sexta-feira, 11 de maio de 2012

You Are So Special - Capítulo 10 - Teimosia

Eu comecei a ficar nervosa, acho que fiquei quase meia hora naquela sala, fiquei pensando como estaria Thaís, provavelmente ela estaria desesperada atrás de mim.
Eu me cansei de ficar naquela sala e resolvi sair, me levantei do sofá e fui até a porta, antes de abrir pensei em o que séria que eu tinha feito pra estar ali, fui até a porta e sai, o corredor estava completamente vazio. Eu comecei a andar, eu só tinha que passar uma escadaria que chegava a saída, estava bem feliz com isso.
_ Hey, quem deixou você sair da sala? Disse uma voz bem grossa atrás de mim.

Eu fiquei muito nervosa e comecei a correr.

_ Ei PARA! Disse a voz masculina gritando.

Eu estava terminado de descer os degraus e levei um grande tropeção que me fez sair rolando pelos de grais que ainda tinham e me fazendo cair de joelhos ao chegar ao chão.
Meu tornozelo doía muito, eu tinha certeza que tinha quebrado.

_ Não era pra você ter ficado na sala? Disse Tom se aproximando de mim com certo ar de preocupação em seu rosto e me levantando com só um braço.
_ Você que me mandou ficar lá naquela sala, por todo esse tempo? Disse brava para ele.
_ Sim, mas eu já estava indo para lá! Disse ele me levantando com os dois braços agora.
_ Mas por quê? Disse ainda brava. _ Olha quer saber também não me importa, eu estou cansada e quero ir para casa, e me solta não preciso de ajuda! Disse me soltando dele e indo em direção a porta.

Ao dar meu primeiro passo, já fui ao chão e soltei um gemido de dor sem querer.

_ Você está bem? Disse Tom se aproximando mais uma vez de mim e me tentando me levantar novamente.
_ Sim, não preciso de ajuda! Disse brava.
_ Não estou te ajudando! Disse ele com um tom de voz sério, e me colocando em seus braços e me levando em direção à porta.
_ Me coloca no chão, e onde você está me levando? Disse brava.
_ Do que adianta te colocar no chão se você nem consegue andar! Disse ele ainda sério.

Saímos de lá e Tom me levou até o estacionamento.

_ Onde você está me levando? Disse séria.
Ele não disse nada, me ignorou e continuou andando.
_ ONDE VOCÊ ESTÁ ME LEVANDO? Disse brava, aumentando meu tom de voz.
Ele parou e apenas ficou me olhando. Depois de uns segundos ele voltou a andar.
_ Vai mesmo me ignorar? Disse séria.
_ Sim! Disse ele com o tom de voz estúpido.
_ Para, eu quero ir andando! Disse ainda séria.
Ele voltou a me ignorar.
_ TOM PARA EU QUERO IR ANDANDO! Disse aumentando meu tom de voz.
_ Como você sabe meu nome? Google? Disse ele parando de andar, e me encarando sério.
_ O que? Claro que não, aquele dia no hotel que você me mostrou meu celular ouvi o cara com cabelo marrom grande te chamando, e alias eu quero ele de volta! Disse brava.
_ Você tem alguma idéia de quem eu sou? Disse ele ainda me encarando.
_ Sim, um cara que pegou meu taxi e foi super sem educação comigo, que roubou meu celular e que está me carregando nesse exato momento CONTRA a minha vontade! Disse brava.
_ Não roubei seu celular, você deixou ele no chão do meu carro, e eu já te pedi desculpas por aquele dia! Disse ele bravo.
_ Não deixei lá porque eu quis, ele caiu provavelmente do meu bolso, e eu não disse que te desculpava! Disse séria.
_ Me desculpa, por eu ter sido sem educação com você e ter pegado seu taxi? Disse ele sério.
_ Tudo bem, agora me coloca no chão! Disse brava.
Ele voltou a andar.
_ ME COLOCA NO CHÃO! Disse quase gritando.
_ Não, já estamos quase chegando! Disse ele estupidamente.
_ Chegando aonde? Disse preocupada.
Ele me ignorou.

