sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 10 - Início de sentimentos

“Kiss me gently
Always I know
Hold me love me
Don't ever go”

(Trechos da música Hot, da Avril Lavigne)

Assim que nós entramos na sala de mãos dadas, Johan me repreendeu por estar com o batom borrado e um pouco do rimel também borrado. Mas ele não reclamou muito ao ver que eu estava de mãos dadas com o divo dele. Johan soltou as nossas mãos e nos fez voltar para o quarto para acertar o estrago que nós fizemos. Ele reclamou pouco, apenas pediu para que Bill parasse de me comer com os olhos.
Voltamos para a sala de estar e fomos para o lado de Hanz. Ele nos mostrou como seria a pose que faríamos para a foto, pelo menos o que ele tinha pensado. Eu iria segurar com as duas mãos a gola da jaqueta de couro do Kaulitz, o puxando para mim com um ar sedutor e ele, iria apoiar a mão que mal iria aparecer na minha cintura e a outra no meu pescoço. O único problema foi nós fazermos a pose... Ele insistia em me desconcentrar, Hanz acabou ficando um pouco bravo com isso, mas quando finalmente conseguimos fazer a pose para a foto, ele ficou alegre e nos disse que a foto ficaria linda!
Assim que aconteceu o flash, ele me beijou na frente de todos... Hã, nós nos beijamos na frente de todos. Ouvimos a escandalosa risada do Tom e mais um flash disparando, graças a esse flash, nós nos soltamos. Johan me puxou para a última troca de roupas, o biquíni, e Bill foi para o quarto ao lado, colocar a roupa que ele viera. Colocar o biquíni foi rápido, ele era verde com vários riscos pretos, todos sem padrão, e Johan me maquiou novamente. Coloquei um roupão preto por cima, para sair até a pontinha da praia que tinha lá.
Ao sairmos para a beirinha da praia, alguns olhares foram dirigidos para mim. A produção inteira já tinha sido montada lá, e os meninos com a jornalista estavam lá também.
- Ela está maquiada e lindinha! – Johan exclamou atraindo a atenção para si.
- Ah, ela está ótima Johan. – Hanz falou olhando de canto para mim – Vamos então começar.
Hanz pediu para eu ir até onde estava riscado na areia. Marjorie ficou com o meu roupão preto, e eu tremi de frio. Realmente aquele tempo não era mais de praia.
- Agora se deite na areia e apóie-se no braço, olhando pra cá. – pediu.
Fiz exatamente o que ele pediu, assumindo a pose sem nenhuma perturbação, já que era parecida com a que eu fiz no sofá. Sentia os olhos de Bill passearem pelo meu corpo e lancei um olhar para ele de poucos amigos, pois ele me desconcentrava facilmente, logo voltando a olhar para a câmera com sensualidade. O flash aconteceu e estava acabado. Pedi o meu roupão e Bill veio me entregar.
- Podemos conversar? – ele perguntou me observando vestir o roupão, ele estava sério...
- Ahm, tudo bem... Vamos... Vamos dar uma volta pela praia. – respondi.
- Nós vamos dar uma volta. – Bill falou para os outros – Já voltamos.
- Tudo bem. – Johan se apressou a falar – Esperaremos vocês dentro da casa.
Bill me puxou para andar pela margem da praia. Ele estava um tanto sério, mas não ousei falar nada, continuei a andar com ele pela margem, olhando para o pôr do sol que acontecia à nossa frente. Quando ele parou de andar, eu também parei, me virando de costas para o sol, que já sumia e encarei-o.
- O que você queria conversar? – perguntei não agüentando mais aquele silêncio em que estávamos.
Ele demorou um pouco para responder, na verdade ele parecia pensar em uma resposta.
- É que... Não sei ao certo. – ele respondeu para o meu desagrado, entretanto, quando eu ia começar a falar, ele não me deixou – Vou ser sincero, eu não gostei daquele fotografo olhando para você.
- Entendi, você queria um tempo para ficar sozinho comigo e tentar me agarrar de novo. – falei rapidamente.
- Isso também e tem mais. – começou ele – Era só que... Eu gostei de ter vindo no seu ensaio fotográfico.
Eu sorri para ele e lhe dei as costas, deixando os meus pés afundarem na areia molhada e olhando para o pôr do sol. Bill fez exatamente o que tinha feito quando eu estava me olhando no espelho, me abraçou por trás e beijou o meu pescoço.
- Acho que estou me apaixonando por você. – afirmou me apertando.
- Hunf... – resmunguei segurando as mãos dele.
- E você? O que está sentindo? – perguntou ao ver que eu não falaria nada.
Na verdade eu não tinha pensado muito bem sobre esse assunto, enquanto o sol ia sumindo, eu refleti sobre o que ele me perguntará. O que eu estava sentindo? Sabia que o olhar dele me intrigava e que eu gostava que ele me olhasse. Também, que gostava quando ele me tocava, me beijava e me dava carinho como nenhum homem havia feito antes. E mais ainda, eu estava me apaixonando por ele, gostava da presença dele e apesar de termos nos conhecido há tão pouco tempo, se ele se afastasse de mim, eu sentiria falta. Nós estávamos ligados, sem tentarmos nada, sem insistirmos em nada.
- Talvez estejamos indo muito rápido. – falei me virando para olha-lo – Mas se não estivéssemos indo tão rápido assim, talvez nem tivéssemos dado certo. Eu sinto que... Que não quero me afastar de você, pelo menos não agora.
Ele me olhou ternamente, afastou uma mecha dos meus olhos e fez um carinho delicado no meu rosto.
- Eu estou me estranhando. – afirmou seguindo o meu rosto com o dedo – Eu nunca me apeguei a uma pessoa assim em tão pouco tempo.
