domingo, 20 de maio de 2012

Bonequinha De Luxo 2 - Capítulo 10 - Você se rende?

 Narrado por Tom

De algum modo muito estranho, a Charlie conseguia me desarmar. Sério. Ela estava ali, deitada debaixo de mim, imobilizada, com os cabelos dourados espalhados sobre a colcha da cama, me encarando de um jeito sério e, por mais que eu quisesse, não conseguia não olhar para os olhos dela. Desde a primeira vez que nos vimos, que eu era obcecado com os olhos cinza-esverdeados da Charlie. E, quando ela apareceu, com os cabelos dourados e ao estilo natural, sem alisar nem nada, senti que meu auto-controle, que já não era grandes coisas, ia acabar a qualquer minuto.

E, quando ela me pediu para soltá-la, do jeito mais... Irresistível de todos, não tive como continuar segurando os pulsos dela. A Charlie sorriu e disse, se mexendo debaixo de mim:

– Seria pedir muito para você me deixar eu ir me arrumar e ir dormir? Estou cansada...

– Claro. - Respondi. Eu saí de cima dela e, quando ela se trancou no banheiro, suspirei, pesadamente, apoiando a cabeça nas minhas mãos. Pensei comigo mesmo, em voz alta: - Tom... O que é que você está fazendo?

Vendo que seria melhor se eu fosse dormir, tirei o meu casaco, a camiseta e a minha calça, ficando só de boxers mesmo, e deitei na cama, esperando pelo momento que a Charlie sairia do banheiro e viesse se deitar do meu lado. Não demorou muito para que isso acontecesse. Eu estava deitado de costas para o lado que ela ia dormir e, quando senti o colchão pesando desse lado, pouco tempo depois, tentei continuar fingindo que já tinha pegado no sono, mantendo minha respiração o mais calma possível. Demorou um pouco até que ela parasse de se mexer e encontrar uma posição melhor para dormir. E, quando eu estava quase dormindo, senti o corpo dela se encostando no meu e, logo em seguida, o braço dela envolvendo minha cintura. Por mais que eu quisesse ter a Charlie para mim, eu continuei nessa mesma posição. A gota d'água para que eu tivesse insônia naquela noite foi sentir os lábios dela vindo de encontro com o meu pescoço e, logo em seguida, ela sussurrando na minha orelha:

– Boa noite e sonha comigo...

Narrado por Charlie

Na manhã seguinte, percebi a claridade invadindo o quarto, ainda que estivesse com os olhos fechados. Tentei abrir os olhos e, com o esforço, fiz uma careta. Ouvi uma risada baixa do meu lado e, quando abri os olhos, a primeira coisa que entrou em foco no meu campo de visão, foi um par de olhos castanhos. Os olhos que eu mais amava no mundo.

– O que foi?

– Nada... Estava só rindo da cara que você fez antes de abrir os olhos... - Ele respondeu. Estávamos bem perto um do outro. De repente, me dei conta de que não tinha dormido sobre ele, como sempre.

– Ah... - Respondi. - É a claridade...

Ele sorriu e parecia que ele tinha tirado aquela manhã para me provocar.

– Está com fome? - Ele perguntou, mordendo o lábio.

– Um pouco. - Perguntei, estranhando a atitude dele. Normalmente, era um resmungo que eu entendia sendo como "Bom dia" e ele era muito quieto, tanto que raramente respondia quando alguém perguntava alguma coisa, até mesmo o Bill. Isso sem mencionar que ele estava com cara de feliz e os olhos estavam brilhando. De repente, percebi uma coisa. Ele me ouviu, antes de dormir.

– Você já arrumou suas coisas? - Ele quis saber. De repente, percebi o porquê daquela pergunta: Iríamos para a Índia logo depois do café da manhã.

– Comecei. - Respondi. - Mas, como eu não usei muita coisa, então, vai ser rápido. Que... Horas são?

– Quase nove. - Ele respondeu. Olhei para ele, surpresa. Ele não conseguiu segurar a pergunta, ao ver minha expressão: - O que foi?

