domingo, 17 de junho de 2012

The Neighbour - Capítulo 31

Luiza

Quando passamos por Madrid, resolvemos sair e, como a irmã do Alex morava lá e conhecia um excelente bar que só tocava música latina... De quebra, a Elise e a Hannah foram para lá, nos encontrar. Sem falar na surpresa de ter a Emily presente.

Enquanto o Alex ia esperar pela irmã e a gente tinha continuado na mesa, observando o Georg tentando dançar com a Elise, que se divertia horrores com a falta de jeito dele, o Tom disse, me estendendo a mão:

- Vem. Vamos mostrar para esses dois incompetentes como é que se dança essa... Que tipo de música é essa? 

Dei de ombros. 

- Bela amiga que a gente arranjou, hein, Schäfer? Uma brasileira que não sabe dançar e nem conhece os ritmos latinos. - Perguntou ao Gustav, me provocando. Arqueei a sobrancelha, não acreditando naquela provocação. Só de birra, o puxei para perto do Georg e, depois que passou um braço pela minha cintura, pediu: 

- Fala o que eu tenho que fazer. 

- Ah... Só... Deixa se levar pela batida da música. 

E justamente naquela hora, começou
 uma ótima. Talvez por insegurança, não saber o que fazer ou só de graça mesmo, o Tom só me fazia rodopiar. Quando senti que estava realmente tonta, falei: 

- Olha aquela criatura ali e copia. 

E não é que surtiu efeito? 

Curiosamente, 
a música a seguir era do mesmo cantor e, como eu sempre a cantava em um espanhol made in Paraguay (Sem trocadilhos) e do jeito mais debochado, em menos de cinco minutos, o Tom já estava rindo de mim. Perguntou: 

- O que você tá cantando?

- A música, uai! Sorte que o português e o espanhol vêm do latim e têm muitas palavras parecidas. 

- Ah é? Vamos ver suas habilidades então, mocinha. O que ele canta no refrão?

Esperei até que o bendito chegasse para traduzir: 

Por beber del veneno malevo de tu amor
Yo quedé moribundo y lleno de dolor
Respiré de ese humo amargo de tu adiós
Y desde que tú te fuíste yo sólo tengo

- Basicamente, “Por beber do veneno malévolo do seu amor,...” - Ignorei a risada dele. - “Eu me tornei moribundo e cheio de dor. Respirei dessa fumaça amarga do seu adeus e desde que você foi embora, eu só tenho...” 

E o refrão mesmo começou e cantei animada, no ritmo da música: 

Tengo la camisa negra
Porque negra tengo el alma
Yo por ti perdí la calma
Y casi pierdo hasta mi cama
Cama, cama, come on baby
Te dijo con disimulo
Que tengo la camisa negra
Y debajo tengo el difunto

- “Tenho a camisa negra porque tenho a alma negra... Perdi a calma por sua causa e até quase perco minha cama. Cama, cama, come on, baby, te digo com dissimulação que tenho a camisa negra e por baixo tenho o defunto.”

- Que isso! 

Ri e falei:

- Trágico, eu sei. 

Rimos e continuamos a nos divertir. 

Logo, o Alex se materializou ao nosso lado justamente que começou a tocar 
uma outra música, só que mais lenta. Assim que me puxou para mais perto, aproximou sua boca da minha orelha e cantava o refrão baixo, com aquela voz rouca que me causava arrepios:

Labios compartidos
(Lábios compartilhados)
Labios divididos, mi amor
(Lábios divididos, meu amor)
Yo no puedo compartir tus labios
(Eu não posso compartilhar seus lábios)
Y comparto el engaño
(E compartilho o engano)
Y comparto mis días y el dolor
(E compartilho meus dias e a dor)
Yo no puedo compartir tus labios
(Eu não posso compartilhar seus lábios)
Oh amor, oh amor
Compartido
(Compartilhado)
Amor mutante
Amigos con derecho y sin derecho de tenerte siempre
(Amigos com e sem direito de te ter sempre)
Y siempre tengo que esperar paciente
(E sempre tenho que esperar paciente)
El pedazo que me toca de ti
(O seu pedaço que sobra para mim)
Relampagos de alcohol
(Relâmpagos de álcool)
Las voces solas lloran en el sol
(As vozes solitárias choram ao sol)
Mi boca en llamas torturada
(Minha boca torturada em chamas)
Te desnudas ángel hada, luego te vas
(Te despes, anja fada, logo se vai)

Não pude deixar de perceber que aquilo não era simplesmente uma tentativa de sedução nem nada, mas havia uma espécie de mensagem subliminar. Que eu peguei. 

