sábado, 23 de junho de 2012

Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz - Capítulo 11 - Festa!

Acordei com uma dor de cabeça tão forte, que cheguei a ter de fechar os olhos novamente para me adaptar a ela. Olhei no relógio acima da bancada, já eram cinco da tarde. Sentei na cama improvisada e olhei o quarto, estava vazio, exceto por mim. Ouvi um grande barulho vindo de fora, será que os vizinhos estavam dando alguma festa? É, talvez não fosse uma boa ideia ir dormir às quatro da manhã.

Levantei e senti a garganta seca, então arrumei minha cama e saí do quarto. No momento em que abri a porta, o barulho de música alta se expandiu. Alguém passou por mim, rápido, me empurrando. Vi algumas poucas pessoas no corredor, pessoas desconhecidas. Algumas seguravam copos com cerveja, outras comiam algo. Mas o que elas faziam ali?

Segui pelo corredor e parei no topo da escada. Todos os olhares se dirigiram a mim. Alguns de deboche, outros de vergonha e outros de curiosidade e pura malícia. Tinha muita gente na sala e... AH MEU DEUS! Eu estou com um pijama curtíssimo na frente de uma elite de pessoas.

Desci a escada correndo e procurei o mais rápido possível alguém conhecido. Puxei meu pequeno short para baixo algumas vezes e arrumei a blusa, antes de andar pela sala, cheia de garotas com vestidos decotados.

- Essa daí está desesperada para pegar Tom. – Ouvi um comentário feminino.

Senti meu rosto esquentar e minhas bochechas corarem. Avistei Georg com o braço envolvendo uma garota. Andei até ele e parei na sua frente. A menina me olhava meio assustada.

- Ah, oi Bi! – Ele sorriu bebendo o resto do líquido que tinha no copo em que segurava. – Essa roupa é bem provocante, hein?

- É meu pijama! – Gunhi.

- Não é uma boa escolha para uma festa. – Riu.

- Afinal, que droga é essa?

- Uma festa? – Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- De que? De quem? Porque?

- Bom, hoje é aniversário dos gêmeos. – Largou o copo e beijou o rosto da garota que envolvia. – Ah, esta é minha namorada.

Empurrou a garota para minha frente. Ela era uma garota um pouco mais alta que ele. Tinha cabelos cor de mel e olhos verdes, era meio bronzeada e usava um vestido que cobria considerável parte do seu corpo. Diferente da maioria das outras garotas da festa.

- Oi, sou Biara. – Sorri envergonhada.

- Sou... – Ela começou.

- Onde está Bill? – Interrompi-a. Sei que foi falta de educação, mas vamos analisar a situação: Eu estava de pijama numa festa.

- Tom deve estar no quarto e Bill... saiu. – Georg sorriu me beijando a testa e puxando a menina para fora da sala.

- Saiu? Como assim Bill saiu? – Perguntei em vão, porque ele já estava fora do meu alcance.

Mas Tom está no quarto. Subi as escadas rápido, com várias pessoas ainda me olhando e rindo. Segui o corredor e procurei o quarto dele.

- Tom, o que est... – Abri a porta e encontrei um Tom pelado, em pé, no meio do quarto. – AH MEU DEUS! DESCULPA!

Ouvi a risada dele ecoar antes de eu fechar a porta num estampido forte e fazer todas as pessoas do corredor me olharem. Corri para o quarto de Bill e fechei a porta, encostando minhas costas na mesma e escorregando para o chão. Soltei um suspiro antes de ouvi Tom rindo e batendo na porta. Abri-a.

- Oi, Bi. – Vi seu sorriso sacana no canto do rosto. – Me pegou numa hora bem inadequada, né?

- O que estava fazendo pelado no meio do quarto, estúpido? – Puxei-o para dentro e fechei a porta.

- Me vestindo? – Riu sentando-se na cama.

- Porque, se divertiu muito? – Encarei-o.

- Não, Billy não me deixa trazer garotas para meu quarto. – Pareceu um pouco decepcionado. – Relaxa, até parece que você nunca viu um cara nu.

- Eu nunca vi um cara nu! – Gritei sentindo meu rosto corar, o que o fez rir mais.

- E ainda desce para a festa de pijama? – Ele sorriu analisando meu corpo. – Até que não é tão mal, né? Mas como seu anfitrião, tenho que cuidar de você, baixinha.

- Fala aí, você é mesmo meu parente ou algo do tipo? E porque não em avisou dessa maldita festa? – Bati na mão dele quando ele a levantou para afagar meu cabelo.