- Você não é o único a se estranhar. – afirmei me aproximando um pouco mais dele – Eu também estou me estranhando muito. Sem contar que eu não costumo ir para a cama com o primeiro que me dá mole.
- O que? Eu estava dando mole para você? Foi você quem começou... – ele falou segurando o meu pescoço com uma das mãos e apertando-o fracamente.
- Ahm, você está bastante enganado... – falei rapidamente.
- Eu achei que você tinha começado a tentar me seduzir naquele provador lá, quando pediu para eu ajuda-la com o vestido. – disse se lembrando do dia anterior que passamos no shopping.
- Mas... Acho que entendemos tudo errado... Eu ia pedir para o Johan abrir o vestido para mim, mas você estava lá e... – comecei.
Bill me calou colocando o polegar nos meus lábios.
- Não importa, agora estamos juntos e não podemos voltar atrás. – afirmou me olhando.
- É você tem razão. – concordei com ele, o sentindo tocar a minha cintura por cima do roupão – Agora você pode me fazer um favor? – perguntei a ele.
- Claro que sim, o que você quiser. – respondeu-me num tom de malicia.
- Pode fazer a grande gentileza de calar a boca e me beijar logo?
- Se desejo é uma ordem.
E então, ele quebrou a distância entre nossos lábios, me beijando mais delicada e carinhosamente do que das outras vezes. Que aos poucos foi se tornando mais ousado e provocante, mas um tanto diferente. Ele agilmente chegou até o nó do meu roupão, desamarrando-o e tocando delicadamente o meu corpo. Me estremeci a cada toque e não senti frio nenhum e também não fiquei para trás. Minhas mãos se dirigiram para baixo da camiseta que ele usava, tocando a pele macia e branquinha dele.
Separamos-nos pela falta de ar, e aproveitando-se do momento, Bill admirou meu corpo sem pudor nenhum, me comendo pelos olhos. Ele se inclinou em direção ao meu pescoço beijando, mordendo levemente e chupando-o. Parecia um vampiro extasiado para não provar apenas o pescoço e sim ir mais além, acabei rindo baixinho com esse pensamento, atraindo a atenção dele para mim.
- Por que está rindo? – quis saber, apertando a minha cintura por baixo do roupão aberto e me olhando nos olhos.
- Você está parecendo um vampiro. – respondi tocando-lhe delicadamente o pescoço e observando ele sorrir de canto – Agora, será que podemos ir? – por mais que eu quisesse ficar com ele lá, sabia que tínhamos horário, e que a Gretta me esperava para fazer a mini-entrevista para a revista, como Johan havia me informado.
- Claro. – afirmou me puxando pela mão – Assim que estivermos no carro, eu ligo o aquecedor para você... Parece estar com frio.
Ele tinha adivinhado, ou talvez sentisse a minha mão tremer levemente por causa do vento frio do outono.
- Me deixe apenas fechar o roupão e dê uma ajeitada no seu cabelo. – falei dando um nó no meu roupão e dei uma ajeitada no meu próprio cabelo.
Bill passou o braço por meus ombros, me acolhendo para mais perto dele enquanto caminhávamos pela margem da praia como dois namorados. Ao chegarmos na casa, Hanz e sua equipe já tinham ido embora, ficando apenas Gretta, os meninos e Johan nos esperando.
Johan me puxou para trocar de roupa, coloquei a mesma que havia vindo para cá e me arrumei melhor, tirando a forte maquiagem e eu mesma me maquiei levemente.
Gretta me esperava sentada no sofá onde eu tinha tirado as fotos, indicou para mim a poltrona. Sentei-me tranquilamente na poltrona e as perguntas começaram, indo desde os desfiles e fotos até à vida pessoal.
- E a sua relação com Bill Kaulitz? É oficial? Vocês estão realmente namorando? – ela perguntou curiosa, olhando por um longo momento para o Bill e depois para mim.
- Ainda resta alguma dúvida? – perguntei meigamente (falsamente), olhando para ela.
- Então você confirma tudo isso, todos os rumores de que, na noite passada, ele passou a noite na sua casa? – quis saber ela, muito curiosa para o meu gosto.
- As fotos não bastam querida? É necessário que eu diga que passamos a noite juntos? – perguntei cinicamente à ela.
- Sim, sim. Você tem razão. – Gretta concordou comigo sorrindo amarelo – Obrigada pelas fotos, pela entrevista e por ter trazido eles aqui. – agradeceu se levantando.
- Não foi nada. – sorri amarelo para ela também e me levantei, indo para o lado do Bill – Podemos ir agora?
- Claro que sim. – Bill falou como se não tivesse nesse mundo – Está com frio? – perguntei me abraçando com um braço só.
- Um pouco. – respondi me aproximando mais dele.
Seguimos para fora da casa, finalmente estávamos livres daquela jornalista chata e o meu trabalho tinha acabado. Ele abriu a porta para eu entrar no carro, como fizera há algumas horas atrás, só que dessa vez foi mais gentilmente e estávamos em paz. Voltei a olhar para a casa, a jornalista nos olhava curiosa e eu não resisti em provocar. Quem ela pensa que é? Ela estava praticamente dando em cima dele.
Quando eu passei por ele, para entrar na BMW prateada, segurei-o pela gola da blusa e dei-lhe um selinho demorado, entrei no carro esperando ele fechar a porta. Bill demorou um pouco para fechar a porta e quando ele entrou no carro, estava um tanto alegrinho e sorrindo marotamente, acelerou o carro e finalmente partimos para o centro da cidade.

Por: Grasiele

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