segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sparks Fly - Capítulo 14 - I'm ready to face anything that comes from Tom.

(Contado pelo Bill)
Sim, achei que o Tom ficou com um pouquinho de raiva por eu ter levado a Savannah para procurar o médico, em seu lugar. Não era minha intenção causar isto, mas se fiz, acho que devo pedir desculpas.

Bati na porta do seu quarto, em seguida abri a mesma. Olhei, e ele estava sentado em sua cama, tocando violão.

– Posso entrar? – perguntei, já entrando.
– Já está dentro. – diz ele, sem me olhar.
– Você... Ficou com raiva por eu ter saído com a Savannah? – me sentei numa poltrona.
– Não faria sentido algum, eu ter ciúmes. – me olhou.
– Não disse ciúmes. – fiquei desconfiado.
– Disse sim.
– Eu sei o que falei, e com certeza não foi ciúmes.
– Deve ter saído quando você nem percebeu.
– Está com ciúmes?
– Claro que não! – colocou o violão de lado. – Porque eu teria ciúmes?
– Às pessoas sentem isso, quando gostam de outras.
– Mal conheço a Savannah. – ele se deita. – Não fiquei com ciúmes, e nem com raiva.
– Mas pareceu.
– Que droga! – ele gritou, e se sentou. – Já disse que não fiquei, e pronto! É tão difícil entender, ou quer que eu soletre?
– Calma! Se você está dizendo, acreditarei.
– Obrigado.

O deixei sozinho, e fui até a sala. A Bella estava conversando com a Savannah, e deveria ser algo engraçado, por que as duas riam. A campainha tocou, a empregada foi atender, e a Beth apareceu. As risadas das meninas cessaram, e logo elas deram um jeitinho de escapulir.

– Sentiu minha falta? – pergunta Beth, vindo me abraçar.
– Muita. – respondi, e lhe dei um selinho.
– Desculpa por não ter vindo antes, é que as filmagens estavam chegando ao fim. – segurou em minha mão, e nos sentamos no sofá.
– Sem problemas.
– Tenho uma novidade. – ela sorria.
– Qual?
– Fui chamada pra fazer outro teste.
– Que legal. – fiquei feliz por ela. – Boa sorte.

A alegria estava estampada em seu rosto. Sei que pode parecer estranho, mas a Beth já não está mais fazendo tanta falta quanto fazia no inicio do nosso namoro. Pra mim, tanto faz ela estar ou não perto.

– O papai perguntou novamente quando marcaremos a data do casamento.
– Casamento?! – perguntei, surpreso.
– Porque a surpresa? Já deveríamos estar falando sobre isso, não acha?
– Não! Quero dizer... Não sei.
– Estamos juntos há dois anos, e você ainda tem dúvidas?
– É que... – fiquei sem jeito. – Beth, ainda somos jovens e temos muita coisa pra aproveitar.
– Quero aproveitar minha vida, ao seu lado.

O quê que eu digo? Se ela descobrir que estou casado com a Savannah, ficará chateada, e é bem capaz de sair espalhando isso pela mídia.

– Olha... Eu acho que deveríamos esperar um pouco mais.
– Bill Kaulitz, você está tentando me enrolar? – ela me encarava.
– Só quero que as coisas aconteçam com calma.
– Estou esperando há dois anos! Não dá pra ter mais calma!
– Beth, não posso me casar forçado!
– Então quando você resolver alguma coisa, me liga.

Ela se levantou, pegou sua bolsa e foi embora. Continuei ali sentado, até que o Georg apareceu.

– O que foi? – pergunta ele, se sentando no outro sofá, e comendo batata frita.
– A Beth quer se casar. – disse.
– Sério? E você?
– Eu o quê?
– Você também quer se casar? – ele riu. – Ou melhor, você quer se casar de novo?
– Idiota. – lhe joguei uma almofada. – Tô falando sério! Ela quer se casar, mas eu não!
– Porque não diz isso a ela?
– E magoá-la? Até parece que você não a conhece.
– Esperai. – ele parou de comer. – Há algumas semanas atrás, você queria se casar com ela. Mudou de idéia por quê?
– Acho que pensei melhor.
– Sei. – voltou a comer. – Aposto que tem outra garota na jogada, não é?
– Não tem garota nenhuma! Eu que não quero me casar cedo, e ter que conviver com a Beth “pro resto da vida”
– Divórcio existe pra salvar as pessoas.
– Pessoas me conhecem por saberem que acredito no verdadeiro amor. O que elas diriam, se eu me casasse e pouco tempo depois aparecesse divorciado?
– E daí? A vida é sua!
– Concordo, mas não é bem desse jeito que as coisas devem acontecer. Disse que iria me casar, mas só quando realmente encontrasse a pessoa certa. E a Beth não é essa pessoa.

Pois é, por mais tempo que eu tenha passado ao lado da Beth, ela ainda não parecia ser a garota certa pra mim. Pelo menos até agora não demonstrou ser essa garota.

