terça-feira, 22 de maio de 2012

Bonequinha De Luxo 2 - Capítulo 12 - Volta para a casa

 Narrado por Georg

Tínhamos acabado de chegar à Índia, estávamos registrados no hotel e tudo mais, quando de repente, percebi que a Roxy estava fazendo uma careta. Fui até ela e perguntei:

– Roxy... O que você está sentindo?

– Um pouco de dor, como se fosse uma cólica. - Ela respondeu.

– Acho melhor eu te levar para o hospital... - Falei. Talvez, por estar morrendo de dor, ela não quis discutir. Chegamos lá e os médicos fizeram vários exames. Por fim, me disseram que a gravidez da Roxy era de risco e seria melhor para ela, voltar para a casa, o mais rápido possível. Voltamos para o hotel e, como todo mundo se opôs a continuar a viagem sem nós, voltamos para a Alemanha.

Assim que chegamos em casa, a levei até o nosso quarto e a Roxy reclamou, quando eu a fiz se sentar numa poltrona que tinha perto da janela:

– Georg... Eu não sou feita de porcelana!

– É, mas, está tão frágil quanto. - Respondi. Eu a ajudei a ir até a cama e, quando ela se deitou, fiquei do lado dela e, passando a mão sobre a barriga dela, começando a ficar saliente, perguntei:

– Você acha que é um menininho ou uma menininha?

– Eu acho que vai ser uma menina...

– Sério?

Ela sorriu e respondeu com um "Aham".

– Seria... Cedo demais para a gente começar a pensar nos nomes?

– Por quê? Você já tem algum em mente?

– Já. - Eu respondi.

Ela se virou para o criado mudo, abriu a gaveta e tirou um bloco e pegou uma caneta que estava ali em cima. Ela fez um risco no meio da folha e escreveu "Menina" de um lado e "Menino" do outro. Ela pediu:

– Vamos lá. Diga tudo e não me esconda nada.

Eu sorri e comecei a ditar os nomes para ela.

– Olivia... É um nome bonito... - Ela respondeu, enquanto escrevia o nome que eu acabara de sugerir. - Olivia Listing... É. Soa bem.

Eu sorri e perguntei para ela:

– E você? Tem algum nome que gosta mais?

Ela pareceu pensar por alguns instantes e respondeu:

– Agora não me lembro de nenhum. Mas... Se eu lembrar, anoto aqui. Ah! E vamos pedir ajuda para o povo, pode ser?

– Pode. - Eu falei, dando um beijo sobre a barriga dela.

Narrado por Roxy

Eu nunca podia imaginar que a recomendação de "Repouso Absoluto" que o médico me fez, assim que chegamos à Alemanha, significasse ficar de pernas para cima (Literalmente), engordando a ponto de o Georg ter de me rolar para fora da cama, quando eu precisava ir ao banheiro, por exemplo, ser mimada por praticamente todo mundo que ia nos visitar, desde... O Tom, passando pelas minhas amigas, e chegando na mãe do Georg. Era simplesmente bizarro ser tão mimada e, isso sem falar que os meninos (Sem exceções) estavam conversando com minha barriga. Quando eu completei os nove meses de gestação, eu estava assistindo televisão, com o Georg do meu lado, logo depois de ter devorado uma pizza e perguntei para ele:

– Por que diabos as grávidas engordam tanto?

Ele me olhou com uma cara de "Do que você está falando?" e eu pedi:

– Seja sincero e eu juro que não vou brigar com você. Eu estou bonita, por um acaso?

Ele continuou me olhando, sem entender e falou:

– Você está inchada.

– Nossa... Que coisa mais... Romântica de se ouvir! E eu te perguntei se eu estava bonita e não inchada.

– Você está fofa. - Ele respondeu, rindo ao ver que eu estava entrando na brincadeira dele.

– Ah, obrigada pela parte que me toca... A grande vantagem de ser homem é que vocês não podem gerar uma criança, porque iam morrer com a dor do parto.

– Além do mais, elas sairiam por onde? - Ele perguntou, dando o sorriso fofo que eu amava.

– Quer mesmo que eu responda?

– Não, obrigada. Prefiro não imaginar.

– Georg... Halllo! Já ouviu falar em uma coisa chamada "Cesariana"? Tudo bem que não é bom, mas... Seria uma alternativa para um "grávido" dar à luz.

– Só você mesmo para pensar esse tipo de coisa. - Ele respondeu, rindo.

– E você não respondeu à minha pergunta...

– Sinceramente? Você está irresistível.

– Ah, sim... Meus peitos estão com o triplo do tamanho, junto com minha bunda e as minhas coxas...

– É por isso mesmo. Você é magrinha demais.

Olhei para ele, chocada.

– Quer dizer que... Você está me achando mais bonita atualmente porque eu estou enorme?

– Em termos... É.

– Eu sei que vou me arrepender amargamente de perguntar isso, mas... Por quê?

Pela cara que ele fez, eu sabia que ia vir merda por aí.

