sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 36 - Was the best feeling.

(Contado pelo Tom)
Depois que a Bella me contou o que possivelmente teria acontecido, pedi que vestisse sua roupa, saísse do quarto, e não falasse nada pra ninguém. Continuei trajando apenas minha cueca, e me sentei na cama. Parei para pensar, e descobri que pela primeira vez, estava me sentido mal por ter transado com uma garota.
Fui pro banheiro, e tomei um banho demorado. Desci pro café da manhã, e todos me olharam como se já tivessem sabendo de algo. A Bella estava com um meio sorriso, e não conseguia disfarçar. Se eu permanecesse ali, acabaria abrindo a boca sem querer, e falaria tudo. Resolvi confessar para o Bill, e o chamei na biblioteca.
- Você fez o quê? – pergunta ele, incrédulo, se levantando do sofá.
- Por favor, não me peça para repetir. – disse.
- Cara, você transou com a Bella?
- Fale baixo. – quase sussurrei. – Alguém pode escutar.
- Como teve coragem de fazer isso? – voltou a se sentar.
- Eu não sei.
- Ela é praticamente como nossa... Irmã!
- Obrigado por me deixar ainda pior.
Por um lado, até que achei bom ter dito a verdade. Mas por outro...
- E se ela ficar grávida? – diz Bill.
- O quê? – a aflição começou a tomar conta de mim. – Não, isso não pode acontecer. – me levantei do sofá. – Não diga isso nem por brincadeira!
- Vocês se preveniram, não é?
Como poderei responder a essa pergunta, se não me lembro?!
- Eu...
- Ah não, cara. Logo você, Tom!
- Mas eu não me lembro! – me sentei ao seu lado.
- Não consegue se lembrar de nada mesmo? – balancei a cabeça, negativamente. – Nadinha, nadinha?
- Não. – apoiei os cotovelos nos joelhos, e coloquei as mãos na cabeça. – Não consigo.
- Tá legal, vamos tentar refazer todos os seus passos da noite passada.
Não acredito muito que isso possa ajudar, mas também não custa nada tentar.
- Bom... Eu saí do banho e me arrumei normalmente. – disse. – Depois fui até a sala, e encontrei a Bella lendo um livro.
- Tem certeza que a viu lendo?
- É inacreditável, mas vi.
- E depois? O que aconteceu depois?
- Conversamos um pouco, peguei o livro dela e joguei na lareira... – tentei lembrar o restante.
(Flashback)
- Jogue isso pra lá, e vá pegar uma bebida pra gente. – peguei seu livro, e o joguei na lareira.
Ela se levantou e foi fazer o que eu havia pedido. Pouco tempo depois, retorna com dois copos, de cores diferentes.
- Aqui está. – me entregou o copo de cor verde, e voltou a se sentar. – E você está me devendo um livro.
(/Flashback)
- Esperai! – disse. – Pedi que ela fosse pegar uma bebida pra gente.
- Tá insinuando que a Bella colocou algo dentro dessa bebida?
- Talvez.
- Acha que ela teria coragem?
- O único jeito d’eu transar com ela, seria bêbado ou drogado!
Se eu descobri que a Bella me drogou, eu a mato! Mas essa não era a minha maior preocupação. A banda faria o último show da turnê, e logo em seguida eu pegaria um avião pro Brasil. Com que cara de pau olharei pra Savannah?
Não estava conseguindo me controlar, e tive que chamar a Bella pra uma conversa séria.
- Poderia repetir tudo que fizemos? – perguntei.
- Nós entramos no seu quarto e...
- Não, eu não quero ouvir. – a interrompi. – Tem certeza de que fizemos mesmo?
- Claro que tenho!
- Mas você não está em seu período fértil, está?
- Não sei.
- Como não sabe?
Ela só pode estar querendo dificultar ainda mais as coisas.
- Não fico marcando os dias. – diz ela.
- A gente pelo menos se preveniu?
- Você estava tão maluco, que nem deu tempo.
- Ai meu Deus, eu não acredito nisso!
