sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 37 - Asking me to marry you?

(Contado pelo Tom)
O táxi que pegamos para ir até a festa, estacionou um pouco distante do local, pois a rua estava tomada por vários outros carros. Andamos cerca de um ou dois minutos no máximo. A casa era enorme e muito luxuosa. Quando entramos, o pai da Savannah veio imediatamente abraçá-la, e agradeceu pela festa. Ele me viu, e não conseguiu esconder sua feição de surpresa.
- Que surpresa vê-lo aqui, Tom. – disse ele, estendendo sua mão para um cumprimento.
- É bom vê-lo novamente, senhor. – o cumprimentei. – E afinal, parabéns.
- Obrigado. – sorri. – A casa não é minha, mas fique a vontade.
Sério, tive a leve sensação de não ser bem vindo ali. Por mim, eu ficaria descansando no hotel, mas tenho certeza que a saudade da Savannah não permitiria. E também não poderia desperdiçar nenhum minuto do pouco tempo que eu tinha.
Estávamos próximos a uma mesa de salgados, e começamos a falar de coisas que aconteceram conosco nesse período em que ficamos longe um do outro. Só não tive coragem de contar sobre o ocorrido com a Bella.
- Minha ficha ainda não caiu, sabia? – disse ela. – Não dá pra acreditar que você está mesmo aqui.
- Em algum momento achou que eu não viria?
- Sinceramente... Sim. – ela colocou uma mecha do cabelo, atrás da orelha. – Tive medo que os compromissos com a banda não lhe permitisse vir.
E ela realmente tinha razão. Também não sei como contar que só poderei ficar dois dias. O próximo álbum da banda tem que começar a ser preparado, e como a maioria das composições que o Bill faz, eu o ajudo, não posso demorar tanto quanto eu queria. Além do mais, temos um prazo a cumprir, e não podemos deixar os fãs esperando muito.
- Não vamos pensar em nada. – disse. – Vamos apenas aproveitar cada minuto, ok?
- Um-hum. – me aproximei, e lhe dei um beijo.
A conversa continuava rolando, e ai apareceu um rapaz.
- O que achou da decoração? – pergunta ele a Savannah.
- Ficou tudo muito bonito. – respondeu. – Obrigada por oferecer sua casa.
- Não tem que agradecer por nada. Faria isso e muito mais por você.
É impressão minha, ou esse cara tá dando em cima da Savannah, na minha frente?!
- Pablo, este é o Tom. – ela nos apresentou. – Tom, este é o Pablo.
- Olá. – disse ele, e nos cumprimentamos.
- Vou pegar uma bebida pra gente, e já volto. – ela me deu um selinho, e se retirou.
Não, eu não gostei nada desse Pablo. Mas não estou com ciúmes, porque confio nela, e principalmente em mim.
- Você é amigo dá Savannah há muito tempo? – perguntei, e coloquei as mãos nos bolsos da calça.
- Quase um ano.
Ou seja, ela o conheceu quando voltou para o Brasil.
- E você é o cara que vivia mandado cartas, não é?
- Ah, ela falou sobre mim? – fiquei mais animado.
- Não muito. Apenas comentou que alguém sempre lhe mandava cartas.
- Sei.
- Você é um cara de muita sorte.
- Seja mais claro, por favor.
- Por estar com a Savannah. – ele me encarava. – Ela é uma garota incrível.
- É sim.
- Olha, eu não sei quem você é, mas conheço muito bem a Savannah...
Conhece é?
-... Se você fizer o mínimo que seja para magoá-la, te procurarei até no inferno se for preciso, pra acabar com você!
Quem esse cara tá pensando que é? Isso por acaso é uma ameaça?
- Eu amo a Savannah, e não faria absolutamente nada que pudesse magoá-la.
- Acho bom.
Não demorou muito para a Savannah aparecer trazendo dois copos com bebida. O tal Pablo deu um sorrisinho pra ela, e se retirou. De longe, ele ficava olhando, e aquilo me incomodava.
- Esse Pablo... Tem namorada? – perguntei, e dei um gole na bebia.
- Não sei. – responde ela. – Por quê?
- Tenho a impressão de que ele gosta de você? – ela riu.
- Ele pensa que gosta de mim, e ainda não percebeu que não sou o tipo de garota certa pra ele.
- Também espero que não seja. – mais um gole.
- Está com ciúmes?
- O quê? – tentei dar uma gargalhada discreta. – Claro que não.
- Tom!
- Tá legal, eu to com ciúmes mesmo! – ela sorriu. – Mas só sinto isso, porque te amo.
Eu estava mesmo me declarando pra ela, mais uma vez? O que essa garota fez comigo, hein?