– Você está de folga, são quase nove horas da manhã e você já está de pé...

– E...? Daqui a pouco a gente vai sair, não é?

– É. - Respondi. Me espreguicei e ele, que estava deitado de lado, se virou e ficou de barriga para cima, me dando a oportunidade de admirar aquela delícia do  abdômen dele. E, como se já não fosse castigo o bastante, o lençol estava tão baixo a ponto de mostrar quase tudo. E, como deu para perceber... Não tinha uma única peça de roupa cobrindo qualquer parte daquele corpo. Senti um calor repentino ao perceber esse último detalhe. E, como sempre faço, fiquei observando o corpo dele tempo o bastante para ser flagrada pelo Tom e, desviar a atenção de onde meu olhar tinha se fixado (Exatamente um dedo abaixo da beirada do lençol), graças à risada dele. E, como sempre... Me embolei toda na hora de tentar me explicar:

– Eu... Estava só... Não estava olhando para o...

A cara dele era de "Aham... Acredito... Tanto quanto no fato que eu ainda sou virgem, sabia?". Não agüentando mais a minha falta de graça, afastei o lençol que estava sobre mim e, me sentando na cama, enquanto prendia o meu cabelo (Que sempre amanhecia como uma juba, maior até a que o Bill usava em 2007/2008) em um coque, eu falei:

– Eu... Vou tomar um banho e me arrumar...

Durante o curto caminho da cama até o banheiro, senti o olhar dele nas minhas costas. Bom... Sendo Tom Kaulitz, é óbvio que não era nas costas, mas, na minha bunda. Fiquei tão... Distraída que até esqueci de trancar a porta do banheiro.

Narrado por Tom

Era impressão minha ou não teve o costumeiro barulho da chave trancando a porta do banheiro? Resolvi esperar até ouvir o barulho do chuveiro, seguido da voz da Charlie cantando alguma música, para ir me certificar que não estava sonhando...

Esperei uns dez minutos (Eu até hoje não conseguia entender porque a Charlie demorava tanto para se enfiar debaixo do chuveiro) e me levantei da cama, sem me preocupar em pegar o lençol e enrolá-lo na minha cintura ou ainda, pegar a minha boxer, que estava jogada perto da cama. Fui até o banheiro, tentando não fazer barulho algum e, assim que peguei na maçaneta, a girei. Quando percebi que a porta estava aberta, meu coração deu um salto. Demorei uns cinco segundos para perceber a Charlie, atrás do vidro embaçado do box, mexendo nos cabelos, que caíam em cascata sobre as suas costas. Eu sentia meu auto-controle ir embora a cada vez que ela mexia nos cabelos. Tanto que, quando percebi, já tinha aberto a porta do box e, enquanto sentia as gotas de água quente caindo sobre a minha pele, envolvi a Charlie pela cintura, logo em seguida, beijando-a. A Charlie, óbvio, se assustou e, quando teve consciência do que eu estava fazendo, tentou me afastar, mas não conseguiu.

Narrado por Charlie

De repente, senti um vento vindo na direção das minhas costas e, quando me virei, o Tom estava ali, parado, a poucos milímetros de mim. Não tive tempo de falar nada; Quando percebi, o grito que subia pela minha garganta tinha se perdido assim que nos beijamos. Ele me prensou contra a parede e, quando percebi, já estava com minhas pernas enroscadas na cintura dele, que estava com uma das mãos sobre minha cintura e a outra, na minha bunda, me segurando para que eu não caísse. A atenção dele só se desviou da minha boca para começar um caminho pelo meu pescoço e, a cada vez, descendo mais e mais. Quando me dei conta, estava totalmente rendida à ele. E, por causa das carícias intensas que ele fazia, percorrendo cada milímetro do meu corpo, eu estava quase morrendo de calor. Aproveitei um minuto de distração dele para baixar a temperatura do chuveiro, senão ninguém ia agüentar sair vivo daquele chuveiro. Como sempre, para me provocar, ele mordeu o meu lábio inferior e, como não tinha nenhum tecido impedindo o contato direto, como das outras vezes, ele pôs a mão sobre um dos meus seios e o apertou, bem de leve. Quando eu desci uma das mãos (Meu medo de cair era tanto que me agarrei ao pescoço dele com os dois braços) e, comecei a acariciar o peito dele, de um jeito bem lento e provocante. Sentir os músculos dele se contraindo sob a palma da minha mão me atiçou ainda mais. Ele parou de me morder por uns instantes e, quando percebeu onde a minha mão estava indo, me perguntou, com um sorriso pervertido:

