segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 12 - I miss you.

(Contado pela Savannah)

Bem, o Tom havia dito que não foi ele. Então quem foi? Minhas roupas não podem ter desaparecido assim, do nada! Mas se eu descobrir que foi mesmo ele, ah eu vou me vingar. Aonde já se viu, dar um sumiço na roupa dos outros, e ficar por isso mesmo?

Coloquei uma roupa bem confortável, e desci até a sala. Todos estavam na área da piscina, conversando. Fui me juntar a eles, e me sentei ao lado da Bella, numa espreguiçadeira. Ela estava usando um short jeans, e um biquíni rosa de bolinhas brancas. Georg estava numa espreguiçadeira ao lado, deitado. O Bill e Gustav se encontravam sentados à beira da piscina, com os pés dentro da mesma. Apenas o Tom não estava ali.

– Já fez as pazes com o Tom? – pergunta Bella.
– Um-hum. – respondi. – Mas acho que será temporariamente.
– Por quê? – pergunta Georg.
– Ele deve estar planejando alguma coisa. – disse.
– O Tom não é tão vingativo assim. – diz Bill.
– Mas é melhor eu ficar prevenida pra qualquer coisa.

Naquele instante, o Scotty veio até mim, para que eu pudesse acariciar seus pêlos. O cachorro estava usando uma blusa na cor azul. Achei tão fofo.

– Quem colocou essa roupa no Scotty? – pergunta Gustav.
– Deve ter sido o Tom. – responde Bella. – Ele é o único que meche nesse cachorro.

Deve ter sido quem? Porque será que estou com uma pequena pulga atrás da orelha?

– Engraçado. – disse.
– O quê é engraçado? – pergunta Bill.
– Eu acho que já vi essa blusa em algum lugar. – respondi.

Miserável! Filho da mãe! Cretino! Mentiroso! Vou acabar com a raça do Tom! Pensei. Me levantei furiosa, e fui a procura dele. Rodei a casa praticamente inteira, procurei em quase todos os cômodos, e o encontrei na biblioteca.

– E ai, tudo bem? – diz ele.
– Não vem com essa pra cima de mim, seu mentiroso! – disse, e me aproximei.
– O quê foi que eu fiz desta vez?
– Vestiu a minha blusa no cachorro?! – quase gritei. Ele começou a rir.
– O Scotty ficou sexy, não acha? – ele se sentou no sofá, e continuou rindo.
– Acho que eu deveria te matar! – Tom se levantou, ficou de frente pra mim, e me encarou.
– Isso, foi por ter feito aquela desgraça no meu rosto. – me olhava nos olhos, e tentava me intimidar. – Se continuar mexendo comigo, será bem pior.
– Está me ameaçando, Kaulitz? – ele cruzou os braços.
– Entenda como quiser.
– Devo entender que essa “briga” – risquei as aspas no ar. -, está começando agora.
– Perfeito, porque estou louco para me divertir. – deu um meio sorriso.
– Quer um conselho? – fiz uma pausa. – Da próxima vez que quiser aprontar qualquer coisa pra cima de mim, peça ajuda. Você realmente não é bom nesse tipo de coisa.
– Quer apostar que sou?
– Não preciso apostar nada. Suas atitudes falam por você. – ele riu.
– Que vença o melhor.
– Isso não é um jogo, mas te ensinarei a NUNCA mexer no guarda-roupa de uma garota.

Lhe dei as costas, e retornei à piscina. Bill já havia tirado a minha blusa do Scotty, e pediu à empregada que lavasse. Novamente me sentei ao lado da Bella, minha mente só conseguia pensar em uma maneira para dar uma boa lição no Tom.

– Savannah? – Bella estalava os dedos. – Hello? Tem alguém ai?!
– Desculpa. – disse. – Estava distraída.
– No que pensava? – pergunta Georg.
– Nada de interessante. – respondi.

Por enquanto não é interessante, mas não demorarei muito a encontrar uma solução.

–--
(Contado pelo Bill)
Já era noite, quando estávamos todos reunidos ali na sala de cinema, assistindo a um filme de terror. Havia muita pipoca, refrigerante, algumas guloseimas, e o tão famoso brigadeiro de panela da Savannah. Georg, Gustav e Bella, estavam sentados na fileira de trás. Os três sempre sentam juntos, para nos tirar atenção. Savannah estava entre mim e o Tom. Dava pra notar claramente o quão tímida ela estava, mas tentava disfarçar, e fazia isso muito bem.