Desviei o olhar dele por um segundo e desejei não ter feito isso: O Bill estava com uma piriguete dependurada no seu pescoço e os dois quase se engoliam. Escondi o rosto no peito do Alex e tentei não dar atenção ao casal que não fazia a mínima questão de disfarçar. 

Quando todas nós fomos ao banheiro (Deixando os meninos fazendo aquele típico comentário de que não sabiam o porquê de as mulheres irem fazer xixi em bando), a “piri” estava com um sorriso de orelha à orelha, só comentando o quanto o Bill beijava bem, que ele tinha “A” pegada e outras baboseiras. Eu e as meninas só revirávamos os olhos e ela era tão... Tapada que nem notava. 

- Iza do céu! Lembrei que estou precisando da sua ajuda. Vem aqui comigo um minuto. - A Elise praticamente gritou, assustando todo mundo. Menos a piri.

Assim que estávamos longe o bastante tanto da mesa quanto do banheiro, perguntou: 

- Vem cá... Está difícil para disfarçar que você está incomodada com o Bill e a piri?

- Está explícito, né? 

Concordou, muito sem jeito. 

- Aconteceu alguma coisa, né? 

Respirei fundo e assenti. 

- Ninguém sabe, mas... Teve um dia no hotel, justo na manhã seguinte que voltei do hospital e... O Bill foi até o quarto e acabei me descontrolando. 

- O que você fez? Pelo amor de Johnny Depp! Não me diga que você tacou ele na parede e o chamou de lagartixo?

Por pior que estivesse me sentindo, foi difícil de não rir daquela.

- Eu bati nele. - Confessei. - E muito forte, já que ficou a marca dos dedos na bochecha dele. 

A Elise me olhava com os olhos arregalados e cara de surpresa. Por fim, quis saber: 

- E aí? Como foi a sensação?

- Elise! - A censurei. - Ele é amigo do Georg! 

- E daí? O fato de o Bill ser amigo do Georg não o faz menos cuzão. 

Olhei para ela, surpresa. 

- Ah, Izzy, nem vem! Se ele realmente não fosse um cuzão, vocês ainda estariam juntos e aposto que ele não teria tomado o tapa. E muito menos teria te feito sentir tanto remorso. 

- Elise, você não é normal... 

- Como você diz sempre... Ainda bem! Imagina se eu fosse? Seria um pé no saco e de quebra, não teria meu cabeludinho. 

Rimos daquilo e ela disse: 

- Izzy... Tive uma ideia. O Bill vai odiar, mas o Alex vai amar. E sem falar que não é nenhum sacrifício fazer o que estou imaginando... 

Só de ver a cara que estava fazendo dava medo.

Bill

O plano do Tom funcionava às mil maravilhas. Até a hora em que elas foram ao banheiro, vi que a Elise a arrastou para um canto reservado e as duas conversavam. O Tom, percebendo muito bem o que a namorada do 
hobbit estava fazendo, disse: 

- Georg, quero te pedir uma ajuda. Tira a Elise de perto da Iza. 

- Por quê? - Ele perguntou, sem entender. 

- Só... Faz o que eu estou te pedindo. Depois te explico tudo. - Meu irmão respondeu. Sim, estava falando aquilo porque o almofadinha tinha acabado de voltar à nossa mesa. O Georg entendeu a mensagem e foi atrás da Elise. E para minha infelicidade, o namorado da Barbie teve a mesma ideia. Só que, ao contrário do 
hobbit, ele não tirou a Iza para dançar. 

Estava tudo muito bem até que o olhar dela encontrou o meu e, depois de dar um sorriso torto e arquear a sobrancelha, pressenti que aí vinha. E o Tom também, já que disse: 

- Puta merda! Ela não vai fazer o que eu acho que vai... 

