sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 3 - Is it true?

(Contado pela Savannah)
– Savannah, este é o Tom Kaulitz. – disse Nicolle, e me levantei para cumprimentá-lo.
– Muito prazer. – disse, estendendo a mão.
– O prazer é todo meu. – responde ele, sorrindo.
– Bom, vou voltar pra pista de dança. – diz ela.

Nicolle se retirou, e me deixou ali com uma pessoa que eu não fazia idéia de quem poderia ser. Tive vontade de despachar o rapaz, mas a vergonha não me permitia. Fiquei completamente sem graça e até um pouco nervosa - talvez pelo fato de eu não saber me comportar muito bem na frente de garotos -, e toda vez que isso acontece, meu olho direito começa a piscar.

– Você... Tá com algum problema no olho? – pergunta ele.
– Não. – sim.

Que vergonha, meu Deus. Que vergonha! Ele com certeza deve estar pensando que sou maluca. Mas aquilo era involuntário, eu não conseguia controlar. E meu olho só parou de piscar, quando me sentei à mesa e bebi um coquetel.

– Savannah é um nome diferente, não? – diz ele.
– Um pouco. – respondi.
– Quem foi o “maluco” – ele riscou as aspas no ar. -, que lhe deu esse nome.
– O “maluco” – fiz o mesmo. –, é o meu pai. – nós rimos.
– Me diz uma coisa, você está à procura de um noivo?
– Aposto que foi a Nicolle quem te contou isso, não é?
– Sim. – ele deu um gole em seu coquetel. – Ela disse que você precisa do visto de permanência.
– Preciso mesmo. Mas não será me casando, que conseguirei. – também bebi um pouco.
– Vai por mim, casada, você conseguirá bem mais fácil e rápido.
– Acha mesmo?
– Um-hum.
– Quanto tempo leva pra conseguir esse visto?
– Bem, se você quiser conseguir da forma tradicional, demorará no mínimo uns dois anos.
– Isso tudo! – perguntei, incrédula.
– É. Mas se você conseguir se casar, acho que não leva nem duas semanas.
– A única pessoa que conheço aqui, é a Nicolle. E ninguém encontrar um noivo assim, da noite pro dia.
– Olha, sei que não nos conhecemos, mas se você aceitar posso te ajudar.
– E porque faria isso?
– Você parece ser uma pessoa legal.
– Sei. – fiz uma pausa. – Me... Me dá só um minutinho?
– Claro.

Me levantei, e iniciei uma busca pela Nicolle, que havia desaparecido no meio daquele pessoal. Pra facilitar um pouco mais, tive que subir numa mesa. E dá pra acreditar que algumas pessoas pensaram que eu iria fazer um strip-tease?

– Tira! Tira! Tira! – começaram a gritar.
– Tira o quê? – perguntei. – Tá doido? – desci da mesa.

Finalmente consegui encontrá-la dançando com algumas meninas. Hum, achei meio estranho, mas enfim. A puxei pelo braço, e fomos pro banheiro. E como todo banheiro feminino só rola fofoca, maquiagens e até outras coisas... Também não fiquei impressionada ao ver duas meninas fazendo besteirinhas. Na verdade, fiquei com nojo, já que aquilo ali não é local pra fazer esse tipo de coisa.

– Fale a verdade, você combinou com aquele garoto sobre o casamento, não é? – perguntei.
– Só comentei.
– Engraçado, porque ele veio com um papo estranho, e até se ofereceu pra casar comigo!
– Sério? – ela sorriu. – Você aceitou, não é?
– Ainda não. Mas você já olhou pra cara dele?
– O quê que tem?
– Ele tem cara de tarado! – ela começou a rir. – E não irei me casar com um tarado!
– Savannah, o Tom é uma boa pessoa.
– Será que não existe outra maneira d’eu conseguir esse maldito visto?
– Com certeza há, tipo... Você esperar alguns anos. Ah, me esqueci. Você só tem DUAS semanas. – me olhou nos olhos. – Deixa de bobagem, e case-se logo!
– Se eu me casar, e aquele garoto tentar alguma coisa...
– Ele não tentará nada! – me interrompeu.

–--
(Contado pelo Tom)
Cheguei em casa por volta das 9h15 da manhã. Tive que pegar um táxi, pois havia bebido, e não queria correr o risco de sofrer um acidente. Deixei meu carro no estacionamento privado da boate, e mais tarde outra pessoa iria buscá-lo pra mim.

Quando entrei, a casa parecia silenciosa. Chamei pelos meninos, e todos estavam na cozinha, tomando café.

– Quem é vivo sempre aparece. – diz Gustav.
– A noite deve ter sido muito boa, hein? – diz Georg.
– Foi ótima. – respondi. Em seguida me sentei numa das cadeiras.
– Que bom. – diz Bill. – E acho melhor você arranjar uma boa desculpa pra dar à Megan, porque ela saiu daqui faz dez minutos.
– Droga! – disse. – O que ela queria?
– Veio te ver. Ou já se esqueceu que está namorando com ela? – diz Georg.
– Não me esqueci. Só não precisava me lembrar.
– Mas nos conte como foi sua noite? – pergunta Gustav.
– Já disse que foi ótima. – coloquei um pouco de café na xícara. – Conheci uma garota, e vou me casar com ela.

