domingo, 20 de maio de 2012

Bonequinha De Luxo 2 - Capítulo 7 - Psiquê e Eros (Ou será Bill e Maia?)

 Narrado por Maia

Chegamos à Atenas e o hotel que ficamos hospedados era simplesmente a coisa mais... Maravilhosa que eu já tinha visto na vida. Porém... Nada comparado ao hotel de Santorini. Tudo bem, passamos os três dias, já tradicionais, na capital grega e, logo depois, fomos para Santorini. E tenho que admitir que, por mais que eu gostasse dos meus amigos, amei saber que naquele hotel, só estariam eu e o Bill. Aliás, não só no hotel, mas, na cidade. Os outros iam ficar em Atenas por mais alguns dias e iriam para a França. E, como ir da Grécia ao Egito em uma balsa era simplesmente inconcebível (De Roma para Atenas foi realmente difícil), então, iríamos de avião até Alexandria.

Assim que ele destrancou a porta do nosso quarto, meu queixo caiu. Era um quarto todo branco, e as únicas coisas coloridas naquele quarto ali eram a colcha da cama, que era enorme e, só de olhar para ela, dava para saber que era fofa. A colcha era verde pastel, bem como as fronhas do travesseiro e as cortinas. Tinham vários vasinhos de flores espalhados pelo quarto, além de várias outras coisas combinando com a cama. O Bill me abraçou por trás e, como eu estava distraída, tomei um susto. Ele perguntou, beijando minha bochecha:

– E aí? Você gostou?

– É... Maravilhoso! - Respondi, me virando de frente para ele. Ele sorriu antes de me beijar. Desde Roma que ele andava muito mais carinhoso do que de costume. E tenho que admitir que aquela foi a única noite que eu dormi bem desde que começamos a viagem. Tudo bem, as camas que eu experimentei nos outros lugares eram boas também, mas... Não sei explicar por que esta era melhor. Acho que é porque só estávamos nós dois ali e não íamos precisar nos preocupar em explorar os principais pontos turísticos da cidade em dois dias.

Acordei com o quarto todo iluminado e, logo depois de espreguiçar, coloquei minha mão sobre o lado que o Bill estava dormindo só que ele não estava ali. Abri os olhos e vi que as cortinas ondulavam de leve, com a brisa. Senti o cheiro de maresia invadindo meus pulmões e, percebendo que o Bill estava ali na varanda (Ele me falou que tinha uma varanda no nosso quarto. Só.), me levantei da cama e fui até ele. Me apoiei sobre o encosto da cadeira dele e, aproveitando que ele estava distraído, beijei o pescoço e mordi o lóbulo da orelha dele, de leve. Minha intenção de provocá-lo funcionou, tanto que ele estremeceu e falou, sem desviar o olhar do que ele estava fazendo:

– Maia... Não brinca com o fogo logo de manhã...

– O que você está fazendo? - Perguntei, dando beijinhos na bochecha dele e passando meus braços ao redor do pescoço dele.

– Algumas anotações. - Ele respondeu. Peguei uma das folhas e vi várias palavras, algumas rabiscadas. Pelo visto, ele estava tentando compor uma música, mas, não estava dando tão certo assim. De repente, deu um vento leve, porém, foi suficiente para que as folhas saíssem voando. Eu ajudei o Bill a pegá-las e, de repente, me deparei com uma letra que chamou minha atenção. Li o que ele tinha escrito, rapidamente e, na mesma hora, percebi que ele tinha escrito aquela música para mim. Olhei para ele e perguntei, mostrando a folha para ele:

– É... Para mim?

Ele tomou a folha e disse, envergonhado, e sem olhar para mim:

– É. Mas, não está boa.

– Eu achei que ficou ótima... - Respondi.

– Ah... Ainda tem coisas para melhorar... - Ele falou. - Agora... Vamos tomar o café da manhã e depois quero ir até a praia com você...

Um tempo depois, eu estava usando meu belo biquíni, no melhor estilo PinUp, vermelho, de bolinhas brancas e com babados na beirada do decote e nas laterais da calcinha, e tomando coragem de pular na água. Eu estava de pé, sobre uma ponte e o Bill já tinha pulado na água. Ele me falou:

– Maia... Se você não pular agora, eu vou aí e te busco!

– A água está gelada!

– Não está...

– Eu estou vendo daqui que você está arrepiado! - Respondi. Era verdade. Dava para ver os pêlos eriçados dos braços dele. Além de, é claro, outros sinais que o denunciavam.

– Maia, deixa de enrolação e vem aqui! - Ele mandou. Esse era um dos piores defeitos dele. Era mandão. Muitas vezes, eu acabava brigando com ele por tentar mandar em mim.

