domingo, 17 de junho de 2012

The Neighbour - Capítulo 33

Luiza

Nos dias que se seguiram, fazia questão de desfilar na frente do Bill usando roupas justas e/ou curtas e decotadas, mas nada vulgar, claro. Só... Provocantes na medida. Sem falar nas vezes que ficava na piscina do hotel, tomando sol com a parte de cima do biquíni aberta. Obviamente, o Tom sempre fazia aqueles comentários dignos dele e muitas vezes, via que até ele ficava mexido com as minhas provocações, mas se comportava. 

Foram dois meses de tortura psicológica e, numa noite, depois do show em Bucareste, vi que uma piriguete do nariz em pé, que fez aquela cara de nojo enquanto me olhava e avaliava dos pés à cabeça. Ignorei totalmente aquela criatura, que foi até o quarto do Bill. E como eu fiquei no quarto do Tom, numa batalha épica de Guitar Hero, onde ele ganhava de mim em disparada, me surgiu uma ideia maligna subitamente. 

- Iza, não faz isso. - O Tom disse, depois que mandei a terceira mensagem para o Bill. Basicamente, eram coisas bem... Provocantes que eu não tinha coragem de dizer quando estávamos namorando. - Ele vai ficar puto com você. 

Dei de ombros e falei:

- Ô mania horrorosa que homem tem de proteger um ao outro. E com você e o Bill é ainda pior! E vira de costas e não olha. Do contrário, minha vingança maligna se aplica à você também. 

A contragosto, me obedeceu. Tirei minha blusa e, mesmo sabendo dos riscos, tirei uma foto minha onde não aparecia meu rosto. Só o queixo e a boca. Mordi o lábio inferior e apoiei o braço de modo que juntou os meus seios, que estavam cobertos pel
o sutiã de renda que eu sabia que tirava o Bill do sério. E mandei a foto para ele. Em seguida, vesti a blusa de novo e, quando o Tom voltou a jogar, ouvimos umas batidas fortes na porta e o Tom disse: 

- Eu te avisei... 

- 
Tom, abre a porra dessa porta! Eu sei que a Luiza está aí dentro!

Ele me olhou, meio sem saber o que fazer. Fiz um sinal que indicava que podia abrir a porta e, enquanto ele o fazia, levantava do pufe. Estava do outro lado do quarto e de quebra, ainda tinha a cama. O Bill entrou, parecendo um buscapé e, quando o vi avançando na minha direção, fiz a primeira coisa que me passou à cabeça: Fugir dele. Acho que nunca corri tanto na minha vida, nem para pegar ônibus que estava passando. O Georg abriu a porta do quarto dele, estranhando toda aquela bagunça e me viu. Perguntou: 

- O que aconteceu? 

- Você já vai ver. - Falei, indo rumo à escada de incêndio; Capaz de eu dar esse mole para o Bill e ficar esperando o elevador, dando a chance de ele me pegar. Não precisou de nem dois segundos para o bravinho vir correndo atrás de mim, me seguindo. Acho que devo ter descido os vinte andares de escada num segundo e nem estava cansada. É como dizem: Para baixo, todo santo ajuda. E para quem fumava, até que ele estava conseguindo manter bem o fôlego. Todo mundo que passava por nós, até mesmo no saguão do prédio, nos olhava confusos. E quando o Bill entrava nos seus campos de visões, sem camisa, descalço e pior, de calça aberta, a expressão mudava para estarrecida. Continuei correndo até que cheguei na beirada da piscina. O trauma do dia que a Sofia tentou me matar ainda não tinha sido totalmente curado e nem percebi direito que o Bill finalmente tinha me alcançado. E provavelmente nem notou que eu estava congelada ali. Tanto que não deu tempo para ele tentar frear e acabamos debaixo d’água. 

Depois que emergimos, tentava fugir, mas ele me segurava firme contra a borda, que chegava a me machucar mesmo e gritava comigo:

- TINHA MESMO QUE FODER COM A MINHA NOITE, NÉ, BELOTTI? 

Dei de ombros, dando um meio sorriso. 

- VOCÊ É UMA PRAGA, GAROTA! 