- Lembra que eu te disse que você ia pagar por meu olho roxo? – Levantou-se e foi em direção da porta. – Ah, antes que eu me esqueça: Bill deixou três vestidos no closet para você escolher.

Vestidos? Três? Tom saiu do quarto e eu fui para o gigante closet, e vi três cabides segurando as peças. Um vestido era vermelho, outro preto e outro azul-claro. Óbvio que escolhi o azul, porque era o menos provocante.

Tomei banho e, ao sair, encarei o vestido. Tentei “entrar” nele, mas a coisa parecia me odiar ao ponto de estar muito apertado. Ainda bem que era de malha. Me olhei no espelho umas poucas trezentas vezes, analisando cada perímetro. Estava realmente marcando todo meu corpo e me sufocando. Ainda cogitei a opção de trocar, mas os outros dois eram mais vulgares. Calcei um sapato qualquer que encontrei na minha mala, dei uma última arrumada nos meus cabelos e, antes de sair, soltei um suspiro.

- Oi, linda. – Um cara me empurrou contra a parede no momento em que saí do quarto e fechei a porta.

- Opa, Karlos. – Tom apareceu com uma lata de cerveja. – Ela está comigo.

- Ah, foi mal Tom. Eu realmente não sabia. – O cara loiro afastou-se rápido desaparecendo pela escada.

- Valeu. – Murmurei dando um meio sorriso.

- Não está esquecendo-se de nada? – Sorriu.

- Ahm, não que eu saiba. – Olhei-o. Ele postou uma mão na parede a qual eu estava encostada.

- Qual o motivo da festa?

- Ah, – Sorri – parabéns anta.

- Obrigado, anã. – Ele me puxou escada abaixo e me deixou sozinha no meio da sala.

Olhei ao redor, e ainda não via ninguém conhecido. Procurei o sofá e, ao encontra-lo, vi Gustav sentado calado e sério, enquanto uma menina falava animadamente com ele.

- Oi. – Murmurei tímida.

- Fala aí, Bi! – Ele sorriu levantando-se e me abraçando. – Você está linda!

A menina pareceu triste com aquele ato e saiu calada. Ele me puxou para o lado dele e pegou um copo que estava na mesa ao lado, bebendo-o.

- Então, onde está Bill? – Cortei o silêncio que se fez entre nós.

- Foi no estúdio chamar David. – Murmurou – Mas não acho que David queira vir, ele não é muito de festa. Tom teve essa ideia de última hora.

Então Tom fez uma festa para me irritar, isso era indiscutível. Agora é questão de honra irritá-lo. Levantei num impulso de raiva e fui procura-lo, deixando Gustav abismado no sofá. Andei por toda a sala, até que desisti de procura-lo e sentei em um dos bancos de um barzinho.

- Bebida, senhorita? – Um homem de branco sorriu para mim.

Por um momento me fascinei com a beleza dele. Ele era mais alto que eu, claro. Tinha olhos extremamente azuis e a pele muito branca, mas o que mais me chamou atenção, foram as mechas azuis que escapavam de sua touca.

- Ah, oi. – Engasguei com as palavras antes de sorrir e fazê-lo rir.

- Oi. – Respondeu – Vai beber alguma coisa?

- Ahn, não. – Murmurei. – Qual seu nome?

É, meu caso antissocial foi por água abaixo, mas por um bom motivo.

- Marcos. – Disse próximo a mim, pois a música estava muito alta.

- Bi. – Apertei a mão que ele me estendeu.

- É convidada dos Kaulitz?

- Pode-se dizer que sou mais uma refém dessa festa. – Ele riu. – E você? É só o barman?

- Moro aqui em frente, e preciso de dinheiro para uma coisa. – Ele disse sorrindo de canto. – Bem, trabalhar é o único jeito de conseguir.

- É verdade. – Falei antes de uma mão gelada tocar meu ombro.

Virei-me rápido pronta para discutir com Tom, mas acabei dando de cara com um homem ruivo, de cabelos meio longos e com um copo de vidro com um líquido vermelho dentro sorrindo para mim.

- Tom me disse que você queria uma aventura. – Murmurou antes de beber o resto do líquido do copo e coloca-lo na mesa.

- Ele disse foi?

- Foi sim, amorzinho. – Odeio apelidos. Já basta Tom me irritando com isso. – E então, onde tem um lugar reservado para conversarmos?

- Sabe, Tom não deve ter te falado, mas eu prefiro conversar com uma lesma a trocar palavras com você. Ou seja, prefiro ficar perto dele por duas horas do que com você. – Empurrei a mão dele do meu ombro e ele saiu irritado.