Aquela sensação de não ser bem vindo no local, passou rapidamente, quando o pai dela me chamou, para que eu fosse apresentado aos seus amigos. Lembrei da minha mãe. Ela fez o mesmo com a Savannah.
- Você faz o que da vida, rapaz? – pergunta o de blusa azul.
- Sou guitarrista em uma banda.
- Mas você é formado em alguma coisa? – acho que o de blusa vermelha queria me intimidar. – Além de músico, você tem um emprego fixo, não é?
- Este é o meu emprego fixo. – disse.
- Fala sério? – o de amarelo pergunta incrédulo. – Isso dá mesmo um bom dinheiro?
Cada pergunta deles me fazia sentir como se eu não fosse capaz de oferecer um bom futuro a Savannah. Era como se eles estivessem “investigando” a minha vida, para saberem quais eram as minhas intenções. Por sorte, o pai dela pediu que parassem, e depois ficamos apenas nós dois conversando.
- Ficará quanto tempo aqui no Brasil? – pergunta ele. – Quinze dias... Um mês...?
- Poderei ficar apenas dois dias.
- Só isso?
- A turnê acabou, mas precisamos fazer um novo álbum.
- Pensei que ficaria mais tempo.
- Os compromissos não me dão muita folga, e não posso ficar perdendo tempo.
- Então é isso? – diz Savannah, e me viro. – É uma perda de tempo você vir até aqui?
Eu deveria ter escutado o Bill. Ele sempre diz pra eu pensar direito antes de abrir a boca. Fui atrás dela.
- Savannah, espera.
- Se acha que isso é uma perda de tempo, vá embora! – seus olhos estavam cheios de lágrimas.
- Não foi isso que eu quis dizer. – fiquei nervoso com a situação. – Eu não... Não soube colocar direito as palavras.
- Tom, ninguém o obrigou a vir até aqui.
- Eu sei disso! – me aproximei. – Mas também não posso abandonar os meus amigos. Da mesma maneira que tenho compromisso com você, tenho com eles!
- Dois dias! – ela me olhava nos olhos. – Ficamos afastados por um ano, e você vem pra ficar dois dias!
- Me desculpa, mas não posso ficar mais que isso.
Ela não faz idéia da vontade que tenho de ficar. Eu seria capaz de largar qualquer coisa por ela, mas e o meu irmão? E os meus amigos? Que tipo de pessoa eu seria, se os abandonasse assim? A pior coisa do mundo é estar dividido.
- Me deixa sozinha, Tom. – disse ela, e ficando de costas pra mim. – Por favor.
Fiquei calado, mas não poderia simplesmente deixá-la. Ela tinha que me ouvir, porque antes de chegar aqui, fiz inúmeros planos.
- O que você... Quer de mim, Savannah? – ela se vira. – Quer que eu largue tudo, é isso? – fiz uma pausa. – Poxa, eu tinha um plano... Mas já não tenho mais, e nem imagino o que fazer. – meus olhos lacrimejaram. – Eu só... Quero ficar aqui com você, enquanto eu puder. – uma lágrima escorreu pelo rosto dela. – Você é importante pra mim, e sabe disso! Sinceramente, eu queria saber o que fazer, mas não sei. Não tenho a mínima idéia. – me aproximei dela. – Você precisa me dizer. – não consegui segurar as minhas lágrimas. – Por favor, só preciso que me diga o que você quer que eu faça!
E pela primeira vez, eu estava ali, chorando na frente de uma garota. Quem diria que o Tom Kaulitz faria isso algum dia?
- Me desculpa. – ela quase sussurrou, e enxugou o rosto. – Desculpa por forçar a barra.
- Não me peça pra escolher entre você e eles, porque eu não saberia o que escolher.
- Eu nunca faria isso, Tom.
- Como eu havia dito, ficarei com você enquanto eu puder. – ela deu um sorriso tímido. – E mesmo que eu vá embora, novamente voltarei pra você.
- Vou esperar, não importa quanto tempo. – me abraçou. - Te esperarei.
Os nossos rostos já estavam bem próximos, e tudo que precisávamos fazer, era nos beijarmos.
- Savannah, se eu voltar... Você aceita ser minha? – os olhos dela brilharam. – Pra sempre?
- Está me pedindo em casamento?
- Estou. – olhava em seus olhos. - Não vou agüentar ficar longe. Preciso que fique comigo sempre!
- Tom...
- Diz que aceita?
- Eu... Eu aceito. – a abracei forte, muito forte.
- Mas...
- Não vamos pensar nos possíveis problemas que atrapalhariam.
Casamento. Eu deveria mesmo ter dito isso a ela? Estou pronto pra assumir algo tão sério? E se os planos mudarem?
 Postado por: Alessandra

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