- Me diz algo que eu ainda não sei. - Pedi, calma. Ainda não tinha caído a ficha de onde estava. Ele bufou, me soltando e, quando achei que ia sair da água, me prensou contra a borda e fez o que eu não estava esperando, apesar de ser muito clichê: Me beijou. Sem minha permissão, as minhas mãos foram até a sua nuca, a arranhando de leve. Não conseguia deixar de reparar como era quase perfeito o modo que nossos corpos se encaixavam. Era quase perfeito por causa da diferença de tamanho. 

Como sempre, se aproveitou que eu estava toda molenga e me puxou para mais perto ainda, mordendo meu lábio inferior. Disse, aproximando sua boca do meu ouvido: 

- Vai ter volta, pode saber... E vou fazer dez vezes pior que te mandar fotos minhas sem roupa.

Não evitei um sorriso malicioso e falei:

- Mal posso esperar... Ainda mais que só fotos não me contentam, Bill. - Disse seu nome de modo bem sensual, fazendo com que aquilo mexesse com ele. 

- Ah é? E o que te contentaria? - Perguntou, mordendo o lábio inferior e me olhando de um jeito... Se não estivesse apoiada na beirada da piscina, teria afundado. 

- Em primeiro lugar... Se você colocasse aquela piriguete para correr. Em segundo... Se você fizesse por merecer a minha companhia. 

- E como seria isso? 

- Sendo um menino muito bonzinho comigo hoje à noite. Me deixando fazer o que eu quiser. 

- E o que... Quer fazer? - Perguntou, deslizando a ponta a língua sobre os lábios, umedecendo-os. 

- De início? - Fingi pensar. Dei um meio sorriso e respondi: - Fazendo uma experiência com quente e frio... Acho que seria bem... Interessante. - Disse, deslizando a ponta da minha unha em círculos e em volta do seu umbigo, vendo-o engolir em seco. Sem falar que eu sentia contra minha coxa o quanto aquilo mexia com ele. - Mas... Acho que, como estamos falando hipoteticamente... 

O empurrei para longe e saí da piscina. Fez o mesmo, ignorando totalmente seu estado e, por fim, me seguiu até o elevador, conseguindo fazer com que, principalmente, o gerente nos olhasse feio. Aproveitando que estávamos sozinhos, disse:

- Ao contrário de você, não falaria hipoteticamente. Quer dizer, acho que em primeiro lugar, te mostraria. E faria você ter um orgasmo. Porque eu sei que você nunca teve um. 

Arqueei a sobrancelha e perguntei, dando um meio sorriso:

- Quem te garante? 

- Me descreve o que sentiu, então... 

- Para ficar comparando ao feito do Alex? Não, obrigada. Apesar do que, até queria te ver tentando... 

- Não seja por isso. - Disse, antes de me agarrar. Me pôs contra a parede do elevador e já ia me beijar quando fui salva pelo gongo, quase que literalmente: As portas se abriram e um casal de idosos nos encarava, boquiabertos. Saímos do elevador dois andares abaixo do nosso, tamanha era nossa vergonha e, rapidinho, dei um jeito de subir até minha suíte, sem nem olhar para trás. Antes mesmo que pudesse pegar na maçaneta da porta das escadas de incêndio, senti um puxão na cintura e fui posta contra a parede e, logo depois, ele me beijou daquele jeito mais... Intenso que me deixava até zonza. Uma das suas mãos estava na altura das minhas costelas enquanto a outra estava sobre minha coxa. Essa, inclusive, deslizou para minha bunda e, depois de apertá-la, fez com que eu erguesse minha perna e a enroscasse em torno do seu quadril. Fiz o mesmo com a outra. A consequência, obviamente, foi a de que nossos quadris ficaram colados e eu podia perfeitamente notar o quanto ele estava excitado. Ainda mais que o botão da sua calça jeans continuava aberto. Me pressionava contra a parede e até chegava a doer muito, mas quem disse que eu me importava?

