quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 41

P. O. V. Bill Kaulitz

Camila terminou de falar e os meninos olharam pra mim e pra Duda. Ok, o que eu poderia fazer? Assumir que eu e a Duda estávamos ficando? Provavelmente todos já desconfiavam e sabiam que eu a amava... Se eu contasse e ela ficasse brava? Mas não é um motivo pra ela se irritar ou é? Nós estamos nos dando bem, melhor até do que eu imaginei, será que seria um erro contar? Eu gosto dela como nunca gostei de outra garota em toda a minha vida, ela é especial e me faz sentir o cara mais feliz e sortudo... Sem contar os fatos de ela ser linda e me deixar louco.
Havia pensado antes em contar e eu tinha feito um plano pra hoje, o qual eu aproveitaria para pôr em prática, já que surgira a oportunidade.


P. O. V. Duda

–Como assim ela descobriu vocês? –Gustav perguntou, havia confusão em seu rosto.

–Ahm, é que... –gaguejei ao tentar falar, eu não sabia bem o que dizer e Bill olhou pra mim.

–Eles estão ficando. –Camila disse simplesmente, na maior calma do mundo e eu a xinguei mentalmente: “fofoqueira”.

–Isso é sério? –Georg perguntou sorrindo, mas, não sei por que, parecia meio forçado.

–Já que a Camila fez questão de contar antes da hora, eu quero aproveitar o momento. –Bill falou chamando não só a minha atenção, mas a de todos.

–Aproveitar pra que? –Camila perguntou e fez-se silêncio novamente.

–Duda, quer namorar comigo? –perguntou ajoelhando-se em minha frente com uma caixinha preta de veludo em mãos.

Meu coração disparou descontroladamente, fiquei estática quando o vi ajoelhado...Tão fofo! Eu escutei bem? O Bill me pediu em namoro na frente de todo mundo? Na frente do Tom? Ah, Gott, o Tom!
Meus olhos instantaneamente procuraram por ele e o vi sem expressão alguma, pude sentir meu coração apertar quando percebeu que eu o olhava e assentiu como se me incentivasse a aceitar, mas os olhos dele pediam o contrário... Droga! Porque é que isso tinha que acontecer justo comigo? Eu amo tanto o Bill, ele é meu melhor amigo, não poderia e nem queria magoá-lo, mas e quanto a mim?
Não era hora de pensar em mim, afinal o Bill sofreu calado por um bom tempo....

Eu respirei fundo e olhei para o cara ajoelhado em minha frente, que esperava ansiosamente pela minha resposta.


–E então? Responde logo, Maria Eduarda. –minha amiga chiliquenta gritou.

–Eu aceito. –murmurei a resposta e Bill abriu um lindo sorriso, seus olhos brilhavam de felicidade.

Ele abriu a caixinha, colocou o anel de ouro branco no meu dedo, beijou minha mão, em seguida levantei-me da cadeira e ele do chão.
–Beija, beija, beija! – s quatro cantavam em coro, até Tom entrou na brincadeira.

Coloquei os braços em volta do pescoço do Bill, ele segurou em minha cintura e nos beijamos carinhosamente... Terminamos o nosso beijo e voltamos a nos sentar.

–Parece que vocês estão sobrando. –Camila comentou com Georg e Tom.

–Eu já ‘tô ficando enjoado com tanta melação. –Georg comentou fazendo uma careta.

–Porque não vão procurar uma namorada? –Gustav perguntou.

–Eu ‘tô de boa. –Georg respondeu dando de ombros.

–De que vai adiantar eu procurar? Acho que não existe ninguém pra mim lá fora. –Tom respondeu dando ênfase na última frase, a qual guardava uma mensagem subliminar.

–Essa foi forte. –murmurei em português e o silêncio voltou.

–Até demais. –Camila concordou no mesmo idioma

Gustav e Georg me ajudaram a tirar a mesa e levamos a louça para a cozinha, enquanto Camila, Bill e Tom foram para a sala.

NA SALA...

–Que noite, hein! –Camila comentou, sentando-se entre os gêmeos.

–Pois é... –Tom murmurou.

–Bill, desde quando você e a Duda estão ficando? –Camila perguntou.

–Desde ontem. –Bill respondeu calmamente.

–Nossa, que rápido... –Tom comentou e seu gêmeo o olhou.

–Tom, eu espero que não tenha ficado magoado... –Bill lançava seu olhar preocupado para o irmão.

–Claro que não. –respondeu tentando não deixar transparecer o contrário. -Bill, você é meu irmão e a Duda é minha amiga... Merecem ser felizes. –Tom respondeu baixo.

–Amigos? –Camila perguntou incrédula. -Desde quando?

–Desde ontem. –Tom respondeu.

–Nossa, vocês são rápidos! –Camila disse e riram.

P. O. V. Duda

Após termos terminado a limpeza da mesa, seguimos para a sala, onde meu namorado, seu irmão e minha melhor amiga conversavam.
–Qual é a piada? –Georg perguntou sentando no outro sofá, sendo seguido por mim e por Gustav.