Me sentei na beirada da ponte de madeira e coloquei meus pés na direção da água. Quando vi que ele estava vindo na minha direção, coloquei as pernas para cima. Teria sido perfeito se ele não fosse rápido o bastante, além do braço comprido, e agarrado meu tornozelo. Ele falou, me olhando:

– Eu te ajudo. Vem.

Pus a outra perna na direção da que ele segurava e fui me movendo até a beirada da ponte. Quando eu finalmente saí de lá, ele me segurou e, quando senti a temperatura da água, que realmente não estava tão fria assim, relaxei um pouco. Nadamos e, num minuto que eu me distraí, ele me puxou para debaixo da água. Óbvio que nos beijamos e... Sinceramente? Foi uma delícia, não nego.

No final da tarde, eu estava distraída, ouvindo música de olhos fechados e, portanto, não ouvi o Bill aparecendo na varanda. Só fui perceber quando ele pôs a mão sobre o meu joelho. Eu estava sentada em uma cadeira e estava com os pés sobre outra, logo à frente. Assim que senti o toque dele sobre a minha pele, abri os olhos, parei a música e, depois de tirar os fones de ouvido, perguntei:

– O que foi?

– Posso te fazer companhia?

– Claro. - Respondi, tirando os pés de cima da cadeira. Eu nem atinei que, quando fui fazer isso, o meu vestido subiu um pouco, exatamente na mesma hora que ele estava se sentando na cadeira. Só que ele me fez colocar as pernas para cima, mesmo com ele ali. Vendo que eu estava perdida nos meus pensamentos, me perguntou:

– No que está pensando?

– No quanto eu estou feliz com tudo que está acontecendo na minha vida. Quer dizer... A carreira e a banda com as meninas, o meu trabalho dos sonhos...

–... Além de estar conhecendo vários lugares do mundo...

–... E isso tudo com a pessoa que eu mais amo na minha vida. - Respondi. Ele, que estava com a mão sobre meu joelho, passou a acariciar minha coxa, depois desse comentário. E, obviamente, meu corpo reagiu.

– Eu também te amo, Maia. Muito. - Ele falou. Eu me inclinei na direção dele e o beijei. Pouco tempo depois, eu estava com minhas pernas ao redor da cintura dele, sentados sobre a cama, a camiseta dele, como sempre, jogada em um canto qualquer do quarto, e a mão dele passeando livremente sob o meu vestido, enquanto ele beijava meu pescoço, e, passava as unhas da outra mão, bem de leve, sobre minhas costas, me causando as mais variadas sensações, além de aumentar meu desejo de ser dele. Aproveitando uma distração dele, "escorreguei" minha mão até um pouco abaixo da fivela do cinto dele. E, quando ele sentiu minha mão ali, gemeu baixo.

Não demorou para o meu vestido se juntar à camiseta e à calça dele. Estávamos deitados, desta vez quem estava por cima era eu e, quando eu sentia as carícias leves, lentas e torturantes dele, quase morria. Não demorou muito para ele achar o fecho do sutiã, que era do mesmo jeito que o vestido. Uma vez livre das únicas três peças de roupas que estavam atrapalhando, ele intensificou, tanto os beijos quanto as carícias e, quando eu não estava mais agüentando, ele pareceu ler meus pensamentos e, logo, éramos um só. Mesmo depois de atingirmos o ápice, continuamos abraçados. Ele ficou me olhando e me perguntou:

– Posso fazer uma coisa?

– Pode. - Respondi, mesmo sem entender. Ele pôs a cabeça do lado esquerdo do meu peito e, assim como eu sempre fazia com ele, mesmo que não acontecesse nada, o Bill ficou ouvindo as batidas do meu coração.

– Você tem razão... Isso é muito bom...

Passei minha mão sobre o cabelo dele, que acariciou minha cintura. Não sei por quanto tempo ficamos ali, naquela posição. Só sei que acordei e o sol da manhã já estava invadindo o quarto e, só para quebrar o clima romântico, meu estômago deu um senhor ronco. Tanto que o Bill até acordou e me convenceu a irmos comer alguma coisa. Eu estava feliz, estava em um lugar paradisíaco e maravilhoso, não tinha que me preocupar com algumas coisas, pelo menos por hora, eu estava com o meu namorado, que, por um acaso, era a pessoa que eu mais amava e que me amava também... Em resumo: Tudo estava perfeito. Só me preocupava que pudesse acontecer alguma coisa que pudesse estragar essa felicidade... 

Postado por: Grasiele

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