sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 35 - I can't have done it with you!

(Contado pela Beca)
- Georg! – gritei.
Apesar de já ter inventado algumas poucas mentiras, não gosto muito desse tipo de coisa, então vou logo avisando que isso não passou de um “sonho”. Eu queria mesmo ter coragem de correr atrás do Georg, quando isso fosse necessário, mas na verdade, não havíamos nem iniciado aquela “briga”.
- Beca? – ele estalou os dedos, e tive um sobressalto. – Está tudo bem?
- Está. – respondi.
- Então... Você vai voltar pra mim, não vai?
Ai meu Deus! Por acaso, tem como resistir a esse pedido tão fofo, e esses olhos tão brilhantes?
- Por favor, diga que sim.
- Sim. – pulei no seu colo, enlaçando minhas pernas em sua cintura.
O que veio a seguir é proibido para menores.
–--
(Contado pela Savannah)
Pablo me levou a um restaurante tão sofisticado, que cheguei a sentir um pouco de vergonha. Todo mundo sabe que não estou acostumada a freqüentar esses lugares, e quando isso acontece, acho meio estranho. Eu não poderia fazer uma desfeita e recusar aquele convite, e a solução foi tentar me comportar como alguém que faz aquilo praticamente todos os dias.
Sinceramente, eu não me acostumaria a ser rica. Além de comer como passarinho, essa gente escolhe cada tipo de prato... Como eu não tinha muita noção, o Pablo resolveu me ajudar, e fez o pedido.
- Desejam beber alguma coisa. – pergunta o garçom.
- Por favor, traga o melhor vinho que tiverem. – diz Pablo.
Fiquei ainda mais sem graça. Não sou de ficar bebendo, mas como aquela era uma ocasião “especial”, eu poderia fazer uma exceção. Pouco depois o garçom veio trazer os pedidos. Não quis bancar a ignorante, que não entende de comida, mas eu precisava.
- O que... Exatamente é isso? – perguntei, sussurrando ao Pablo.
- Polvo com arroz e brócolis. – respondeu.
- Que nojo! – quase gritei.
Notei que alguns olhares se voltaram para mim, e desejei ter uma pá pra cavar um buraco e me enfiar dentro.
- Quero dizer... É impressão minha, ou está se mexendo?
Quanto mais eu tentava consertar as coisas, só fazia piorar.
- Não se preocupe. – disse Pablo. – É assim mesmo.
- Desculpe, mas não vou colocar algo vivo em minha boca. – ele riu.
Depois desse mico “básico”, tivemos um jantar descente. Fiz outro pedido, que felizmente não veio com nada vivo. Estava me divertindo bastante, mas o horário avançava, e eu tinha que ir pra casa. Da mesma maneira que foi educado em ter ido me buscar, ele me levou. Estacionou o carro rente a calçada por volta das 22h45.
- Me diverti muito esta noite. – disse, em seguida tirei o cinto de segurança.
- Que bom.
- Obrigada pelo jantar, e me desculpe por qualquer coisa.
- Ah, não tem que se desculpar por nada.
- Bom... Boa noite. – me inclinei um pouco para lhe abraçar.
Não sei como ele conseguiu fazer aquilo, só sei que num segundo estávamos nos abraçando, e em outro, o Pablo estava me beijando. Obviamente eu não poderia deixar aquilo acontecer, me afastei e lhe dei um tapa no rosto.
- Nunca mais faça isso! – disse, um tanto brava.
Abri a porta do carro, e sai.
- Savannah, espera! – diz ele, segurando meu braço. – Me perdoa, eu... Eu não deveria ter feito isso.
- Não deveria mesmo! – me desvencilhei. – Você sabe que gosto de outra pessoa.
- Ele está praticamente do outro lado do mundo.
- Não importa! Isso não significa que devo sair beijando o primeiro que aparecer.
- E quem garante que ele está sendo fiel a você?
- Eu sei que está.
- Nesse exato momento ele pode estar se agarrando com outra!
- Vá embora, Pablo.
Eu não queria concordar, mas ele tinha toda razão. Como eu teria a certeza de que o Tom estava mesmo sendo fiel com sua palavra?
- Savannah, é só você dizer que sim, e eu te faço a mulher mais feliz do mundo.
- Já sou feliz.
- Então me deixa completar ainda mais essa felicidade.
- Pára de insistir! – quase gritei.
- Aposto que esse cara não te ama, como eu!
- Acho que o vinho não fez bem a você.
Estávamos quase discutindo ali no meio da rua. Foi ai que meu pai apareceu, e pediu pro Pablo ir embora.
- O que deu no Pablo? – pergunta meu pai.
- Não faço a mínima idéia. – me sentei no sofá da sala. – No inicio da noite ele estava até legal, mas depois ficou doidão e começou a se declarar.
