– Mas o que eu estou falando?! – comentei em voz alta. – Ou melhor, pensando... Eu acho que estou louca! – eu falava sozinha andando de um lado para o outro. – Mas se ele acha que vai sair por cima, ele está muito enganado! Ele vai ver meu pior lado! O lado que não se importa em machucar ninguém. – falei com ódio e peguei meu travesseiro, batendo com força na cama várias vezes. – Que ódio! – rosnei.
– Sério... – ouvi uma voz grossa e parei imediatamente, olhando para a porta que agora estava aberta. – Você está me assustando. – Georg falou sorrindo e eu senti meu rosto corar.
– Ér... – soltei o travesseiro e ajeitei o cabelo. – Liberação de energia... – falei inventando uma desculpa. – Nós psicólogos fazemos muito isso em busca da paz interior. – tentei sorrir e ele riu.
– Aham, claro. – falou entrando no meu quarto e se sentando na minha cama, fiz o mesmo. – Vamos a uma festa hoje? – me perguntou.
– Que tipo de festa? – perguntei.
– Tipo... Uma festa?! – sorriu.
– Hã... Ok, mas vou logo avisando que sou péssima companhia para festa. – comentei.
– Por quê? – perguntou curioso.
– Porque eu fico um desastre bêbada e acredite, eu vou beber. – sorri e ele riu.
– Não tem importância! Aposto que rapidamente você vai achar um cara bacana lá e vai se divertir bastante. – disse.
– Não quero achar um cara bacana! – comentei. – Aliás, não quero achar cara nenhum! Sem ofensas, mas homens só trazem dor de cabeça para a vida de uma mulher.
– Não tente me matar, mas... – ele falou cauteloso com seus lábios em uma linha reta. – Eu acho que no momento, você quer dizer que Tom só trás dor de cabeça para você. – concluiu e eu o encarei, mas nada disse. – Por que não tenta ter uma boa conversa com ele? Sei lá, ele é legal. Vocês só precisam se dar bem!
– Não Georg, não tem condições de ter uma conversa civilizada com o Tom sem ele me provocar! – falei me alterando e levantei da cama, passando as mãos pelos cabelos.
– Talvez seja isso! – Georg falou animado e se levantou também. – Essa tal provocação dele e sua também. É isso que faz vocês dois brigarem e é isso que deixa vocês próximo. – olhei para com cara de “Você ficou louco?” – Ok, ok. Vamos descer e comer, porque pelo o que eu saiba, a senhorita não comeu nada ainda! Anda. – disse autoritário e me puxou pelo braço para fora de meu quarto. Descemos e estavam todos na sala.
– Hey! – Bill falou assim que me viu. – Estava preocupado! Subiu correndo para o seu quarto, aconteceu alguma coisa? – me perguntou aflito. Olhei para Tom e voltei a olhar para Bill.
– Não. – sorri. – Eu estava apertada para ir ao banheiro. – falei e Tom começou a rir.
– O que foi Tom? – Bill perguntou curioso.
– Nada. Estava apenas me lembrando da cara dela quando chegamos. – ele me olhou sorrindo. – Ela realmente precisava ir no banheiro! – falou irônico e eu senti necessidade de mata-lo na porrada.
– Bom, nós já almoçamos. Vocês demoraram demais, mas tem lasanha na geladeira. É só esquentar. – Bill disse sorrindo.
– Obrigada. – saí da sala e fui direto para a cozinha. Assim que fechei a geladeira depois de pegar a lasanha, Tom estava parado me observando.
– Ainda está muito nervosinha? – perguntou escorando-se na bancada com seus braços cruzados.
– Não estou nervosinha. – falei seca e coloquei a lasanha no micro-ondas.
– Não, é?! – perguntou sarcástico e andou até minha direção, parando bem na minha frente. – Então já posso te dar outro beijinho? – perguntou rindo e eu sorri.
– Claro... – falei e ele ergueu as sobrancelhas surpresos. Levei minha mão com violência até suas partes intimas e agarrei com força, Tom deu grito abafado pela falta de ar que a dor causou e fez uma careta horrível. – Que não! – completei. – Se atreva a ficar brincando comigo e as consequências serão dolorosas. – falei ameaçadoramente e soltei suas... coisas.
– Oh. PQP! – falou com raiva com a mão segurando suas calças no meio das pernas. – Você ficou doida? Quer me castrar?! – perguntou horrorizado.
– Ainda não. – falei sorrindo. – Mas se você acha que pode fazer o que quiser e na hora que quiser, você está muito enganado! – falei e ouvi o apito do micro-ondas.
Tirei a lasanha e coloquei sobre a bancada, peguei um prato e coloquei um pedaço. Tom não falou mais nada, mas eu sabia que ele estava com raiva por eu ter feito aquilo. Ele apenas se sentou o mais distante de mim e colocou a lasanha em seu prato, comendo em silêncio.
A tarde se seguiu tediosa depois que terminei de comer. Quando deu 19h30min, resolvi me arrumar para a tal festa que Georg me levaria e da qual na verdade, eu não estava com muita vontade de ir, mas não o deixaria na mão. Tomei um bom banho, lavei meus cabelos e depois quando saí do chuveiro, fui escolher a roupa. Peguei um vestido simples de renda branco e um salto alto cor de pele bem clarinho, de bico fechado, vesti uma lingerie branca, em seguida a roupa escolhida e fui arrumar meu cabelo.
Apenas sequei com o secador sem alisar, de modo que os fios ficaram bem soltos e meio jogados, selvagem. Aparentemente até que eu estava bonita! Passei meu tão amado delineador e na boca eu passei um batom rosa bem claro, não levaria bolsa hoje, nem celular e nem nada disso. Saí do meu quarto, dessa vez não ia fazer suspense para eles me verem mais arrumada, então desci rápido as escadas.
– Então. – todo mundo me olhou e pude ver Tom me medir da cabeça aos pés. – Estou pronta Georg!
– Está divina Jhuna! – Bill falou com seus olhos brilhando.
– Obrigada Bill! – falei um pouco envergonhada.
– Sua namorada vai ficar com ciúmes Georg! – Gustav falou. – Está muito bonita mesmo, Jhuna. – sorriu e eu me envergonhei mais ainda ao ouvir um elogio do Gustav.
– Obrigada. – falei sorrindo.
– Bom... – Tom falou se levantando com um sorriso perverso no rosto. – Para evitar que ela fique com ciúmes, então vamos TODOS nós a essa festa! - WHAT?!
– Ótima ideia Tom! Preciso me distrair um pouquinho. – Bill falou se levantando animado. – Vou apenas trocar de roupa. – olhei para Tom com um olhar assassino. Eu não queria que ele fosse também.
– Eu também vou me arrumar. – falou. Tom parou do meu lado bem próximo do meu rosto. – Está bem gostosa. – sussurrou no meu ouvido e um arrepio subiu pela minha coluna. Tom riu.
Maldito!
Postado por: Grasiele
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