domingo, 20 de maio de 2012

Bonequinha De Luxo 2 - Capítulo 9 - I Hate Myself For Loving You!

 Narrado por Tom

OK. Esse narigudo está pedindo para apanhar. Como é que ele tem a cara-de-pau de pegar na mão da Charlie? Pode uma coisa dessas, dentro do islamismo? De repente, a Maia me desviou dos meus pensamentos:

– Tom, se você realmente gosta da Charlie e quer ficar com ela... Vai lá e conversa com ela. Ah! E muda sua postura com ela, porque senão, aí que ela não sai mais daqui do Egito.

– Maia... Não fala besteira, tá? - Perguntei. Eu estava realmente com raiva. A minha vontade era de deixar o nariz daquele egípcio ainda mais torto.

– Tudo bem. Só que, se você perder a Charlie, que é a única menina que realmente te conquistou e que gosta mesmo de você, partir para outra...  Não diz que eu não avisei.

Eu realmente devia ser um idiota, como o Bill sempre me falou. Não consegui olhar para outro lugar naquele salão que não fosse onde a Charlie e aquele narigudo estavam. E o pior é que, todas as vezes que o olhar dela encontrava o meu, a Charlie passava a mão na franja, jogando-os para trás e dava um sorriso, olhando para mim. Quando o safado inclinou na direção dela e pôs a mão na bochecha dela, só consegui ficar quieto porque o Georg e o Gustav me seguraram. Senão, tinha ido lá e arrastado a Charlie pelos cabelos de volta para nossa mesa. Ela também era outra. Toda assanhada para cima do narigudo.

Finalmente, a Roxy começou a reclamar de sono (Eu tenho que agradecê-la por finalmente ter encomendado meu afilhado) e as outras duas que estavam conosco à mesa, fizeram coro. O jeito foi ceder à choradeira e voltarmos para o hotel. A Maia quem foi buscar a Charlie e, quando esta viu que estávamos indo embora, me olhou por alguns segundos e, logo em seguida, desviou o olhar para o narigudo. De repente, me peguei pensando no que esse narigudo infeliz tinha que eu não tinha. Será que a Charlie tinha uma tara por narizes grandes e aquilinos? Ou será que ela estava jogando charme para o cara porque ele era filho de um cara milionário? Ele a acompanhou e, quando ela parou perto de mim, ouvi o narigudo dizer:

– Mas, na próxima vez que eu for à Inglaterra, vou ver o show da The Sour Ladies, está bem?

– Tudo bem. Ah! E faço questão que você esteja na área V.I.P., viu? - Ela respondeu.

– Como quiser. Vai ser uma honra te ouvir cantando.

Sou só eu ou alguém mais sentiu vontade de vomitar depois dessa?

– Não sei se você vai gostar muito do tipo de música que nós fazemos...

– Eu duvido que sua música seja ruim. - Ele falou. E esse narigudo realmente estava pedindo para apanhar. Que história é essa de cantar a Charlie desse jeito, na minha frente?

– Bom... Você vai ter que ouvir para me dar um veredicto.

Quer um veredicto? OK. Vou te dar um. Narigudo, te condeno à morte por apedrejamento, que nem vocês fazem aqui na Arábia.

– Bom... Acho melhor você ir. Seus amigos já estão te esperando. - O narigudo falou.

– Ah... Bom, obrigada pela companhia agradável. Me diverti muito. - Ela respondeu, me olhando.

– Eu também. Até o nosso encontro, Charlotte. - Ele falou, pegando a mão dela e dando um beijo, que nem o Leonardo di Caprio faz com aquela ruiva no Titanic, quando eles vão jantar. Por muito pouco, ele não apanhou de verdade. Eu sei que a noite inteira fiquei só ameaçando, mas, se a Charlie não tivesse saído de perto dele, eu juro que dava um jeitinho naquele narigão dele. Durante todo o caminho de volta para o hotel, não falei uma palavra; Estava esperando até chegarmos no quarto. Ela tinha soltado os cabelos assim que eu me virei, depois de fechar a porta e, óbvio que fiquei louco ao ver aquela cascata dourada caindo sobre as costas dela. Isso sem falar que o perfume deles veio direto na minha direção.

