sábado, 24 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 30 - Coisinhas



A enfermeira agiu instantaneamente apertando o botão de emergência da cama e eu devolvi-lhe os bebês para que ela os colocasse em segurança no berço aquecido. Duas enfermeiras e um médico apareceram no quarto, eles acolheram Simone colocando-a no divã enquanto Johan vinha nervoso para o meu lado. Eu não estava entendendo nada que havia acontecido.
- Por que ela reagiu assim? – perguntei nervosa olhando para o meu amigo gay.
- Não percebeu diva? – questionou ao invés de responder-me.
Fiz que não com a cabeça dando uma breve olhada para os meus pequenos.
- Eles são a cara do Bill. – Johan respondeu para a minha surpresa.
Olhei para os bebês novamente, eles estavam quietinhos, deviam estar dormindo ainda, prestei atenção nos traços deles... A pele de bebê, os olhos lindinhos fechados, o narizinho bem delineado e meio arrebitadinho, a boquinha cheia e também bem desenhada... Céus, a pessoa que eles lembravam não era Trevor para a minha felicidade, mas sim Bill!
- Quero o teste de DNA. – minha voz saiu rouca enquanto observava os dois.
- Claro diva, quando o Bill voltar da turnê, nós faremos o teste... Faremos tudo o que você quiser. – Johan disse tocando o meu ombro.

