sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sie Hat Mich - Capítulo 14 - Segunda Noite


“Um beijo, um toque
Nunca o suficiente
Tão suave
Tão quente."

(Trecho da tradução de Human Connect to Human)

Eu não tinha certeza do que ia acontecer, acho que nem ele. Bill me encarou enquanto entrava no quarto e fechava a porta, ele apenas desviou os olhos amendoados dos meus verdes para trancá-la. Eu me afastei em direção a cama, sem desviar os olhos dele. Bill me encarou novamente na escuridão e se aproximou lentamente de mim com um pouco de receio. Mas apesar do seu receio, era claramente visto o desejo em seus olhos. Mordi o lábio inferior num gesto de nervosismo esperando a próxima ação dele.

Não conseguia desviar os meus olhos dos dele, que me puxou delicadamente pela cintura, para mais perto dele e eu levei as minhas mãos até o seu peitoral, subindo um pouco provocante até o pescoço. Os olhos do Bill foram para os meus lábios e ele subiu uma mão até eles acariciando-os levemente com o polegar, depois, desceu o polegar pelo meu queixo e subiu para a bochecha, fazendo um delicado carinho. Fechei os olhos para aproveitar melhor a sensação e era isso que ele esperava para me beijar.

De início foi um delicado roçar de lábios, depois se aprofundou, mas era delicado, carinhoso em cada ato. Bill estava com medo de me machucar pelas coisas que eu contei a ele, mas eu sabia que ele não me faria mal, eu confiava nele. Entretanto, eu gostei daquilo, daquele gesto carinhoso, protetor e daquele lado inocente que ele também tinha.

Separei-me dele e encarei-o, ele abriu os olhos lentamente, talvez com medo do que viria a seguir. Toquei seu rosto carinhosamente com o polegar, fazendo o mesmo carinho que ele tinha feito comigo. Mas ao contrário de mim, ele não fechou os olhos continuou me encarando.

- Você é tão carinhoso comigo. – falei – Talvez eu não mereça tanto...

- Julia! Não diga isso, você merece mais do que eu posso te dar. – falou.

- Não, eu sou tão...

- Não, não é. – levou o polegar aos meus lábios, me calando – Você é a pessoa mais especial que eu tive a felicidade de conhecer. Não me importa o seu passado, o que me importa é o seu presente e o seu futuro, que eu quero que seja comigo. – continuou e acariciou a minha bochecha novamente.

Fiquei tão lisonjeada com o que ele me disse que sorri e grudei meus lábios nos dele. Bill sorriu sobre os meus lábios e me puxou pela cintura, para mais perto de si, grudando ainda mais os nossos corpos. Então, ele me beijou, um beijo lascivo, ao mesmo tempo delicado e eu correspondi-o com a mesma intensidade que ele me beijava.

Bill estava diferente comigo, eu podia sentir aquele clima de cumplicidade e de paixão em cada ato. Bem, como em todas as vezes que me beijava, era difícil descrever aquilo de tão único e especial que era. Ele me beijava ao mesmo tempo de forma provocante e inocente, um misto disso tudo que o torna especial e que me intoxica, me faz ficar ainda mais inebriada nele.

Quando finalmente nos separamos por falta de ar, Bill me deitou delicadamente na cama, vindo por cima de mim e fazendo cada gesto sem desviar os belos olhos amendoados dos meus verdes. Ele ficou um tempo me encarando e acariciando o meu rosto outra vez. Eu segurei sua mão e a acariciei, depois a desci para o meu pescoço. Pelo brilho de seus olhos, tinha certeza de que ele entendeu onde eu queria chegar, fazendo-me um pergunta muda.

- Sim, eu confio em você. – respondi olhando nos olhos dele.

Então, Bill sorriu, um sorriso lindo que me fez sentir a pessoa mais feliz do mundo por tê-lo ao meu lado. Apesar da impulsividade dos nossos atos, eu podia sentir que me apaixonava cada vez mais por ele e talvez, ele sentisse o mesmo por mim.

Bill me beijou carinhosamente, mas um tanto mais intenso, eu podia senti-lo me desejando em cada beijo, em cada toque. E eu o correspondi da forma mais carinhosa possível. Bill me abraçou fortemente, sem desgrudar os lábios dos meus, começando a forçar a minha calça moletom e eu nem percebi que estava fazendo o mesmo com ele, o fazendo sorrir em meio ao beijo. Ele separou-se de mim e arrancou a camiseta que usava. Eu toquei o corpo desnudo dele, o fazendo estremecer de prazer e me forcei a sentar para alcançar sua boca, para beijá-lo novamente. Ele, ao perceber a minha intenção, me puxou para cima e juntou os nossos lábios num beijo de tirar o fôlego. Então, ele subiu o camisetão que eu usava e tocou delicadamente as minhas costas. Dessa vez fui eu que me separei dele, olhei-o por um momento e sem vergonha nenhuma me livrei do meu camisetão. Bill me encarou surpreso, mas logo mudou a sua expressão para uma travessa e sorriu marotamente.

