sábado, 24 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 28 - Mostrando o exame

Ao chegarmos na mansão do Johan, encontramos o carro do Bill parado na garagem... Ele tinha a intenção de passar a noite lá ou era só impressão minha? Johan olhou para o carro de testa franzida e estacionou um pouco longe do Audi. Ele insistiu em me ajudar a descer do carro apesar de dizer que eu podia fazer aquilo sozinha, mas tudo bem. Entramos pela cozinha e logo eu me perdi na geladeira atrás de um pedaço de torta de chocolate, meu amigo não reclamou, apenas colou uma foto dos babys na geladeira e depois foi saltitante para o ateliê dele provavelmente colar outra no mural.
Sentei-me numa cadeira deixando a bolsa em outra e me pus a comer a torta de chocolate, estava tão concentrada nela que nem percebi passos se aproximando da cozinha, apenas notei que havia alguém comigo quando esse alguém puxou a cadeira do meu lado esquerdo. Ergui meu olhar para encarar a minha companhia, me surpreendi ao ver Bill ali sentando ao meu lado.
- Oi. – falou me encarando.
- Oi. – respondi baixando o olhar para a torta de chocolate.
- Como foi lá? – quis saber.
- Foi bom, meio surpreendedor, mas bom. – respondi colocando a torta na boca.
- Como ele está? – perguntou indicando com os olhos a minha barriga.
Quando eu fui responder que eles estavam bem, Johan adentrou na cozinha com as imagens do ultra-som. Veio direto na mesa e colocou uma das imagens bem no nariz do Bill. Eu me segurei para rir da expressão maníaca no rosto do meu amigo gay, mas foi inevitável, comecei a rir segurando a barriga.
- Olha só o que você perdeu seu insensível! – Johan exclamou esfregando na cara dele a imagem.
- Johan, deixa ele. – pedi em meio ao riso.
- Não, ele vai pagar, perdeu a chance de ouvir dois coraçõezinhos e ver as coisas mais lindas do mundo. Babaca! – revidou ainda esfregando a imagem no nariz dele.
Bill afastou a mão de Johan do rosto e com brutalidade tirou o papel das mãos do meu amigo gay. Ele olhou por um momento a imagem, depois voltou o olhar para mim, desceu para a minha barriga e voltou a olhar para o papel em mãos.
- São dois, gêmeos. – expliquei por causa da cara de interrogação que ele fazia.
- Onde estão? – perguntou virando o papel sem conseguir enxergar nenhum dos dois.
- Que burro, céus, nunca irá conseguir diferenciar um do outro e olha que é um gêmeo. – Johan falou revirando os olhos.
Levantei-me da cadeira e mostrei-lhe os dois delineando-os com o dedo. Depois disso Bill olhou maravilhado para a minha barriga e depois para a foto deles. Ele ficou com uma cara tão boba e fofa que eu quase achei que estava tudo bem entre a gente, mas logo ele tornou a ficar sério e Johan mostrou-lhe o dedo do meio tirando o papel das mãos dele.
Johan me puxou para o meu quarto no térreo dizendo que eu precisava de um banho e de descanso, deixando Bill sozinho na cozinha. Tomei um banho relaxante de depois coloquei a minha camisola, Johan me mandou ficar deitada descansando os pés enquanto ia buscar algo para eu comer... Estava com fome novamente.
Não me deitei, mas me sentei na cama e fiquei olhando as imagens dos gêmeos... Tão fofinhos e pequeninos. A porta do quarto foi aberta, deveria ser Johan com o meu jantar, mas não era ele e sim o Bill.
- O que você quer? – perguntei meio grossa sem querer encará-lo.
- Quero conversar com você, será que não posso? – perguntou se sentando na poltrona ao lado da minha cama.
- Claro que pode. – suavizei mais a minha voz voltando a olhar para o exame.
- Eu sei que não estou sendo um bom namorado e tal, mas não me culpe, se você estivesse no meu lugar ia me entender. – ele falou batucando nervosamente no braço da poltrona.
- Sim, eu entendo que não posso cobrar nada de você. – revidei erguendo meus olhos para ele.
- E tem uma coisa que eu quero saber, mas não sei como te perguntar. – falou meio incerto das palavras enquanto me encarava.
- Pergunte, eu aguento. – falei – Aproveite que eu não estou nos últimos meses, pois a tendência é que eu fique insuportável. – acrescentei sorrindo sem humor.
- Julia... – começou ele. Golpe baixo! Não fale o meu nome – Eu estava me lembrando que, em uma das últimas vezes que fizemos amor, não usamos camisinha... – falou pausadamente.
Tentei me lembrar dessa vez que ele falava... Vinham flashs de nós dois subindo as escadas desesperados, um pega super intenso quando terminamos de subi-la e depois algo muito selvagem na porta do meu quarto. O fato é que realmente não usamos camisinha naquela vez.
- Tem possibilidades desses gêmeos, ainda mais por serem gêmeos, serem meus? – perguntou hesitante.
Possibilidades? Claro que tinham, mas depois do que ele me fez lembrar e não pelo fato de eles serem gêmeos, mas sim porque transamos, uma única vez que tenha sido, sem camisinha. Certeza não dava para ter, mas era uma possibilidade que só podia ser confirmada com um teste de DNA.
- Eu não sei. – respondi – Claro que tem possibilidades, mas não certeza.
- Mas eu quero saber com certeza! – revidou irritado.
- Ótimo, quando eles nascerem peça o maldito teste de DNA ou tire as suas conclusões próprias. – eu me irritei também.
- Hunf, é o que eu farei, o DNA. – disse convicto.
- Faça o que quiser. – disse-lhe elevando um pouco a voz.
Ficamos em silêncio durante um momento enquanto eu acariciava a minha barriga e bufafa de raiva. Bill se levantou e milagrosamente sentou-se ao meu lado na cama, ele pousou a mão sob a que estava na minha barriga e disse algo que eu não esperava.
- Julia, não fique assim... Pode fazer mal para os bebês. – falou próximo do meu ouvido.
Ah, se ele quer me deixar confusa conseguiu, uma hora estamos discutindo sobre a paternidade e depois ele vem querendo dar uma de pai protetor? Poupe-me!
- Hunf, eu ficarei bem. – revidei olhando para o lado contrário que ele estava sentado.
- É o que eu espero. – falou segurando o meu queixo e me fazendo encara-lo.
Confesso que fiquei surpresa com esses atos vindo dele. Fazia tanto tempo que ele não me tocava... E mais, eu fiquei ainda mais surpresa com o que veio a seguir. Bill me deu um curto beijo nos lábios que me fez esquecer que eu estava brava com ele, mas foi curto porque bem na hora que ele parecia querer aprofundar, Johan entrou no meu quarto trazendo o meu jantar. Soltei um muxoxo de desagrado o que fez Bill rir minimamente e me dar um selinho antes de sair do quarto sem dizer uma palavra.

Por: Grasiele

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