terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 59 - Naughty girls need to be punished sometimes...

(Contado pela Savannah)
- É óbvio que você vai embora comigo pra Los Angeles, e a gente vai morar junto.

A reação de qualquer outra garota seria “Ah meu amor, você tá mesmo falando sério?! A gente vai morar junto, depois de um tempo iremos nos casar e ter vários filhos, não é?!”. E acho que a minha seria um pouquinho parecida, tirando a parte “ter vários filhos”. O que eu sempre desejei era poder dividir um lugarzinho com o Tom, e essa até que não seria uma má idéia. Mas confesso que fiquei meio sem saber o que dizer ao escutar isso.

- Diga alguma coisa. – diz ele, colocando a blusa que estava dobrando, dentro da mala.
- Eu... Eu acho que isso pode ser legal, mas... Não estamos sendo um pouco precipitados?
- Savannah – veio até mim, segurou minhas mãos e fixou seu olhar no meu. -, quando é que você vai perceber que o seu lugar é ao meu lado? Passamos tempo demais separados, e está na hora disso acabar.

O sorriso que surgiu nos meus lábios foi incontrolável. Aquilo sim era tudo que eu mais queria ouvir. Lhe dei um beijo, e pouco depois continuamos a arrumar as coisas.

POUCO DEPOIS...

- Pronto. Acho que não está faltando mais nada. – disse, colocando as mãos na cintura, e observando as malas.
- Com oito malas, o que mais poderia estar faltando? – Tom brinca.

Como não havia mais nada meu ali naquela casa, achei que o melhor a ser feito era sair de uma vez daquele lugar. O Tom concordou em passarmos a noite num hotel, e na tarde seguinte pegaríamos o avião de volta para Los Angeles.

Caminhei em direção a mesinha de cabeceira, peguei o telefone, e liguei para um taxista conhecido. Não demorou muito até que ele chegasse. Pedi ao segurança da casa que ajudasse a carregar a bagagem até o porta-malas do carro.

- Sentirei sua falta, senhorita. – disse a empregada.
- Também sentirei muito a sua falta. – fui abraçá-la. – Sentirei falta principalmente daqueles lanchinhos que costumávamos preparar juntas.
- Por favor, não se esqueça de mim.
- Não, nunca. Nunca me esquecerei de alguém que me ajudou tanto.

É, pelo visto não será tão fácil assim como imaginei. Meus olhos marejaram, e segurei as lágrimas. Não queria chorar na frente de ninguém, não agora. Terminei de me despedir, e fui em direção ao táxi. Tom acenou para a empregada, em seguida, entrou.

19 HORAS, NO QUARTO DO HOTEL...
(Contado pelo Tom)

Enquanto a Savannah tomava um banho relaxante, eu andava de um lado para o outro. Daqui algumas horas, as coisas mudariam quase que completamente pra gente. Iríamos passar algum tempo na mesma casa que os meninos, e depois encontraríamos um lugar que fosse a nossa cara. Mas eu não queria que isso acontecesse, sem antes eu fazer um pedido. Sim! Estou pensando em pedi-la em casamento, e não faço a menor idéia de como realizar isto. Não queria que fosse algo simples demais, e também não quero que seja algo que chame atenção desnecessária. Queria que fosse algo... Único. Algo que a fizesse chorar de felicidade. Algo que marcasse nossas vidas. Algo que fosse inesperado e surpreendente. E ai está o problema! O que fazer?

Aproveitei que ela estava no banheiro, e liguei pro Bill. Talvez ele tivesse alguma idéia, ou pelo menos entraria no “desespero” junto comigo.

- Eu não sei! – disse. – Já tentei imaginar inúmeras coisas, e a maioria delas já foi feita por alguém.
- Tipo o quê? – pergunta ele.
- Tipo colocar a aliança na coleira de um cachorro, ou dentro de algo comestível.
- É, isso não tem a menor graça. Clichê demais.
- Preciso de algo que seja surpreendentemente inacreditável.
- Ou seja, quer uma super produção?!
- Bom, eu não queria que fosse muito chamativo. Mas pelo visto, acho que não tem outra saída.
- Olha, a Becca também chegará de viagem amanhã. Ela deve ser ótima nessas coisas.
- Espero que sim.

Ouvi o barulho da porta do banheiro se abrir e imediatamente mudei de assunto.

- Então Bill, amanhã chegaremos ai. – disse. – Não, não sei exatamente o horário, mas não devemos chegar tão tarde... Tá legal. Tchau.
- Estava falando com o Bill? – pergunta Savannah.
- É, ele queria saber quando voltaríamos, e ficou meio surpreso quando eu disse que seria amanhã.

Me sentei na cama, e liguei a televisão. A Savannah ficou parada diante das malas. Acho que não sabia ao certo em qual delas mexer.

