sábado, 23 de junho de 2012

Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz - Capítulo 14 - Não é o que você está pensando

Despertei com um ruído. Tentei me apoiar nas costas do sofá para espiar, mas senti um braço e não me contive.
– AAAAAAAAAAAH! – Gritamos juntos e o cara caiu pra trás, bem em cima de mim.

Senti algo gelado, enquanto rolamos e caímos no chão. Permaneci de olhos bem fechados e soltei um suspiro. Quando consegui abrir os olhos pude ver que era Tom e ele me olhava atônito.
– O que você tá fazendo aqui, idiota? – Quebrei o silêncio.
– Dá pra sair de cima de mim? – Falou me empurrando para o lado. Com toda certeza aquela posição não era nada confortável pra ele, já que eu havia ficado por cima. - Eu é que pergunto. Por que você tá dormindo no sofá? – Levantou e sentou no sofá.
– Não int... – Recebi um olhar de reprovação. - Ahm, ok. É que o Bill já tava dormindo e eu não quis incomodar. – Menti.
– É, realmente o Bill fica bem irritado quando tem o sono interrompido. – Refletiu.
– E você? Tava planejando sair? – Sentei ao seu lado.
– Com essa roupa? – Debochou, já que usava somente uma calça de moletom. – Não, não. Eu vim só beber um copo de água, mas acho que derrubei em você. – Sorriu, apontando minha blusa encharcada.

Abracei o travesseiro de forma que cobrisse a blusa, que havia ficado meio transparente. Isso o fez rir e me fez corar violentamente.
– Sabia que você poderia ter me matado com esse susto? – Tentei mudar de assunto.
– Acontece que eu não sabia que você tava aqui, Polegarzinha. – Sorriu. – Só queria ver TV.
– Hum, sei. – Resmunguei.
– Mas e ae? Tá com fome? – Perguntou levantando. - Vou fazer algo pra comer, me acompanha?
– Ahm, ok. – Caminhei atrás dele até a cozinha.

Tom fez alguns sanduiches e eu fiquei apenas o observando. Fomos para a sala e sentamos novamente no sofá.
– E ae? Como foi na casa do seu amiguinho? – Perguntou enquanto ligava a TV.
– Foi ótimo. – Respondi, mordendo o sanduiche em seguida.
– Huum, ensaiaram muito?
– Você vai me interrogar ou vai comer? – Levantei a sobrancelha e ele riu.
– Calma, só tava tentando puxar papo. – Concluiu, ainda rindo.

Ficamos ali, naquele silencio, assistindo um programa qualquer por um bom tempo.
– Quer alguma coisa? – Levantei , recolhendo os pratos.
– Pra falar a verdade uma massagem cairia bem. – Sorriu sacana.
– Idiota. – Murmurei.

Segui até a cozinha e coloquei os pratos na pia. Quando voltei para a sala Tom ainda estava lá, esparramado no sofá vendo um jogo de basquete.
– Bom, agora eu gostaria de dormir.
– Hum, é mesmo? –Ah, como eu odeio quando ele faz isso! Respira Bi, respira.
– Dá pra você sair? – Soei o mais amável possível.
– Não, quero ver o final do jogo. - Sorriu. – Deita aqui comigo, vai. – Levantei a sobrancelha e ele riu da minha cara.
– Eu não vou me deitar aí com você. Sai logo, vai. – Tentei puxar o lençol debaixo dele, mas não tenho muita força. Então não deu muito certo.

