sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 11 - Revistas




“Hallo, du stehst in meiner Tür
Es ist sonst niemand hier
Außer dir und mir
Ok, komm doch erstmal rein
Der Rest geht von allein
In Zimmer vier, acht, drei

Hier drinnen, ist niemals richtig Tag
Das Licht kommt aus der Minibar
Und morgens wirds hier auch nicht hell
Willkommen im Hotel”


(Trecho da música Reden)



Dessa vez fizemos o caminho até o centro da cidade ouvindo uma rádio local e comentamos alguma coisa sobre o tempo, pois cada vez baixava mais a temperatura.

Mas eu fiquei curiosa quando ele passou reto o hotel que Johan e eu combinamos que passaríamos a noite. Ele seguiu dirigindo para um bairro nobre.

- Onde estamos indo? – perguntei assim que nos afastamos do centro.

- Para a minha casa, ué? Acha que deixaríamos vocês ficarem num hotel sendo que podem ficar confortáveis em nossa casa? – perguntou me olhando seriamente.

- Mas você e o Tom não vinham visitar a mãe de vocês? – perguntei sem olhá-lo.

- Sim, e que mal tem? Não me diga que está com medo de conhecê-la... – falou rindo.

- Não, não é isso... É só que, achei muito rápido. Você me apresentar para a sua mãe... – falei pausadamente.

- Não se preocupe Julia, a dona Simone é tranqüila. Acho que ela vai adorar conhecer você. – afirmou ele, dizendo pela primeira vez meu nome de um jeito que eu achei diferente.

- Repete. – pedi.

- Acho que ela vai adorar conhecer você. – repetiu.

- Não isso, meu nome.

- Pra que repetir o seu nome? – Bill perguntou erguendo uma sobrancelha e me olhando.

- Apenas repita, por favor.

- Julia. – repetiu ele sem entender ainda.

Eu sorri para ele, o que o fez ficar um pouco abobalhado pelo que eu percebi e mudei o meu olhar para as casas que passávamos. Tinha gostado tanto de ouvi-lo falando meu nome, ele falava de um jeito tão fofo, tão apaixonante.

No rádio, começou a tocar uma música da banda, reconheci a voz dele. Bill me olhou por um momento e começou a cantar baixinho a música, cantando apenas para mim aquela bela música. Paramos na entrada de um portão cinza e esperamos por um tempo, Tom chegar com o seu carro e acionar o controle, para que abrisse o portão, revelando uma bela e ajeitada casa/mansão.

A casa era linda! Toda em detalhes cinza, branco e azul. Tinha uma piscina coberta, um belo jardim com uma fonte lindamente esculpida e a porta de entrada era em marfim, com alguns vidros. Consegui reparar em todos aqueles detalhes porque apesar de estar escuro, todas as luzes da casa estavam acesas.

- Uau, que casa linda! – exclamei admirada.

- Sim, realmente é linda. Dona Simone sempre teve bom gosto. – Bill concordou comigo um tanto orgulhoso.

Ele seguiu com o carro até a garagem e estacionou-o na primeira vaga que achou. Saiu do carro, pedindo que eu esperasse um pouco e foi exatamente o que eu fiz. Observei-o dar a volta no carro e abrir a porta para mim, como um perfeito cavalheiro, estendendo a mão para me ajudar a sair da BMW. Peguei na mão dele sorrindo e sai do carro, ele fechou a porta e pousou a mão na minha cintura, de forma protetora. Os outros estacionaram os carros próximos à BMW e saíram animados.

- Não vejo a hora de ver a Dona Simone! Como será que ela está? – perguntou Johan vindo em nossa direção.

Entramos na casa por uma porta lateral e encontramos uma estilosa mesa de jantar, já arrumada. Uma senhora loira de feições animadas e jovens apareceu, se dirigiu primeiro para o Tom, lhe dando um beijo na bochecha e um abraço, e fazendo isso com o Georg e Gustav, por último agarrou-se ao Bill, beijando-o na testa e abraçando-o.

- Meus queridos! Parece que cresceram mais! Como estão? – ela perguntou – Ah, e nos trouxeram visitas! – exclamou reparando em mim e Johan.