Simone acordou algumas horas depois, quando eu estava amamentando os bebês. Ela tornou a me olhar admirada e dessa vez não desmaiou, mas veio sentar-se na poltrona ao meu lado e pediu para segurar um dos dois, recebendo Joseph da enfermeira.
- Sempre achei que os filhos de Tom viriam primeiro, nunca pensei que Bill aprontaria uma dessas. – comentou ninando Joseph.
- Tem tanta certeza assim que são do Bill? – perguntei-lhe temerosa.
- Claro que sim! – exclamou em resposta – Senti um déjà-vu quando vi os dois nos seus braços, são tão parecidos com os meus gêmeos quando nasceram. – disse olhando para o pequeno que eu amamentava.
- Eu pensei em fazer o DNA para que tenhamos essa certeza... Tudo bem que eles não me lembram Trevor, mas uma certeza... – falei ninando o pequenino que já estava satisfeito – Bill também me disse que queria o DNA depois de ter se lembrado que talvez eles pudessem ser dele...
- Oh claro, se quiser fazer, façamos! Apesar de já ter certeza que são meus pequeninos netos. – riu brincando com a mãozinha dele.
- Obrigada Simone. – sorri para ela – Agora vamos trocar? Joe precisa de leite também. – falei mais tranquila.
- Já escolheu o nome deles? – perguntou surpresa.
- Sim. Esse é o Billie. – olhei para o bebê em meus braços – E esse é o Joseph. – olhei para o que ela segurava.
Dei Billie para a enfermeira e Simone me entregou Joe para que eu o amamentasse. Ela pediu para segurar o mais pequenino, o que ela pode apenas por uns cinco minutos, ele precisava voltar para o berço aquecido segundo a enfermeira.
Vanessa apareceu mais tarde, toda espevitada como ela é ficou babando nos meus bebês, também me disse que eles lembravam muito o Bill e consequentemente o Tom. Johan voltou mais tarde também, ele havia ido resolver uns problemas de um desfile. Amamentei-os mais um pouco e dormi, acordando com Johan falando ao celular com Bill, que pareceu dar uma desculpa quando meu amigo falou que eu tinha acabado de acordar e desligou o celular.
Deixamos o hospital após uma semana de berço aquecido, até eles ganharem peso suficiente. Confesso que os dois estavam parecendo duas bolinhas de tão fofos que eram. Dessa vez fomos para a minha casa, ficaríamos melhor lá, pois lá já tinha o quarto dos gêmeos já pronto. Eu e Johan trabalhamos nisso o mês retrasado. O quarto tinha ficado tão fofo que eu não me importaria de passar noites e noites com meus pequenos.
Simone contratou uma babá de confiança, uma mulher de uns trinta chamada Layla. As duas eram bastante amigas, então fiquei mais tranquila. Hanna, Simone e Layla ficaram comigo me ajudando no primeiro e segundo mês. Eu queria era mais curtir essa nova fase da minha vida, as passarelas e revistas podiam esperar. Dinheiro? Bem, eu me garantia para o resto da vida dos gêmeos, Helen me deixou uma gorda herança, mas eu tinha também bastante dinheiro do meu próprio trabalho, afinal eu era uma modelo internacional.
Esses dois meses passaram rápido, mas ao mesmo tempo lentamente. Não falei um dia sequer com Bill, era apenas Tom que me ligava, Tom que perguntava dos gêmeos, Tom que conversava comigo. Sempre que ele tinha um tempinho, me ligava para querer saber dos sobrinhos. Dizia-me que Bill sempre perguntava de mim, mas tinha medo de me ligar... Talvez até eu o entendesse, apesar de estar magoada com ele, mas Bill devia estar assustado com a possibilidade de ser ou não ser pai, Johan com certeza havia contado que eles se pareciam com o Bill e com o passar dos meses estavam se parecendo cada vez mais. Claro que eu tinha um enorme medo de perdê-lo, bem acho que já o tinha perdido, mas mesmo assim, não me deixava abalar por muito tempo, Billie e Joe precisavam de mim.
Então, dois meses e alguns dias após a minha saída do hospital, os bebês já estavam com três meses, Bill e a banda voltaram de turnê. Os gêmeos Kaulitz apareceram na minha casa no dia seguinte ao que voltaram para o país. Eu me encontrava na cadeira de balanço ninando meus gêmeos quando eles chegaram. Vanessa, Johan e Simone estavam lá comigo naquele dia também.
Layla os guiou até o quarto que estávamos, ambos cumprimentaram a mãe e depois pousaram os olhos em mim se aproximando hesitante, pelo menos isso da parte de Bill. Mas eles pararam quando já conseguiram ver bem os pequenos. Assim como Simone, eles os olharam meio perplexos, se olharam por um momento e depois se voltaram para nós, me encarando e depois descendo os olhos para os pequenos que ninavam no meu colo. Tom sorriu abertamente e Bill se aproximou mais como se quisesse ter certeza do que estava vendo.
- Então eu realmente sou tio. Haha, isso é ótimo. – Tom comemorou vindo para o meu lado esquerdo olhar Joe que já dormia.
Encarei Bill, ele ainda estava parado olhando os bebês, mas às vezes os gêmeos se encaravam e depois voltavam a olharem abobalhados para os meus gêmeos e às vezes, Bill olhava para o Tom e depois para os pequenos.
- Bill? – chamei-o.
Ele não me respondeu, o chamei novamente até observar ele piscar os olhos e, finalmente, me encarar.
- Está tudo bem? – perguntei receosa.
- Eles são lindos. – afirmou se aproximando de mim, parando do meu lado direito.
- Claro que são lindos, sem contar as pessoas que os fizeram são bonitas, então... – Tom falou sarcasticamente.
Bill ergueu os olhos mortalmente para o irmão, que apenas riu divertido da cara do mais novo.
- O quê? Acha que eu não percebi que a Julia é bonita? Babaca. – disse revirando os olhos para ele – E eu não ia falar que você é feio, somos basicamente iguais, claro que sou o mais bonito, mas mesmo assim... Viemos da mesma célula então nenhum pode ser feio. – deu de ombros.
- Idiota. – Bill falou dando outro olhar mortal para ele, mas logo baixou os olhos para os bebês.
- Então, quem é o Billie e quem é o Joe?– Tom perguntou dando por encerrada a conversa anterior e se concentrando nos pequenos – Identifique essas coisinhas aí. – pediu.
- Joseph é o que está do seu lado e Billie é o que está do lado do Bill. – respondi – E eles não são coisinhas. – acrescentei olhando feio para ele.
- Ah, mães. – revirou os olhos.
- Como sabe quem é quem? – Bill perguntou se ajoelhando para observar Billie melhor.
- Pelo tamanho e as mínimas diferenças. – respondi – Billie é o menor e tem uma marquinha fofa na testa. Joe é maior e tem uma pintinha no pescoço. Sem contar que sou mãe, de alguma forma sei quem é quem. – respondi olhando para cada detalhe que falei e depois o encarando.
- Entendo, acho que com mamãe também foi assim. – disse olhando para Simone que nos observava junto de Johan. Vanessa tinha saído para fazer uma boquinha.
- Uhum. – ela concordou sorrindo.
- Layla, pode me ajudar? – pedi vendo-a entrar com mais fraldas – Eles já podem ir para o berço, já dormiram. – falei.
Ela veio pegar Joe e colocamos ambos em seus berços sob o olhar atento dos gêmeos Kaulitz. Ajeitei a cobertinha de Joe e depois parei para olhar Billie, senti Bill parar ao meu lado observando tudo o que eu fazia.
- Bem, irei fazer uma boquinha com a Nessah, vejo vocês depois. – Tom falou num tom malicioso que me fez rir suavemente.
Layla chamou Simone para ajuda-la com alguma coisa na cozinha, acho que era confirmar o que teríamos de almoço com Hanna. E Johan saiu com o celular em mãos dizendo que precisava fazer uma ligação após ter vindo olhar os bebês dormirem. No final, cada um tinha dado uma desculpa para deixar eu e Bill sozinhos, precisávamos conversar.

Por: Grasiele

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