terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 62 - Epílogo

(Contado pelo Bill)

O dia estava muito frio, e eu havia combinado de me encontrar com o Gustav num café no centro da cidade, para conversarmos um pouco sobre o que faríamos a respeito do próximo álbum da banda. Georg não pôde comparecer, pois estava comemorando dois anos de casamento com a Becca. O Tom tinha seus motivos para também não aparecer, e tive que entender perfeitamente.

Enquanto Gustav não chegava, pedi a garçonete que trouxesse um chocolate quente. Fiquei lendo uma revista, e isso até que estava me distraindo. Algumas garotas entraram no local, reconheceram meu rosto, e resolveram pedir autógrafos e tirar fotos. Eu não tinha nada pra fazer mesmo, e deveria ser o mais educado possivel com elas.

- Obrigada. – disse uma delas.
- Por nada. – respondi.

Meu celular começou a tocar; era Gustav, dizendo que não poderia ir me encontrar.

- Mas por quê? – perguntei.
- A Gabi não está se sentindo muito bem. – respondeu.

Ah claro! Como eu poderia me esquecer da Gabriela? Até o Gustav conseguiu uma namorada! Desde que eles começaram esse namoro, só um nome saia da boca dele “Gabi”. Estava completamente apaixonado por ela, e eu já to começando a perder as esperanças de que encontrarei alguém um dia. Nos despedimos, e logo em seguida chamei a garçonete, para eu poder pagar o que havia consumido.

- Volte sempre, senhor. – disse a garçonete.
- Com certeza voltarei. – disse, sorrindo educadamente.

Me levantei, recolhi meu casaco, e segui em direção a saída. Me distrai, colocando o celular no bolso, e quando cheguei próximo a porta, a mesma foi aberta rapidamente, e bateu com toda força no meu braço.

- Ai meu Deus! – disse a garota, preocupada. – Me desculpe! Eu te machuquei, não é?

Não, imagina. Só... Quase arrancou meu braço. Nada tão grave. Ergui meus olhos, e meus pensamentos mudaram rapidamente.

- Você está bem? – pergunta ela, colocando sua mão em meu braço.
- Estou. – respondi.
- Me desculpe, é que sou um pouco desastrada.
- Não tem problema.

Não dá pra negar, seus olhos eram hipnotizantes. Sem contar que esse jeito desastrada, me conquistou rapidinho.

- Rayssa. – ergueu sua mão pra me cumprimentar.
- Bill. – a cumprimentei, mesmo com o braço doendo muito.
- Ei! Você é aquele cara que toca numa banda, não é?
- Dependendo da banda que esteja se referindo...
- Droga! – disse ela. – Me esqueci o nome. Estava bem aqui na ponta da língua!
- Tokio Hotel?
- Isso! – sorriu. – Eu sabia que o reconhecia de algum lugar.

Fiquei meio receoso, e não sabia se a convidava para tomar alguma coisa, ou simplesmente me despedia.

- Você quer... Tomar alguma coisa? – criei coragem e perguntei.
- Um chocolate quente?
- É... Pode ser.
- Tá legal. – respondeu. – Mas eu pago.
- Eu convidei, então eu pago.
- Você vai se arrepender, porque eu adoro chocolate quente.

Ela era a única coisa que eu precisava pra hoje.

–--
(Contado pela Savannah)

Eu havia acabado de tomar um banho bem quentinho. A televisão estava ligada, e eu tentava assistir ao programa enquanto colocava a blusa. Assim que fiquei pronta, me deitei na cama, e fiquei debaixo do cobertor que não demorou muito se aquecer. A programação não era uma das melhores, então desliguei a televisão, fechei os olhos, e comecei a analisar minha vida.

É incrível como as coisas podem mudar tão rapidamente, não é? A minha vida, por exemplo, mudou completamente em alguns anos. E a mudança mais “radical” aconteceu há pouco tempo. Eu me arrisquei, fiz planos, pedidos, mudei, e finalmente abri minhas asas e aprendi a voar. E claro, Tom Kaulitz. O motivo de toda mudança. Deixei-me escorregar sem querer, caindo no chão. Mudei minha vida graças a um homem. Sem falar que nada disso estava nos meus planos. E agora também tem o meu pai. Ah, como ele faz falta. Como eu gostaria que ele estivesse presente no dia mais feliz, no dia do meu casamento. Como eu gostaria que ele estivesse aqui, agora, me abraçando. Onde quer que ele esteja, tenho certeza que está olhando pra mim. Mas será que se sente orgulhoso com todas as escolhas que fiz? Bom, espero que sim.

- Amor? – ouvi em sussurro. – Está dormindo?

Abri os olhos e me deparei com aquele sorriso exuberante que me tirava o fôlego. O que mais eu poderia querer? Do que eu poderia reclamar, afinal? Eu o tinha, e isso era o bastante.

- Só estava pensando um pouco. – disse.
- Prefere ficar ai deitada, ou vir comigo?
- Ir... Pra onde?
- Você vai ver. – respondeu. – É uma surpresa, e sei exatamente onde temos de ir.
- Já estive lá alguma vez?
- Não, mas é um lugar especial. – acariciou meu rosto, e beijou levemente meus lábios.
- Eu vou gostar?
- Você vai adorar.

Me levantei e coloquei um casaco. Estava curiosa pra saber aonde iríamos, mas o Tom não quis me contar absolutamente nada. E no meio do caminho, ele parou o carro, abriu o porta-luvas e pegou um lenço de cor preta.

- Poderia vendar seus olhos com isso? – me entregou.
- Pra quê?
- Quero que seja uma surpresa.
- Ok.

Achei aquilo meio estranho, mas vendei os meus olhos mesmo assim. Ai a minha curiosidade aumentou. Depois de mais alguns minutinhos dentro do carro, chegamos. Tom abriu a porta, e me ajudou a descer.

- Posso tirar a venda? – perguntei.
- Ainda não. – disse.

Ainda segurando sua mão, fomos caminhando. De curiosidade, aquilo passou pra ansiedade. Paramos.

- Agora já pode tirar. – disse ele.

Por mais incrível que pareça, não fiz isso de imediato. Agora estava meio que com medo do que poderia encontrar. Respirei fundo, e só então tirei a venda. Fiquei sem reação. Não entendi muito bem, mas um sorriso brotou nos meus lábios. Tom estava logo atrás de mim, e disse próximo ao meu ouvido:

- Seja bem vinda a nossa casa.

Não dava pra acreditar naquilo. Levei minhas mãos à boca, e me virei pra ele.

- Essa é... É a nossa...
- Sim. – respondeu. – É toda nossa. Você gostou?
- E-Eu... Eu amei!

Lhe abracei apertado. Depois lhe dei um beijo. Era inexplicável a sensação que percorria meu corpo. Se antes eu estava feliz, agora nem sei mais o que sinto.

- Eu prometo que... Agora a nossa história terá um final feliz. – diz Tom.
- Claro que não!
- Porque não?
- Porque... Eu não quero que tenha fim.

Postado por: Grasiele | Fonte: x

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