sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 40 - I'm pregnant!

(Contado pelo Tom)
- E quando você volta ao Brasil, Tom?
- Não sei. – fiz uma pausa. – Eu tenho que ir, o meu vôo sai em uma hora.
Quando peguei a minha mala do chão, a Savannah aparece na porta. Ela me olha, e aquilo de alguma forma me deixou constrangido. Em seguida ela olhou pro seu pai.
- Posso falar um minuto a sós com o Tom, pai?
- Claro. – disse ele. – Vou até a casa de um amigo, e volto mais tarde.
Ele pegou suas chaves em cima do braço do sofá, e saiu. Após isso, o silêncio tomou conta por longos segundos.
- Savannah...
- Não diga nada, Tom. – me interrompeu. – É a minha vez de falar.
A última frase me fez sentir um pouco de medo, mas eu precisava estar pronto pra ouvir qualquer coisa. E se não estivesse, ficaria querendo ou não. Novamente coloquei a mala no chão, me esquecendo da hora, somente para ouvi-la com atenção.
- Eu poderia te deixar ir, porque você merece pelo que fez. – disse ela, e abaixei as vistas. – E também poderia estar com muita raiva, talvez até te odiando muito!
Olhei pra ela, e vi os “meus olhos” favoritos se encherem de lágrimas. Ai veio o aperto no coração, e a culpa bateu.
- Mas... – ela suspira. – Existe um problema. Tenho um defeito, que é praticamente impossível de consertar. – fez uma breve pausa. – Eu... Eu não posso deixar de amar você.
A frase quase não saiu, e as lágrimas escorreram por sua face, como um rio.
- E mesmo que... Que eu queira te odiar com todas as minhas forças... Não dá! Eu não consigo.
Ter escutado isso, me fez pensar que as coisas mudariam naquele instante.
- Acho que... Você é o meu destino, sabe? – enxugou o rosto.
Fui me aproximando aos poucos, temendo uma rejeição, mas felizmente não aconteceu. A abracei apertado, como se aquele fosse meu último dia de vida.
- Me perdoa. – sussurrei, e ela me olhou. – Eu te amo, de verdade. – coloquei uma mecha do seu cabelo, atrás da orelha.
Lhe beijei com tanta vontade, que estava quase desistindo da viajem.
- Eu não queria ter feito aquilo. – disse.
- Não sei se você quis ou não, mas... Não vamos mais falar disso.
- Ok. – a beijei de novo. – Prometo que não farei nada que possa te magoar.
- O que vai fazer daqui pra frente, ficará por conta da sua consciência.
Por mais que eu quisesse ficar, o horário do vôo se aproximava. Antes que eu pudesse atravessar a porta e entrar no táxi, a Savannah me entregou um envelope.
- Vamos esquecer tudo, e recomeçar. – disse ela. – Só leia quando estiver dentro do avião.
Nos despedimos com um beijo, e quando o taxista deu partida, vi brotar um sorriso nos lábios dela, enquanto acenava pra mim.
xxx
Dentro do avião, procurei o meu lugar e me acomodei. Minha ansiedade para ler a carta, era imensa. Mas me segurei. Só peguei no envelope, quando o avião decolou.
Querido Tom,
Apesar das noticias recebidas nas últimas vinte e quatro horas, há tanta coisa que quero dizer a você, mas não tenho certeza por onde começar. Devo começar dizendo que te amo? Ou que a noite que passei com você, foi a mais feliz da minha vida? Ou que, no curto e “conturbado” espaço de tempo que nos conhecemos, passei a acreditar que fomos feitos um para o outro? Poderia dizer todas essas coisas e tudo seria verdade, mas, enquanto releio estas palavras, a única coisa que passa pela minha mente é que queria estar com você, segurando sua mão e olhando seu sorriso elusivo.
No futuro, sei que vou reviver o tempo que passamos juntos. Vou ouvir seu riso, ver seu rosto e sentir seus braços em torno de mim. E mais uma vez, sentirei falta de tudo isso, mais do que possa imaginar.
E o que mais admiro em você é que todo o pouco tempo em que estivemos juntos, nunca me pressionou ou fez qualquer tentativa para eu dormir contigo. E não posso dizer o quanto isso significou pra mim. Tornou o que temos agora, ainda mais especial, e é assim que eu quero me lembrar pra sempre do período que passamos juntos. Como uma luz branca e pura, cuja contemplação é de tirar o fôlego.
