domingo, 13 de maio de 2012

You Are So Special - Capítulo 13 - Bosque

Amanhã logo cedo irei a casa dele e irei pegar de volta! Pensei ainda brava.
Resolvi ir dormir, já eram duas da manhã.



Pela manhã acordei com um barulho de algo pesado caindo no chão, eu fiquei assustada, e resolvi ver o que tinha acontecido. Dei uma ajeitava na juba que eu tinha no lugar do cabelo e desci correndo.
_ Te acordei? Pergunta a mãe de Thaís levantando algo no chão.
_ Não, eu já tinha acordado! Menti.
_ Eu sempre que passo por aqui me esqueço desse troço! Disse ela brava. _ Mas e ai como foi o show? Disse ela se levantando e se virando para mim.
Quando ela se levantou pude ver que ela tinha derrubado uma mesinha de vidro onde ficava um telefone sem fio.
_ Ah, foi legal!
_ Er, o que aconteceu com seu pé? Disse ela se aproximando de mim.
_ NADA! Disse assustada aumentando meu tom de voz e chegando mais perto da escada. _ Quer dizer, isto? Foi nada, eu tropecei em uma pedra enquanto eu e a Thaís íamos para o estacionamento e acabei machucando! Menti novamente.
_ Hum! Disse ela parecendo não acreditar no que eu disse. _ Mas ainda está doendo? Perguntou ela preocupada.
_ Não, já consigo andar normalmente!
Não tinha reparado, mas eu já estava conseguindo andar sem me apoiar em nada e sozinha, fiquei feliz com isso.
_ Então ta, eu tenho que dar uma ajeitada na cozinha que ta uma bagunça, você vai tomar café? Pergunta ela indo em direção a cozinha.
_ Não, na verdade não estou com fome, eu tenho que ir fazer umas coisas na rua! Disse subindo os primeiros de graus da escada.
_ Tudo bem! Disse ela se virando e indo para a cozinha.

Subi as escadas, fui para o quarto de hospedes, me troquei, fiz o que tinha que fazer no banheiro e resolvi dar uma ultima procurada no meu celular. E não! Ele não estava em canto nenhum.
Desci as escadas novamente e peguei o telefone que estava na mesa em que Olga havia derrubado. E liguei para meu celular, vai que ele ainda estava em algum canto da casa? Eu tinha quase certeza de que tinha entrado com ele. Começou a chamar e eu fui subindo as escadas para ver se escutava alguma coisa.
_ Alo? Disse uma voz cansada atendendo meu celular.
_ Alo! Disse com vergonha.
Ficou um pequeno silencio por um momento.
_ Quem é... ? Disse alguém com a voz ainda cansada.
_ A dona desse celular! Disse brava.
_ Não! Disse alguém bravo. _ Esse celular é do meu irmão, quem ta falando? Pergunta ele curioso.
_ Pêra ai! Disse ele, ficou um grande silencio por uns segundos.



_ Alo? Disse outra voz.
_ Esse celular é meu e eu quero de volta! Disse brava.
_ Eu te dei ontem, porque você o largou de novo no meu carro! Disse ele rindo, já sabia quem era.
_ Não larguei ele lá de propósito, preciso dele e o quero!
_ Não agora ele é meu! Disse ele rindo.
_ Se é assim, vou pegar aquela chave do seu carro bonitão pra mim também! Disse brava.
Droga! Ele não sabia que eu estava com a chave.
_ VOCÊ TA COM A CHAVE DO MEU CARRO? Disse ele aumentando meu tom de voz.
_ Não! Disse estupidamente.
_ Sabia que eu não ando com meu carro faz quatro dias? Disse ele bravo.
_ Não é problema meu, e você sabia que eu não falo com meus amigos porque estão todos na agenda do telefone faz quatro dias? Disse brava.
_ Também não é problema meu, olha estou indo ai na sua casa buscar minha chave! Disse ele estupidamente.
_ Vai perder viajem não estou lá! Disse também estupidamente.
_ Onde você está? Disse ele ainda estupidamente.
_ Não é dá sua conta, se quer tanto a sua chave me procure!
_ Por mim tudo bem, mas você pelo jeito vai ficar mais algum tempo seu falar com ninguém!
_ Não me importo!
_ Tudo bem, e alias eu estou indo na sua casa de qualquer jeito, alias já estou aqui! Disse ele com um tom de voz meio irônico.
_ Como disse antes vai perder viajem! Disse desligando o telefone na cara dele.

E agora? Pensei assustada. Quem sabe era mentira dele! Pensei indo até a janela e abrindo um pouco a cortina. Droga! Pensei brava vendo que o mesmo carro em que ele estava ontem estava do outro lado da rua.
Desci as escadas que nem uma louca e fui até a cozinha.
_ Olga? Disse que nem maluca.
_ O que aconteceu? Disse ela preocupada, parando tudo o que estava fazendo.
_ Nada de mais, por acaso tem alguma saída aqui na sua casa que não passe por essa rua aqui da frente? Perguntei nervosa.
_ Sim, nosso terreno é grande, olha ali! Disse ela apontando para um grande jardim que ela tinha. _ Ta vendo aquele banco velho de madeira? Um pouco mais pra esquerda tem um portão velho enferrujado porque ninguém usa que dá para a rua de trás, mas porque você não quer sair pela rua da frente? Disse ela desconfiada.
_ Estou com um pouco de medo sabe? Então acho que vou sair pelo fundo mesmo, olha obrigada e se por acaso alguém vir aqui procurar de mim você pode, por favor, dizer que eu não estou?
_ Claro, você vai demorar? Perguntou ela curiosa.
_ Não! Disse sorrindo e saindo pela porta dos fundos da cozinha.


Fui até o portão e “tentei” abri-lo, mas o mato já tinha tomado o portão, consegui arrancar um pouco com a mão que o fez abrir, passei pelo portão e vi que havia um bosque bem perto dali, com bancos. Pensei em me sentar lá até que eu tivesse certeza que Tom não estaria mais na frente da casa de Olga me esperando.

Postado por: Jhenyfer

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