Após ouvir coisas como estas quem consegue ficar em paz? E posso dizer que isso me atormentou durante várias noites. Se ela ficasse grávida, os meus planos de ficar com a Savannah, teriam de ser esquecidos rapidamente. E não quero perdê-la novamente.
–--
(Contado pela Savannah)
O despertador mal começou a tocar, e eu já estava me levantando. Um sorriso de felicidade brotou em meus lábios, e meu coração acelerou. Poderia até dizer que aquele seria mais um dos tantos dias de alegria que viriam. Primeiro, porque era o aniversário do meu pai; segundo, por ser o dia em que eu reencontraria o Tom.
Fui até o banheiro, tomei um banho que levou cerca de vinte minutos. Sai enrolada numa toalha branca, e abri o guarda-roupa pra escolher algo que ficasse legal e combinasse com a ocasião. Como o dia dava sinais de que faria calor, acabei optando por um short jeans, e uma t-shirt de tecido leve. Nos pés, coloquei uma sandália aberta, e prendi o cabelo num coque desarrumado, mesmo sabendo que se soltaria a qualquer momento.
Enquanto passava perfume, escutei a campainha tocar e fui atender; era o Pablo. A festa surpresa seria na casa dele, pois era mais espaçosa e a maioria dos amigos do meu pai morava perto de lá.
- Só estamos esperando você, pra festa começar. – disse ele, entrando.
- Meu pai saiu hoje cedo, e como sempre, não avisou quando voltaria.
- Não se preocupe, ele está na casa do Manoel.
- Quem é esse?
- Um amigo dele. – respondeu. – Que cheiro é esse?
Imaginei que meu pai tivesse colocado algo no forno, esqueceu de me avisar, e queimou. Fui correndo até a cozinha, e não era nada.
- Tem certeza de que sentiu um cheiro estranho? – perguntei.
- Senti um cheiro, mas não disse que era estranho, disse?
- Então... O que sentiu?
- Acho que... – se aproximou. – É você!
- Faça outro alarme falso, e te darei um soco. – brinquei.
- Vamos, não podemos chegar atrasados.
- Preciso passar num lugar antes.
- Onde?
- No aeroporto.
Pablo sabia muito bem o que eu faria lá, e me deu uma carona.
- Quer dizer que finalmente vai encontrar o rapaz das cartas? – me olhou rapidamente, depois voltou a olhar para a estrada.
- Sim. – respondi.
- Ele tem muita sorte. – sorriu timidamente.
Eu não queria parecer uma má pessoa, então o dispensei. Na verdade, pedi educadamente que ele fosse embora. Disse que era melhor ele ir pra festa e ver se estava tudo saindo como o planejado. Ele não achou ruim, mas também não deve ter achado tão bom assim.
Fiquei aguardando ansiosa, e a cada desembarque, ia aumentando ainda mais. Meus olhos estavam atentos, e as mãos suavam. Após essa torturável espera, o vi chegar. Tom olhou para os lados, e parecia me procurar. Fiquei tão feliz, que não consegui pensar em algo para fazer.
- Tom! – gritei, e sai correndo ao seu encontro. – Tom!
Ele se vira e abre um enorme sorriso. Larga no chão uma pequena mala e vem até mim. Nos abraçamos forte, e foi a melhor sensação.
- Nem acredito que você está aqui. – disse, tocando seu rosto. – Até parece sonho.
- Então, por favor, não me acorde. – diz ele. – Se isso for mesmo um sonho, me deixe assim. – nós rimos.
- Como senti sua falta. – o abracei novamente.
- Agora estou aqui, e mataremos essa saudade.
A emoção era tão forte, que as lágrimas escorreram pelo meu rosto.
- Não, não chore. – ele as enxugou. – Só quero te ver sorrir. – fez uma pausa. – Você está linda. – me beijou. – Muito linda.
Dá pra acreditar que ele havia chegado? Por sorte, poucas pessoas o reconheceram, e tivemos o tempo necessário para pegarmos um táxi. Passamos em minha casa rapidamente, para deixarmos a mala dele, e depois seguimos para a festa.
 Postado por: Alessandra

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