– Normalmente, você é magrinha. Quase não tem aonde apertar. Você é... Tipo uma versão feminina do Bill.

Eu olhei para ele, estarrecida. E ele percebeu o que disse e falou:

– Nossa... Que coisa mais... Gay. Enfim... Se eu fosse escolher entre uma modelo e uma garota da Renascença... Ficaria com a segunda opção.

– Então... Isso é uma indireta para que eu engorde, depois que eu me recuperar do nascimento do nosso filho?

– Eu não diria indireta. Seria uma... Sugestão.

– Ah... - Respondi. De novo, uma curiosidade mórbida tomou conta de mim: - Ge...?

– Hum? - Ele perguntou, desviando o olhar da televisão para mim.

– Por que você ficaria com a garota renascentista e não a modelo?

– Porque a garota renascentista tem onde pegar e apertar. E a modelo... A mão aperta os ossos. É melhor na hora de...

Eu realmente não podia esperar outra resposta dele. Ainda mais que ele tinha, praticamente o tempo inteiro, a companhia do Tom.

– Rox? - Ele me chamou.

– O que foi? - Perguntei, desviando meu olhar, do mesmo jeito que ele fez comigo.

– Você vai querer fazer chá de bebê?

– Por quê?

– Curiosidade, mesmo.

– Ah... É bom, né? - Respondi. - Ainda mais que, se a gente for comprar tudo, vai ser uma despesa enorme.

– Bom... Por mim, se quiser fazer, tudo bem. E senão quiser... Não tem problema. - Ele falou.

– A gente deveria ter feito há um tempinho atrás... - Respondi, pensativa. - Vai que... Sei lá... Ele ou ela resolve nascer em cima da hora?

– É. Ia ser engraçado. - Ele respondeu. - Imagina. Você está abrindo um dos presentes, toda "Olha, Ge! Um patinho de borracha!" - Ele imitou meu tom de voz. - "Espera aí... Tem alguma coisa acontecendo aqui dentro. Ah, sim... Ge... Está na hora. Nosso filho ou filha está nascendo!".

E para finalizar, ele deu um gritinho agudo. Bati de leve no ombro dele e falei:

– Você é bobo mesmo, hein?

Ele riu e eu falei:

– Bom... Já que vamos fazer o chá atrasado e não sabemos ainda o sexo do bebê... Sugiro que a gente faça depois que já estivermos com ele ou ela nos nossos braços. Mesmo porque, vai ficar mais fácil para, quem quiser dar roupinha, escolher melhor. Apesar do que, eu acho um absurdo aquela história que "Rosa é para menina e azul é para menino". Isso é a maior frescura...

Ele riu e concordamos que o chá seria feito depois do nascimento dele ou dela. Como a gravidez estava acabando comigo, não demorei para dormir. Eu estava tendo oscilações terríveis de humor, comia o triplo do que de costume, não parava de ir ao banheiro um segundo sequer, isso sem falar nesse sono. Detalhe que, se o Georg que era expert em encostar em um cantinho e dormir dali a três segundos, estava mais acordado que eu. Pior é que, por causa do meu tamanho, eu nem podia mais dormir abraçada com ele. Eu estava dormindo de lado, sonhando que eu estava com o Georg, num campo de margaridas, com uns... Nove filhos, todos eles com os olhos verdes, da cor de esmeralda. Pior é que ele tinha os olhos verdes claros. E o tom de verde dos meus olhos era mais puxado para o azul. Parecia um daqueles retratos de famílias americanas. Era... Assustador me ver rodeada por nove crianças.

– Georg... - Eu falei, batendo no braço dele de leve, enquanto sentia uma dor no baixo ventre, como se fosse uma cólica mesmo.

Ele resmungou e eu chamei:

– Georg!

Finalmente ele acordou. Porém, não foi com meus cutucões; Foi com o líquido amniótico que tinha caído sobre a cama. Ele perguntou:

– Você... Não conseguiu se segurar?

– Consegui. Só que está na hora!

– Que hora?

– Georg... Presta atenção. - Eu falei, olhando para ele, que tinha acendido a luz do abajur. - Eu estou sentindo as contrações, ficando fortes e estão acontecendo a cada cinco minutos.

– Por que você não me falou antes?

– Porque só agora que elas começaram a ficar insuportáveis! - Respondi, ficando histérica com a dor. Ele se levantou da cama, trocou de roupa o mais rápido que pôde e depois me ajudou a sair da cama e, enquanto me ajudava a ir para a porta, ligou para a mãe dele, que avisou que ia para o hospital daqui a alguns minutos. Ele pediu que ela avisasse à todo mundo. Quando finalmente chegamos ao hospital, ele pediu à primeira enfermeira que me ajudasse. No meio do caminho até o hospital, ele aproveitou que estávamos em um táxi (Ele não estava em condições de dirigir), e ligou para a obstetra, contando que era a hora. A sorte é que ela estava dando plantão naquela noite...

Postado por: Grasiele

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