso é novo para mim e você sabe disso. Eu nunca me envolvi tanto assim com uma garota. Tenta entender...

– Eu estou tentando. Só que vai chegar num ponto que eu não vou conseguir mais suportar isso. - Eu falei.

– Me dá uma última chance, por favor. - Ele pediu. - Se eu não aproveitar, eu me afasto de você para sempre.

– Você sabe que não vai ser possível...

– Eu sei. Por favor, Charlie... Me deixa tentar uma última vez.

Suspirei e senti os dedos dele encostando no meu rosto. Ele se inclinou na minha direção e beijou o meu rosto.

Pouco tempo depois, nossas bocas se encontraram, o beijo que estava acontecendo era calmo, porém, sensual, e, vendo que eu não iria agüentar por mais tempo, interrompi o beijo e olhei para o banco de trás. O Tom perguntou:

– O que foi?

Mordi o lábio e sorri. Logo em seguida, passei para o banco de trás, sem sair do carro e, logo, ele veio também. O espaço era pequeno, mas, ainda sim, era melhor do que ficar no banco da frente, toda reta e incômoda. Ele passou os lábios sobre a minha bochecha, bem de leve, e, quando chegou perto da minha orelha, sussurrou, me deixando arrepiada:

– Você me deixa louco...

E, logo, mordeu o lóbulo da minha orelha. Eu puxei a camiseta dele para cima e, no instante em que o eu vi, meus dedos percorreram cada milímetro do abdômen dele, que estremeceu com o meu toque. Não consegui refrear um sorriso e ele, percebendo, me falou:

– É assim, né? Vou te ensinar uma lição...

A mão dele foi passeando pela minha perna até chegar no elástico da minha calcinha. Senti que ela deslizava para baixo e, quando eu estava só de vestido (Meus sapatos estavam na frente - Salto alto realmente me mata!) senti os dedos dele escorregando para a parte interna das minhas coxas e, logo em seguida, tocando o centro da minha intimidade de um jeito tão... Provocante que eu não conseguia controlar os gemidos. Com a outra mão, ele dava um jeito de se livrar do vestido, e, para ajudá-lo, peguei a mão dele e mostrei o zíper que tinha ali do lado e ele o baixou. Num minuto que eu já não estava usando mais nada, a mão livre dele alcançou um dos meus seios e a outra foi substituída pela língua. Quando eu não estava mais agüentando, e, arfando e a voz já falhando, implorei para que me fizesse dele. Em pouquíssimo tempo, ele se posicionou e as investidas começaram. Sem perceber, eu enterrava as minhas unhas no braço dele, que parecia não se importar. Chegamos ao orgasmo juntos e, por fim, o senti me beijando, carinhosamente.

Naquela noite, fomos para a casa dele e eu acabei dormindo lá. Na manhã seguinte, acordei com um anel sobre a palma da minha mão e, como ele estava me observando perguntei:

– O... Que significa esse anel?

– O meu compromisso de fidelidade com você. Eu acho que ainda é meio cedo para pensarmos em casamento.

– Eu concordo. - Respondi, entregando o anel para ele, que perguntou:

– Por que você está me entregando o anel?

– Porque eu quero que você o coloque no meu dedo. - Respondi. Ele o fez e, depois, beijou o anel e as costas da minha mão. Ficamos ali durante um bom tempo e, entre um beijo e outro, conversávamos um pouco, fazíamos planos... Eu começava a acreditar que o Tom estava realmente mudando. E esperava que ele não disperdiçasse a última chance que eu tinha dado para ele...

Postado por: Grasiele

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