sábado, 24 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 29 - Billie e Joseph

Após o dia do ultra-som, Bill ficava mais perto de mim, me acariciava, acariciava a minha barriga e às vezes me beijava. Ele era tão carinhoso e delicado comigo como sempre foi, mas me tratava ainda mais com cuidado por causa do meu estado atual, afinal, eu estava grávida. Johan estava todo feliz porque de certa forma estávamos próximos, ele vivia aos cochichos com Hanna, que também se mudará para a casa dele, e vivia ao telefone com Simone, que sempre conversava comigo sobre a gravidez, afinal eu estava num caso que era bem parecido com o dela quando ela engravidou de Bill e Tom.
Os meses passaram mais rápido do que eu achei que passariam. Minha barriga ficava cada semana maior e cada dia que passava eu sentia umas olhadelas discretas do Bill. Será que eu estava tão horrível assim? Um dia eu me peguei olhando no espelho para ver se estava realmente feia, mas até que não... Por causa da minha alimentação ultra balanceada, eu não estava engordando muito, apenas o necessário para manter os bebês saudáveis e a mim também saudável.
No sétimo mês eu tinha desejos loucos e céus, estava pervertida novamente! O médico disse que era normal, mas mesmo assim, era meio estranho. Johan corria em encontrar o chocolate, sorvete que eu queria, mas às vezes até ia atrás... Até que chegou algo que ele não poderia me dar.
- Eu quero o Bill e um sorvete de baunilha. – pedi um pouco antes do almoço daquele dia.
- Julia, não seja pervertida durante a gravidez, os bebês podem não nascer puros. – Johan me repreendeu – E o Bill chega daqui a pouco, agüente aí.
- Hunf, fala como se eles tivessem vindo de um ato puro. – resmunguei – Quando ele chegar, mande-o para o meu quarto com um sorvete de baunilha. – falei me levantando da poltrona, precisava descansar os pés.
Fui para o quarto e fiquei lá até ele chegar com meu sorvete, coisa que demorou uma meia-hora. Já estava impaciente quando a porta foi aberta e se não fosse ele, é provável que ficasse ainda mais irritada.
Bill sentou-se ao meu lado como eu pedira e trazia o sorvete de baunilha que eu queria. Obriguei-o a colocar um pouco do sorvete na boca e depois o puxei para que me beijasse. Hello, sou uma grávida e preciso que sejam feitas as minhas vontades, tá? Deu que eu comi o sorvete pela boca dele, coisa que foi aproveitada por ambos, porque cá entre nós, Bill tinha uma mão muito boba.
Para o meu desespero, ele e a banda precisaram sair em turnê no oitavo mês e provavelmente não estariam aqui na hora do meu parto. Chorei horrores quando descobri isso, sendo egoísta, mas acabei por ficar mais tranquila quando ele disse que jamais me abandonaria e que, quando voltasse, me traria uma surpresa. Entretanto, tive uma grande surpresa no dia seguinte ao dele ter ido para Milão.
Logo pela manhã, quando Johan e eu fazíamos alguns exercícios, a campainha tocou e a empregada foi atender. Em seguida, desesperada para me ver, Simone Kaulitz invadiu a sala. Ela se desculpou milhares de vezes por não poder ter vindo antes e ficou comigo o resto da minha gestação. Tinha três pessoas para cuidarem de mim, ela, Johan e Hanna.
Exatamente dezessete dias após a chegada dela e dezoito da partida de Bill, eu entrei em trabalho de parto. Johan ficou desesperado e eu ansiosa demais, Simone e Hanna nos acalmaram e a mãe dos Kaulitz nos levou para o hospital após a minha linda governanta ter arrumado todas as coisas que precisaríamos levar.
Três horas depois, após muito suor, força, gritos, um pouco de dor e choros, meus gêmeos, ainda sem nome, nasceram, mas eles foram direto para a incubadora e ficaram por quatro dias lá. Eu tinha vontade de pega-los nos meus braços, nina-los, mas isso só foi permitido no quinto dia, quando ambos já tinham engordado mais um pouco e foram para o berço aquecido que ficava no meu quarto. Nem Simone e Johan haviam visto os pequenos, mas eu havia obrigado os médicos a me levarem até eles... Tão pequeninos e fofinhos, mas me deram boas notícias, eles estavam bem formados e sairiam logo de lá, como eu mesma disse, no quinto dia, após eu ter acordado com Johan conversando com Bill ao celular, que estava evitando falar comigo, e tomado meu café, meus pequenos apareceram no quarto.
Quase chorei, eles eram tão fofinhos e pequeninos que eu estava louca para tocá-los, segura-los. Os dois estavam com os macacãozinhos que trouxemos, um deles usava o verde e o outro o azul. A enfermeira colocou o berço duplo ao meu lado e me deu o menorzinho primeiro para segurar. O bebê mexeu a boquinha e a mãozinha tocando o meu pescoço, oh céus, ele era tão encantador. Eu nunca fui muito boa para nomes, mas naquela hora eu disse Billie tão automaticamente que ficou. Ah, aquilo era tão bom, tão gostoso.
Dei Billie para a enfermeira que o colocou de volta ao berço e me deu o outro. Ele era maiorzinho, mas mesmo assim era pequenino e delicadinho assim como o outro. Oh, os dois me lembravam alguém, mas minha mente estava muito ocupada pensando no nome do maiorzinho... Joseph é muito clássico? Ah, meu Joe! Sim, Joseph para ele. Encontrei o Johan que me observava segurar o Joseph e depois ele moveu os olhos para Billie.
- Quero segurar os dois. – falei para a enfermeira.
Ela sorriu, já deveria estar acostumada com aquilo quando se tratavam de gêmeos. Deu-me o meu outro pequenino e me ajudou a segura-los em meus braços. Estava olhando de um para o outro quando a porta foi aberta e Simone entrou no quarto. Ela sorriu encantada e se aproximou da cama, mas parou a uma curta distância dela olhando perplexa para os bebês e eu. Céus, tinha algo de errado neles? Perguntei me voltando para eles, mas não, os dois estavam bem bonitinhos no meu colo. Simone se aproximou mais da cama um tanto hesitante. Olhou-nos por um momento e parou os olhos por um tempo nos meus gêmeos. Deu-nos um meio sorriso antes de ir ao chão.

Por: Grasiele

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