- Nossa. – Marcos disse rindo.

- Quer saber, - Disse raivosamente. – Me vê a coisa mais forte aí!

- Tem certeza? – Ele sorriu.

- Absoluta.

Eu não me lembro bem, mas devo ter bebido no mínimo, cinco copos de um líquido que descia ardendo por minha garganta, mas que era, de certa forma, prazeroso. Quando dei por mim, mal conseguia murmurar uma estupidez, sem sentir-me tonta.

- Oi, baixinha. – Vi Tom me saudar. – O que est...

Ele parou de sorrir e olhou para o copo que eu tinha em mãos.

- Que merda é essa? – Ele disse abusado. – Você bebeu? Está bêbada?

- Não mesmo! Você... Você que... – Eu disse e senti uma dor terrível atingir minha cabeça. – Tom, você é a pessoa mais legal que eu conheço.

- É, você está definitivamente bêbada. – Ele disse raivoso e puxou meu braço.

- Não quero sair! – Gritei. – Garçom, me vê mais um desses! Leva lá no meu quarto, que eu te dou um bônus.

- Cala a boca, idiota. – Tom disse sério começando a subir as escadas.

- Não. – Disse puxando meu braço das mãos dele e sentando num degrau da escada. – Eu não quero ir não. Eu não estou me sentindo bem.

- Temos que subir, vem logo. – Ele puxou meu braço mas dessa vez, senti uma coisa quente subir minha garganta e sair por minha boca. – Que merda, Biara!

Algumas pessoas gritaram de nojo e Tom, irritado, me colocou nos braços e terminou de subir as escadas. Ele chutou a porta do quarto dele com uma considerável força e me levou para o banheiro. Eu me agarrei ao sanitário antes de sentir, mais uma vez, a coisa quente jorrar da minha boca.

Ouvi o estampido da porta do quarto e Tom voltou puxando meus cabelos para trás, prendendo-os com uma liga. Ele começou a afagar minhas costas, para aliviar o esforço que eu fazia. Após dez minutos disso, Tom me levantou. Eu senti minhas pernas fracas e então segurei-me nele.

- Vou sair para você tomar banho. – Ele disse me fazendo sentar no vaso sanitário.

- Achei que o chuveiro estava quebrado. – Disse rouca e com nojo do meu hálito.

- Mandei consertar hoje pela manhã. – Ele disse e se dirigiu a porta.

Antes que ele saísse, senti meu corpo cair e meu rosto bater no piso frio do banheiro. Ele correu de volta e me pôs de pé. Eu sentia como se minha cabeça fosse explodir.

- Parece que vou ter que te dar um banho. – Ele disse sério mas com um ar de malícia.

- Não, - Grunhi levando a mão à cabeça. – Você vai me estuprar.

- Não vou, sua anã idiota. – Ele riu.

Passou a mão por minhas costas a procura do zíper e, ao encontrar, abriu-o rápido. Me sentou novamente, puxando meus sapatos e depois puxando lentamente a alça do vestido. Vi que ele engoliu em seco antes de terminar de tirar minha roupa. Abriu a porta do box e ligou o chuveiro. Parecia desviar o olhar de mim a todo instante e mirar o chão ou a parede.

Entrou no box me segurando e me pôs debaixo de uma ducha quente. Joguei a cabeça para trás num ato de relaxamento. Tom ficava concentrado em olhar a parede atrás de mim, até que o olhei atordoada.

- Olhe para mim, Tom. – Eu ri da besteira que estava fazendo.

- Cala a boca, nanica. – Ele disse pegando uma esponja.

- Minha cabeça parece que vai explodir. – Choraminguei da dor.

Ele me entregou a esponja, mas minhas mãos pareciam que iam desabar junto com meu corpo e, por acidente, a derrubei no chão. Ele apanhou raivoso e me entregou novamente.

- Eu não... consigo segurar! – Gritei enjoada.

- Tá ficando aleijada, é? – Ele irritou-se arrebatando a esponja de minha mão.

Senti a esponja percorrer meu copo lentamente, mas eu sentia a mão dele tremendo. Após o banho, ele me enrolou numa toalha e me levou até a cama. Me deitou devagar e demorou um tempo até eu sentir ele colocando uma camiseta em mim. Era muito larga e exalava aquele perfume que eu sentia quando me aproximei muitas vezes dele. Ele me cobriu e apoiou minha cabeça no travesseiro.

- Você é a primeira garota que deita nessa cama. – Disse na porta do quarto. – Está me devendo uma.

Postado por: Grasiele

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