sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 10 - Is war?

 (Contado pelo Bill)
 
Abri os olhos, após sentir algo em minha cintura. Era um dos braços da Beth, que não havia ido pra casa novamente. Afastei o mesmo com cuidado, para não acordá-la, e fui pro banheiro. Fiz toda minha higiene matinal, e desci pro café da manhã. Ao chegar à sala, notei que o Tom estava ali, esticado no sofá, e dormindo. Uma idéia surgiu em minha mente, então subi correndo, e fui até o quarto do Georg. Bati na porta, e aguardei que ele viesse abrir.

– O que foi? – pergunta ele, com aquela cara de sono.
– O Tom tá dormindo lá na sala. – disse.
– E daí?

Antes que eu pudesse responder, uma voz feminina chamou pelo Georg.

– Ô Georg, volta logo pra cama.
– Quem está ai com você? – perguntei, curioso.
– Não interessa. – ele fechou um pouco mais a porta, só pra eu não ver quem era a garota. Ficou apenas com a cabeça pro lado de fora, e um pedaço do corpo.
– Bem, o Tom está lá embaixo, e isso significa que é hora da diversão!
– Me dá um minuto, que já estou indo.

Enquanto o Georg não vinha, fui bater no quarto do Gustav, afinal, ele também precisava participar da tal diversão.

– Vem logo, antes que ele acorde! – disse.
– Posso me vestir primeiro? – ele abre mais a porta. – Não quer que eu vá apenas de cueca, não é?
– Então vista-se logo!

xxx
Nós três ficamos em pé atrás do sofá, tentando encontrar a melhor solução pra acordar o Tom, da pior maneira possivel.

– Já sei! – sussurrou Gustav. – Vou pegar o chantilly.
– Boa idéia! – diz Georg. – Assim poderemos sujá-lo, não é?
– Não. – responde Gustav. – Vou pegar pra eu poder comer.

Enquanto tentávamos pensar em algo legal, o Gustav só pensava em comer. Ele foi correndo até a cozinha, e volta em seguida, com o chantilly em mãos. E continuamos ali parados, até que a Savannah se aproximou, e começamos a conversar baixinho.

– O que estão fazendo? – pergunta, Savannah.
– Você quis dizer “o que não estamos fazendo”, não é? – diz Georg.
– Estamos pensando numa maneira de acordar o Tom. – disse.
– Porque não chamam por ele? – diz ela.
– Essa seria a coisa mais sem graça. – diz Gustav.
– Ah, então vocês querem aprontar primeiro, e depois acordá-lo?
– Exatamente! – disse.

Ela dá um meio sorriso.

– Está pensando em algo? – perguntei.
– Vou buscar maquiagem, e já volto. – diz ela, subindo as escadas.

Eu já tinha alguma noção do que ela pretendia fazer, e estava ansioso pra ver a reação do Tom. A Savannah aparece com algumas maquiagens na mão, e se ajoelha em frente ao Tom. Logo começa a fazer algumas artes no rosto dele, cuidadosamente, para não acordá-lo antes da hora.

–--
(Contado pela Savannah)
O que eu estava fazendo era errado, mas seria bem divertido.

– Cara, o Tom vai pirar, quando vir isso. – diz Gustav.
– Já tô até imaginando a reação dele. – diz Bill.
– E vocês não se atreverão a contar que fui eu, ok? – disse.
– Ok. – responderam em uníssono.

A vontade de rir, estava quase nos matando, mas se fizéssemos isso, ele com certeza acordaria e descobriria no ato. Ficamos segurando o riso, com muito esforço. Após terminar, me levantei.

– Coitadinho. – disse. – Vocês são maus, hein?
– Não vem não. – diz Georg. – Você quem pintou a cara dele.
– O Tom está irreconhecível. – diz Gustav. – Ele vai querer matar quem fez isso.
– É melhor se preparar pra correr muito. – diz Bill a mim. – Agora vamos tomar o café, porque se ele nos pegar aqui, vai desconfiar.

Fomos pra cozinha, e iniciamos nosso café. Não demorou muito pro Tom aparecer ali, com a cara toda pintada. O Gustav, que tomava suco, se engasgou, e foi preciso dar alguns tapas nas costas dele. Georg não queria nem olhar pra ele, pra não rir. Continuei tomando meu suco normalmente, como se nada estivesse acontecendo. E o Bill se controlava pra não iniciar a risada.

– Bom dia. – diz Tom, que se senta ao lado do Bill.
– E ai? – responde Bill, respirando fundo pra não rir.
– Vocês estão estranhos, hein?
– Porque acha isso? – perguntei.
– Sei lá. Parecem estar escondendo algo.
– Bobagem sua. – diz Gustav.
– É melhor tomar logo seu café. – diz Georg.

A empregada aparece, e ao vê-lo, não consegue disfarçar e cai na gargalhada.

– Tá ficando doida? – diz Tom.
– O que é isso, menino? – diz ela, e nós começamos a rir.
– Isso o quê? – pergunta ele.
– Por acaso tá querendo virar travesti?
– O quê?

Há essa altura, eu tentava encontrar o fôlego. O Tom se levanta furioso, e vai até a sala. Instantes depois, ouvimos:

– Que porra é essa?! – ele grita. – Eu vou matar quem fez isso!
– Savannah, eu acho melhor você correr. – diz Georg.
– É nisso que dá, ajudar vocês. – me levantei.