Neste momento o silêncio tomou conta do local, e todos pararam o que estavam fazendo. Eles se entreolharam, e der repente soltaram gargalhadas.

– Ah, fala sério, Tom! – diz Bill.
– Eu to falando sério.
– Algum alienígena te abduziu, não foi? – pergunta Gustav. – Mas fica tranqüilo, porque estaremos sempre ao seu lado. – continuavam rindo.
– Também não se preocupe com sua memória, porque aos poucos ela voltará. – completou, Georg. Me levantei.
– Pessoal, eu to mesmo falando sério.

Novamente eles se calaram, e ficaram um pouco sérios. Mas aquilo durou pouco tempo, pois voltaram a dar gargalhadas.

– Porque não acreditam em mim? – perguntei.
– Porque o Tom Kaulitz que conhecemos, se acha novo o suficiente pra não se casar agora, pois ainda quer aproveitar muito o que a liberdade tem a lhe oferecer. – diz Bill. – É um milagre você ainda estar comprometido com a Megan. E mesmo assim, a coitada leva belos chifres quando você quer.
– Todo mundo, principalmente a Megan, sabe que esse lance não é sério. Só estamos juntos pra passar o tempo.
– Vocês se conhecem há um ano, e isso não é sério? – pergunta Bill.
– Não. – respondi tranquilamente.
– Viu só? – diz Georg. – Como quer que acreditemos que agora você está falando a verdade, se só conhece essa garota há uma noite?
– Tá legal, se não querem acreditar, por mim tudo bem. – peguei o copo com o suco. – O casamento acontecerá amanhã de manhã, às 9h30, naquela capelinha que fica na mesma rua da boate. Não se atrasem. – me retirei, e fui pro quarto.

–--
(Contado pelo Bill)
Após o Tom ter se retirado da cozinha, o silêncio novamente tomou conta do lugar. Com certeza era difícil de acreditar que ele iria se casar. Estamos falando de Tom Kaulitz, e não do Georg, Gustav ou até mesmo de mim. Alguma coisa deve ter acontecido, pra ele der repente resolver se casar. E pra começo de conversa, quem é essa garota?

Enquanto eu tento fugir do Marcos, pra não ter que me casar com a Beth, o Tom me aparece com essa noticia. Mas se ele tiver aprontando, não demorará muito tempo, até descobrirmos toda a verdade.

– Acha mesmo que o Tom irá se casar? – pergunta Georg.
– Não faço idéia. – respondi. – Mas ele pareceu bem certo do que estava falando.
– Só acreditarei, quando ele aparecer com uma aliança no dedo. – disse Gustav. – E nós iremos nesse casamento, não é?
– E você acha que eu perderia essa cena? – disse. – Quero ver quem é a maluca. – nós rimos.

Depois de termos tomado o café, peguei a chave do carro, e fui até a casa da Beth. Devo ter demorado uns dez minutos pra chegar lá. Fui recebido pela empregada. Ao entrar na sala, me deparei com o pai dela, sentado no enorme sofá de couro branco, e tomando uísque. Ele sorriu a me ver, e me aproximei para cumprimentá-lo.

– Há quanto tempo não te vejo, Kaulitz. – diz Marcos.
– É que ando um pouco ocupado com alguns projetos da banda. – respondi, e me sentei ao seu lado.
– E quando esse casamento com a Beth sairá?

Fiquei sem saber o que responder, e comecei a tossir. Aquela era a única pergunta que eu não gostaria de ouvir naquela manhã. Por sorte, a Beth apareceu e veio dar leves tapas em minhas costas.

– July, traga um copo de água pro rapaz! – gritou Marcos à sua empregada.

Quando a água chegou, bebi o mais devagar possivel só pra ver se ele se esquecia daquela pergunta.

– Já passou? – pergunta ele.
– Acho que sim. – respondi.
– Que bom. – me encarou. - Mas ainda não me respondeu.
– Qual foi mesmo a pergunta?
– Quando se casará com a Beth?
– Bom... – comecei a gaguejar.
– Esse assunto de casamento não te agrada muito, não é?
– Só acho que ainda é um pouco cedo para falarmos sobre isso.
– Cedo? – ele colocou o copo em cima da mesinha de centro. – Vocês estão namorando há dois anos!

Juro que pensei que ele fosse sacar uma arma e me matar!

– Eu sei, mas...
– Papai, por favor, não vamos falar nisso agora. – disse Beth.

Me deu uma vontade imensa de soltar um suspiro de alivio, mas não dava pra fazer isso na frente do Marcos. É nessas horas que me pergunto “O Tom ficou doido? Como é que ele vai ter coragem de se casar?

Postado por: Grasiele

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