–--
(Contado pela Bella)
CINCO MESES DEPOIS...
Faltava apenas um mês para o Tom correr pros braços da Savannah, e isso estava me deixando um pouco deprimida. Não consigo me conformar com uma coisa dessas! Passei quase minha vida inteira, tentando fazer o Tom me notar, ai aparece do nada uma estrangeira qualquer e rouba o coração dele. Isso não é justo!
Mais uma vez o David foi bonzinho e deu mais três dias de folga para os meninos. Eles novamente vieram pra casa, e ao invés de ficar descansando, a maioria deles saiu pra “festejar”.
Como era noite, estava um pouco frio, resolvi ficar em casa lendo um livro qualquer. Me sentei no sofá da sala, deixei a iluminação que vinha da lareira e de um dos abajures que estavam por perto.
- Cadê todo mundo, hein? – pergunta Tom, descendo as escadas.
- Gustav e Bill foram pra uma festa, e o Georg provavelmente deve estar em algum motel com a Beca. – respondi.
- E porque você não foi pra festa com os meninos? – se sentou ao meu lado.
- Tenho coisas mais interessantes pra fazer, do que ficar acompanhando aqueles dois solteirões.
- Tipo, ler um livro? – foi irônico.
- Estou atualizando meus conhecimentos.
- Você nem gosta de ler!
- Quem disse?
- Bella, eu te conheço.
- Será? – fechei o livro e o encarei. – Será que me conhece mesmo, Tom?
- Acho que conheço o suficiente pra ter a certeza de que você não é nenhuma fã de livros.
- Talvez eu goste.
- Jogue isso pra lá, e vá pegar uma bebida pra gente. – pegou meu livro, e jogou na lareira.
Me levantei e fui fazer o que ele havia pedido. Peguei dois copos, e coloquei gelo, depois os preenchi com uísque.
- Aqui está. – lhe entreguei um dos copos, e voltei a me sentar. – E você está me devendo um livro.
Não gosto de tomar esse tipo de bebida, então o Tom foi o único a continuar. Ele deve ter bebido uns cinco ou seis copos duplos. Até parecia estar afogando suas mágoas.
- Já chega, Tom! – disse. – Vai acabar ficando bêbado! – ele começou a rir feito louco. – Ou melhor, já está bêbado.
Depois de rir bastante, começou a cantar. Porque todo bêbado faz isso? Ele estava precisando urgentemente de um banho, mas mal conseguia se sustentar em pé. O ajudei a subir as escadas, e quando entramos no seu quarto, Tom caiu no chão. Sozinha eu não conseguiria dar um banho nele, só consegui levantá-lo e o coloquei deitado de barriga para cima na cama.
Eu já ia sair do quarto, mas ao olhá-lo daquele jeito, não tive coragem. Voltei, subi na cama, aproximei meu rosto do seu, e lhe dei um beijo.
- Savannah...
Ele poderia até estar pensando nela, mas era a mim que ele beijava. Repeti o ato. Tom abriu os olhos e sorriu. Aos poucos ele foi reagindo, e os beijos iam ficando mais intensos. Me levantei, e tirei o meu vestido.
–--
(Contado pelo Tom)
Fui acordando aos poucos, e quando abri os meus olhos, senti uma forte dor de cabeça. Olhei para o relógio que estava em cima da mesinha de cabeceira, e não era nem nove da manhã. Me assustei ao perceber que havia um braço sobre meu corpo. Quando olhei pro lado, me deparei com a Bella. Imediatamente retirei seu braço, e me levantei. Ela acordou.
- Já acordou? – pergunta ela, e olha pro relógio. – Não são nem nove horas.
- Bella, o que você tá fazendo nessa cama? – eu realmente estava assustado. - Por favor, diga que não dormiu aqui.
- Não se lembra da noite passada? – ela coloca o lençol branco na frente do corpo, e se senta na cama.
- O que... O que aconteceu na noite passada? – eu estava tremendo.
- Você acabou bebendo alguns copos de uísque, e depois eu te trouxe pro quarto.
- Como você foi parar na minha cama? E ainda, pelada?!
Só então a minha ficha caiu. Sabe aquela dor de cabeça? Eu nem estava me lembrando mais dela.
- Não acredito que...
- Você me fez sentir como a mulher mais linda desse mundo. – ela se levantou, e se aproximou.
Ela tentou me beijar, mas desviei.
- Bella, eu não posso ter feito isso com você!
- Mas fez! E não dá pra voltar atrás, Tom.
Ela poderia estar falando a verdade, ou simplesmente mentindo. Tanto faz, porque eu não conseguia me lembrar de nada mesmo.
 Postado por: Alessandra

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