quarta-feira, 11 de julho de 2012

Provocação - Capítulo 13 - Lágrimas Dolorosas.

O ambiente estava bem iluminado, esfreguei meus olhos e os abri. Eu estava deitada de bruços, apoiei meu troco nos cotovelos e observei o local. Era um quarto bem sofisticado e bem claro. Olhei para o lado na cama e eu estava sozinha, então me levantei enrolada no lençol e comecei a juntar minhas coisas do chão.
– Já pensando em ir embora? – ouvi a voz dele e vi Ian na porta do banheiro, com uma toalha enrolada na cintura e um sorriso de matar.
– Infelizmente. – falei. – Moro na casa dos meus patrões e nunca sei quando eles vão precisar. – completei e comecei a vestir minha lingerie.
– Eu te levo. – ele andou até mim e me deu um selinho rápido. – Vou apenas me vestir.
– Ok. Obrigada. – sorri e ele foi procurar roupas.
Logo eu estava vestida, mas logicamente meu cabelo estava uma tristeza, então eu tentei pentear com os dedos e fiz um coque nele. Ian terminou de se arrumar e saímos do seu apartamento. Eu dei as instruções certas de onde era a casa dos Kaulitz e ele disse que saberia chegar. Passei o caminho todo sorrindo enquanto conversava com ele, pois era um cara muito bacana, mas com certeza foi apenas uma noite, embora eu não fosse muito de ter esses modos. Mas... Ninguém é de ferro né!
– Chegamos princesinha! – ele disse desligando o carro e saiu. Quando caiu a ficha, ele já estava abrindo a porta para mim.
– Obrigada! – disse pegando em sua mão. Caminhamos até a porta da casa dos Kaulitz e eu a abri, depois me virei para ele.
– Foi um prazer te conhecer. – ele disse sorrindo e eu retribuí. – Quem sabe não nos encontramos mais vezes! – falou piscando para mim.
– É... – sorri de lado. – Quem sabe! – falei e ele me beijou rapidamente. – Tchau. – falei mordendo o lábio.
– Tchau! – disse e se virou, indo embora.
Quando me virei para entrar, estavam TODOS na sala, eu digo TODOS porque tinha até uma mulher que eu não conhecia, então era mais que todos. Constrangimento eterno ao ver todo mundo me encarando, sorri envergonhada e fechei a porta atrás de mim.
– Pensei que não voltaria mais pra casa. – Bill disse rindo.
– Poisé né! – falei com vergonha.
– Menina!!!!! Aquele era o Ian? – a mulher falou e eu assenti sorrindo. – Senhor! Me conta o que aconteceu? – falou batendo palmas e eu ri pelo jeito dela, afinal nem nos conhecíamos. – Ai, desculpa! Eu sou Layane. – levantou e esticou a mão. - Namorada do Georg! – olhei para ele e Georg sorriu.
– OMG! É um prazer! – disse cumprimentando ela. – Sou Jhuna! – falei.
Ela era bem bonita. Tinha o cabelo castanho claro e comprido, seus olhos entravam em contraste com os cabelos, tinha os lábios cheios e com uma cor viva, tinha um corpo bem modelado e aparentava ter 1,60 mais ou menos. Gostei dela nesses poucos segundos, ela parecia bem divertida.
– Pronto! – Tom falou se levantando. – Vai começar a fofoquinha de mulherzinha! – falou emburrado e começou a subir as escadas.
– Não liga não. – Layane falou para mim. – Ele está assim porque não pegou ninguém ontem. Georg me contou. – ela riu.
– Eu ouvi, tá?! – Tom gritou do alto da escada e depois sumiu, provavelmente indo para o seu quarto.
– Mas então. – ela falou me puxando para sentar no sofá. – Me conta! – disse animada e eu olhei para os três homens que ainda permanecia na sala.
– Vamos subir no meu quarto? – sugeri. – Aí eu te conto e nós podemos nos conhecer mais! – falei.
– Ótimo!