- Simone querida, quanto tempo! – Johan foi para o lado dela, entusiasmado abraçando-a.

- Como vai meu querido? Muito trabalho? – perguntou gentilmente soltando-o.

- Muito bem, e muito trabalho como sempre. – ele respondeu sorrindo – Olha só quem nós lhe trouxemos! – exclamou me puxando de trás do Bill.

- Julia Herz, a famosa miss Alemanha. – ela falou alegremente – É um prazer conhece-la querida, sou Simone, mãe desses dois lindinhos! – exclamou toda orgulhosa apertando a bochecha de Tom e Bill.

- Mãe... – Tom reclamou se afastando do aperto dela.

- Convidamo-os para passarem a noite aqui, não íamos deixá-los ficar num hotel... Importa-se mãe? – Bill perguntou à mãe, se livrando do aperto.

- Oh, claro que não! Fizeram bem em não os deixarem num hotel, imagine só, nossos amigos em um hotel sendo que podem ficar muito confortáveis aqui... – Dona Simone falou concordando com o filho. Realmente, ela era muito gentil como Bill tinha me falado – Vou pedir para colocarem mais dois pratos na mesa e preparem mais dois quartos de hospedes para vocês... À não ser que... – ela olhou para mim por um momento.

Eu sorri muito sem graça.

- Dois quartos mesmo. – afirmei corando.

Ela sorriu gentilmente para mim e se afastou de nós, cantarolando.

- Você conquistou a mamãe... – Tom falou rindo.

- Conquistei? – perguntei-lhe sem entender.

- É, se você tive dito um quarto apenas, ela ia achar que você era uma qualquer... Como você não disse... – ele respondeu ainda rindo.

- Hum... E isso é bom? – perguntei olhando para o Bill.

- Claro que é. Ela adorou você. – ele falou verdadeiramente, pegando a minha mão.

Fomos para o que pareceu ser uma sala de TV. Todos se acomodaram no enorme sofá, deixando uma poltrona de dois lugares para mim e o Bill. Mas ele não me deixou sentar.

- Eu não quero ficar aqui. – ele afirmou me olhando.

- Leve-a para o seu quarto então. – Tom falou rindo malicioso.

- Mas não é que é uma ótima ideia. – ele concordou com o irmão.

- Mas... Mas e a sua mãe? – perguntei olhando-o meio assustada.

- Ela já sabe. – acrescentou sem se importar com a minha pergunta, erguendo um jornal com nós dois na capa, saindo do carro dele em frente a minha casa.

- Ótimo, facilita as coisas. – Bill falou me puxando para fora da sala.

Eu olhei cínica para ele, enquanto o ser sorria. Droga, porque ele tinha que ter um sorriso tão bonito? Julia Herz, segure-se para não babar. Bill era super gentil comigo, e eu não estava acostumada com um homem sendo assim tão gentil comigo... seguimos por um corredor todo enfeitado até um amplo cômodo com uma escada espetacular, subimos até o andar superior. Ele estava extremamente animado me guiando pela casa. Paramos numa porta branca com uma plaqueta branca escrito numa bela caligrafia ‘Bill’, em preto.

- Meu quarto. – ele falou ao abrir a porta e ao acender a luz.

O quarto tinha paredes em tons claros de azul e uma delas estava lotada de painéis com alguns posters da Nena, do Green Day e do Placebo colados. No centro do quarto tinha uma enorme cama de casal com uma colcha simples azul marinho, tinha a entrada para um closet e um banheiro numa parede, na outra tinha uma estante com alguns livros embutida em uma escrivaninha. Do lado, tinha outra estante lotada de CD’s, com um estéreo de última geração, uma TV de plasma e um DVD. Entrei no quarto lentamente, o quarto era no meu ver, um quarto comum. E na mesma parede dos pôsteres tinha uma grande janela de vidro com uma cortina escura. Bill fechou a porta e entusiasmado sentou-se na cadeira da escrivaninha, indicando para mim a beirada da cama, onde eu me sentei.

- É um quarto bonito. – comentei com ele dando mais uma olhada no quarto e voltando o meu olhar para ele.