Devo confessar que parte de mim, teme que chegue o momento no qual você não sinta mais o mesmo sentimento, que por algum motivo você esqueça o que nós compartilhamos. E pra não corrermos o risco disso acontecer algum dia, onde quer que você esteja, e não importa o que esteja acontecendo em sua vida, quero que olhe para o céu nas noites de lua cheia. Quero que pense em mim, porque, seja onde for, seja o que estiver acontecendo em minha vida, será exatamente isso que estarei fazendo.
Se não podemos estar juntos como desejamos, pelo menos poderemos compartilhar isso, e talvez entre nós, sejamos capazes de fazer isso durar pra sempre.
Eu te amo, Tom Kaulitz, e vou me agarrar à promessa que fizemos. Se você voltar, me casarei contigo. Mas se quebrar a promessa, tenha consciência que também estará partindo meu coração.
Com carinho, Savannah.
Agora, mais que nunca, também me agarrarei a essa promessa. Tentarei resolver todos os meus compromissos com a banda, e voltarei ao Brasil para me casar. A partir de hoje, o casamento será a minha segunda prioridade.
xxx
Como toda viaje, essa foi um tanto cansativa. Quando cheguei ao aeroporto de Los Angeles, uma multidão de fãs estava à minha espera. Não faço idéia de como eles descobriram que eu estaria ali. Eu só queria sair daquele lugar o mais rápido possivel, e para minha sorte, o Bill havia mandado um motorista.
Assim que coloquei os meus pés dentro de casa, fui recebido por um cachorro que parecia não ter me visto há tempos. Depois caminhei até a sala, onde encontrei Gustav e Georg. Eles largaram o vídeo game, e vieram me cumprimentar. Nos sentamos no sofá, e começamos a jogar conversa fora.
- Você a pediu em casamento?! – pergunta Gustav. Em seguida ele e o Georg caem na gargalhada.
- Do que estão rindo? – perguntei. – Não estão acreditando?
- Não. – responderam em uníssono.
- Mas é verdade! Vou me casar assim que o novo álbum da banda ficar pronto.
E ai o Bill apareceu...
- Então você veio mesmo. – disse ele, dando a volta no sofá, se sentando na poltrona, e colocando a almofada no colo.
- Você praticamente me obrigou a voltar. – tirei os sapatos. – Sem contar que me deixou preocupado.
- Se eu não fizesse isso, você não voltaria.
- Agora já pode me dizer o motivo daquilo tudo.
- Contou pra Savannah sobre você e a Bella?
Estava pensando em mentir, mas ele me conhece e sabe que não consigo fazer isso muito bem.
- Sim. – respondi.
- E o que ela disse? – pergunta Georg, curioso.
- Ficou furiosa, lógico! – peguei uma almofada, e a coloquei nas costas. – Mas conversamos, e no final tudo deu certo.
- Sorte sua. – disse Gustav. – Mas no lugar dela, eu não perdoaria.
- Cale a boca! – disse. – Ela me perdoou, porque me ama.
Eles riram novamente. Não to entendendo o motivo das risadas. E pra completar a “bagunça”, só faltava mesmo uma pessoa. Nesse caso, ela não faz diferença alguma pra mim.
- Tom, que saudades! – disse Bella, vindo até mim. – Se levante! – me levantei, e ela me abraçou.
- Oi, Bella. – disse, sem ânimo algum.
- Como está a Savannah? – perguntou com um sorriso nos lábios, e segurando minhas mãos.
- Ela está ótima. – me desvencilhei.
Até parece que se importa.
- Bill, você já contou pra ele? – diz ela, olhando pra ele.
- Ainda não. – respondeu. – Mas aproveite, e conte você mesma.
- Conta o quê? – fiquei curioso.
Ela fez aquele suspense horroroso, que me deixa irritado, e em seguida soltou:
- Estou grávida!
O sorriso dela era gigantesco. Olhei para o Bill, que estava de cabeça meio baixa, depois por Gustav e Georg, que não entendiam nada.
- Parabéns. – diz Georg.
- É... Parabéns. – diz Gustav, gaguejando.
- Quem foi o otário que fez um filho em você? – perguntei, e ri em seguida.
Só mesmo uma pessoa muito burra pra deixar a Bella grávida.
- Como assim? – diz ela. – Tá na cara que o pai é você!
 Postado por: Alessandra

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