Subimos para o meu quarto e eu comecei a contar desde a festa. Ela sempre ria e comentava algo sobre. Era muito divertido conversar com Layane! Ela me contou também como conheceu Georg e como é o relacionamento deles, disse que Georg era o melhor cara que ela já namorou na vida e eu concordei com ela, dizendo que ele realmente era muito legal. Ficamos um bom tempo conversando até Georg chamar Layane dizendo que iriam sair, então eu fui tomar banho. Não demorei muito no chuveiro e não lavei meu cabelo dessa vez. Saí do banheiro enrolada na toalha e soltei um grito de espanto.
– O.Que.Você.Está.Fazendo.Aqui? – perguntei segurando a toalha com força pra que não saísse e Tom me olhou de cima a baixo.
– Qual é Jhuna? – ele falou rindo e se levantou da minha cama, andando até mim. – Vai mesmo insistir no teatrinho? – falou sorrindo.
– Hã? – perguntei confusa. – Eu me formei em psicologia, não em teatro. – falei e ele gargalhou, se aproximando mais. Eu dei um passo para trás.
– Ficar fingindo ser A mulher. – falou ficando sério e eu continuava sem entender. – Ou você acha que eu realmente acreditei que você transou com aquele cara? – falou rindo e eu o olhei incrédula, mas acabei rindo dessa vez.
– O que eu faço ou deixo de fazer da minha vida NÃO É DA SUA CONTA! – alterei meu tom de voz. – E se você quer ou não acreditar, não é problema meu. Não preciso te provar nada. – disse já com raiva e tentei me afastar dele, mas Tom segurou em meus braços e me jogou contra a parede.
– Você acha que eu não sei não é? – disse me apertando mais contra a parede. – Você ACHA que eu não ouvi sua conversa com o Georg aquele dia? – perguntou sério e meu coração perdeu uma batida. – Por que o espanto? Acha mesmo que eu não ouviria?
– Tanto faz! – tentei empurrá-lo, mas ele continuou firme. – Você sabe de nada! – praticamente rosnei para ele.
– Ah! Então você nem nega, não é? – perguntou irônico.
– Não nega o quê? Você só pode estar louco! – falei rindo de nervoso e olhando para o lado.
– É você quem está louca! – falou e eu o olhei, logo depois ele se aproximou mais e beijou o lóbulo da minha orelha. – Louca por mim. – comecei a rir.
– Sério Tom, olha eu posso ter uma consulta com você, sei lá... Às vezes nem vai ser necessário te encaminhar para o psiquiatra... – falei ainda rindo.
– Vai me dizer que você não ficou com aquele cara só pra me fazer ciúme? Mas eu tenho uma má notícia... Não, eu não fiquei. Eu NÃO gosto de você! – falou sorrindo e dessa vez a raiva sustentou a força. O empurrei de uma só vez e ele me soltou.
– Olha aqui! – apontei o dedo na cara dele. – Está na hora de você para de ACHAR que o mundo gira em torno de ti. Você não é tudo para todos! Aliás, você só é tudo para sua mãe e seu irmão, e olhe lá ainda. – ri. – Ou você pensa que todas essas vadias que ficam com você é porque te amam demais? – fiz uma voz melosa e uma cara de drama. – Não! É por causa do seu dinheiro e nada, NADA mais. Porque aí dentro de você... – bati com o punho em seu peito e ele deu um passo para trás. – Não tem nada! Nada além de egoísmo e um ego extremamente ridículo. Talvez seja por isso que você não acredita no amor. Porque até hoje, você nunca soube o que é ter o amor de uma mulher! – concluí e ele ficou me encarando com um gelo nos olhos. – Agora sai daqui. E de preferencia, nunca mais dirija a palavra a mim!
Virei-me e entrei no banheiro de volta, batendo com força a porta e encostei-me à própria, me sentando no chão frio. Assim que ouvi a porta do meu quarto ser fechada, desabei em lágrimas dolorosas.

Postado por: Grasiele

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