segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 11 - I'll keep an eye on you!

(Contado pela 3º pessoa)

Na tarde daquele mesmo dia, Savannah sentiu fome, e foi até a cozinha. A empregada estava sentada numa das cadeiras, lendo uma revista.

– A senhorita deseja algo?
– Gostaria que não me chamasse de senhorita, mas de Savannah. – fez uma pausa. – Poderia me ajudar a fazer brigadeiro?
– Brigadeiro? – a empregada coloca a revista em cima da mesma, e se levanta. – Gosta de comer doces?
– Adoro. E sou um tanto viciada em brigadeiro, entende?
– Sim. – as duas riem.

A simpática empregada foi até a dispensa e pegou todos os ingredientes necessários para fazer o brigadeiro. Retornou à cozinha, e em pouco tempo já estava preparando o mesmo.

– Não deveria estragar a sua dieta, comendo doces. – diz a empregada.
– Dieta? – Savannah ri. – Não, eu não sou do tipo que faz dietas. Muito pelo contrário, a coisa que mais gosto de fazer, é comer.
– Então você malha pra ter esse corpinho?
– Que nada. Não engordo de pura ruindade, pelo menos é o que o meu pai diz.
– Gostei de você, sabia?
– Ah, obrigada. – Savannah coloca uma mecha do seu cabelo, atrás da orelha.

O cheirinho do brigadeiro já estava tomando conta da cozinha, e não demoraria muito para alcançar outros cômodos da casa.

– Que cheirinho bom é esse? – pergunta Bella, chegando à cozinha.
– Brigadeiro. – responde Savannah.
– Opa! Brigadeiro é comigo mesmo. – as três riem.

Com cuidado, a panela é colocada em cima de um pano que estava sobre a mesa. A empregada pega duas colheres e entrega as meninas, que não hesitam em comer o doce, ainda quente.

– O que estão comendo? – pergunta Bill.
– Brigadeiro. – responde Bella, com a boca cheia.
– Também quero. – ele pega uma colher, e se junta a elas.

Logo Georg e Gustav aparecem, e juntam suas colheres as dos outros. Todos comiam, conversavam, e riam.

– Alguém pode me dizer de quem foi a brilhante idéia de pintar a cara do Tom? – diz Bella.
– Foi a Savannah. – diz Gustav.
– Mas só fiz isso, porque vocês insistiram muito. – diz Savannah.
– Quero morrer sua amiga, tá? – Bella brinca.
– Ih Savannah, você tá ferrada. – diz Georg. – Pra ser amiga da Bella, tem que ser muito forte.
– Cale a boca!
– É verdade. – diz Bill. – Não é nada fácil ser amigo da Bella.
– Não dê ouvidos ao que eles falam. São todos invejosos!
– Porque teríamos inveja de você? – diz Gustav. – Até parece.

A cada minuto que passava, eles iam ficando cada vez mais amigos, e a Savannah já não estava mais se sentindo como um peixinho fora d’água. Ela puxava a maioria dos assuntos, e conversava, como se já os conhecesse há muito tempo.

– Do quê estão rindo? – pergunta Tom. – Me contem, pra eu rir também.
– Até que enfim o nosso garoto transformista apareceu. – diz Bella.
– Há, engraçadinha. – diz Tom.
– Por falar em transformista, cadê a Beth? – pergunta Georg, e todos riem.
– Não fale assim dela. – Bill a defendeu.

Pela bagunça estar concentrada ali na cozinha, ninguém ouviu quando a campainha tocou. A coitada da empregada, que tentava terminar de ler sua revista, teve que ir ver quem era. Instantes depois, ela aparece acompanhada por alguém, e isso foi o bastante para todos ficarem calados.

– Poderíamos conversar, Tom? – pergunta Megan.
– Estou ouvindo. – diz ele.
– É uma conversa particular.
– Estamos comendo, e não sairemos daqui agora. – diz Gustav.
– Por favor, Tom. – Megan insiste.
– Tá legal.

Antes de se retirar da cozinha, Tom olha pra Savannah, que desvia seu olhar, e puxa um assunto qualquer com o Georg.

xxx
Tom e Megan entram na biblioteca, e ele tranca a porta, só para o caso de alguém querer entrar ali.