Não contive um gemido rouco assim que senti sua mão se fechando em torno do meu seio e o apertando com vontade. Sugou meu lábio inferior e, logo depois, passou a beijar a linha do meu maxilar até chegar no pescoço. Quando chegou à minha orelha, mordeu o lóbulo, me deixando estranhamente arrepiada e, com aquela voz rouca que me tirava todo o juízo, disse:

- Duvido que o almofadinha tenha feito com que você tivesse um orgasmo... 

- Por quê? - Perguntei, com a voz fraca. - Acha que ele não seria capaz?

- Sinceramente, acho que não. E se tivesse a capacidade, você podia até estar trepando com ele, mas era em mim em quem você pensava, estou certo?

Ao ouvir aquilo, o empurrei para longe de mim e, enojada, bati no seu rosto. 

- Nunca mais fala isso. 

- Por quê? Vai dizer que gostava quando ele te fodia? 

- Gostava, principalmente porque ele não “trepava” comigo e muito menos me “fodia”. Até por que... Quem faz isso comigo é você. - Falei, ofendida e saindo dali. Tentou me seguir, mas não consegui me livrar dele. Já de saco cheio, quase gritei: - Me deixa em paz e vai transar com aquela piriguete que tá no seu quarto, vai! 

Me olhou de cara fechada e tive a pior reação possível: Comecei a bater nele, xingando-o de todos os nomes e o empurrando. Tentava lutar contra as minhas lágrimas, mas não conseguia. Num dado momento, conseguiu segurar meus pulsos e, quando outras pessoas que estavam no mesmo andar que nós, começaram a sair das suítes para ver o que estava acontecendo, ele conseguiu abrir a porta da minha e me fez entrar ali. Assim que ficamos sozinhos, voltei a bater nele. E de alguma forma, queria machuca-lo, tamanha era minha raiva por tudo que disse e havia feito comigo. Tentava me segurar, mas não conseguia, já que eu era rápida, apesar de estar daquele jeito. No final das contas, se cansou e, num reflexo assustadoramente rápido, me segurou e puxou para mais perto, conseguindo me imobilizar. Tentei me soltar, sem sucesso e, no final das contas, conseguiu me levar até a cama e me derrubar sobre o colchão. Segurou meus braços, já que eu me debatia e tentava me libertar e, aproveitando um mísero instante que me distraí, me beijou. Não tão ansioso quanto quando estávamos nas escadas, mas ainda sim, era intenso. Aos poucos, fui amolecendo e, quando soltou minhas mãos, imediatamente, uma delas foi até sua nuca, a arranhando de leve e bagunçando os seus cabelos quando meus dedos subiam um pouco, incapazes de ficarem concentrados num único lugar. A outra foi para suas costas. E as duas dele ficaram sobre minha cintura. Assim que o quarto ficou abafado demais, depois de alguns minutos em que nos beijávamos um pouco ansiosos demais, senti que a camiseta que eu usava, ainda molhada, estava sendo erguida e expondo minha barriga. Ao mesmo tempo, uma das suas mãos estava sobre minha coxa e a apertava com uma firmeza que me fazia ofegar e até estremecer. Logo, puxou minha perna para enroscá-la em torno do seu quadril. Mordi seu lábio, o puxando e, quase imediatamente, terminou de tirar minha camiseta. E foi aí que tive um estalo daqueles de consciência e o afastei, me odiando por fazer aquilo. Pegando minha camiseta e a vestindo, tentei ser coerente ao pronunciar as palavras:

- Fica... Longe... De mim. 

E sem aviso prévio, saí do quarto, atordoada, deixando-o com cara de tacho atrás de mim. 

Assim que tivemos uma noite de folga em Bucareste... Adivinha qual foi o programa? Óbvio que era ir a uma boate. E obviamente, me arrastaram juntos. Só aceitei ir porque não queria ficar enfurnada no hotel, remoendo todo meu relacionamento e término de namoro com o Alex. Sem falar no remorso monstruoso que sentia. Por outro lado, essa sensação péssima era relativamente aliviada quando recebia uma mensagem dele, contando como estava indo com a Alessia, que eu sabia que era apaixonada por ele desde o primeiro instante. E ela, crente que eu não sabia de nada, sempre dava um jeito de me manter atualizada também. 

