sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 4 - Guess Who? - Part I

Nós não podemos recuar
Há muito em jogo
Isso é sério
Não vá embora
Não podemos fingir que não está acontecendo
(Contado pela Savannah)
O despertador começou a tocar, avisando que aquele seria o dia, em que minha vida, possivelmente mudaria. Muito antes do mesmo tocar, eu já estava acordada. A Ansiedade quase não me permitia ter algumas horas de sono. Na verdade, eu estava preocupada. E se ele desistir? E se ele não aparecer? Essas e várias outras perguntas me atormentaram.

Me sentei na cama, e a primeira coisa que meus olhos enxergaram, foi a foto do meu pai, que estava encostada no abajur, na mesinha de cabeceira. Peguei a mesma, e aos poucos meus olhos começaram a ficar embaçados, por conta das lágrimas.

– Como eu queria que o senhor estivesse aqui, pai. – algumas lágrimas molharam meu rosto. – Mas eu prometo que tudo dará certo.

Naquele mesmo instante, prometi a mim mesma que só sairia daquela capela, quando estivesse casada com alguém. No inicio achei maluquice essa idéia de casamento, mas se for pra ajudar meu pai, faço “qualquer coisa”. Me levantei da cama, rezando pra que tudo desse realmente certo. Fui pro banheiro, e quase desisti de tomar o banho, por causa da água fria. Aos poucos fui me acostumando, e aquilo até aliviou um pouco a minha tensão.

Após sair do banho, tive um enorme problema em encontrar uma roupa adequada à ocasião. Não vim preparada pra casar, o que vestirei? Por sorte, a Nicolle bate à minha porta, e traz consigo um vestido e um par de sapatos. Fiquei aliviada. O vestido era longo, e simples. Mas era um simples bonito.

– Imaginei que não tivesse algo adequado pra vestir, então dei um jeito de lhe arrumar este daí. – diz ela, entrando e entregando-me a roupa.
– Como conseguiu? – fechei a porta.
– Bem, este vestido era pra ter sido usado no dia do meu casamento, mas acabei engordando, semanas antes, e... O zíper não fechou. – ela se senta na cama.
– Que pena.
– Eu sei. – cruza as pernas. – Mas aposto que ele ficará lindo em você.
– Obrigada.

Novamente entrei no banheiro, e me troquei. Voltei ao quarto, e assim que ela me viu, seus olhos se encheram de lágrimas. Comecei a rir.

– Você está linda. – veio me abraçar.

Até parece que esse casamento é de verdade!

– Tô com um frio na barriga. – disse, assim que nos desvencilhamos.
– Vai dar tudo certo.
– Se o Tom não aparecer...
– Ele vai aparecer! – me interrompeu.

Ajeitamos os últimos detalhes, como: perfume, maquiagem, e mínimos acessórios. Depois saímos do quarto. Chegamos à sala, e a dona da pensão levou um susto a me ver vestida daquele jeito.

– Vai se casar e nem convida os amigos. – diz ela.

Que amigos? Por acaso tá falando de você?

– Ela não irá se casar. – responde Nicolle.- Esse vestido é só pra um ensaio fotográfico.

Nos despedimos. E caminhamos até a rua, onde entramos no carro da Nicolle, e fomos diretamente pra capelinha.


–--
(Contado pelo Tom)
Mesmo sabendo que esse casamento não é de verdade, eu estava um pouco nervoso. Como as coisas aconteceram rapidamente, acabei me esquecendo de ligar pra Megan, e lhe contar o que eu estaria prestes a fazer.

Me coloquei em frente ao espelho, pra conferir se a roupa estava boa, ou se havia algo fora do lugar. E sinceramente, aquilo não me agradava muito. Não combina comigo! Sei lá, parece que estou diante de outra pessoa. Abaixei um pouco a cabeça, pra abotoar alguns botões, e quando a ergo novamente, me assusto com o Bill, que estava atrás de mim, com uma expressão séria e as mãos nos bolsos da calça.

– O que foi? – perguntei. – Tô muito gato, não acha?
– Vai mesmo levar essa história de casamento adiante? – pergunta ele.
– Claro. – respondi, e abotoei o último botão. – Tô apaixonado.

Não consegui segurar o riso.

– Tem algo por trás disso, não tem?
– O que poderia ter? – me virei pra ele.
– Talvez pudesse me contar.
– Foi mal, mas não posso lhe contar agora. – caminhei até o closet, para pegar um sapato.
– Desde quando temos segredos? – ele veio atrás.
– Não é questão de termos segredos ou não. Só não posso dizer nada, porque fiz uma promessa. – escolhi um sapato, em seguida me aproximei da gaveta de meias.
– O que está prestes a fazer, é loucura! – Bill estava encostado na porta.
– Não. – voltamos ao quarto. – O nome disso é solidariedade.
– Como assim? – me sentei na cama, e fui calçando a meia, em seguida o sapato.
– Esquece. – me levantei, e fui ao banheiro para passar o perfume. – É melhor irmos logo, porque só a noiva pode chegar atrasada.

