domingo, 12 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 41 - I need a hug.

(Contado pelo Tom)
- Quem foi o otário que fez um filho em você? – perguntei, e ri em seguida.
Só mesmo uma pessoa muito burra pra deixar a Bella grávida.
- Como assim? – diz ela. – Tá na cara que o pai é você!
A Bella poderia investir na carreira artística. Com a revelação bombástica, fiquei completamente calado. O que eu poderia dizer? Essa era a última coisa que eu gostaria de ouvir, vindo dela.
- Se isso é uma brincadeira, não tem a menor graça! – disse, sério.
- Que bom, porque realmente não é uma brincadeira. – responde ela.
Os meninos ficaram calados, mas aposto que o Georg estava se segurando para não rir.
- Isso é impossível! – tudo indicava que eu teria um ataque de desespero.
- Impossível por quê? – pergunta ela. – E se quer saber, eu era virgem!
Depois dessa, eu só poderia rir. Na verdade, soltei uma enorme gargalhada.
- Primeiro você diz que está grávida, e agora está tentando me convencer de que era virgem? – ri novamente. – Me poupe, Bella! – dei a volta no sofá. – Essa daí não cola comigo.
Até parece que eu iria acreditar em algo assim. Só mesmo a Bella pra me fazer rir, depois de uma longa viajem.
- Me respeite garoto, pois sou a futura mãe do seu filho!
- Quer saber, eu duvido que esteja falando a verdade. – a encarei. – E se estiver, aposto que esse filho é de algum idiota que você pegou pela rua.
Tá, eu sei que ela é uma garota, e que eu não poderia estar falando assim. Mas se coloque em meu lugar.
- Essa é a coisa mais simples de se resolver. – diz ela, colocando as mãos na cintura. – Quando o bebê nascer, a gente faz o teste de DNA.
- Então só me procure quando ele nascer.
–--
(Contado pelo Bill)
Tom simplesmente deu de ombros, e subiu pro quarto. E mesmo sabendo que ele fez coisas erradas, não merecia estar passando por isso. Ser pai, não é uma tarefa fácil, principalmente pra uma pessoa que mal sabe o significado disso.
- Bill, faz alguma coisa! – Bella quase gritou.
- O que eu poderia fazer?
- Você sabe a verdade, então o convença!
- Não me coloque no meio disso. – me levantei. – Vocês são maduros o suficiente para resolverem seus problemas sozinhos.
Com certeza a Bella ficou com muita raiva, mas eu não poderia defendê-la. E também não irei defender o Tom, pelo menos por enquanto. Só sei que me retirei, e fui diretamente ao quarto dele, para saber como estava.
Quando entrei, ele estava sentado na cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos. Puxei a cadeira da escrivaninha, e me sentei próximo. Ele ergueu a cabeça, e notei que seus olhos estavam vermelhos. Não tenho certeza se estava chorando ou se aquilo era apenas vontade.
- Como você teve coragem de fazer aquilo? – disse Tom. – Foi isso que a Savannah perguntou, quando soube que eu havia transado com a Bella. – agora seus olhos se encheram de lágrimas. – Só que... Nem eu sei como foi.
Não costumo ver o Tom tão pra baixo, mas naquele dia ele estava péssimo!
- Porque não me contou sobre o assunto, quando me ligou? – pergunta ele.
- Não tive coragem. – respondi. – E se isso te faz sentir melhor, eu também não acredito nela.
- A Bella não pode estar grávida, Bill. – uma lágrima escorreu. – Eu vou perder a Savannah pra sempre.
- Não, você não vai perdê-la. – me sentei ao seu lado. – Se o que há entre vocês, é amor de verdade, tenho certeza que a Savannah vai entender.
- Como contarei pra ela?
Sinceramente, eu não tenho essa resposta. Me desculpe.
- Tom, não seja tão precipitado. – disse. – Você nem sabe se ela está mesmo grávida!
- Porque alguém inventaria algo assim?
- Não to dizendo que está inventando. Mas diga a ela para refazer o teste num laboratório de sua escolha. E só depois pense no que irá fazer.
O meu irmão estava chorando pela primeira vez, por uma besteira que havia cometido. O Tom realmente mudou.
–--
(Contado pelo Tom)
Não fugirei das minhas responsabilidades. Se a Bella estiver mesmo grávida, assumirei o filho, mas apenas isso! Decidi seguir os conselhos do Bill, e a pedi para refazer o teste. Escolhi um dos melhores laboratórios de Los Angeles, e me garantiram que a margem de erros é de pelo menos 2%. O resultado sairia em no máximo três dias. E foram os três dias mais horríveis da minha vida! Nunca senti tanta agonia e ansiedade.