- Ela vai. - O Gustav disse. Sim, estávamos os três observando a Iza. 

Logo, vimos a sua mão indo até a nuca do filho da puta e o puxando para mais perto. Em seguida, o beijou de um jeito... Acho que ela só me beijava assim quando estávamos sozinhos num quarto. E só para me provocar ainda mais, arranhava a nuca do infeliz, exatamente do mesmo jeito que fazia comigo. 

- Por isso que eu quero morrer amigo dela. - O Gustav disse. - Mulher é tudo igual mesmo... 

- O que foi que você disse aí, Schäfer? - A voz da Elise os distraiu; Eu ainda continuava olhando para aquela palhaçada toda. 

- Nada. - Ele respondeu, se encolhendo. 

- Bill... - A ouvi me chamar. Ignorei completamente. Deve ter repetido umas quatro vezes e só desviei o olhar da Luiza quase sendo engolida pelo filho da puta almofadinha quando senti alguma coisa batendo na parte de trás da minha cabeça. Todo mundo ria de mim, inclusive o Tom, que era o autor do tapa que tomei. 

- Obrigada. - A Elise disse. - E você - falava comigo. - para de dar bandeira antes que a sua amiguinha volte e te pegue no pulo. 

Nem bem disse isso e a própria se materializou do meu lado, se dependurando no meu pescoço e, naquela voz enjoada que só ela tinha, resmungando que estava cansada e queria ir para a casa. Olhei feio para a Elise, como se pudesse dizer: “Obrigada por ter essa boca gigante.” E ela retribuiu com aquele sorriso de quem diz: “De nada, bonitinho.”. 

Quando já estava perdendo a paciência, tanto com a minha acompanhante, quanto com a Luiza e o almofadinha, que ainda não se desgrudaram, as meninas foram de novo ao banheiro e o namorado da Barbie apareceu e teve a infeliz ideia de perguntar para o Tom: 

- Por um acaso a Em também é... Assim? 

Meu irmão, forçando um riso, disse: 

- São todas iguais, para sorte dos brasileiros. 

- E nossa. Mas como você sabe disso? - Perguntou, não escondendo a curiosidade. 

- Porque eu não fui o único da banda que já beijou a Luiza. - Respondi. Não contive um sorriso meio maligno ao ver que tinha afetado aquele cretino.

- Foi você? - Perguntou, olhando para o Tom, que concordou. 

- Mas foi antes de ela namorar o Bill. E muito antes de eu conhecer a Em. 

Olhava para o Georg, que segurava o riso. E o Gustav, simplesmente balançava a cabeça em negação. 

- Ela não me contou isso... 

- Sério? A Iza sempre conta tudo... Pelo menos para a gente é assim. - O Georg disse, entrando no nosso joguinho. O loiro ficou puto, dava para ver isso claramente. - Para falar a verdade, são pouquíssimas coisas que ela não conta para a gente.

- Ah, mas... Se ela não te contou é porque não teve tanta importância assim. Afinal de contas, a gente não teria dado certo. - O Tom o atiçou ainda mais. 

Nesse instante, as meninas estavam saindo do banheiro e indo até o bar. O Georg teve a feliz ideia de dizer:

- A Elise tá me tirando do sério com esse vestido... 

- Nada. Sou muito mais as brasileiras... - O Tom provocou o almofadinha mais ainda. - Olha a Em... Deliciosa demais. Vocês têm que concordar que lá é o paraíso das gostosas...

Só para estressar o inglês ainda mais, concordamos ao mesmo tempo e ainda adicionamos alguns adjetivos que não tínhamos coragem de dizer na frente da Luiza e da Emily. 

Realmente estava ficando difícil controlar o riso. Mas só de ver o almofadinha quase explodindo estava valendo a pena. 

- Alex, me perdoa, mas a Iza também provoca. - O Gustav disse. 

- Com licença. - O almofadinha avisou, se levantando, puto da vida. Quando estava longe o bastante, não conseguimos mais segurar as risadas. 

- A Iza vai matar a gente quando descobrir. - O Georg falou. 