O Tom aparece com a cara toda borrada, e as mãos sujas. Provavelmente deve ter tentado tirar a maquiagem.

– Vamos lá, podem ir falando quem fez isso! – diz ele.
– Eu não quero ser dedo duro, mas foi a Savannah. – diz Gustav.
– Seu traidor! – disse.
– Você fez isso? – pergunta Tom, apontando pro próprio rosto.
– Não. – respondi. – Quero dizer...
– Foi você sim! – diz Georg e Bill, em uníssono.
– Calem a boca, seus traidores! – gritei. – A culpa não foi minha. – comecei a rir. – Os meninos queriam aprontar com você, e...
– E ai você resolveu ajudá-los! – diz ele.
– Ah, até que não ficou tão feio assim. – tentei melhorar as coisas. – Está até parecendo com...

Se eu continuasse, as coisas piorariam ainda mais pra mim. O que eu fiz? Dei a volta na mesa, e sai correndo. Óbviamente o Tom veio atrás. Os meninos que não queriam perder nenhum detalhe do que aconteceria, também vieram atrás. Nós dois corríamos pela casa, enquanto eu tentava me desculpar.

– Me desculpa. – dizia. – Não fiz por querer.
– A minha carreira acaba, se algum paparazzo tirar uma foto! – diz ele.

Essa nossa corrida só acabou, quando fiquei cansada e o Tom me alcançou. Ele me pegou no colo, e caminhou até a área da piscina.

– O que vai fazer? – perguntei.
– Logo irá descobrir. – respondeu.
– Você não vai me jogar na piscina, não é? – ele parou na beira da piscina.
– Promete que não vai mais fazer isso?
– Prometo qualquer coisa, só pra não me jogar na água.
– Foi mal.
– Não, por favor.

E adiantou alguma coisa? Quando ele foi me jogar, se desequilibrou, e acabou caindo junto. Os meninos, que estavam do lado de fora da confusão, só ficaram rindo da situação.

–--
(Contado pelo Tom)

Não acredito que a Savannah teve coragem de compactuar com essa armação dos meninos. Logo ela, que eu achava que iria me “defender”. Mas isso vai ter volta. Ninguém me faz virar um travesti, e fica por isso mesmo!

– Como você é sem graça! – diz Savannah. – Não sabe nem entrar no clima da brincadeira!
– Isso vai ter volta, viu? – sai da piscina.
– Ok, ficarei esperando!

Entrei em casa, e esbarrei na Bella, que descia pra tomar o café da manhã. Ela não se segurou, e começou a rir também. Fui direto pro banheiro, pra tentar tirar tudo aquilo. Lavei o rosto, e nada.

– Mais que droga é essa?! – me perguntei, enquanto usava uma esponja. – Só podem ter passado cola nessa desgraça! – a raiva estava me consumindo.

Fiquei um tempão limpando meu rosto, e ainda acho que não saiu toda a maquiagem. E enquanto eu estava em frente ao espelho, ouço alguém bater na porta do mesmo.

– Veio aqui pra continuar rindo de mim? – perguntei, enquanto olhava pelo reflexo.
– Não. – responde Bill. – Só vim pra dizer, que a Savannah não foi a responsável por isso. Eu que tive a idéia da maquiagem.
– Você? – me virei.
– Sim. E também não foi ela quem te pintou. Foi tudo culpa minha.
– E porque colocaram a culpa nela?
– Porque queríamos saber qual seria sua reação.

Continuaríamos a nossa conversa, se a Savannah não tivesse aparecido ali.

– Eu... Trouxe demaquilante. – diz ela, mostrando um recipiente branco e de tampa preta. Em seguida, o Bill se retira.
– Pra quê serve isso? – perguntei a ela.
– Tirar a maquiagem. – responde.
– E como se usa?
– Vou te ensinar, caso precise novamente. – faz uma pausa. – Onde tem algodão?
– No potinho azul.

Ela abre o potinho, e pega uma bolinha de algodão. Em seguida, despeja aquele liquido branco e de consistência meio... Estranha e duvidosa. Savannah se aproxima um pouco mais, para poder passar em meu rosto.

– Esperai! – disse, e me afastei um pouco.
– O que foi?
– Tem certeza que isso ai é pra tirar maquiagem?
– Absoluta. Por quê?
– Sei lá. Isso parece tão... Nojento.
– Tá imaginando besteira, não é?
– Um-hum
– Deixa de ser bobo. – ela ri. – Isso não é o que está pensando. – se aproxima novamente.
– Como vou saber? – me afastei de novo. – Vai que é outra armação sua?

Ela respira fundo.

– Não é armação. – diz ela. – E se não confiar em mim, vai ficar com essa maquiagem por um bom tempo.

Sua mão era tão leve, que eu quase não sentia nada. Também não demorou muito até ela terminar.

– Prontinho. – disse ela. – Agora lave o rosto.

Fiz o que ela pediu, e me olhei no espelho.

– Não vai agradecer?
– Você pintou minha cara todinha, então foi justo que viesse aqui para limpar.
– Como você é mal agradecido, hein? Da próxima vez, vou deixar tudo como estiver. – caminha em direção à porta.
– Ei! – lhe chamei, e ela se virou. – Obrigado.
– Por Nara. – respondeu, sorrindo.

Aquela carinha de anjo não iria me enganar. Mesmo o Bill dizendo que não foi ela, a minha vingança ainda será feita. Savannah que me aguarde! 

Postado por: Grasiele

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