segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 16 - You're smart, and will know how doing.

(Contado pelo Tom)
Enquanto percorríamos o caminho de volta pra casa, o silêncio era predominante dentro do carro, e isso logo se tornou incômodo. Ao mesmo tempo em que tínhamos certa “intimidade” para conversar, naquele momento eu não sabia o que dizer. Era como se as palavras tivessem fugido completamente da minha mente. Resolvi ligar o som, e estava passando uma música estranha e sem sentido. Fui mudando as estações, e prestando atenção na estrada. Depois de procurar um pouco, finalmente encontrei algo que preste. A rádio tocava “She Will Be Loved” do Maroon 5.

– Oh, meu Deus! – disse Savannah. – Eu adoro essa música!

Não demorou muito pro refrão chegar, e a Savannah começar a cantar. E ela canta bem. Muito bem. Sua voz é diferente, mas encantadora. Não sabia desse seu talento. Na verdade, acho que não sei de muita coisa. Der repente ela parou.

– Porque parou? – perguntei. – Continue.
– Não quero te torturar com a minha voz.
– E quem disse que é tortura? – olhei pra ela. – Sua voz é bonita e agradável.
– Mentiroso.
– É sério. – voltei a olhar pra estrada. - Você deveria investir nisso.

O Sol já estava se pondo lá no horizonte, e a paisagem era incrível. Nós queríamos chegar mais rápido em casa, então peguei um atalho. De uma hora pra outra o carro começou a dar sinais de que pararia.

– Droga! – disse.
– O que foi?
– A gasolina tá acabando.
– Acabamos de passar por um posto. Porque não parou pra abastecer?
– Não notei que o tanque estava ficando vazio. – o carro parou.
– Perfeito. Agora ficaremos aqui parados no meio da estrada, a não ser que você vá andando até o posto. – ela tirou o cinto de segurança.
– Nem pensar! – fiz o mesmo. – Não vou te deixar aqui sozinha.
– Ainda não anoiteceu, e se o carro ficar travado, não deve ser tão perigoso assim. – ela olha pela janela. – Só não podemos ficar aqui.
– Esquece! – a olhei nos olhos. – Não te deixaria sozinha, nem que eu estivesse louco. Principalmente com o tornozelo machucado.

–--
(Contado pela Savannah)
Tá, eu confesso que gostei de ouvir aquilo. Achei fofo, e me senti segura. Sua última frase fez brotar um sorriso em meus lábios. Em pouco tempo ficou tudo escuro, e a única iluminação vinha de dentro do carro, que estava silencioso como antes. Meu bumbum estava ficando dormente, o estômago dava sinais de fome, e eu queria esticar um pouco as pernas, tava cansada de ficar sentada.

– Cadê seu celular? – perguntei.
– Nem adianta. – disse ele. – Acabou a bateria.
– Não sei por que, mas acho que isso não foi por acaso.
– Tá pensando que planejei tudo?
– Talvez.
– Que motivos eu teria pra fazer isso?

Do jeito que ele é meio doido, não duvido que tenha mesmo planejado essa falta de gasolina e o descarregamento do celular. Tivemos que ficar presos na estrada, até que uma viatura se aproximou. Um policial se aproximou e bateu na janela do motorista, e o Tom abaixou o mesmo.

– O que fazem parados há essa hora, nessa estrada? – pergunta o policial, olhando pra nós dois.
– Acabou a gasolina do carro e a bateria do meu celular descarregou. – responde ele.
– Querem uma carona até em casa?
– Claro! – respondi.

O Tom saiu primeiro, e depois me ajudou. O carro ficaria ali no meio da estrada, até que o reboque aparecesse. Mais alguns minutos dentro da viatura, e chegamos em casa. Agradecemos aos policiais que foram simpáticos, e eles nos disseram para usarmos camisinha. Não entendi o que quiseram dizer com isso – mentira -, mas enfim...

Quando entramos na sala, o pessoal estava todo reunido ali, vendo televisão. A Bella foi a primeira a se levantar, e veio falar com a gente.

