sábado, 24 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 31 - Eu amo você e tudo que vem de você




Senti Bill me abraçar por trás, a respiração dele no meu pescoço me fez arrepiar.
- Senti tanto a sua falta. – ele sussurrou em meu ouvido apertando a minha cintura.
- Também senti a sua falta. – falei tocando-lhe as mãos grandes.
- Eles são tão lindos como a mãe. – Bill falou suavemente se referindo aos bebês.
- Já eu não diria isso, diria que eles são tão lindos quanto o... – pai? Como eu poderia dizer aquilo se eu não tinha certeza de quem era o pai deles? – Bill, eu quero o DNA. – falei séria o sentindo apertar mais a minha cintura.
- Também acho melhor que o façamos, apesar de ter quase certeza que são meus... – concordou descansando o queixo no meu ombro.
Ficamos assim por um tempo, com ele me abraçando pela cintura enquanto observávamos os bebês dormirem tranquilamente. Até ele revogar a minha atenção... Bill me virou lentamente de frente para ele, me deu aquele sorriso lindo e acariciou o meu rosto me fazendo fechar os olhos.
- Quero que eles tenham os seus olhos. – declarou levando a mão até a minha nuca – Seus belos olhos verdes. – disse antes de me beijar.
Ah, beija-lo era tão bom quanto eu me lembrava e eu não tive forças para resistir ou afasta-lo. Eu estava carente, carente de amor, dos carinhos dele... Era fraca, sabia, mas não conseguia resistir a ele. Bill me beijava sempre de um modo único, era tão bom sentir aqueles lábios sobre os meus que me fazia ir às nuvens. Mas como sempre acontecia entre nós, de um beijo calmo, delicado, ele se tornou intenso, necessitado, de tirar o fôlego. Quando deu por mim, eu puxava fortemente os cabelos pretos dele e me apertava cada vez mais contra ele, querendo me aproveitar o máximo da situação. Começamos a dar pequenos beijos, Bill estava mais controlado que eu, talvez ele estivesse nervoso e quando nos separamos, ficamos nos encarando por um tempo.
- Como você está? – ele perguntou me encarando sério.
- Eu estou bem. – respondi deslizando a minha mão pelo rosto dele.
- Eles estão bem? – olhou para trás de mim, para os bebês.
- Sim... – respondi vendo-o buscar meus olhos novamente – Você não me ligou nem um dia... – falei olhando-o magoada.
- Tom me informou sobre você. Não precisava ligar. – explicou apertando delicadamente a minha cintura.
- Eu queria ter falado com você, ter contado sobre eles. – disse me referindo aos bebês.
- Desculpe. – pediu baixando o olhar – É que nunca achei que seria pai tão cedo, estava com medo. – confessou voltando a me encarar e me dando um mínimo sorriso.
- Não é certeza que eles sejam seus mesmo, precisamos fazer o DNA. – falei sorrindo minimamente também, Bill seria capaz de assumi-los mesmo que não fossem dele?
- E faremos o DNA, mas nem tenho tantas dúvidas assim. – afirmou me soltando e se aproximando do berço de Billie, o mais próximo de nós – Quando os vi pela primeira vez, parecia que estava vendo uma foto minha e do Tom de quando éramos pequenos. – disse cobrindo Billie que devia ter se mexido enquanto dormia.
Não pude conter um ofegar surpreso, como assim ele já estava os assumindo? E mais, os estava assumido só porque estava na cara que eram dele, mas e se não fossem?
- Como pode ter tanta certeza disso? E se não forem seus mesmo? – questionei-o apertando a madeira do berço.
- Julia, – encarou-me dizendo o meu nome de forma doce – eu amo você e tudo que vem de você, mesmo se não forem biologicamente meus, eu ajudarei a criá-los. – disse cobrindo a minha mão com a dele – Eu estava apenas confuso, me desculpe esse tempo todo longe, mas eu precisava de um tempo para pensar e céus, cada segundo que passava ao seu lado eu me segurava para não agarra-la com medo de fazer algo errado. Eu sei que perdi muita coisa, me arrependo disso, mas não me arrependo da decisão que estou tomando, de ficar ao seu lado sempre que me quiser por perto. Eu amo você, não irei abandoná-la e amo essas coisas fofas que você gerou, sejam meus ou não. – afirmou me encarando intensamente.
Não disse nada, apenas aproximei o rosto dele do meu e o beijei com vontade. Eu estava no mínimo encantada com o que ele falou e isso me fez, mais uma vez, pensar no quanto eu o amava e tinha sorte de tê-lo ao meu lado.
Depois daquele dia, Bill desmarcou a viagem que fazia em suas férias, disse que ia ficar comigo e com os bebês. Simone nos deixou dias depois disso, ela precisava voltar para a casa em Hamburgo, devia estar com saudades de Gordon também. Após diversas recomendações para mim, Bill, Layla e Hanna, ela nos deixou. Johan tinha que coordenar um desfile, ia sumir por uma semana. Então ficamos eu, Layla, Hanna e Bill. Tom e Vanessa apareciam quase todo dia, ela tinha que correr para ajudar Johan, mas sempre dava um pulinho em casa junto com o Tom, ele me contou, todo empolgado, que ela estava passando um tempo com ele no apartamento, já que Bill havia basicamente se mudado para minha casa.
Bill aprendeu a segurar os bebês, a niná-los e dar mamadeira quando eles já puderam tomar outro leite, não apenas o meu... Ah, era tão lindinho o ver segurando um deles. Passou-se assim a semana, e a semana seguinte. Então, um mês depois, decidimos que era hora do DNA e com isso, fomos a uma clínica particular e discreta. Foram tiradas amostras de sangue de Bill e Joe, não era necessário tirar de Billie também, como os dois eram pequenos, basicamente recém nascidos, ainda tinham o mesmo DNA. O resultado ficaria pronto em uma semana.

Por: Grasiele

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