Quando viu que eu havia desistido deixou um espaço para que eu sentasse no sofá, mas de orgulhosa que sou acabei sentando no chão e em poucos minutos já estava dormindo. Acordei com alguns cutucões.
– Bi, acorda. – Ouvi uma voz meio rouca.
– Pai, não vou pra escola. – Choraminguei.
– Acorda, sua tonta. Não sou seu pai. – Senti um leve tapinha na cabeça. Era ele, claro. O Tom.
– O que você quer, idiota? – Perguntei já irritada.
– Você tá dormindo no chão. – Falou, como se não fosse obvio.
– Aah, claro. Culpa de quem? Hum, deixa eu ver... Acho que sua, né? - Falei, pulando para o sofá.
– Ei, ei. Por que você não vai para o quarto? Amanhã os empregados chegam cedo e vão te acordar.
– Não pretendo acordar seu irmão. – Deitei e me encolhi. Aquela roupa molhada estava me dando calafrios.
– Vem pro meu quarto. – Falou, mas dessa vez sem nenhum tom de malícia na voz.
– Não, acho melhor ficar aqui. – Puxei o cobertor.
– Olha, é bem melhor do que dormir no meio da sala, num sofá e ainda mais com a roupa toda molhada. – Cara, ele sabe como convencer alguém. - E como eu já disse, você não faz o meu tipo. – Já tava estranhando ele não ter feito piada.

Abri a boca para responder e ele riu da minha cara. Mostrei a língua e recolhi minhas coisas. Subimos as escadas e ele abriu a porta do quarto pra mim. Entrei e fiquei parada feito uma tonta observando aquele lugar. Não posso negar, Tom tem muita personalidade.
– Pega. – Falou jogando uma camiseta em mim, o que me fez sair do transe, e voltando ao closet.
– Ah, valeu. – Agradeci e esperei que ele saísse.

Coloquei minhas coisas em cima da cama e me sentei ali, aguardando. Logo ele saiu do closet e se deitou na cama.
– Você não vai sair? – Perguntei.
– Não, eu não. Por que eu sairia? – Sorriu sacana.
– Por acaso você não percebeu que eu quero trocar essa roupa molhada? – Respondi o óbvio.
– Aaah, era isso? Eu percebi sim. – Se ajeitou na cama e me encarou, ainda com o mesmo sorriso. – Pode se trocar. – Completou.
– Ahg, esquece. – Desisti daquilo e fui em direção ao banheiro.

Me troquei e quando voltei para o quarto Tom já dormia. Espera um pouco ele dormiu e nem me disse onde eu vou dormir. Me aproximei para acordá-lo e pude ver melhor seu rosto, nunca tinha conseguido fitar seu rosto por tanto tempo sem desviar o olhar. Tom parece uma criança inocente enquanto dorme e não aquele cara malicioso que ele é. Ao vê-lo dormindo pude notar a grande semelhança entre ele e Bill, semelhança que se torna diferença por conta da forma como eles se expressam. Me aproximei mais um pouco e antes que eu pudesse acordá-lo ele despertou. Nos encaramos por um momento, até que eu me afastei.
– Com medo de mim? – Perguntou abrindo um sorriso em seguida.
– Claro que não! – Respondi, ficando de pé.
– Então, o que você tava fazendo? – Por que esse garoto faz tantas perguntas?
– Eu ia te acordar.
– Aaah, tava parecendo que você ia me beijar. – Sorriu sarcástico.
– Claro que não! Só quero saber onde eu vou dormir.
– Aqui. – Arregalei os olhos e ele riu.
– Eu acho que não ouvi direito.
– Deixa de frescura e deita logo aqui, sua estúpida.
– Desde quando você manda em mim? – Me opus.
– Vem logo, eu não mordo... – Fez uma pausa e sorriu malicioso. – Só se você quiser.
– Seu... seu... tarado!
– Eu não vou implorar, – Ficou de costas pra mim e continuou. – Por mim, tanto faz se você dormir aqui ou no chão. Boa noite, Biara.
– Tá bom, mas que fique claro que só vou fazer isso porque não quero dormir no chão. – Bufei, me sentando na cama e empurrando Tom.

Não demorei muito para adormecer. A noite seria tranquila se Tom não se mexesse tanto, acho que ele estava sonhando que dançava em algum lugar. Fora “a dança do Tom”, dormi muito bem.
–x-
Senti alguém me empurrando e quando estava despertando a porta se abre.
– Tom, acorda! A Biara sum... – Uma voz rouca soou e me fez despertar tão rápido, que acabei caindo da cama fazendo Tom acordar com o barulho.

Postado por: Grasiele

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