A Bella começou a jogar pipoca, e obviamente revidávamos. Se me perguntarem qualquer coisa sobre o filme, não saberei responder. Não consegui prestar atenção, graças à guerra de pipoca. Num momento, a Savannah se levantou, e saiu da sala. Continuamos ali, nos divertindo.

– Coitada da Rute. – disse Gustav. – Ela vai ter o maior trabalho pra limpar essa sala.
– Ela está sendo paga pra isso. – disse Tom.
– Deixa de ser tão mal, garoto! – diz Bella, lhe jogando várias pipocas na cara.
– Cadê a Savannah? – pergunta Georg.

Ninguém sabia, e ninguém se ofereceu para ir procurá-la.

– Manda o Bill. –disse Bella.
– Porque eu?
– Você é o marido dela. – diz Georg. – Vai logo!

Me levantei, insatisfeito, e sai da sala.

– Isso não é justo. – dizia a mim mesmo. – O Tom é mais amigo dela do que eu! Ele quem deveria procurá-la!

A procurei, mas não estava conseguindo encontrar. Mais um minuto que se passasse, e ela não aparecesse, eu iria desistir. Foi quando passei em frente a uma das varandas, e a vi. Savannah estava sentada no chão, abraçava suas próprias pernas, e parecia estar chorando. Abri a porta de vidro, e ela imediatamente enxugou o rosto e se levantou.

– Está tudo bem? – perguntei.
– Um-hum. – respondeu, e mais uma vez passou a mão no rosto.
– Estava chorando?
– Não.
– Então o vento passou e caiu um cisco no seu olho? – fui irônico, e ela ficou calada. – Olha, eu sei que não somos tão próximos assim, mas... – coloquei as mãos nos bolsos. – Se quiser ou precisar, pode desabafar.

Ela continuou calada. Em seguida fez uma carinha de choro, e escondeu o rosto com as mãos. Eu não sabia o motivo daquelas lágrimas, e talvez nem devesse saber. Só sei que algo dentro de mim, me dizia para abraçá-la. Me aproximei com um pouco de receio, e a abracei. Savannah continuou chorando, e me abraçou forte.

– Vai me contar porque estava chorando? – perguntei, após nos afastarmos.
– Estou preocupada com meu pai. – disse ela.
– É normal sentir saudades e preocupações de pessoas que amamos. – mais uma vez coloquei as mãos nos bolsos. – Ele deve estar bem.
– Este é o problema! Não sei se ele está mesmo bem.
– Se você ficar pensando que as coisas estão ruins, elas realmente ficarão ruins. Deveria tentar tirar isso da mente, e se divertir um pouco.
– Não consigo. – colocou uma mecha de seu cabelo, atrás da orelha. – Já tentei me distrair, mas toda vez que imagino que ele pode entrar na sala de cirurgia e não voltar mais... – recomeçou a chorar.
– Isso não irá acontecer. – ergui seu queixo, e a olhei nos olhos. – Ficará tudo bem.

–--
(Contado pelo Tom)
Os dois estavam demorando tanto, que acabei indo atrás deles. No meio do caminho, encontrei o Scotty, que me acompanhou.

– Onde será que esses dois se meteram, hein? – me perguntava.

Não demorei muito tempo para achá-los, e os encontrei abraçados. Eu não queria interromper aquele momento, mas precisava. E se a Beth descobre que o Bill anda abraçando outra garota que não seja ela, a coisa vai ficar feia. Como a porta da varanda estava aberta, pigarreei para que pudessem notar minha presença. Eles se afastaram.

– Você demorou, e a Bella pediu que eu viesse te procurar. – disse ao Bill.
– Já estávamos indo. – diz ele.

Savannah passa por mim, e quando o Bill também iria fazer isso, o segurei pelo braço.

– Sabe que se a Beth visse você abraçando-a, ela ficaria furiosa com você, não é?
– A Savannah estava chorando. – ele se desvencilha. – E eu só quis dar um apoio.
– Porque ela chorava?
– Não sei. Pergunte a ela.

Ele se retirou. Se a Savannah saiu da sala de cinema para que ninguém a visse chorar, o quê que o Bill tinha de “dar apoio”?

Postado por: Grasiele

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