–--
(Contado pela Savannah)

O relógio marcava mais ou menos 15h32, quando resolvi conhecer um pouco melhor os cômodos daquela casa. Como de “costume”, o Scotty me acompanhava. Não sei, mas acho que esse cachorro tá apaixonado, só pode. Aonde vou, ele vai atrás. Isso às vezes me dá agonia.

Passávamos por um daqueles corredores, e nos deparamos com a academia. O teto e as paredes eram de vidro, pra dar iluminação natural a local. Quem estava malhando? Tom Kaulitz, com sua regata branca, e suada. Aqueles braços fortes levantando peso, e fazendo com que o suor descesse por seu rosto. Alguém ai me empresta um lenço de papel, pra eu poder enxugar a baba?

Por mais que eu quisesse desviar os meus olhos daquilo que mais parecia uma miragem, não estava conseguindo. Era mais forte do que eu, era como um ímã. Foi ai que a Bella me assustou com a sua aparição repentina com aquele quase sussurro em meu ouvido, e me “salvou”.

– Você precisa vê-lo nadando. – disse ela, e me virei assustada.
– Nossa! Que susto. – ela riu.
– Desculpa. Você estava concentrada, não é? – foi irônica.
– Concentrada em quê?
– Em admirar o Tom.
– Eu... – gaguejava. – Não estava admirando.
– Um-hum. Mais um segundo, e a baba começaria a escorrer.

Fiquei sem graça.

– É muito bom ficar olhando-o. Mas é melhor ainda, sentir o cheiro. É incrível como ele consegue ficar cheiroso mesmo após malhar.
– Você... Já fez isso?
– Algumas vezes. – ela sorriu.

Bella se retirou, e continuei parada. Sinceramente, achei meio nojento ela dizer que sentiu o cheiro do suor dele. Mas... Bateu um pouquinho de curiosidade. Ah, sou um ser humano! Sou fraca!

– Savannah? – me virei. – Tá fazendo o quê aqui? – pergunta Tom.
– Estava dando umas voltas. – respondi.
– Sei.
– O quê é? Eu não estava vendo você malhar, se é isso que tá pensando! – ele riu.
– Bem, eu não estava pensando. Mas depois que você falou...
– Convencido! – o interrompi. – Porque eu perderia meu tempo, olhando você? Tenho coisas mais importantes pra olhar.

Segui o meu caminho pelo corredor.

–--
(Contado pelo Tom)
E depois as pessoas ainda dizem que eu sou maluco. Mas aposto que a Savannah estava mesmo me olhando. Quem resiste a esse corpinho sarado? Até eu me invejo, ao me olhar no espelho – exagerei. Enfim, fui pro meu quarto, pra tomar um banho, e depois me juntar com o pessoal. Fiz o mesmo processo de sempre. Separei minha roupa em cima da cama, tomei o banho direitinho, passei o desodorante, me arrumei, passei perfume, e desci até a sala.

Me sentei ao lado do Bill. A Bella estava num outro sofá, novamente lendo seu livro. Gustav e Georg estavam sentados no chão, jogando vídeo game. E a Savannah não se encontrava ali naquele “bolo”.

Em pouco tempo, senti uma leve agonia, como se algum inseto tivesse acabado de me picar. Dei uma básica coçada, o que não adiantou. O incomodo foi ficando cada vez pior.

– O que foi, Tom. – pergunta Bill. – Tá com algum problema ai?
– Não sei. – respondi, enquanto coçava a perna.
– Pára de se coçar, garoto! – disse Bella. – Isso está me induzindo a fazer o mesmo. – ela coçou o braço.
– Não consigo! – continuei coçando.

A Savannah apareceu, e se sentou no braço do sofá que a Bella estava.

– Está com alergia, Tom? – pergunta ela.
– Acho que sim. Mas não sei do quê. – a coceira continuava, cada vez mais.
– Talvez alguém tenha colocado, por engano ou propositalmente, pó de mico nas suas roupas. – disse ela, na maior naturalidade.
– O quê? – cocei o pescoço. – Você não... – os meninos começaram a rir.
– Ops! – ela colocou a mão na boca. – Acho que fui eu.

Me levantei correndo, e fui novamente pro banheiro, pra tentar impedir aquela coceira, com um novo banho.

–--
(Contado pela Savannah)
– Colocou mesmo o pó de mico nas roupas dele? – pergunta Georg.
– Sim. – respondi, e fui me sentar ao lado do Bill.
– Cara, eu quero morrer sendo seu amigo. – disse Gustav.
– Não fale assim. – disse. – Só fiz isso, porque ele começou.
– E... Sobrou um pouquinho desse pó ainda? – pergunta Bill.
– Se quiser aprontar pra alguém, é melhor que compre um pra você. Não quero me meter em mais confusões. O Tom é o suficiente pra mim.
– Agora sim essa “guerrinha” de vocês ficará mais séria. – diz Bella.
– Estou pronta pra enfrentar qualquer coisa que venha do Tom. 

Postado por: Grasiele

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