Ofeguei surpresa quando ele me fez deitar novamente na cama e me beijou intensamente, tocando o meu corpo desnudo com as mãos ágeis e delicadas. Bill começou a descer beijos pelo meu pescoço, às vezes mordendo de leve para que eu não ficasse marcada, pelo menos não em lugares visíveis... Logo suas mãos se livraram da minha calça moletom, me deixando apenas de calcinha, começando a fazer a pior coisa que podia fazer num momento como aquele, começou a brincar com a minha intimidade por cima da calcinha.

Eu reclamei em alto e bom som, o fazendo rir convencido. Emburrei-me e puxei-o para cima, para beijá-lo novamente. Dessa vez o nosso beijo foi muito mais intenso, sem reservas, mas era notável que ele ainda estava sendo cuidadoso comigo. Lentamente, enquanto nos beijávamos, eu desci a minha mão até sua virilha. Se ele pode brincar comigo, eu também posso brincar com ele. Eu toquei e apertei seu membro rijo por dentro das boxers. Foi a vez dele ofegar surpreso e gemer alto. Sorri satisfeita e observei ele me encarar demoradamente.

Ambos já não estávamos mais agüentando aquelas brincadeirinhas, então fomos rápidos em nos livrarmos das últimas peças e ele se ajeitou um momento colocando a camisinha que dessa vez ele próprio trouxera.

Bill foi delicado ao me penetrar, sem pressa, sem violência, com carinho e eu tive que me segurar para não gemer alto quando as estocadas se tornaram mais apressadas, quase sem controle. Nós nos movimentávamos em sincronia e ouvi-lo gemer meu nome em meio aquilo tudo foi algo tão bom que eu pedi para que repetisse mais algumas vezes.

Posso dizer que a nossa segunda noite foi perfeita, fizemos amor sem pressa, com carinho e com um misto de inocência e luxúria. E de uma coisa eu tinha certeza, quando acordássemos, não íamos ter nos arrependido do que fizemos.

Antes de pegar no sono, Bill me abraçou trazendo-me para mais perto dele, dormimos abraçados e naquela noite eu não tive nenhum pesadelo, apenas um sonho real.



Na manhã seguinte, eu acordei com alguém acariciando carinhosamente o meu cabelo. Era um carinho tão bom que eu fiquei mais um tempinho de olhos fechados apenas para aproveitar a caricia e me lembrar do que aconteceu horas antes, da noite maravilhosa que eu tive com o Bill. Lembrava-me de cada detalhe, cada toque, ato, carinho... Ah, eu tinha muita sorte mesmo. Quando eu abri meus olhos, ele me encarou por um momento e depois sorriu belamente. Ah, ele é tão lindo!

- Bom dia bela adormecida! – exclamou e me deu um beijo na testa.

- Bom dia... Eu ainda estou sonhando? – perguntei-lhe me sentando na cama, puxando o lençol comigo.

- Só se estiver sonhando com a realidade. – respondeu-me roubando um selinho.

- Então eu quero continuar sonhando... – falei bobamente encarando-o.

Bill sorriu novamente e fez uma careta.

- Não prefere viver a realidade comigo? – perguntou fazendo bico.

Eu fingi pensar, olhando-o por um momento e depois para o quarto completamente desarrumado.

- Ahm, não sei. – olhei-o – Se a realidade inclui arrumar essa bagunça sozinha, eu estou fora. – e ri.

Ele riu e se levantou, já com os boxers pretos.

- Acho melhor arrumarmos tudo isso e descermos para o café, o Tom já me acordou batendo na porta até... Como você não acordou? Ele quase derrubou a porta do quarto! – perguntou me olhando.

- Devia estar cansada, e também estava dormindo tão bem que queria dormir mais. – bocejei jogando o cabelo para trás.

- Mas você não pode dormir mais, temos que trabalhar hoje. – lembrou-me – Temos que zarpar para Berlim, e eu ainda tenho que dar um jeito nessa juba. – passou a mão pelo cabelo bagunçado.

- Ah, e eu de volta aos eventos de moda e desfiles... – concordei desanimada – Não quer continuar fazendo coisinhas aqui comigo? – perguntei fazendo a cara mais inocente que consegui.

Então, Bill riu, uma risada tão gostosa de ouvir que eu fiquei com vontade de fazê-lo rir mais e mais vezes.

- Julia, você sabe muito bem que eu queria continuar aqui, mas temos responsabilidades e blá, blá... – ele me encarou por um momento, descendo os olhos para o lençol fino por cima do meu corpo – Amassos mais tarde, que tal? – sugeriu piscando maroto.

- Mais tarde. – concordei com ele – Vou cobrar. – afirmei me levantando da cama e enrolando-me no lençol.

- Eu também. – falou piscando novamente, antes de sair do quarto e me deixar para arrumar toda aquela bagunça.

Por: Grasiele

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