–Nada de mais. –Bill respondeu.

–Ah, acredito. –Gustav debochou.

–Duda, troca de lugar comigo? –Camila pediu.

–Ok. –concordei levantando e me sentei no lugar dela, entre os gêmeos.

–Então, o que vamos fazer agora? –Georg perguntou e Tom se levantou do sofá.

–Eu vou fumar. –respondeu sem olhar para trás e caminhou até a varanda.

–Dormir. –respondi deitando a cabeça no colo do Bill.

–Idem. –Camila disse expulsando Georg do sofá e deitando a cabeça no colo de Gustav.

–Ah, qual é nanica? –Georg perguntou fazendo bico.

–Não enche o saco, vai alisar esse seu cabelo. –sua voz soou irritada e mostrou a língua.

–Acabo de me lembrar que tive um caso antigo com a Duda e ela não vai negar um espacinho pra mim. –Georg disse indo até o sofá em que eu estava deitada.

–Que história é essa? –Bill perguntou fingindo estar bravo.

–Ih, Billl, não esquenta! Nós não estamos juntos há muito tempo, nos tornamos amigos. – disse brincando, mas eu senti uma pequena indireta relacionada à mim e Tom.

–Acho bom. –meu namorado empinou o nariz e fez um som tipo “snif”;

–Fazendo o favor de me deixar sentar? –Georg pediu e encolhi as pernas pra que ele pudesse sentar, logo depois coloquei minhas pernas sobre as dele.

–Nenhum pouco folgada, né? –sua voz soou irônica.

–Como você reclama! –girei os olhos.

–Silêncio aí, eu e o baby precisamos descansar. –Camila pediu “carinhosamente” e ficamos quietos.


Bill começara a fazer cafuné em mim e fechei os olhos tentando descansar um pouco, mas acabei não aguentando o cansaço e dormi.
Quando acordei não havia ninguém na sala, a luz estava apagada e podia ouvir vozes vindas da varanda.


NA VARANDA...

Os meninos foram conversar na varanda após uma ligação que Bill recebera.

–Então, o que houve? –Tom perguntou.

–Precisarei viajar amanhã de manhã pra Stuttgart. –fez uma careta. -Tenho que ir a um evento por causa do filme que vai ser lançado no fim de setembro... Sessão de autógrafos e aquela coisa toda. –explicou.

–E volta quando? –Georg perguntou.

–Terça-feira. –Bill respondeu parecendo mal humorado. -Droga, eu tinha planos pro fim de semana! –murmurou.

–Imagino quais sejam os planos... –Georg comentou sorrindo maliciosamente.

–Hey, não é o que você pensa... –Bill disse repreendendo Georg.

–Sei... –a ironia brotava da voz de Georg.

–Porque não leva a Duda com você? –Gustav perguntou.

–Ih, eu não acho uma boa ideia... –Tom disse e teve três olhares voltados para ele. -Quero dizer que, bem, a Duda não gosta muito dessas coisas... –explicou. -Você não terá tempo pra ficar com ela, ficará pra cima e pra baixo respondendo perguntas, sem contar que a deixaria totalmente exposta se saíssem juntos.

–Nossa, hoje você só abriu a boca pra falar coisa que preste, o que aconteceu com você? –Georg perguntou rindo.

–Para de palhaçada, cara! –a voz de Tom soou repreensiva. -Isso é sério. –escorou-se na sacada acendendo um cigarro.

–Tom, você tem razão... –Bill concordou com o irmão.

P. O. V. Duda

Levantei do sofá, me espreguicei e segui para a varanda, quando cheguei na porta que dava acesso à mesma, ouvi apenas a voz de Gustav.
–Não é melhor falar com a Duda antes?

–Querem falar o que comigo? –perguntei juntando-me aos quatro, que me olharam assustados... Tom arregalou os olhos e quase engoliu o cigarro.

–É que eu recebi uma ligação do David... –Bill disse calmamente, parecia procurar uma maneira de me dar uma notícia. -Ele disse que precisarei viajar para Stuttgart amanhã pela manhã, tenho que ir a um evento por causa do filme que será lançado no fim de setembro... Sessão de autógrafos e todas aquelas coisas. –explicou enquanto gesticulava sem parar.

–Hm... –murmurei. -Era sobre isso que queriam falar comigo? –perguntei tentando entender o motivo para tanta surpresa.

–Não... –Tom respondeu. -Na verdade, sim. –repensou a resposta, parecia atrapalhado.

–Então? –arqueei a sobrancelha.
–Eu preciso saber se você vai querer ir comigo... –Bill sorriu. -Ah, me esqueci do seu trabalho... –murmurou entristecendo.

–Posso pedir pra Anne que me deixe viajar, não há problema nenhum. –respondi.

–Nem pensar, você tem seu trabalho, não quero te atrapalhar. –Bill protestou.

–Mas eu vou ficar o fim de semana inteiro sozinha? –perguntei fazendo bico.