Assim que chegamos à área VIP, tratei de me sentar em um banquinho ao bar e pedi ao
barman um drink vermelho que tinha visto uma garota tomando. Em poucos instantes, me entregou a taça e, quando nem bem dei o primeiro gole, senti um braço envolvendo minha cintura e, quando ia olhar, não me surpreendi ao ver quem era. Perguntou:

- Está planejando enfiar o pé na jaca de novo? 

- Do jeito que as coisas estão... A tentação é grande, viu?

- Ô 
liebe... - Disse, com aquela carinha de gato de botas do Shrek.

- Tom, a última coisa que eu preciso agora é essa sua cara de gato do Shrek. 

Riu e tomou a taça das minhas mãos, a colocando sobre o balcão e, logo em seguida, me puxando pela mão até a pista de dança. Não por um acaso, começou a tocar 
Party girl e ele, me olhando com aquela cara de tarado, me incentivou a ir em frente. Talvez foi por causa do álcool que me atrevi a ser desinibida e dançar no ritmo da música, movimentando meu corpo conforme as batidas. E para me fazer ainda mais confortável, fechei meus olhos e, logo, senti que o Tom estava atrás de mim. E nem por isso deixei de dançar. De repente, ouvi a sua voz bem próxima ao meu ouvido: 

- Abre os olhos. 

Neguei, dando um meio sorriso ao mesmo tempo em que mordia o lábio e ele insistiu. Quando obedeci, vi que TODA a ala masculina, sem exceção nenhuma, estava me observando. Alarguei meu sorriso ao ver um olhar fixo em especial e, “dando ré”, colei meu corpo ao do Tom, que ficou meio sem ação de início, mas depois se aproveitou. Depois do refrão da música, me virei de frente para ele enquanto ouvia: 

I, I gotta leave this room, 'cause it's starting to spin
(Eu, eu tenho que sair dessa sala, porque está começando a girar)
But there's no escape from this mess that I'm in
(Mas não tenho escapatória dessa bagunça em que estou)
She can't resist the temptation to sin
(Ela não consegue resistir à tentação de pecar)
So pull your collar up before she sinks her teeth in,
(Então puxe seu colarinho para cima antes que ela afunde seus dentes)
Yeah

Nessa hora, olhei para o Bill, dando um meio sorriso e afastando a gola da camiseta do Tom. Em seguida, inspirei fundo, sentindo o cheiro do seu perfume e, logo depois, beijei seu pescoço, sentindo-o arrepiar, ficar tenso e ficar estático. Uma das suas mãos foi para a minha cintura e, parecendo ter uma ideia, disse: 

- Você sabe que não deveria ter feito isso, não é?

Dei de ombros e respondi:

- Isso é para ele aprender a deixar de ser besta. 

- Mas você percebeu que só está judiando dele nos últimos dias? 

Assenti e falei:

- E está surtindo efeito. Ou vai dizer que não viu que ele está puto?

Rindo, negou com a cabeça e continuamos dançando juntos. De repente, percebi que havia uma garota nos encarava. A analisei de cima a baixo e fiz sinal para que se aproximasse. Dando uma desculpa qualquer, fui até ela e falei:

- Eu vi que você estava nos observando... Cuida bem dele, que é um cara excelente. 

Foi andando na direção do Tom enquanto eu ia ao banheiro. Ouvi o barulho da porta se fechando e nem preocupei se estava demorando ou não. Quando saí do cubículo, fui até a pia e, enquanto estava lavando a mão, notei um movimento atrás de mim e, quando olhei para o espelho, não vi nada. A luz começou a falhar e rapidamente procurei pelo meu celular, que tinha lanterna. Assim que o encontrei, a luz se estabilizou e, bufando, guardei o aparelho de volta na bolsa. Ergui o olhar e tomei aquele susto: Na minha frente e encostado na parede, estava o Bill, com um meio sorriso debochado, me olhando de cima a baixo. Perguntou:

- Se divertindo? 

- Acho que deu para perceber, não é? - Falei, já no tom irônico. 

- É. Notei... - Respondeu. - Não imaginei que fosse capaz de brincar tanto assim... - Percebi o duplo sentido contido no que ele dizia.