– Você se rende?

Minha resposta foi descer a mão mais ainda, encontrar o membro rígido e pulsante dele e estimulá-lo, arrancando gemidos roucos do Tom. Por um instante, ele vacilou e eu quase caí, mas, por sorte, ele me pegou a tempo e, começou a me tocar também. Acabei gemendo o nome dele e, quando o fiz, senti que ele estremeceu um pouco. Quando eu não estava mais agüentando, aproximei meu rosto da orelha dele e sussurrei, com a voz rouca:

– Quero você...

Ele me beijou e as investidas começaram, mais lentas e foram aumentando aos poucos. Porém, em uma dessas investidas, segurei um gemido e ele diminuiu o ritmo, mas não parou. Quando ele chegou ao clímax, poucos segundos antes de mim, apertou a minha cintura e, logo em seguida, me beijou. Ainda me segurando, e interrompendo o beijo por alguns segundos, ele me perguntou:

– Eu... Não te machuquei, não é?

– Não. - Respondi, sorrindo. De repente, ouvimos uma batida na porta. Rapidamente, nos separamos, ele me colocou no chão de um jeito delicado, e, logo depois de sair do box, o vi enrolando uma toalha ao redor da cintura. Como ele tinha deixado a porta do banheiro aberta, consegui ouvi-lo conversando com o gerente do hotel:

– Algum problema? - O Tom perguntou.

– Na realidade, senhor... Tivemos reclamações de outros hóspedes a respeito do barulho que o senhor e a sua...

– Namorada. - Ele falou. Meu coração deu um salto exatamente quando ouvi isso.

–... O senhor e a sua namorada estavam fazendo... - O gerente disse. Eu pude perceber que ele estava desconcertado.

– Ah... - O Tom falou. Com certeza, ele estava fazendo aquela cara de santo do pau oco dele. - Eu sinto muito... Nos empolgamos, eu sei... Posso te garantir que, da próxima vez que acontecer... Tentaremos não ser tão barulhentos.

O gerente ficou em silêncio e, quando ele se virou, eu já tinha me enrolado em uma toalha e estava encostada no batente da porta, olhando para a cara dele de menino travesso. Ele me perguntou:

– O que foi?

– Eu não sei como é que eu ainda me surpreendo com a falta de vergonha nessa sua cara...

– O que eu falei demais?

– Os egípcios, em grande parte, são muçulmanos. E acredito que, o fato de nós termos... Transado sem sermos casados, não é bem-visto por eles... Acho que eles consideram pecado.

– Ih... Se for assim... Já deveria ter ido para o inferno há um bom tempo... - Ele respondeu, mordendo o lábio dele de um jeito provocante...

– Tom... Temos que arrumar nossas coisas, lembra? Daqui a pouco, o povo está indo embora e nós ficamos para trás...

– Sabia que eu não me importo nem um pouco, se eu for ficar com você?

– Eu também não. Mas, conhecendo o Bill e a Maia... Daqui a pouco eles vão estar aqui, batendo na porta e mandando a gente se apressar. - Respondi. Ele não teve alternativa senão se vestir e arrumar as coisas dele. E eu, aproveitando que já tinha separado minha roupa, antes de dormir, tive tempo de ficar admirando-o por alguns instantes. Foi então que eu finalmente percebi que eu estava totalmente dependente dele...

Postado por: Grasiele

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