sábado, 25 de agosto de 2012

Liebe Fur Immer - Capítulo 5 - The Party

A festa já estava rolando, o som estava alto, a casa estava cheia, parentes e amigos pra todos os lados, bebendo, comendo, conversando e outros dançado na grande sala, os instrumentos já estavam apostos no centro da sala, para quando a banda fosse tocar. Com todo aquele clima, me senti dentro do making of de ‘scream’ ao ver Bill e Gustav conversando em um sofá, enquanto Georg dava uma investida do tipo ’ou vai ou racha’ em uma amiga de Ralf, que fazia uma certa manha, mais em sua testa estava escrito ‘me coma’.

Logo Bernardo chegou, estava lindo, uma calça jeans clara que não era apertada, mais também não era folgada, era normal, uma camiseta levemente justa no corpo, deixando os músculos de seu braço de fora, camiseta essa, azul, que dava um contraste incrível com seus olhos.

Ficamos um pouco na porta de casa, conversando antes dele entrar, alias tentando, pois toda hora passava alguém entrando ou saindo, Bernardo estava meio estranho, parecia querer me dizer alguma coisa, mexia em seus bolsos impacientemente,mais não disse nada. Ainda da porta, ouvi os primeiros acordes de Ich Brech Aus.

–ai droga, começou. –falei arregalando os olhos. –vamos. –disse puxando Bernardo pelo braço.

–vai indo, vou no banheiro. –disse Bernardo antes de chegarmos a sala.
–tá. –falei recebendo um selinho de Bernardo antes de sair.

Peguei uma bebida e me encostei perto do sofá os vendo tocar. Ralf e seus amigos, cantavam pulavam e gritavam feito loucos. Georg seduzia meia dúzia em sua frente, jogando seu charme, Gustav concentradissimo na bateria, Bill arrasando nos vocais como sempre e Tom tocando com sua carinha de marrento. Fique ali, imóvel relembrando o tempo em que eu via quase todos os ensaios de um bando de fedelhos em busca de um sonho, hoje realizado com sucesso, muito sucesso.
 ........
A voz doce de Bill ecoava na sala ao som de Heilig, fazendo as amiguinhas de Ralf e minhas tias suspirarem, Tom e eu nos olhávamos enquanto eu desconcertada, mexia minha bebida com um canudo.


[flash back]
–priminha. –disse Tom colocando seu braço em volta de meu pescoço.
–ai que sust.. falei virando o rosto, sendo interrompida por  selinho demorado e barulhento.
–bom dia minha linda. –disse olhando em meus olhos enquanto ainda andávamos.
–não foi pra escola porque, safado? –falei ignorando a frase anterior.
–porque não tinha aula pra mim. –disse dando de ombros.
–seeei. –falei arqueando uma sobrancelha.
–vem cá, deixa eu levar sua mochila. –falou a tirando de minhas costas, apoiando em suas costas enquanto segurava com a mão esquerda e enlaçava o braço direito em meu pescoço novamente.
–fala sério, formamos um casal lindo. –falou quando eu lacei meu braço em sua cintura, eu apenas dei um sorriso de lado. -dois loirinhos. -completou.
–dois magrelos. –falei enquanto riamos.
–o rapper e a Barbie girl. –falou me fazendo gargalhar.
–sabe...quando a banda fizer uma turnê mundial eu vou te levar junto. –falou olhando pra frente.
–uaaaaaaaaaaaw. –falei também olhando pra frente.
–o que? Acha muita pretensão uma turnê mundial? –falou voltando seu olhar em mim.
–não, eu acredito em vocês! –falei o olhando assentindo em positivo. -mais me levar junto?!  É um sonho muito alto. –falei séria.
–do que você tem medo hein? –falou me olhando e respirando fundo.
–minha mãe. –falei olhando pra frente.
–um dia ela vai ter que ficar sabendo mesmo e... –disse sendo interrompido por mim.
–minha mãe ta vindo Tom. –falei vendo minha mãe fechar o portão de casa.
–aaai caramba. –disse Tom se afastando assustado me fazendo rir.
–ta vendo, eu tenho que te levar, se não, do que é que eu vou rir?! –falou rindo também e entregando minha mochila.
–do Georg. –falei com cara de ‘dahr’ o fazendo rir mais.
[/flash back]

–chegueeeei. –disse Bernardo me abraçando e me tirando do transe, ofereci-lhe um sorrisinho amarelo, recebendo um beijo no pescoço. Tom ao ver a cena errou um acorde, que poucos notaram tamanho a empolgação do momento. Tom fechou a cara e foi tocar pra outro lado.

Depois da banda tocar, a festa continuou e o rock deu espaço ao pop e tecno e afins, escolhidos por Ralf e seus amigos, que com os instrumentos retirados da sala preencheram o local dançando fervorosamente, minhas tias fofocavam na cozinha, Georg flertava com a menina com cara de ‘me coma’, Bill sorria sem graça com cantadas escandalosas de 3 meninas e...

–GUSTAV essa é pra você. -gritou Tom levantando o braço, fazendo todos olharem. Até que, Just Dance da Lady Gaga, ecoou na sala fazendo todos rirem.
–opaaah. –disse Gustav levantando imediatamente do sofá e começando uma dançinha e batendo palminhas pra cima, em questão de segundos todos entraram na dança acompanhando as tentativas de passo do Gustav em meio a gargalhadas de ambos.

E assim a festa prosseguiu em meio a danças, bebidas e conversas animadas, sem hora para acabar .

–ain meus pés. –falei sentando no braço do sofá fazendo uma caretinha. –é... –falei olhando pra escada. –vou colocar uma rasteirinha se quiser sobreviver. –falei pra mim mesmo, já que Bernardo havia sumido cozinha a dentro.

Subi as escadas morrendo a cada degrau, chegando no final da mesma já tirei as sandálias e sai feliz e descalço, corredor a fora. Entrei em meu quarto, mais fui impedida de fechar a porta.

–da licença? –falei olhando pra fora do quarto e arqueando uma sobrancelha.
–ta achando que vai brincar e vai ficar por isso mesmo? –disse Tom abrindo mais a porta.
–sim Tom, vai ficar por isso mesmo SEMPRE FICA. –falei me alterando.
–FICAVA. –falou alto. - não somos mais crianças, não foi isso que você disse? –disse arqueando uma sobrancelha.
–disse! Mais parece que você não entendeu e ta querendo brincar comigo de novo. –falei com um ar indignado.
–você não me leva a sério não é? –falou com um ar de decepção.
–e deveria? –falei arqueando as sobrancelhas. -Tom sai daqui me deixa em paz. –falei com um ar de piedade. -o que é que você ta fazendo? –indaguei indo pra cima dele. -abre essa porta. –falei tentando impedi-lo de fechar a mesma. -Tom abre essa porta A-GOO-RAAA. –falei alterada.
–NÃOOOOOOOOO. -solto em um berro me deixando mais irritada.
–abre essa porta seu cachorro, me da essa chave. –falei com as mãos na cintura.
–vem pegar. –falou mergulhando a chave em um de seus bolsos gigantes.
–aaaaaargh, palhaçada viu, era só o que me faltava. –falei semicerrando os olhos.

Virei nervosa indo em direção a minha cama, sentei na ponta da mesma, perto da cabeceira evitando olhá-lo.

–não to acreditando nisso. –falava baixo pra mim mesma assentindo negativamente com a cabeça.

Fiquei mexendo em minhas unhas o ignorando enquanto balançava a perna compulsivamente fazendo Ca de poucos amigos.

–não vai sair daqui até falar comigo. –falou se esparramando em minha poltrona.

Postado por: Grasiele

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