- Amor, em qual das malas você colocou os cosméticos?
- Na vermelha. – respondi, enquanto procurava uma boa programação na televisão.
- Ótimo, isso facilitou bastante. – diz ela, com ironia. – Há três malas vermelhas aqui!
- Então abra as três. Com certeza irá encontrar.
- Mas isso vai dar trabalho.
- Trabalho mesmo foi ter que fazer quase um milagre pra essas coisas caberem ai.

Ela abriu uma por uma, e só encontrou o que procurava, na última. E finalmente encontrei algo que prestasse na TV; jogo de basquete. Eu assistia atentamente cada lance que os jogadores faziam, foi quando a Savannah apoiou o pé direito em cima da cama, colocou um pouco de creme nas mãos, em seguida começou a fazer movimentos delicados, para espalhar o cosmético. Aquela cena me fez perder completamente a concentração do jogo. A posição em que ela se encontrava, fazia com que o decote da sua camisola ficasse ainda mais evidente.

- Savannah...
- Diga.
- Você poderia, por favor, parar de me seduzir enquanto passa esse creme?
- O quê? – ela parou, e me olhou.
- Estou tentando assistir ao jogo, mas com você sendo sexy desse jeito, fica difícil. Ou melhor, fica impossível! – ela ri.
- Até parece que vou deixar de passar meu creme só porque você quer ver o jogo. – voltou a ser sexy.

Não. Se ela pensa que pode me provocar e ficar por isso mesmo, está muito, mas muito enganada! Me levantei, indo até ela. Segurei suas mãos, e a fiz me encarar.

- Vai parar com isso, ou...?
- O quê? – me interrompeu. – Se eu não parar, você vai fazer o quê?
- Tomarei medidas drásticas.
- Posso saber que medias seriam essas?

Claro que pode. A joguei na cama de um jeito selvagem, porém, ao mesmo tempo, com cuidado para não machucá-la.

- Garotas desobedientes precisam ser castigadas às vezes, sabia? – disse, com um meio sorriso malicioso.
- Porque não me ensina como uma garota deve se comportar?

E quando ela mordeu os lábios, perdi totalmente a noção. Tirei minha camiseta, e me coloquei sobre ela, beijando-a com todo desejo.

NA MANHÃ SEGUINTE...

Ela dormia como um anjo; a cabeça apoiada no braço, respiração tranqüila, e um leve sorriso nos lábios. Impossível não se encantar com aquela visão. Ao mesmo tempo em que era madura e forte o suficiente para resolver seus problemas sozinha, também sabia ser delicada como a mais bela flor de um jardim. O que eu mais posso querer? Quem mais me faria tão feliz? Quem faria eu me sentir um bobo apaixonado? Ela, somente ela consegue fazer isso comigo. Savannah, a mulher com quem desejo me casar.

Aproximei meu rosto do seu, e lhe dei um beijo na bochecha. Ela se mexeu um pouco. Depois foi despertando calmamente. Abriu os olhos devagar, fechando-os em seguida. Os abriu novamente, até me olhar.

- Bom dia. – diz ela, sorrindo.
- Bom dia. – respondi.
- Há quanto tempo está acordado?
- Não muito. - acariciei seu braço. – E eu poderia ficar aqui, te olhando dormir, por tempo indeterminado. – fiz uma pausa. – É uma pena que tenhamos que viajar, porque por mim, eu passaria o dia inteiro nessa cama com você.
- Adoido, máquina! – diz ela, e começa a rir.

E ai, o momento fofinho e romântico foi para os ares.

- Poxa, eu tava aqui num momento todo romântico e você começa a zoar comigo?!
- Desculpa, meu amor. É que não resisti.
- Depois dessa, eu vou tomar um banho. – me levantei.
- Ah não, continua. – ela também se levanta e vem atrás.
- Não. Você quebrou todo o clima.
- Foi só uma brincadeira!

ENQUANTO ISSO, EM LOS ANGELES...
(Contado pelo Bill)

Hoje o dia não começou muito bem. Apenas o Gustav e eu sentados numa mesa, que antes costumava ficar cheia de gente para o café da manhã. O silêncio estava tão triste, que só ouviam-se os barulhos dos talheres. Esse negócio do Tom e o Georg resolverem viajar na mesma época, definitivamente não dá certo! E quando eu estava prestes a puxar um assunto qualquer com o Gustav, ouço vozes.

- Cadê o pessoal dessa casa?

Gustav e eu nos levantamos rapidamente, felizes da vida, e fomos até a sala para ver quem tinha chegado.

- Até que enfim vocês chegaram, hein? – diz Gustav.
- E vocês ficarão parados ai, ou virão nos dar um abraço? – diz Georg.
- É, venham logo! – diz Becca.

Ah cara! Como esse povo faz falta. “Corremos” para abraçá-los. Só assim pra gente descobrir o quanto os amigos são importantes. Vou ficar torcendo pra eles nunca mais viajarem.

Postado por: Grasiele

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