Estava sentado no sofá da sala, conversando com o Gustav. Não demorou muito até que a Beca chegasse com o Georg. Eles se juntaram a nós, e iniciamos uma longa conversa sobre a possivel gravidez da Bella. Pouco tempo depois, a mesma aparece com um envelope branco e de tamanho médio, em mãos.
- O resultado já saiu. – diz Bella.
- E qual foi? – pergunta Gustav.
- Não abri ainda, porque acho que o pai deve fazer isso.
Ela falava com tanta convicção, e aquilo me irritava. Peguei o envelope, e minhas mãos começaram a tremer. Respirei fundo, e rasguei o lacre do papel. Fui retirando-o aos poucos. Fiz questão de ler cada palavra que continha naquela folha, e lá no final, estava a palavra em letras maiúscula dizendo: POSITIVO.
No mesmo instante, fiquei sem chão, e a minha respiração parece ter diminuído. Acho que a minha visão escureceu por alguns segundos.
- O que diz ai, tom? – pergunta Georg.
- Deu positivo. – respondi.
O pior de tudo, não era saber que eu seria pai dali nove meses, mas era ter conviver com a culpa de não ter usado preservativo, por resto da minha vida. E agora sim vieram as terríveis perguntas: “Como contarei a Savannah?”, “Se os fãs descobrirem, o que eles falarão?”, “O que a minha mãe vai dizer?”.
Beca se desesperou mais que eu, e tentou dar uma surra na Bella. Mas infelizmente foi impedida pelo Georg, que a carregou para o quarto. Se eu ficasse naquela casa, iria enlouquecer. Eu precisava de um tempo. Um tempo somente meu, sem ninguém para me perturbar.
As chaves do meu carro estavam no meu bolso, e isso facilitou bastante as coisas. O Gustav veio atrás, e perguntou onde eu estava indo. Não respondi nada, apenas entrei no veiculo, e sai. Fiquei rodando pelas ruas, sem rumo, cerca de duas horas.
Acabei estacionando numa praça, mas continuei dentro do carro. De longe vi um homem, jogando futebol com seu filho, que aparentava ter no máximo seis anos. Aquela imagem me deixou ainda mais pra baixo. Não que um filho seja algo indesejável, mas o problema é onde o mesmo está sendo gerado. Porque não poderia ser a Savannah? Eu estaria irradiando alegria, e contando pra todo mundo.
Peguei meu celular, e liguei para aquela que me ofereceria todo o seu amor, sem pedir nada em troca.
- Alô?
- Mãe, sou eu, Tom. – fiz uma ligeira pausa. – Está em casa?
- Estou, mas... Aconteceu alguma coisa?
- Não, fica tranqüila. – respondi. – Vou passar ai, tá?
- Ok.
Girei a chave do carro, e não levei nem quinze minutos para chegar até a casa dela.
- O que houve? – pergunta ela. – Você não costuma me ligar no meio da tarde.
- Eu queria te ver.
- Está tudo bem com você? – nos sentamos.
- Um-hum.
Acho que um nó começava a se formar em minha garganta.
- Eu... Preciso de um abraço, bem apertado. – disse.
–--
(Contado pela Savannah)
Estava terminando de me arrumar para sair pro trabalho, e der repente me veio uma sensação, que eu poderia dizer que não era tão boa assim. Aquilo me incomodou de uma forma, que eu não consigo explicar. Sabe aquele pressentimento de que algo vai dar errado? Era basicamente isso que eu sentia.
Não sou muito de ficar sentindo esse tipo de coisa, mas quando acontece, fico com medo. Fui até o quarto do meu pai, e verifiquei se estava tudo bem com ele. Também aproveitei para checar seus vidros de remédio, caso algum tenha acabado, eu faria o pedido na mesma hora.
- Já disse que está tudo bem comigo, filha. – disse ele. – Por ir tranqüila pro seu trabalho.
- Tem certeza que ficará bem?
- Eu quem deveria estar preocupado com você.
- Por favor, não se esqueça de tomar os remédios nas horas certas. – peguei minha bolsa.
- Savannah, eu não vou me esquecer.
- E se sentir qualquer coisa, me ligue.
- Tá legal.
- Eu te amo. – o abracei.
- Também amo muito você. Agora vá, antes que se atrase.
A sensação ruim continuou, mesmo sabendo que estava tudo bem com ele. Eu sabia que alguma coisa aconteceria, só não sabia dizer ao certo o que seria.
 Postado por: Alessandra

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