- Pois é. - Disse, andando até ele. Fiquei com o rosto a poucos milímetros do seu e continuei, deixando minha boca praticamente colada à sua: - Só que... Cansei de brincar. Perdeu a graça. 

- E... - Disse, deslizando a ponta da língua sobre seu lábio; Sem que percebesse, a encostou sobre o meu. - O que vai fazer agora?

Dei um meio sorriso e pedi:

- Fecha os olhos e respira fundo. 

Estranhou o pedido, mas concordou. No instante seguinte, o puxei pela gola da jaqueta e o beijei. Eu sei que era estranho por causa da minha postura, mas a grande verdade era que eu já não conseguia mais me controlar perto dele. 

Bill

Assim que nos separamos, não me contive:

- Volta para mim. 

- Não vai desistir, não é? 

- Não. Se eu precisar pendurar uma melancia no pescoço, tingir o cabelo de laranja neon e me pintar de roxo, além de sair por aí pelado e cantando... - Parei para pensar numa música que a faria rir. - lambada só para te ter de volta... Eu faço. 

- Não precisa pendurar a melancia no pescoço. Nem tingir o cabelo de laranja neon. Não precisa se pintar de roxo. E pode continuar vestido. E, apesar de eu querer muito te ver tentando, não precisa cantar lambada. 

- Não? 

- Não. 

- E o que eu preciso fazer, então?

Deu um meio sorriso e respondeu:

- Me beijar. 

Foi o que bastou para que eu a soltasse, mas para segurá-la pela cintura e a beijasse. Por causa da diferença de tamanho, foi realmente complicado continuar ali, daquele jeito. Então, ergui sua perna e a enroscou no meu quadril, assim como a outra. Abri um olho para ver onde tinha a parede mais perto e fui andando e carregando a Iza no colo até que a alcançássemos. Uma vez ali, continuei a beijar a Luiza com tanta intensidade quanto antes e a minha vontade era sairmos e voltarmos ao hotel e só deixarmos o quarto na noite seguinte. Mas, infelizmente, como tudo que é bom, dura pouco... Tivemos que interromper o beijo e, antes de soltá-la, avisei:

- Depois me dá a cópia da chave do seu quarto. Quero terminar isso mais tarde. 

- Vai sonhando... - Sussurrou, aproximando a boca da minha orelha e me fazendo arrepiar. E para arrematar, mordeu o lóbulo da minha orelha. Estremeci e ouvi sua risada baixa. Falei:

- Pode saber que vai ter volta, ouviu bem, Belotti?

- Vou esperar sentada, Bill. - Respondeu, deixando a voz mais baixa e grave, só para me provocar. 

Bateram na porta mais uma vez e tivemos que sair dali. Obviamente, as meninas que queriam usar o banheiro fizeram aquela cara quando me viram e, logo depois, ficaram de risinhos uma com a outra. 

Quando encontrei o Tom no meio daquela confusão, perguntou:

- Aconteceu o que eu acho que aconteceu?

Dei de ombros e falei:

- Ela tem o dom de me confundir...

- Considerando que a Luiza é uma das pessoas mais complexas que existem... Sinceramente, eu não sei o que te dizer. 

- É, eu percebi. - Retruquei. - Mas sério... Se ela quer me tirar do sério, está conseguindo. 

- Não passou pela sua cabeça que, como ela é uma feminista até o último fio escuro de cabelo, pode estar seguindo o conselho idiota daquelas revistas ainda mais idiotas que ela costuma ler?

- Tipo? - Perguntei, não entendendo aonde ele queria chegar com aquela conversa. 

- Tipo... “Dê um gelo nele, que vai vir como um cachorrinho abanando o rabo”. 

- Nossa, se ela está fazendo isso... - Falei, em tom de ameaça. 

- Bom... Veja pelo lado positivo. Imagina se ela fosse fácil? Ia perder a graça, não concorda? 

Assenti. O pior era isso. Mesmo que nós dois já tivéssemos experiência suficiente com as meninas, ainda sim, simplesmente não dava para tentar adivinhar o que se passava pela cabeça da Luiza. O jeito era ir levando e ver o que ia acontecer.

Postado por: Alessandra

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