– Já estamos sozinhos, então pode falar. – diz ele.
– Você e aquela garota se casaram mesmo, não é?
– Não. – ele caminha em direção ao sofá, e se senta.
– E o que ela faz aqui?
– Depois que você fez aquele escândalo, o Bill acabou se casando em meu lugar. – Megan se senta ao lado dele.
– A Beth sabe disso?
– Ela nem precisa saber. E espero que você não se atreva a contar nada.
– Não falarei nada. Mas não vim aqui pra isso. – fez uma pausa rápida. – Eu só queria saber... Porque você não me procurou mais?
– Não estava a fim. - ele estava um tanto sério.
– Também não atendeu mais às minhas ligações. Fiquei preocupada.
– Ficou preocupada à toa, porque estou muito bem.
– Porque está falando assim comigo?
– Você não quer que eu seja sincero, quer?
– Quero.
– Depois não reclame, por eu ter sido grosso.
– Ok.
– Você foi uma idiota, fazendo todo aquele barraco. – Megan ficou surpresa ao ouvir aquelas palavras. – A Savannah só queria se casar, pra ajudar o pai, e você estragou.
– Vai brigar comigo, por eu querer defender o que é meu?
– Não sou um objeto, então não me chame de seu! – ele se levanta. – E quer saber mais? Eu NUNCA fui apaixonado por você, e nem sei o que tinha na cabeça, pra ficar esse tempo todo ao seu lado.
– Não fale assim. – ela também se levanta. – A gente se gosta!
– Você pode até gostar de mim, mas eu... Não sinto absolutamente nada por você. – ele a olha nos olhos. – Isso deve deixar as coisas bem claras, não é?
– Está terminando comigo?
– Sim. – respondeu tranquilamente.
– Está fazendo isso por causa dela, não é?
– Estou fazendo por mim mesmo!
– Vai se arrepender disso! – ela aumenta a voz.
– Diminua seu tom de voz, que não sou nenhum dos seus empregados! E é melhor procurar logo seu rumo, e ir embora!

Tom se retira da biblioteca, deixando a ex-namorada furiosa, magoada, e com uma enorme vontade de se vingar de alguém.

–--
(Contado pela Savannah)
Eu estava passando pelo corredor que dava acesso ao quarto, quando a namorada do Tom saiu de dentro de um daqueles cômodos, e esbarrou em mim.

– Desculpa. – disse.

Sua expressão ficou séria, e ela não respondeu nada, simplesmente seguiu seu caminho. Continuei andando, e passei em frente ao quarto do Tom. A porta estava aberta. Iria seguir em frente, mas voltei. Ele estava sentado na cama, com os cotovelos apoiados no joelho, e as mãos na cabeça. Dei uma leve batidinha na porta, que foi o suficiente pra ele me olhar.

– Está tudo bem? – perguntei.
– Vai ficar. – respondeu.
– Brigou com a namorada, não é? – entrei.
– Terminei com ela.

Fiquei um pouco surpresa, e talvez até um pouco triste.

– Mas... Por quê?
– Não tava dando certo.
– Sinto muito. – me sentei ao seu lado.
– Foi bem melhor assim. Já não estava mais agüentando ouvir a voz da Megan.
– Não ficou nem um pouquinho triste?
– Não.

Nossa! Que tipo de garoto é você, hein? Por acaso não tem sentimentos? No seu lugar, eu estaria arrasada! Mesmo sabendo que era a melhor coisa a fazer, mas um término nem sempre é bom.

Não sei o que falar quando esse tipo de coisa acontece, então resolvi deixá-lo sozinho. Fui pro meu quarto, pois estava precisando de um banho quentinho e relaxante. Separei algumas peças de roupa. Fui pro banheiro, tranquei a porta, abri as torneiras da banheira, e enquanto a água caia, eu prendia o cabelo e tirava a roupa.

Aquele banho realmente me fez relaxar. Retornei ao quarto, quinze minutos depois e notei algo um tanto estranho.

– Cadê minhas roupas?

Procurei em todos os lugares possíveis daquele quarto, e não encontrei nada. Até debaixo da cama eu olhei.

– Eu tô ficando doida, só pode! Tenho certeza que separei as roupas e as coloquei aqui em cima! – apontei pra cama.

Foi ai que me lembrei...

– Não. – dei uma leve risada. – Ele não teria coragem de fazer isso.

–--
(Contado pelo Tom)
Eu estava sentado na cama, tocando violão, quando a porta do quarto é aberta bruscamente. Cheguei a me assustar com isso.

– Onde estão as minhas roupas? – pergunta Savannah, um tanto brava, e usando apenas uma toalha branca para cobrir seu corpo ainda molhado.
– Ficou doida? – coloquei o violão em cima da cama e me levantei. – Porque eu deveria saber?
– Não se faça de idiota! – ela se aproximou. – Confessa que entrou no quarto e pegou as roupas que estavam em cima da cama!
– Como é que vou confessar algo que não fiz? Eu nem saí daqui!

Ela ficou calada por alguns instantes.

– Essa é a sua vingança, não é? – ela me olhava nos olhos.
– Que vingança?
– O que vai fazer com as minhas roupas? Onde elas estão?
– Ah não, você acreditou mesmo quando falei que iria me vingar?
– E não era verdade?
– Claro que não. – eu ri. – Acha que eu teria coragem de fazer isso?
– Acho.
– Esperai! O quê que eu iria fazer com as suas roupas?
– É bom que você não tenha pegado mesmo...
– Ou o quê? – a interrompi. – Vai tirar a toalha e tentar me seduzir?
– Além de vingativo, é tarado? – nós rimos.
– É melhor você ir pro seu quarto e colocar uma roupa, antes que essa toalha caia, e dê a maior confusão.
– Vou ficar de olho em você, viu?!

Savannah saiu, e eu me sentei na cama novamente. Comecei a rir. Até parece que eu teria o trabalho de ir ao quarto dela só pra pegar algumas peças de roupa, e me vingar por ela ter pintado meu rosto.

Postado por: Grasiele

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