sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 2 - It Needed Only a Little Push.

Cara, qual é
Você é um astro do rock
Venha colocar um pouco de amor na minha caixinha de amor
Quero dançar sem calças (olá)
Encontre-me nos fundos com uma garrafa de Jack e a jukebox
Pare com essa perseguição, garoto
Porque eu sei que você não quer saber do meu nome do meio
Eu quero tirar a roupa, mas você está chapado
(Contado pela Savannah)

Querem um conselho? Nunca, nunca façam a reserva de um hotel ou qualquer outro tipo de lugar, sem ter plena certeza de que é aquilo mesmo. Estou tentando me segurar mais algum tempo aqui na pensão, mas a cada minuto as coisas ficam terríveis. Não me importo tanto em tomar um banho de água fria, mas ter que conviver com baratas é o limite do meu limite! Um bicho nojento, que me dá arrepios só de pensar. Sem contar que este lugar não tem nada a oferecer, e aqui estou deitada na cama, olhando pro teto. E aquele silêncio estava me incomodando demais. Me sentei, e olhei pros quatro cantos. O quê que eu vim fazer aqui? É nessas horas que temos vontade de não ter saído de onde viemos.

Estava começando a pensar, que se eu passasse mais um minuto dentro do quarto, começaria a falar com as aranhas. Foi ai que a salvação bateu à minha porta.

– Tá fazendo o quê? – pergunta, Nicolle.
– Nada. – respondi.
– Tô indo me divertir um pouco numa boate aqui perto, você...
– Claro! – respondi antes que ela pudesse terminar.

Lhe pedi um minutinho, só pra eu poder trocar de roupa. Como a Nicolle é casada com um cara, que aparenta ter muito dinheiro, não fiquei espantada ao saber que tinha um carro luxuoso.

– Se tivermos sorte, encontraremos um noivo pra você. – disse ela, enquanto dirigia.
– Ah não. – disse um pouco sem graça. – Não sei se quero me casar. Sou muito nova. – ela ri.
– E como pretende ganhar o visto de permanência pra ajudar seu pai?
– Sei lá, darei outro jeito.

Cinco minutos depois chegamos à boate. Havia uma fila enorme pra entrar, mas a Nicolle quis ser um pouco mais esperta...

– Olha, ela é... A mais nova... Miss... Mundo! – disse Nicolle.
– Ah tá, e eu sou o Michael Jackson. – o segurança foi irônico.

Miss Mundo? Essa foi a pior mentira que já ouvi! Se me dissessem isso, não acreditaria de maneira alguma. Essa garota deveria aprender a mentir primeiro, pra depois sair falando.

– Poxa, ela largou vários compromissos só pra visitar essa boate, e você vai impedi-la de entrar? – ela ainda tentava convencer o segurança.
– Se eu não deixar vocês duas entrarem, ficarão aqui me infernizando, não é?
– Sem dúvida alguma.
– Tá legal, então entrem logo!

Inacreditável! Ela conseguiu mesmo? Será que essa desculpa também funciona em outros lugares, tipo shows? Qualquer dia desses farei o teste. Mas enfim, a boate estava super animada, e eu nunca tinha visto tanto homem bonito num só lugar. Aquilo era o paraíso. Dava vontade de ficar parada observando-os dançar.

(Contado pelo Bill)

Estava sentado numa das espreguiçadeiras à beira da piscina, com caderno e caneta em mãos, pronto pra compor mais uma música. A casa não estava tão silenciosa, pois os meninos se divertiam jogando vídeo game. Minha criatividade parecia não querer me ajudar, e quanto mais eu me esforçava pra escrever algo, nem que fosse uma única frase, minha atenção era tomada por um simples barulhinho. E naquele dia, o que me tirou a atenção, foi o por do Sol, que refletia seus últimos fachos de luzes na água da piscina. Aquela poderia ser a hora perfeita pra eu me inspirar em alguma coisa, se não tivesse sido interrompido mais uma vez.

– Está compondo novamente? – pergunta Beth, em seguida me dá um selinho, e se senta na espreguiçadeira ao lado.
– Estava tentando. – respondi.
– Atrapalhei?
– Não, imagina. – sorri. – Mas... O que faz aqui há essa hora? Amanhã você não vai ter que acordar cedo pra gravar? – fechei o caderno, e o coloquei sobre a mesinha ao lado.
– Não estava a fim de ficar sozinha em casa. – fez uma pausa. – O que acha de sairmos um pouquinho?
– Foi mal, mas não tô com ânimo. – me levantei, e comecei a caminhar em direção a entrada da casa. Beth me acompanhava.
– Poxa, Bill. – segurou meu braço e me fez virar. – A gente vive trabalhando, e quando temos um tempinho livre, você não quer sair comigo? – fez biquinho.
– Você também precisa descansar. – me desvencilhei. – Não vai querer aparecer no filme com cara de cansada, vai?
– Claro que não! – respondeu, sem hesitar. –Mas... Eu queria conversar com você.
– Já estamos conversando. – entrei em casa.
– Não estou falando desse tipo de conversa. – ela veio atrás. – Queria saber como foi o seu dia, o que tem feito, como estão as coisas...

