domingo, 13 de maio de 2012

You Are So Special - Capítulo 11 - Hospital

Eu fiquei alguns minutos esperando até ser atendida, ao entrar no consultório o medico já falou de cara que talvez estivesse quebrada. Ele enfaixou meu tornozelo e disse que sentisse dor era pra ir imediatamente até lá. Mas eu não iria, odiava hospitais.

_ Como está se sentindo agora? Disse Tom me ajudando a sair do hospital.
_ Cansada! Resmunguei.
Ele deu um sorriso.
_ Eu já estou me sentindo melhor, o que acha de me colocar no chão? Perguntei sorridente, ele ainda estava me carregando em seu colo.
_ Não! Respondeu ele rapidamente.
_ Por quê? Disse brava.
_ Qual é, você nem agüenta andar, porque quer se fazer de forte? Perguntou ele indignado.
Eu o ignorei.

Ele me levou até o carro preto, acho que era um Audi q5, meu pai tinha um igual, só que o dele era prata.
Levou-me até o banco do carona e me sentou no banco.

_ Que horas são? Perguntei para Tom enquanto ele entrava no banco do motorista.
_ Uma e meia da manhã! Disse ele olhando o relógio em seu braço.
_ UMA E MEIA DA MANHÃ? Repeti indignada.
_ Sim, algum problema? Perguntou ele confuso.
_ Eu estava acompanhada de uma amiga, acho que ela deve estar ainda lá no lugar do show me procurando! As palavras saíram de uma vez da minha boca.
_ Calma, você tem o numero do celular dela? Perguntou ele calmamente.
Eu o fuzilei com os olhos por um momento.
_ Teria se alguém não tivesse roubado meu celular! Disse brava.
_ Já disse que eu não o roubei você tem o numero de algum conhecido dela ou coisa assim?
_ Acho que tenho! Disse procurando em minha pequena bolsa. _ Achei o dá mãe dela! Disse tirando um papelzinho de dentro da minha bolsa.
_ Me dá então! Disse ele arrancando o papel da minha mão e pegando seu celular no bolso da calça.
_ O que você vai dizer? Perguntei preocupada.
Ele fez sinal com as mãos para que eu fizesse silencio.
Tom falava muito rápido para que eu entendesse alguma coisa, ele desliga o celular.

_ O que você perguntou? Disse preocupada.
_ Que era um amigo da filha dela e que queria o numero do celular dela! Disse ele mexendo em seu celular.
_ E ELA TE DEU? Perguntei indignada.
_ Por incrível que pareça sim! Disse ele colocando o celular em sua orelha. _ Ta chamando!

Ficou um grande silencio.

_ Alo quem fala? Perguntou ele me encarando.
_ Espera um minuto! Disse ele esticando o celular para mim.
_ Alô? Disse com um pouco de medo.
_ Você é a pior amiga do mundo, o que aconteceu? Disse Thaís brava do outro lado da linha.
_ Eu torci meu tornozelo enquanto descia aquela escadaria que dava pra saída, e vim parar no hospital!
_ Sério? Disse ela com um tom de voz preocupado.
_ Sim, onde você está? Perguntei preocupada com ela.
_ Indo para minha casa, e quem é esse homem que está com você? Disse ela dando uma gargalhada.
_ Ele é o baixista lá do show! Eu disse.
_ GUITARRISTA! Disse Tom bravo para mim.
_ Ok, desculpe! Disse para Tom.
_ Guitarrista Thaís! Eu para Thaís.
Ela riu.
_ Ele que te levou até o hospital? Perguntou Thaís ainda rindo.
_ Sim!
_ Olha, vai para minha casa, que eu já estou indo para lá. E quando você chegar lá me o apresenta? Disse ela animada.
_ Tudo bem! Disse revirando os olhos.
_ Ok, tchau e até daqui a pouco! Disse ela desligando o celular.

Assim que terminei entreguei o celular para Tom.
_ Baixista e Guitarrista tem uma grande diferença fique sabendo! Disse ele ligando o carro.
_ Desculpe, se você é o guitarrista, quem é o baixista? Perguntei curiosa.
_ O Georg! Disse ele rapidamente.
_ Hum...! Disse não entendendo de quem ele falava.
_ Há quanto tempo você é fã do Tokio Hotel? Perguntou ele sorridente.
_ Um dia! Disse dando uma gargalhada.
_ Um dia? Repete ele indignado.
_ Sim, só fui ao seu show porque uma amiga minha me convidou! Disse envergonhada.
_ Nossa, então você não conhece quase nada sobre nós, não é? Perguntou ele me encarando.
_ Não! Disse ainda envergonhada. _ Isso é ruim?
_ Não! Disse ele rindo.
Eu senti minhas bochechas corarem.

_ Onde você está me levando agora? Perguntei quebrando o gelo.
_ Para minha casa! Disse ele.
_ PARA SUA CASA? Repeti indignada.
_ Sim, você quer ou não seu celular? Perguntou ele curioso.
_ Aé... quero! Disse rapidamente.

Tom passava por um caminho que eu conhecia, eu percebi que ele me levava até o residencial onde Thaís morava, será que ele morava lá também? Pensei assustada.

Tom passa pela casa de Thaís e depois de oito casas ele para em uma, ela era muito bonita, era grande, e com um quintal enorme.
_ Fique ai, eu já volto! Disse ele saindo do carro e batendo a porta.

Demorou uns quinze segundos e ele volta. Ele abre a porta do carona e estica o braço com meu celular em sua mão.

_ Tome! Disse ele dando meu celular. _ Espere mais uns segundos que eu já volto e te levo para casa! Disse ele fechando novamente a porta.

Eu já estava com meu celular, não precisava mais ficar ali! Pensei abrindo a porta. Ao dar meu primeiro passo já fui ao chão. Meu tornozelo ainda doía.
Apoiei-me no carro e levantei novamente, comecei a andar me apoiando nas muitas árvores que tinha no residencial. Começaram a escorrer lagrimas em meus olhos, meu tornozelo doía muito, eu sei que era maluquice o que eu estava fazendo, mas não queria mais ajuda de Tom.

Eu já estava vendo a casa da mãe de Thaís fiquei feliz por ter conseguido andar até lá.
Enquanto andava, começo a escutar um carro vindo em alta velocidade e cantando os pneus ao frear do meu lado, já sabia quem era.

_ NÃO MANDEI VOCÊ FICAR NA PORRA DO CARRO! Disse Tom gritando para mim e fechando a porta do carro com muita força.
_ Você não manda em mim! Disse com meu tom de voz alto.
Ele me ignorou. Ele chegou perto de mim bem rápido me pegou no colo brutamente e começou a me levar de volta para o carro.
  
Postado por: Jhenyfer

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivos do Blog