Tom começou a diminuir seus grandes passos, e eu vi que ele me levava até carro preto. Provavelmente ele ainda não podia dirigir seu carro.Ele foi direto pra a porta do carona.
_ Pode abrir para mim? Disse ele sério.
_ Não, aonde vamos? Disse brava.
Ele me fuzilou com os olhos por um momento, se agachou e abriu a porta, me espantei quando eu vi que ele havia conseguido, eu jamais conseguiria.
Ele começou a tentar me colocar no banco.
_ Eu não quero entrar! Disse séria.
_ Não perguntei se queria! Disse ele estupidamente.
Ele conseguiu me colocar no banco do carona a força, parecia que tinha aumentado a dor no meu tornozelo. Eu me abaixei e comecei a massagear ele para ver se minimizava a dor.
_ Está doendo? Tom perguntou ao entrar no lado do motorista.
_ Não! Disse séria, tentando abrir a porta para sair do carro, ela estava trancada. _ Abra! Disse brava.
_ Você não vai sair! Disse ele sério, ligando o carro.
_ Abra, por favor! Disse ainda séria.
_ Não adianta apelar para a gentileza, você NÃO VAI SAIR! Disse ele amargamente.

Ele começou a dirigir, ele dirigia em alta velocidade parecia estar com pressa.

_ Aonde vamos? Perguntei pela milésima vez.
_ Você ainda não cansou de perguntar isso? Disse ele sério.
_ Não vou cansar até você me dizer, poxa o que custa? Disse brava, o encarando.
_ Se quer tanto saber hospital, você caiu de uma escada, e onde você achou que eu estava te levando para um motel? Disse ele dando um sorriso.
_ O que? Não quebrei nada, acho que só torci, não preciso ir para hospital nenhum! Disse brava. _ E para o carro!
_ Não vou parar o carro, e tanto faz, vou te levar mesmo assim! Disse ele bravo.
_ Isso é seqüestro, vou ligar para a policia e te denunciar!
_ Ligar para a policia? Disse ele dando uma gargalhada. _ Como você vai fazer isso sem seu celular?
_ Aé tinha esquecido, quero ele de volta! Disse esticando minha mão direita até ele para que ele o devolvesse.
_ Não estou com ele agora! Disse ele sério parando o carro em um semáforo.
_ Como assim? Onde ele está? Disse preocupada.
_ Em minha casa, depois eu te dou! Disse ele dando de ombros. _ Ah, você recebeu duas ligações e três mensagens!
_ De quem? Perguntei preocupada.
_ Sei lá! Disse ele sério.

Ele dirigiu até o hospital, parou no estacionamento, deu a volta no carro, abriu minha porta e tentou me tirar do banco.
_ Não quero sair! Disse tentando me soltar dele.
_ Como você é complicada de entender, primeiro você não quer entrar no carro e agora não quer mais sair? Disse ele dando um sorriso.
_ Eu não quero entrar no hospital, meu tornozelo está bem eu nem estou mais com dor! Disse brava.
_ Se não está mais com dor, saia do carro, e se quiser pode fugir não irei atrás de você! Disse ele saindo da frente da porta e se afastando do carro.
_ Tudo bem então! Disse brava saindo do carro.

Dei dois passos, e não agüentei, meu tornozelo doía de mais para conseguir andar.

_ Viu teimosa, “nem estou mais com dor”! Disse ele me imitando.
_ Não estou! Disse gemendo.
_ Tudo bem então! Disse ele me pegando no colo.
_ Não quero entrar! Disse ainda gemendo de dor.
_ Te dei uma chance para fugir, agora você vai entrar! Disse ele entrando no hospital.

Postado por: Grasiele

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