Enquanto ela fazia uma “lista” do que queria saber sobre mim, eu abria a geladeira e pegava a jarra de suco. Depois fui até o armário, peguei dois copos e me sentei à mesa.

– O meu dia foi bastante corrido. – comecei a responder. – A única coisa que tenho feito, é me preparar para o começo das gravações do cd, e está tudo muito bem, obrigado. – coloquei o suco nos copos.
– Como você é sem graça. – ela se levanta, e sai.

Fiquei ali na cozinha só o tempo em que terminava de tomar o suco, depois passei pela sala, e os meninos continuavam jogando. Não encontrei a Beth, e ela provavelmente deveria estar no banheiro retocando mais uma vez a sua maquiagem.

– Cara, você tá roubando de novo?! – disse Georg.
– Eu não! – diz Tom. – Você que não sabe ganhar.
– Tá legal, sai daí, Tom, que é minha vez. – diz Gustav.

Subi as escadas, e fui direto pro quarto. Ao abrir a porta, vi a Beth sentada em minha cama, tocando o violão que minha mãe havia me dado de presente há alguns meses, antes de nos mudarmos para LA.

– O que está fazendo? – me aproximei rapidamente, e tomei o violão de suas mãos. – Já não disse que NINGUÉM mexe nesse violão, além de mim e do Tom?
– Desculpa. – ela pareceu um pouco assustada. – Pensei que...
– Não pensou nada! – quase gritei, em seguida coloquei o violão ao lado da cama. – Você não pode sair mexendo nas minhas coisas assim, sem permissão.
– Calma, Bill! – ela se levantou. – Não precisa ficar assim. – seus olhos estavam cheios de lágrimas. – Me... Me desculpa. Não fiz por querer.

Aposto que fez. Mas devo confessar que fui um tanto ignorante com ela.

– Tá tudo bem. – abaixei o tom de voz. – Só não toque nele mais.
– Um-hum.
– Vem cá. – abri os braços, e esperei que ela viesse me abraçar.

Nos abraçamos, e Beth novamente pediu desculpas. Lhe dei um beijo, pra ver se parava com toda aquela manha.

– Pode me levar pra casa?
– Tenho que terminar a letra de uma música, então... – caminhei até a mesinha de cabeceira, e peguei o celular. – É melhor chamar um táxi. – lhe entreguei o aparelho.
– Ok.

Depois que a Beth foi embora, retornei à beira da piscina pra fazer mais uma tentativa de compor alguma coisa. Mas este com certeza não é o meu dia.

– Ô Bill, estamos indo àquela boate. – diz Tom. – Tá a fim de ir?
– Vou ficar pra terminar de compor.
– Você quem sabe.

(Contado pela Nicolle)
Enquanto eu me acabava na pista de dança, a Savannah ficava sentada numa das mesas, tomando alguma coisa. Eu sabia que ela queria se casar pra conseguir o visto, só faltava um pequeno empurrãozinho pra tudo acontecer o mais rápido possivel. Quando fiquei um pouco cansada, me juntei a ela, e de longe avistei um conhecido entrar no local, com alguns amigos. Me levantei em seguida, e fui cumprimentá-lo.

– Tom?!
– Nicolle, há quanto tempo, hein? – nos abraçamos.

Pedi licença aos meninos, pois roubaria o Tom só um pouquinho. Tivemos que falar praticamente gritando, por causa do barulho.

– Acho que algum anjo lhe enviou até aqui. – disse.
– Por quê?
– Preciso da sua ajuda. – fiz uma pausa. – Uma amiga precisa se casar amanhã.
– Parabéns pra ela!
– O único problema é que ela ainda não tem um noivo. – ele sorriu.
– Isso é algum tipo de indireta?
– Por favor, faz isso por mim?
– Eu tenho namorada!
– E daí? Ela não precisa saber disso.
– Isso é praticamente impossível!
– É só por alguns dias. Só até ela conseguir o visto de permanência.

Ele demorou algum tempo pra responder.

– Só aceito com algumas condições.
– Quais?
– Se ela for bonita, gostosa, e querer alguma coisa comigo. – nós dois rimos.
– Garanto que ela é bem bonita e gostosa. Só não posso garantir que ela irá se interessar por algo a mais.
– Que tipo de casamento é esse, que não tem diversões?
– Vem comigo, irei te apresentá-la.

Fomos até a mesa onde a Savannah estava, e ao vê-la, a primeira reação do Tom foi abrir um sorriso enorme.

– Savannah, este é o Tom Kaulitz. – disse, e ela se levantou para cumprimentá-lo.
– Muito prazer. – diz ela, estendendo sua mão.

Postado por: Grasiele

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