–Não, você fica com Georg e Tom. –ele disse simplesmente, meu coração disparou e olhei involuntariamente para Tom que, assim como eu, parecia surpreso.


P. O. V. Tom Kaulitz

Eu fiquei tentando associar tudo o que tinha acontecido, queria que tivesse sido um sonho aquele pedido de namoro do Bill, na frente de todos nós... Na verdade parecia um pesadelo! Eu fiquei feliz pelo meu irmão, mas ao mesmo tempo me sinto um lixo por não estar no lugar dele e principalmente por gostar da NAMORADA dele.
É difícil entender que a mulher que eu amo acabou de aceitar o pedido de namoro do meu irmão, enquanto eu fico me torturando, cada vez que penso nela.
Do que eu estava reclamando? De certa forma a culpa é minha, fui eu quem desistiu... Mas não tinha mais como voltar atrás, as coisas tomaram uma proporção que eu não consigo mais acompanhar.
Foi estranho ver a reação da Duda quando o Bill se ajoelhou em sua frente, todo sorridente... A primeira coisa que ela fez foi olhar pra mim como se esperasse que eu dissesse algo, mas o que eu diria? “Não aceite, eu te amo e é comigo que deve ficar!” Definitivamente, não poderia fazer isso com o meu irmão e nem com ela, os dois precisavam de uma chance pra ser felizes... Eu tive a minha chance e joguei tudo fora por causa da merda dos meus ciúmes, paciência!
Eu apenas incentivei com um aceno de cabeça, mas, se ela olhasse nos meus olhos, veria que não era aquilo o que eu realmente pensava e foi o que ela fez... Respirei fundo e pude ouvi-la aceitando. Doeu no fundo do meu coração ver os dois se beijando, mas era o que eu queria, não era?
Acabamos por ir sentar na sala, Bill parecia angustiado por saber que eu estava mal, afinal ele é meu irmão e gêmeo. Quando a Duda se sentou entre mim e Bill no sofá, saí pra fumar, é o que eu mais tenho feito, como se me consolasse e tapasse o buraco no meu peito. Um tempo depois Bill nos chamou para virmos pra sacada, deixamos a Duda dormindo como um anjo, tão linda... Enfim, foco no pensamento! Ele veio com um papo de que vai viajar e não acredito que ele propôs que a Duda ficasse comigo e com o Georg até que ele voltasse de viagem! Esse garoto só pode ter pirado, comeu demais ou então está bêbado... Como poderia querer que eu e a Duda ficássemos debaixo do mesmo teto, perto um do outro e o que é pior, sem ele por perto? Não vou sair agarrando ela, pelo menos não quero... Não que eu não queira, mas eu não posso! Nem imagino o que aconteceria se nos descontrolássemos... Deus, se é que o senhor existe mesmo, dá-me forças!

P. O. V. Duda

–O que? –Tom e eu perguntamos em uníssono.

–Isso mesmo que vocês escutaram, não acho uma boa ideia deixar a Duda sozinha... –Bill respondeu seriamente.

–Alguém precisa tomar conta de vocês dois! Não gosto nem de lembrar o que fizeram na última vez em que eu e o Bill deixamos vocês sozinhos. –Gustav comentou.

–Ah, foi só uma festinha... –Georg disse.

–Uma festinha? Vocês encheram a casa de garotas, quase botaram fogo na casa! Quando eu cheguei vocês estavam podres de tão bêbados e escutei um monte de reclamações dos vizinhos por causa do barulho... –Bill enumerou as “façanhas” de uma noite um pouco agitada da dupla. -Me esqueci de alguma coisa? –perguntou com sua voz soando sarcástica.

–Pensando bem, não foi uma boa ideia, né? –Georg perguntou rindo.

–Ahm, você tem certeza que eu vou ficar em segurança com esses dois? –perguntei rindo.

–Claro que vai, confia na gente. –Georg disse me abraçando de lado e logo me soltando.

–Eles vão se comportar. –Gustav garantiu.

–Ok, então... –concordei meio a contra gosto.

–Bem, acho bom eu ir chamar a Mila. –Gustav disse entrando na casa.

–Duda, diz aí, prefere ficar na sua casa ou quer ir pra casa dos gêmeos? –Georg perguntou.

–Não sei, pra mim tanto faz. –disse abraçando o Bill de lado.

–Você resolve e avisa pra gente. –Tom disse apagando o toco de cigarro.... Argh, odeio cigarros!

–Ok. –respondi e me soltei do Bill, entrando em casa.

Assim que coloquei os pés na sala, me atirei em um dos sofás e comecei a repassar o que eu tinha acabado de escutar... Tudo o que eu não precisava era ter que passar quatro dias sem o Bill, quer dizer, meu namorado. Eu ainda não tinha me acostumado com o fato de eu e ele estarmos namorando sério, mas uma hora eu teria que me acostumar, certo? Ok, o destino me pregou uma peça e tanto, não?

Postado por: Grasiele

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