– Se divertiu com seu amiguinho do nariz avantajado? - Perguntei, incapaz de me conter.

– Desculpe? - Ela perguntou, rindo da minha pergunta.

– Nada... Só que parecia que você estava se divertindo muito com o Ali Babá... Afinal de contas, o que o pai dele tem? Uma empresa de tapetes voadores? - Eu respondi, rindo da minha própria piada.

– Ai, meu Deus... Você está com ciúmes! - Ela respondeu, rindo da minha cara.

– Quem te disse que eu estou com ciúmes? - Perguntei, tentando ignorar o fato de que ela estava certa.

– E não está? A noite inteira você não parou de olhar para mim e para o Amen com cara de maracujá azedo! E quando ele beijou minha mão, na hora que estávamos saindo da casa dele, eu vi como você ficou. É óbvio que você está com ciúmes.

– Ah, tá... Você fica toda oferecida para o cara e eu que estou com ciúmes? Quer dar para ele, problema é seu. - Respondi, bravo. Nem percebi quando ela veio até mim e começou a me bater. A Charlie estava tão furiosa que, onde quer que a mão dela pegasse, estava ótimo. Como eu estava sentado na beirada da cama, agarrá-la e imobilizá-la, prendendo as pernas dela com as minhas e segurando os pulsos com as minhas mãos, foi fácil. Ela se debatia sob mim e gritava:

– Eu te odeio! Me solta!

– Odeia mesmo? - Perguntei, inclinando o meu rosto na direção do dela. Como sempre, ela vacilou. A Charlie, por mais brava que estivesse, sempre que eu me aproximasse dela desse jeito, já começava a dar indícios que ia ceder. Mas, por mais que eu tentasse, ela logo recuperava o juízo e tratava de cortar "o mal pela raiz", como ela sempre dizia.

– Odeio. - Ela respondeu, com a voz falhando um pouco.

– Engraçado... Se você realmente me odeia... Por que, ao invés de ficar admirando aquela coisa absurda que seu amigo tem no lugar do nariz, ficou olhando para mim?

– Você ficou me fixando. O olhar pesa, sabia?

– Podia não ter olhado...

– Tom... Me deixa ir, por favor? Eu prometo que não vou te bater. - Ela pediu. De algum modo, percebi que ela estava sendo sincera. Porém, a tentação era grande demais, ainda mais considerando a posição que nós dois estávamos...

Narrado por Charlie

Eu realmente sou idiota. Finalmente tinha conseguido meu intento, que era deixar o Tom preto de ciúmes (Nem era roxo mais), só que eu estraguei tudo. Fiquei olhando para ele a noite inteira e, para completar, ainda inventei de tentar espancá-lo enquanto ele estava sentado na cama. Óbvio que eu estava pedindo para que ele me imobilizasse daquele jeito.

– Tom... Me deixa ir, por favor? Eu prometo que não vou te bater - Pedi. Por mais que a minha vontade de espancar aquele garoto estivesse me dominando, eu estava realmente disposta a não encostar nele naquela noite. Não depois do chilique que ele estava dando. Ele afrouxou as mãos que seguravam meus pulsos e começou a se endireitar, porém, quando eu menos esperei, ele me beijou. E foi o beijo mais... Torturante da minha vida. Eu sei. Você vai pensar algo do tipo "E existe beijo torturante?". Claro que existe! Era torturante porque era o Tom. E, como esse garoto é o ser mais pervertido que eu já conheci na vida, óbvio que ele não ia me beijar de um jeito inocente. E, como desgraça pouca é bobagem, tive a brilhante idéia de provocá-lo, brincando com o piercing dele. Óbvio que ele gostou e, como nós estávamos colados um no outro, consegui sentir a "alegria" dele por eu estar fazendo aquilo. Não tinha jeito mesmo... Eu era uma besta por estar caindo na lábia dessa peste chamada Tom Kaulitz. Mais uma para a coleção dele...

Postado por: Grasiele

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