– Vocês demoraram, hein? – diz ela. – E o que houve com seu pé?
– Torci o tornozelo. – respondi.
– Como? – pergunta Gustav.
– Andando de skate. – disse.
– E quem foi o idiota que lhe deu um skate? – pergunta Bella, olhando pro Tom.
– Mas ela sabe andar, e manda muito bem! – Tom se defendeu.
– É melhor a levarmos pro quarto. – diz Beca.
–--
(Contado pelo Tom)

As meninas foram cuidadosas, e subiram as escadas com a Savannah. Me sentei ao lado do Bill, que não parava de me olhar. Em seguida o Gustav e o Georg também fizeram o mesmo. Achei estranho, e fui pra cozinha. Preparei um lanche, e fui levar lá no quarto da Savannah, que já estava sentada em sua cama, com a perna em cima de uma almofada.

– Trouxe um lanchinho. – disse, adentrando o quarto.
– Obrigada. – diz ela.
– Bom, nós vamos ver o que os meninos estão fazendo. – diz Beca, puxando a Bella.

Coloquei a bandeja ao lado da Savannah, para que pudesse ficar mais fácil dela pegar o lanche. Puxei a cadeira da escrivaninha, e me sentei ao lado da cama.

– Como está se sentindo?
– Por enquanto estou bem.
– Olha, pra você não precisar ter o trabalho de descer as escadas toda vez que sentir fome, pode me chamar, e lhe trarei o que for preciso.
– Já faz muito por mim, Tom. – ela sorri. – E não conseguirei ficar muito tempo nessa cama.
– Vai conseguir sim! Tem que se recuperar logo, para podermos sair novamente. – fiz uma pausa. - Vou... Vou lhe deixar descansar. – me levantei, coloquei a cadeira no lugar, e já ia saindo.
– Tom! – me virei. – Obrigada.

Assenti com a cabeça, e me retirei. Fui pro quarto, e depois pro banheiro. Tomei um banho um tanto demorado, pois estava precisando relaxar um pouco. Sai do banheiro, com uma toalha branca na cintura. Escolhi algumas roupas no closet, e me vesti.

–--
(Contado pelo Bill)
Quando o Georg contou que o Tom havia comprado um skate pra Savannah, e que os dois haviam saído juntos, algumas das suspeitas que eu tinha, começaram a aumentar. Ele é meio orgulhoso, e não vai admitir nada, até que algo realmente aconteça. Se as dúvidas e suspeitas fossem só minhas, mas a maioria do pessoal também acha isso.

– Já perceberam como o Tom é cuidadoso com a Savannah? – pergunta Bella.
– Tem razão. – disse. – Ele nunca foi assim com ninguém.
– Será que ele tá gostando dela? – diz Georg.
– Acho bem difícil. – diz Gustav. – O negócio do Tom é só diversão. Porque se interessaria pela Savannah?
– As pessoas mudam. – diz Beca.
– Tom é um caso perdido. – disse Georg.
– Ô Bill, porque você não conversa com ele, e tenta arrancar alguma confissão? – Bella sugeriu.

Aquela não era uma má idéia, mas se tratando de Tom Kaulitz, dificilmente eu conseguiria. Mas não custa nada tentar. Me levantei, e fui até seu quarto. Bati na porta e entrei.

– Tá fazendo o quê? – me joguei na cama.
– Nada. – respondeu, indo ao banheiro.
– Vai sair?
– Não. – pareceu ter derramado o vidro de perfume.
– Tá tomando banho de perfume é?
– O que você quer, hein? – retornou ao quarto.
– Vim te ver.
– Sei. – ele se sentou na cama. – Fala logo!

Eu não sabia como iniciar aquela conversa, por isso, fiquei algum tempo calado, e ele me olhava ansioso pra saber o motivo da minha “visita”.

– To esperando. – diz ele.
– Você sabe que... Pode confiar em mim, não é?
– Sim.
– Então quero que seja sincero comigo, e me conte a verdade.
– Que verdade?
– Sente alguma coisa pela Savannah?

Sua resposta não veio em seguida, e tirei minhas próprias conclusões.

– Eu sabia. – me sentei.
– Não! – respondeu.
– Tem certeza?
– Eu não sei. – gaguejou. – Gosto de conversar com ela, mas... Não sei se realmente sinto algo.
– Confie em mim. – ele suspirou.
– “Nunca” – riscou as aspas no ar. – gostei de ninguém, e talvez não saiba definir isso agora.
– Deveria tentar descobrir.
– Como? – pareceu interessado.
– Você é inteligente, e vai saber como fazer.

Me retirei do quarto, o deixando pensativo. Conhecendo o Tom como o conheço, sei que ele fará alguma coisa. 

Postado por: Grasiele

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