quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 43

 P. O. V. Duda

Não imagino à quanto tempo eu estava no banho, mas foi tempo suficiente pra me fazer pensar no que levou o Bill à me deixar com o Ge e o Tom, será que era algum tipo de “prova” ou ele realmente acreditava que não haveria problema algum em deixar à mim e o Tom sob o mesmo teto, respirando o mesmo ar?
Desliguei o chuveiro, me sequei, passei um hidratante no corpo, me vesti e fiz minha higiene.Antes de sair, respirei bem fundo, tendo plena consciência de que Tom estaria no meu quarto.
Assim que abri a porta, vi Tom e Georg conversando seriamente sobre algum assunto e ao me verem pararam instantaneamente. É claro que eu fiquei curiosa pra saber o assunto, mas fiquei quieta e me atirei na minha cama. Georg se atirou em cima de mim, ele deveria achar que não pesa muito, certo? Mas estava enganado!


–Georg, sai de cima de mim!Não consigo nem respirar direito.-xinguei.

–Como você é fresca!-reclamou.

–Olha o seu tamanho perto de mim!-falei fazendo bico.

–Vai ter que se acostumar, afinal hoje eu vou dormir nessa cama com você e ainda tem o Tom.-disse saindo de cima de mim e eu ri.-Do que está rindo?

–Você acha mesmo que eu vou deixar você e aquela imitação barata de rapper dormirem na minha cama e comigo?

–Hey, imitação de rapper, não!-Tom disse tirando os tênis e se atirando entre mim e Georg.

–Mas nós apostamos e você perdeu.-Georg disse.

–Eu disse que deixaria vocês dormirem no meu quarto e não na minha cama... vocês entenderam errado.-disse sorrindo vitoriosa.

–Não acredito!-Tom fez bico.

–Garota, você não presta!-Georg disse sério.

–A culpa não é minha se vocês não prestaram atenção no que eu disse.-falei dando de ombros.

–Mas você vai ter coragem de nos deixar assim, abandonados, sem termos onde dormir?-Georg perguntou choroso.Droga, porque eu sou tão boazinha?Eu já estava com dó da carinha fofa que ele estava fazendo.

–Ok, vocês podem dormir aqui comigo.-falei suspirando.

–Ô beleza!-Georg disse tirando as meias e arregalei os olhos quando vi ele tirando as calças jeans.
–O que pensa que está fazendo?-perguntei incrédula.

–Ah, você não quer que eu durma de calça jeans, né?-perguntou sério.

–Eu é que não vou dormir do lado desse cara.-Tom disse se encolhendo, ficando colado em mim.

–Vocês são dois frescos! Tom, fala sério... com uma gostosa como a Duda na mesma cama que eu, acha que eu te agarraria? Tenha dó!-Georg disse na maior cara de pau.

–Com licença, eu tenho namorado.-falei fazendo bico.

–E você se acha grande coisa, né ô chapinha man?-Tom perguntou debochado.

–Ah, Tom... não me leva mal, mas nenhuma garota fugiu de mim até hoje.-Georg disse sério.

Impressão minha ou a garota à quem o Georg acabara de se referir era eu? O clima estava começando à ficar pesado... por mais que o Ge seja bonito, a cena dele de camiseta e boxer, discutindo com o Tom, não estava nada sexy, acreditem se quiserem.

–Com licença.-“tossi”.-Será que dá pra vocês pararem?

–Se ele pode dormir sem calça, eu também posso.-Tom disse tirando as calças ainda deitado, eu mereço?

–Hey, que porra é essa?-perguntei indignada. A verdade é que eu estava me sentindo tentada à tirar o resto da roupa dele.-Daqui à pouco vão querer dormir sem nada e eu não estou disposta à ver NADA, por mínimo que seja.

–Ah, qual é... eu não tenho nada pequeno aqui, muito pelo contrário.-Tom disse sorrindo maliciosamente e mexendo aquele maldito piercing com a língua.

–Eu não quis dizer isso e também pouco me importa o tamanho do seu... ah, esquece.-falei constrangida.

–Que tal parar de discutir sobre o tamanho do amiguinho do Tom e irmos dormir? Outro dia você mata a sua curiosidade, Duda.-Georg disse se deitando do lado do Tom e minha cara deveria estar vermelha.

–Só por curiosidade, quem vai apagar a luz?-perguntei mudando de assunto.

–Você, oras.-Tom disse.

Me levantei e apaguei a luz, já que não queria discutir com dois caras semi-nus na minha cama. Ao invés de me deitar do lado do Tom como antes, me deitei do lado do Georg... eu não me arriscaria ficando deitada do lado do Tom, eu sou maluca mas não burra.

–Boa noite.-Georg desejou.

–Boa noite.-Tom e eu respondemos em uníssono.

A cama parecia estar espaçosa, mesmo tendo nós três sobre ela. Tentei não me mexer muito, mas estava difícil... eu não conseguia pregar o olho, por mais que tentasse o sono não aparecia. Não demorou muito pra que um monte de pensamentos invadissem a minha cabeça. Perguntas vinham à tona sem que eu conseguisse responder, não encontrava resposta pra nada... porque eu não conseguia esquecer o Tom? Porque o Bill foi se apaixonar por mim? Porque ele confiava em mim? Porque eu era tão idiota?
Eu não conseguia entender porque tantas coisas aconteciam ao mesmo tempo, tudo tão complicado, pessoas demais envolvidas em tudo, uma ligada à outra... não conseguia entender o que tinha me levado até aquela situação.
Acabei pegando no sono, talvez eu tivesse me cansado de tentar entender os porquês.
No dia seguinte, me acordei com uma enxaqueca que fazia minha cabeça latejar, meu corpo doía... tentei abrir os olhos, mas era como se um peso caísse sobre mim cada vez que eu piscava. Tentei me levantar e apesar de estar um pouco tonta, não era minha vertigem que me prendia e sim um braço que prendia a minha cintura... respirei fundo e tentei me livrar do bendito braço, mas foi em vão. Me mexi na esperança do Georg acordar, a respiração dele batia no meu pescoço e eu estava me sentindo desconfortável, não só pelo fato dele estar abraçado à mim e estar sem calças, mas também por querer levantar. Tentei uma última vez e felizmente, consegui acordá-lo... pelo menos era o que eu esperava.

–Bill, pára de me enxer e me deixa dormir...-ouvi um resmungo no meu ouvido e pude perceber que DEFINITIVAMENTE, NÃO era o Georg!

Tom se remexeu ficando mais perto de mim sem tirar o braço da minha cintura e além disso, encostou a cabeça no meu ombro. Mas que diabos estava acontecendo? Onde estava o Georg e porque eu e Tom estávamos dormindo de conchinha?
Tentei falar mas a minha cabeça doeu só de dizer “Tom...”, acabei desistindo e fiquei lá sendo abraçada por ele. O que mais eu poderia fazer? Eu estava toda moída e se eu fizesse mais força pra me mover, sentiria mais dor do que já sentia.
Meu Deus, me ajuda, por tudo que é mais sagrado! O Senhor me coloca em cada situação!


Postado por: Grasiele

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