Saímos do quarto, e na sala, nos encontramos com o Georg e Gustav. Fomos até a garagem, e entramos num mesmo carro – pra não chamar atenção dos paparazzi -, e seguimos para a capela.

xxx
O carro pára, e como tem os vidros escuros, quem está do lado de fora, não consegue nos enxergar. A Savannah e a Nicolle estavam paradas em frente à capela.

– É aquela que está usando vestido de noiva? – pergunta Gustav.
– Claro que é! – responde Georg. – Se ela está usando vestido de noiva, é porque vai casar!
– Ela é bonita. – diz Gustav.
– Concordo. – disse. – E você, Bill. Não vai falar nada?
– Tudo que eu tinha pra dizer, já foi dito. – respondeu.
– Você não vai entrar? – pergunta Georg.
– Sinto muito, Tom. Mas não posso concordar com essa maluquice. – diz Bill.
– Um dia irá me apoiar. – respondi.

–--
(Contado pela Savannah)
Fazia mais de cinco ou seis minutos que eu estava ali parada, e nem sinal do Tom. Comecei a pensar que ele não fosse aparecer. O meu nervosismo ia aumentando a cada segundo. A Nicolle e o padre – que não tinha cara de padre – tentavam me acalmar.

– Calma, querida, ele chegará. – disse o padre, com uma voz suspeita demais.

O padre deve ter repetido isso umas quatro vezes, e se repetisse mais uma, juro que lhe daria um soco na boca. Sei que é pecado ficar julgando as pessoas sem saber o que elas realmente são. Mas aquele pitbull com certeza era lassie.

Quando estava prestes a desistir, um carro preto pára em frente à capela. Mas ninguém saia de dentro dele. Pouco depois foi que as portas se abriram, e saem dois garotos. Eu não conhecia nenhum deles! Em seguida vi o Tom saindo. Ele se aproximou rapidamente.

– Desculpa pela demora, e... Você está muito bonita. – diz Tom.
– Obrigada. – respondi, um pouco tímida.
– Esses são meus amigos, Georg e Gustav.
– Olá. – os cumprimentei.
– Oi. – disseram em uníssono.
– Todos já estão aqui? – pergunta o padre.
– Sim. – disse.
– Então já podem ficar preparados para entrarem.

Tom entrou na igreja, e ficou em seu devido lugar. E acabei de crer que isso é mesmo loucura! O que estou fazendo? Tudo parece ser tão real, mas não passa de uma mentira! Nicolle também entrou, e se sentou num dos bancos lá na frente. Os dois garotos também entraram, e se sentaram ao lado dela. Uma música bonitinha começou a tocar, e fui entrando devagar. Quando estava me aproximando, acelerei o passo. Nem eu mesma estava acreditando naquilo.

O padre começou a falar, e nem prestei atenção, pois eram muitas coisas. Só estava torcendo para aquilo acabar o mais rápido possivel.

– Com licença. – sussurrei ao padre. – Será que poderia pular toda essa parte, e nos fazer a pergunta? – o Tom tentou disfarçar, mas começou a rir baixinho.
– Fica quietinha ai, que já estou chegando lá. – responde ele.

Mais que demora, hein? Isso tudo só pra depois chegar e dizer “você aceita se casar com...?” Ele não poderia simplesmente começar o casamento perguntando isso? E após uma “longa” espera, o padre nos pergunta, e respondemos em uníssono, sim. Quando chega a hora do “alguém que tenha algo contra, fale agora ou cale-se para sempre”, entra uma garota, e gritou:

– Eu tenho! – todos se viraram para trás.
– Megan?! – diz Tom, surpreso.
– Como você é cara de pau, hein Kaulitz? – ela parou, e colocou as mãos na cintura.
– O que está fazendo aqui?
– Eu quem pergunto!
– Quem é ela? – sussurrei ao Tom.
– Minha namorada. – responde ele.
– Namorada? – falei alto, e me afastei um pouco. – Porque não disse que tinha uma namorada?
– É, porque não disse? – diz a garota.
– Não achei que fosse necessário. – diz ele.
– Seu desgraçado, eu vou matar você. – a garota se aproxima com raiva.

E é nessa hora que o padre se revela!

– Esperai! – grita ele. – Tá pensando que capela é bordel?

Ninguém lhe dá ouvidos, pelo menos a garota não se importou com o que ele disse. A confusão foi ficando cada vez maior. Só sei que o Tom segurou no braço da tal garota, e a arrastou para fora do local. Os amigos dele o acompanharam, pra tentar amenizar as coisas, um pouco mais. Fiquei sem reação, e me sentei ali no chão.

Postado por: Grasiele

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