quarta-feira, 20 de junho de 2012

Como (não) se apaixonar por Tom Kaulitz - Capítulo 10 - Aniversário?

“Senti uma respiração tocar de leve a ponta do meu nariz, e quando dei por mim, senti algo invadir minha boca. Só então fui perceber que eu estava beijando Bill.”

No começo, eu fiquei paralisada. Sentia nossos lábios se chocarem, um leve atrito, e a mão dele, que antes segurava meus cabelos, desceu para meu pescoço. Foi um ato rápido, sem avisos precedentes. Meus olhos estavam arregalados, e eu via os dele selados serenamente. Foi então que eu lembrei: Nunca havia beijado um garoto antes.

Puxei meu corpo para trás no mesmo instante, fazendo com que Bill ficasse mais surpreso ainda. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas sua voz não saiu. Encarei-o assustada, e percebi o quão próximos estávamos então eu vi uma forte luz expandir-se pela sala.

- Ei pessoal, tem hambúrguer no... – Tom entrou feliz na sala. Parou estático, nos mirando. – Estou atrapalhando alguma coisa?

- Onde tem hambúrguer? – Levantei-me rápido. – Estou faminta.

- No banheiro... – Respondeu irônico. – É claro que é na cozinha, dã. Ou será que além de pequena você é burra também? – Revirei os olhos e ele saiu do meu campo de visão. – Não demorem, se não vai esfriar.

Bufei e fui caminhando até a porta, enquanto isso Bill permanecia imóvel, olhando para o nada. Quando cheguei à porta Tom apareceu de repente, me fazendo estremecer.

- Aaaah, já saquei. – Exclamou, com um sorriso sacana. – Há, bem que eu imaginei. - Falou, me olhando de cima.

- Imaginou? Imaginou o que? – Perguntei, tentando disfarçar meu nervosismo. Será que ele tinha visto alguma coisa? – Dá pra responder ou tá difícil? – Aquilo já estava me irritando.

- Eu imaginei que... você estava demorando por conta das suas perninhas curtas, coisa pequena. – Sorriu.

Uma mistura de raiva com alívio me invadiu, mas apenas murmurei um “idiota”. Tom entrou na sala e o acompanhei com o olhar. Ao fazer isso percebi que Bill permanecia sentado, mas agora olhava as partituras.

- Bill? – Tom quebrou o silêncio. – Bill, você não vem? – Cutucou o irmão tirando-o de seus devaneios.

- Ah, claro. – Respondeu, abrindo um sorriso.

- Cara, o que você tem? – Tom parecia confuso. – Aquela anã fez alguma coisa com você? – Falou apontando pra mim, fazendo o irmão rir.

- Claro que não, Tom. Ela só estava me ajudando com a música.

- Eiii, vocês não vem? – Perguntei, cortando a conversa.

Fomos até a cozinha e, para a minha surpresa, Georg e Gustav estavam lá. O clima no jantar não foi tão tenso como eu achei que seria. Gustav conversava sobre música comigo, enquanto o Bill ria das piadas que o Georg fazia sobre o olho roxo do Tom.

Depois do jantar os garotos correram para a sala e eu fiquei para lavar a louça. Muy amigos, pensei. Minutos depois eu já havia acabado de limpar a bagunça, então finalmente pude me sentar e descansar um pouco. Apoiei os braços em cima da bancada, fechei os olhos e repousei minha cabeça ali. Por um instante lembrei do que havia me acontecido minutos atrás. Até que ouvi passos e percebi que havia mais alguém na cozinha, levantei a cabeça e vi que era o Bill. Ele sorriu ao me ver e caminhou em direção a geladeira, pegou uma jarra de suco e a colocou sobre a bancada.

- Oi. – Falei, abrindo um sorriso.

- Oi, Bi. - Sorriu. – E aí? Como você tá? – Estranhei a pergunta, mas não hesitei em respondê-la.

- Ahm, na verdade, eu ainda tô meio zonza com o que aconteceu. – Eu poderia apenas dizer que estava bem, mas não mentiria, não para ele. – É que eu... Eu nunca tinha beijado alguém. – Quando terminei de falar Bill arregalou os olhos e tentou falar alguma coisa, só que como da outra vez sua voz não saiu. - Olha Bill, você não precisa...

- Bi, me desculpa. Sério, eu não sabia. – Me interrompeu se aproximando e segurando minha mão.

- Opaa, atrapalhei alguma coisa? – Tom falou entrando na cozinha.

- Na verdade, você atrapalhou sim. – Bill respondeu, voltando a pegar a jarra de suco, enchendo o copo e colocando-a novamente na geladeira.

- Ah, que pena! – Tom fingiu um falso desapontamento. – O que vocês estavam fazendo?

- Não interessa. – Respondi.

- Nossa! A baixinha tá com raiva? Cuidado Bill, vai que ela te morde. – Debochou.

- Eu não morderia o Bill. – Retruquei.

- Huuum, quer dizer que você vai me morder? – Arqueou as sobrancelhas e sorriu sacana.
Não sei de que cor eu fiquei, só sei que aquele idiota ria da minha cara.

- Tom, me diz uma coisa. – Interrompeu Bill. – O que você veio fazer aqui?

- Bom, os G’s foram embora e eu não queria ficar sozinho. – Respondeu.

- Nossa, o bebezinho ficou com medinho? – Debochei.