- Pois é. A maioria das pessoas pensa que o quarto de um músico é uma bagunça e tudo mais... Mas o meu é até bem organizado, tirando o closet. – explicou-me sorrindo.

- Sim, sim... O mesmo digo do meu, apesar de viver correndo de um lado para o outro. – falei – Apesar de sermos famosos e tudo mais, eles parecem esquecer que fomos pessoas normais um dia. – dei de ombros.

- Estou completamente de acordo.

- Sabe, sua mãe é muito legal. – falei mudando de assunto – Se fosse outra pessoa... Talvez nem nos abrigasse aqui. Mas ainda sim, podíamos ir à um hotel e evitar esse incomodo todo.

- Julia não seja boba! – ele exclamou segurando as minhas mãos por um momento – Nós que trouxemos vocês aqui, são nossos convidados. – disse ele – Temos vários quartos aqui, não é incomodo nenhum. – e se levantou da cadeira, sentando-se ao meu lado.

Eu olhei seriamente para ele por um momento e perguntei sendo extremamente direta:

- Por que me trouxe aqui? No seu quarto?

- Bem, eu conheço seu quarto... Achei que você devia conhecer o meu também. – falou me olhando demoradamente e depois sorrindo.

- Ah sim. – disse me apoiando na cama dele.

Ficamos em silêncio por um momento, e eu subitamente me levantei da cama dele, sentindo uma vontade louca de descobrir coisas sobre ele, vontade que eu não sei de onde veio.

- Ei, aonde vai? – ele perguntou me seguindo até o estéreo.

- Hum... Vou escolher alguma coisa para você colocar aí... – falei passando os dedos pelos CD’s e tirando o mais novo do Green Day de lá, CD viciante por sinal.

Ele sorriu satisfeito com a minha escolha e colocou o CD no estéreo, aumentando o som. Voltei a mexer nas coisas dele, vendo os CD’s e os livros que ele tinha. Acabei me sentando na cadeira da escrivaninha dele e meus olhos voltaram-se para uma pilha de revistas. A primeira era uma antiga, percebi pelo que estava escrito: ‘A nova Miss Alemã’ e comigo na capa, uma Vogue. Automaticamente peguei a revista e descobri mais uma comigo na capa, peguei aquela também e descobri uma terceira, e eu na capa novamente!

- Por que essas revistas estão aqui? – perguntei mostrando para ele as duas que eu havia pego.

- Faz tempo que Johan as deixou aí, dizendo que tinha produzido uma das modelos mais lindas da Alemanha. – Bill respondeu se aproximando, tirando a revista da minha mão e admirando a capa.

- Hunf, quer dizer que você já meio que me conhecia pelas revistas. – falei folheando a Vogue que eu tinha pego primeiro.

- Sim, praticamente. Eu tinha uma ideia de quem você era... Só não sabia que a verdadeira era tão boa assim. – insinuou ele deixando a revista que pegara em cima da escrivaninha.

Bill se aproximou mais de mim e tirou a revista de minhas mãos, largando-a junto à outra. Me puxou para ficar de pé, me girando de costas para a cama e me abraçou pela cintura enquanto eu automaticamente levava as minhas mãos ao pescoço dele. Ele investiu contra mim, tentando me beijar, mas eu desviei como quem não quer nada. Bill abriu os olhos e me encarou irritado, para a surpresa dele, eu investi contra ele, beijando-o de surpresa e logo me afastando sorrindo.

- Mas você é chata mesmo. – ele reclamou, descendo a mão da minha cintura para a minha coxa e apertando-a.

Eu automaticamente me inclinei na direção e ele capturou os meus lábios, me derrubando na cama que já não se encontrava tão distante de nós. Bill me beijava com volúpia, com desejo e explorava o meu corpo com as mãos, abrindo o casaco que eu usava e erguendo a minha blusa, indo morder a minha barriga.

- Vamos provar a sua cama também? – perguntei quando ele começou a beijar meu pescoço enquanto eu suspirava a cada toque e beijo que ele me dava.

- Claro. – afirmou se levantando para me olhar – Meu quarto tem que ficar com a sua marca, assim como o seu tem a minha. – e sorriu maliciosamente.

A noite estava só começando...

Por: Grasiele

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