- Foda-se. Mas só de a gente ter tirado o filho da mãe ali do sério, valeu. - Respondi, rindo. De repente, as meninas (Sem a Iza, que tinha ido atrás do almofadinha) voltaram para a mesa e a Elise perguntou, desconfiada:

- O que vocês aprontaram?

- A gente estava se decidindo entre qual cantada jogar numas gostosas que passaram por aqui. - O Tom respondeu, recebendo um tapa da Em. 

- Vocês não têm vergonha, é incrível! - A Hannah disse, rindo. De repente, o almofadinha passou feito um buscapé pela mesa e a Iza foi atrás. E os dois saíram. A Elise nos olhou, desconfiada, mas não disse nada. Do nada, a Iza voltou, apressada e pegou a bolsa. A Hannah perguntou:

- Onde é o fogo? 

A resposta da Iza foi um sorriso malicioso e as meninas logo falaram:

- Me conta tudo depois, hein? - A Elise pediu. 

- Aproveita bastante! - A Hannah aconselhou. 

- Pode deixar. Para as duas coisas. - A Iza disse, piscando. 

- Usa camisinha! - O Tom a provocou. A Iza, rindo, fez um gesto displicente com a mão e saiu. Depois disso, fechei a cara e desejei que o almofadinha falhasse na hora H. 

Luiza

- Eu não acredito! - Exclamei. O Alex tinha acabado de me contar o que aquelas quatro pestes tinham feito. Estávamos do lado de fora do clube e ele estava realmente bravo comigo. Numa última tentativa, falei: - Só... Me responde: Com quem eu estou agora? Nesse exato instante? Com você ou com eles? 

- Aposto que queria estar lá dentro. 

Arqueei a sobrancelha e falei: 

- Ah é? Consegue um táxi para a gente enquanto vou buscar as minhas coisas. E hoje você dorme no seu apartamento, comigo e sem discussão, entendido? 

Me olhava, numa mistura de choque, curiosidade e malícia. Assim que fui correndo buscar a bolsa, a Hannah perguntou: 

- Onde é o fogo?
Minha resposta foi um sorriso malicioso, rezando para que elas captassem a mensagem. e as meninas logo falaram:
- Me conta tudo depois, hein? - A Elise pediu.
- Aproveita bastante! - A Hannah aconselhou.
- Pode deixar. Para as duas coisas. - Falei, piscando. Contive minha vontade de rir ao ver a carranca do Bill.
- Usa camisinha! - O Tom provocou. Rindo e me esquecendo um segundo do que eles aprontaram, fiz um gesto qualquer com a mão e fui até a saída. O Alex me esperava, segurando a porta aberta do táxi e me ajudou a entrar no veículo, segurando minha mão. Falou com o motorista para onde iríamos e, durante o caminho, ficou quieto. Sabia que quando menos esperasse, traria todo o assunto à tona de novo. Então, decidi me adiantar: 

- Nunca te falei nada sobre ter ficado com o Tom porque realmente não importa. Sempre o vi como um excelente amigo, quase um irmão. E ele também. Tanto que não foi para frente. E além do mais... Viu como ele fica quando a gente fala na Em? 

- O que me chateou foi justamente você não ter me contado, independente se você ficou com ele ou não. 

- Me desculpa. Te falei. Não te disse nada porque não achei que tinha importância, dado que foram dois beijos. 

- Dois beijos? 

- É. Alex, não me faz uma tempestade num copo d’água, pelo amor de Deus! 

- Me garante que foram dois beijos? 

Concordei. 

- O Tom não faz meu tipo. 

- Você namorou o irmão gêmeo dele... 

- A aparência é uma das últimas coisas que eu observo. Primeiro vem a personalidade. O Tom é mulherengo demais. Por isso que não acho que iria para frente. 

- Será? 

Bufei, me irritando com tudo aquilo. Falei, segurando o rosto dele virado na minha direção:

- Alexander, entende uma coisa. Eles são meus amigos. Realmente são importantes e tal, você sabe os motivos. Mas... Não te vejo como um irmão. 

Deu um sorriso torto e, segurando minha mão, deu um beijo na palma. 

