quarta-feira, 11 de julho de 2012

Provocação - Capítulo 11 - Provocação!

Assim que entrei em casa, não parei para falar com ninguém, apenas subi as escadas rápido e entrei no meu quarto, batendo a porta com força. Ótimo, ele achava que poderia me ter nas mãos só porque eu ficava arrepiada quando ele me tocava ou sussurrava em meu ouvido, só porque eu ofegava em sentir o calor do corpo dele e só porque meu coração acelerava quando ele me beijava. Isso não era nada! Claro que eu não estava apaixonada por ele, até porque eu o odiava e precisava fazer algo para mudar isso.
– Mas o que eu estou falando?! – comentei em voz alta. – Ou melhor, pensando... Eu acho que estou louca! – eu falava sozinha andando de um lado para o outro. – Mas se ele acha que vai sair por cima, ele está muito enganado! Ele vai ver meu pior lado! O lado que não se importa em machucar ninguém. – falei com ódio e peguei meu travesseiro, batendo com força na cama várias vezes. – Que ódio! – rosnei.
– Sério... – ouvi uma voz grossa e parei imediatamente, olhando para a porta que agora estava aberta. – Você está me assustando. – Georg falou sorrindo e eu senti meu rosto corar.
– Ér... – soltei o travesseiro e ajeitei o cabelo. – Liberação de energia... – falei inventando uma desculpa. – Nós psicólogos fazemos muito isso em busca da paz interior. – tentei sorrir e ele riu.
– Aham, claro. – falou entrando no meu quarto e se sentando na minha cama, fiz o mesmo. – Vamos a uma festa hoje? – me perguntou.
– Que tipo de festa? – perguntei.
– Tipo... Uma festa?! – sorriu.
– Hã... Ok, mas vou logo avisando que sou péssima companhia para festa. – comentei.
– Por quê? – perguntou curioso.
– Porque eu fico um desastre bêbada e acredite, eu vou beber. – sorri e ele riu.
– Não tem importância! Aposto que rapidamente você vai achar um cara bacana lá e vai se divertir bastante. – disse.
– Não quero achar um cara bacana! – comentei. – Aliás, não quero achar cara nenhum! Sem ofensas, mas homens só trazem dor de cabeça para a vida de uma mulher.
– Não tente me matar, mas... – ele falou cauteloso com seus lábios em uma linha reta. – Eu acho que no momento, você quer dizer que Tom só trás dor de cabeça para você. – concluiu e eu o encarei, mas nada disse. – Por que não tenta ter uma boa conversa com ele? Sei lá, ele é legal. Vocês só precisam se dar bem!
– Não Georg, não tem condições de ter uma conversa civilizada com o Tom sem ele me provocar! – falei me alterando e levantei da cama, passando as mãos pelos cabelos.
– Talvez seja isso! – Georg falou animado e se levantou também. – Essa tal provocação dele e sua também. É isso que faz vocês dois brigarem e é isso que deixa vocês próximo. – olhei para com cara de “Você ficou louco?” – Ok, ok. Vamos descer e comer, porque pelo o que eu saiba, a senhorita não comeu nada ainda! Anda. – disse autoritário e me puxou pelo braço para fora de meu quarto. Descemos e estavam todos na sala.
– Hey! – Bill falou assim que me viu. – Estava preocupado! Subiu correndo para o seu quarto, aconteceu alguma coisa? – me perguntou aflito. Olhei para Tom e voltei a olhar para Bill.
– Não. – sorri. – Eu estava apertada para ir ao banheiro. – falei e Tom começou a rir.
– O que foi Tom? – Bill perguntou curioso.
– Nada. Estava apenas me lembrando da cara dela quando chegamos. – ele me olhou sorrindo. – Ela realmente precisava ir no banheiro! – falou irônico e eu senti necessidade de mata-lo na porrada.
– Bom, nós já almoçamos. Vocês demoraram demais, mas tem lasanha na geladeira. É só esquentar. – Bill disse sorrindo.
– Obrigada. – saí da sala e fui direto para a cozinha. Assim que fechei a geladeira depois de pegar a lasanha, Tom estava parado me observando.
– Ainda está muito nervosinha? – perguntou escorando-se na bancada com seus braços cruzados.
– Não estou nervosinha. – falei seca e coloquei a lasanha no micro-ondas.
– Não, é?! – perguntou sarcástico e andou até minha direção, parando bem na minha frente. – Então já posso te dar outro beijinho? – perguntou rindo e eu sorri.
– Claro... – falei e ele ergueu as sobrancelhas surpresos. Levei minha mão com violência até suas partes intimas e agarrei com força, Tom deu grito abafado pela falta de ar que a dor causou e fez uma careta horrível. – Que não! – completei. – Se atreva a ficar brincando comigo e as consequências serão dolorosas. – falei ameaçadoramente e soltei suas... coisas.
– Oh. PQP! – falou com raiva com a mão segurando suas calças no meio das pernas. – Você ficou doida? Quer me castrar?! – perguntou horrorizado.
– Ainda não. – falei sorrindo. – Mas se você acha que pode fazer o que quiser e na hora que quiser, você está muito enganado! – falei e ouvi o apito do micro-ondas.
Tirei a lasanha e coloquei sobre a bancada, peguei um prato e coloquei um pedaço. Tom não falou mais nada, mas eu sabia que ele estava com raiva por eu ter feito aquilo. Ele apenas se sentou o mais distante de mim e colocou a lasanha em seu prato, comendo em silêncio.
A tarde se seguiu tediosa depois que terminei de comer. Quando deu 19h30min, resolvi me arrumar para a tal festa que Georg me levaria e da qual na verdade, eu não estava com muita vontade de ir, mas não o deixaria na mão. Tomei um bom banho, lavei meus cabelos e depois quando saí do chuveiro, fui escolher a roupa. Peguei um vestido simples de renda branco e um salto alto cor de pele bem clarinho, de bico fechado, vesti uma lingerie branca, em seguida a roupa escolhida e fui arrumar meu cabelo.
Apenas sequei com o secador sem alisar, de modo que os fios ficaram bem soltos e meio jogados, selvagem. Aparentemente até que eu estava bonita! Passei meu tão amado delineador e na boca eu passei um batom rosa bem claro, não levaria bolsa hoje, nem celular e nem nada disso. Saí do meu quarto, dessa vez não ia fazer suspense para eles me verem mais arrumada, então desci rápido as escadas.

– Então. – todo mundo me olhou e pude ver Tom me medir da cabeça aos pés. – Estou pronta Georg!
– Está divina Jhuna! – Bill falou com seus olhos brilhando.
– Obrigada Bill! – falei um pouco envergonhada.
– Sua namorada vai ficar com ciúmes Georg! – Gustav falou. – Está muito bonita mesmo, Jhuna. – sorriu e eu me envergonhei mais ainda ao ouvir um elogio do Gustav.
– Obrigada. – falei sorrindo.
– Bom... – Tom falou se levantando com um sorriso perverso no rosto. – Para evitar que ela fique com ciúmes, então vamos TODOS nós a essa festa! - WHAT?!
– Ótima ideia Tom! Preciso me distrair um pouquinho. – Bill falou se levantando animado. – Vou apenas trocar de roupa. – olhei para Tom com um olhar assassino. Eu não queria que ele fosse também.
– Eu também vou me arrumar. – falou. Tom parou do meu lado bem próximo do meu rosto. – Está bem gostosa. – sussurrou no meu ouvido e um arrepio subiu pela minha coluna. Tom riu.
Maldito!

Postado por: Grasiele

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