Tom abriu a boca para falar alguma coisa, mas foi interrompido pelo Bill.

- Que tal assistirmos um filme? – Sorriu.

- Claro. – Retribui o sorriso.
- Você não vem Tom?

- Sim, mas antes vou pegar uns salgadinhos.

- Ok. Bi, vamos escolher o filme? – Perguntou me estendendo a mão.

- Claro. – Peguei sua mão e, sem perceber, abri um largo sorriso.

- Aí tem coisa... – resmungou Tom, indo na direção do armário.

Saímos dali e fomos direto para a estante onde ficavam os filmes. Decidimos assistir uma comédia e depois de alguns minutos optamos por assistir The Hangover 2 (Se Beber Não Case 2). Estávamos tranquilos procurando o tal DVD, até que na tentativa de pegá-lo eu derrubo alguns dos DVD da estante.

- Ops! – Falei, pondo mão na boca e me abaixando arrumar a pequena bagunça que acabei de fazer.

- Aah, que garota desastrada. – Olhei pra Bill e ele sorria. – Deixa que eu te ajudo. – Falou se abaixando.

- Obrigada. – Agradeci e quando olhei para Bill, percebi que ele me fitava.

Fiquei presa naquele olhar e passamos algum tempo assim. Fechei os olhos por um breve momento e senti que Bill se aproximava cada vez mais, já sentia sua respiração na minha face. E foi aí que...

- Tam-daaam, acabei de fazer as... – Tom entrou de repente na sala e nós nos separamos rapidamente. - Hum, é... eu fiz pipoca. – Abriu sorriso, meio constrangido pela situação. - Atrapalhei alguma coisa? – Perguntou se sentando no sofá e apoiando as pernas na mesa de centro.

- É... não, a gente só tava escolhendo o filme. – Bill respondeu.

- É, eu vi. – Ironizou.

- Cara, a gente tava só apanhando os DVDs que eu derrubei. – Me expliquei.

- É, eu vi. – Repetiu a resposta, com o mesmo tom irônico, e sorriu de canto.

- Quer saber de uma coisa? Você não é nada meu, não te devo explicação alguma. – Explodi.
Já falei que eu tenho o pavio curto, né? Não? Bom, agora acho que já é perceptível.

Enfim, colocamos os DVDs nos devidos lugares e enquanto eu pegava as bebidas e Bill colocava o filme, o folgado do Tom permanecia esparramado no sofá comendo pipoca. Vê se pode... Terminamos os preparativos e começamos a ver o filme.

- Poxa, que sorte, em? – Tom gargalhava, na cena em que o carinha descobria que havia “dormido” com um transexual.

- Cala a boca. – Resmunguei.

Passaram-se mais alguns minutos e lá ia ele de novo, se não estava comentando, estava se mexendo ou fazendo barulho enquanto mastigava. Não sei se é paranoia minha, mas tenho certeza de que isso era só pra me irritar.

- Bill que tal a gente fazer nosso aniversário no estilo desse filme. – Falou com um sorriso bem malicioso nos lábios.

- Quem sabe próximo ano... – Bill falou e, digamos que, eu estava voando nesse assunto. – Ou você esqueceu que é amanhã?

- Amanhã? Vocês vão fazer aniversário amanhã e ninguém me avisa? – Perguntei me fazendo de ofendida.

- Como nossa fã você deveria saber, Polegarzinha. – Provocou Tom.

- O Tom tem razão. – Bill entrou na brincadeira.

- E quem disse que eu sou fã de vocês? Huum? - Falei e dei risada da cara dos dois. – Ué, conheci a banda recentemente, mas até que dá pro gasto. – Completei rindo novamente. – Bom, já é quase meia noite, como a gente vai comemorar?

- A gente? Comemorar? – Tom falou incrédulo.

- Sim, burrinho. Aniversários se comemoram, com bolos, doces... – Respondi, batendo de leve em sua cabeça.

- Que tal a gente fazer um bolinho? – Bill sugeriu, animadamente.

- Tô dentro. – Sorri.

- Tô fora, não quero outro banho de farinha. – Tinha que ser...

- Aah, a mocinha não que se sujar? – Provoquei e Tom me fuzilou com o olhar. Sorri pra ele e continuei a falar. – Cara, juro que vou tomar cuidado dessa vez.

- Vamos Tommy, a gente nunca tem tempo pra comemorar o nosso aniversário. Vamos aproveitar. – Bill sabia direitinho como conseguir o que queria do irmão.

Fomos até a cozinha e começamos a preparar o tal bolo. Bill pegou o livro de receitas e nós pegamos os ingredientes. Depois de alguns minutos o bolo já estava pronto para ir pro forno.

Tudo correu normalmente e eu não derrubei nada no Tom, não por falta de vontade. Enquanto esperávamos o bolo ficar pronto eu tentei fazer a cobertura de brigadeiro, que modéstia parte ficou com gosto de queimado. Pois é, quem sabe, sabe. E quem não sabe, lava a panela.

O pior de tudo foi que o idiota do Tom fez a cobertura e deu certo. Daí já viu né? Ficou se achando. Tiramos o bolo do forno e o cobrimos. Cantamos um parabéns rápido e partimos para a melhor parte. Comi tanto bolo que achei que fosse explodir.

Já era tarde e eu estava muito cansada, tomei um banho e fui para a cama. Pelo visto iria dormir o dia todo.

Postado por: Grasiele

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