- Vai... Tem tanta coisa mais importante para você dar atenção do que essas besteiras. - Pedi, fazendo manha de um jeito que eu sabia que ele ia amolecer. 

Assim que pagou a corrida, me ajudou a sair do táxi e, nem bem terminei de trancar a porta e fui puxada pela cintura. Rapidamente fui virada e, quando ficamos de frente um para o outro, o Alex me beijou da maneira mais... Sensual e ansiosa possível. Apertava cada mínimo pedaço da minha cintura e com uma gentileza tão... Surpreendente. Logo, fomos trombando em praticamente que tinha no nosso caminho até o quarto. Assim que chegamos ao quarto, me fez deitar sobre a cama, sem interromper o beijo. Deixava minha mão deslizar pela sua nuca, vez ou outra a arranhando de leve. Sempre que fazia isso, percebia sua respiração ficando mais pesada. Logo, meus dedos deslizaram pelo seu pescoço, peito e barriga até chegarem à barra da blusa e escorregando para baixo do pano, logo em seguida. Naquele instante, entrei no automático. Quer dizer, sabia que o Alex era excelente na cama, mas, por mais que fosse... Parecido comigo, ainda sim, achava tudo muito... Invasivo. 

Quando se largou ao meu lado na cama, com o suor brilhante cobrindo cada milímetro da sua pele, percebeu que eu estava pensativa demais. 

- O que foi? Não gostou? 

- Quê? Ah, não. Estou só... Pensando. Sabe que minha mente nunca para de trabalhar. 

- Sei, e dá até para ouvir as engrenagens funcionando aí dentro. - Disse, brincando enquanto me puxava para mais perto dele. Senti uma repulsa estranha e repentina. Sabe quando você está montando aquele enorme quebra-cabeças, encontra duas peças que parecem se encaixar, mas percebe que uma é pequena demais para a outra? Pois é. Me sentia como a menorzinha. Sentia que ali, com a cabeça encostada no ombro do Alex não era meu lugar. E por enquanto, não voltaria para lá.

Assim que o Alex pegou no sono, fui até a cozinha e fiz uma xícara de chá, me sentando em uma das poltronas e observando o céu escuro, com algumas estrelas. A camisa xadrez que usava, era dele e havia sido esquecida ali na tarde anterior parecia estranhamente grande demais em mim. Parecia que eu não pertencia àquele lugar. 

Depois de passar a noite em claro, assim que o Alex acordou, perguntou: 

- Está tudo bem, Izzy?

- Não, não está. - Respondi, quase não segurando o choro. 

- O que houve? 

- Alex, eu... Gosto demais de você para continuar teimando em uma coisa que não vai dar certo. Por mais que esteja me esforçando para continuar o namoro, não... Estou conseguindo corresponder à tudo aquilo que sente por mim. Você merecia alguém como a Alessia e não como eu. 

- Quê? Como assim?

- Ela não me contou nada, mas está óbvio que vocês simplesmente têm que ficar juntos. Além do mais... Áries e Libra se dão melhor que Áries e Aquário. 

- Mas dão certo também. 

- Não quando o coração de uma aquariana sempre vai pertencer a um virginiano e vice-versa. 

Concordou em silêncio, apenas balançando a cabeça. 

- Eu deveria ter percebido. Quer dizer, sempre que vocês se encontram, seus olhos brilham. Tomara que ele não se case com a Sofia, mas com você. 

Sorri fraco. Era meio... Bisonho ouvir isso da boca de um ariano, mas tudo bem. 

- Quer dizer então que a Alessia é a fim de mim? - Perguntou, sorrindo torto, todo interessado. Concordei e ele pediu: - Ainda trabalha de cupido ou só o Tom tem esse privilégio?

Dei um sorriso torto como o dele e falei:

- Vai com calma, ô exemplar de Áries. Seja o perfeito cavalheiro que você é. Paciência, acima de tudo. E por fim... Ela adora rosas vermelhas, como todas as mulheres. Depois quero saber como foi tudo, ok? 

Sorrindo, me abraçou e a sensação boa que tomava conta de mim era simplesmente uma das melhores do mundo.
 Postado por: Alessandra

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