quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 46

 P. O. V. Bill Kaulitz

David havia me ligado avisando que deveria ir à Stuttgar e cá estou eu, sozinho e de mau humor. O que eu mais queria nesse momento era poder estar com a minha namorada e a única coisa que me deixou melhor foi ouvir a voz dela quando liguei hoje pela manhã, só Deus sabe a falta que ela faz. Além de não querer ir à esse evento, estou meio preocupado porque a Duda parecia se sentir mal e não queria ter partido, mas deixei-a aos cuidados do meu irmão e de Georg. Minha consciência têm insistido em me questionar se eu havia tomado a decisão certa e isso me deixa com um pouco de dúvida, mas eu quero acreditar que eles serão fiéis à mim.
Assim que cheguei no aeroporto fui recebido por vários fotógrafos que direcionavam suas câmeras pra mim, os flashs eram tantos que me cegariam se não estivesse de óculos, os seguranças me rodeavam e apesar do tumulto cheguei rápido ao carro que me aguardava do lado de fora do aeroporto. Fechei os olhos respirando fundo e quando relaxei no banco, abri os olhos e me assustei ao ver uma garota sentada ao meu lado. Seus cabelos eram pretos, olhos verdes, a pele branca como a neve, magra e suas bochechas estavam levemente rosadas, talvez fosse pelo frio que fazia naquela manhã pouco ensolarada.

–Olá.-disse a garota sorrindo.

–Sou Angélica Hohl, mas pode me chamar de Angel.-estendeu a mão cumprimentando-me.

–Ahm, Bill Kaulitz.-sorri e cumprimentei-a.

–Você deve estar se perguntando quem sou eu certo?-perguntou gesticulando, parecia nervosa.

–David pediu pra que eu cuidasse de você... Digo, que cuidasse da sua estadia, te acompanhasse, entende?

–Claro.-sorri e sem querer deixei escapar um riso.

–Então, como foi a viajem?

–Tranquila.-respondi olhando para a janela.

–Hum.

Apesar de ter ficado surpreso com a presença da garota, ela parecia ser cofiável, seus olhos verdes transimitiam uma segurança jamais vista por mim e aparentemente era divertida, o que me deixou estranhamente feliz.
O caminho até o hotel foi silencioso, Angel olhava para as próprias mãos e ajeitava o cabelo diversas vezes e em momento algum voltou à olhar para mim, ela estava envergonhada... Talvez ela pensasse que eu fosse um daqueles rock stars chiliquentos. Eu sempre gostei de silêncio, mas naquele momento, uma vontade de conversar tomou conta de mim e resolvi conhecê-la um pouco, já que todos sabem tudo sobre mim, eu queria saber algo sobre ela, sobre a vida que ela têm, uma vida normal.No início da conversa ela estava tímida e eu falava com cautela, esperando por cada reação dela... Era engraçado conversar com ela, parecia que nos conhecíamos à tempos. A espontaneidade dela me encatava, muito alegre, sorridente e o modo como ela falava era cativante.
O tempo passou tão rápido que não percebemos quando estávamos em frente ao hotel e tivemos que parar a conversa.

–Você vai na frente, Bill. Os seguranças vão te escoltar, não se preocupe.-pausou-Nos vemos mais tarde.

–Ok, até depois.-sorri e saí do carro.

O hotel era luxuoso, agradável e poucas pessoas circulavam nele àqulele horário. Segui até o hall e logo após pegar as chaves do quarto, caminhei até o elevador sendo seguido rigorosamente até o 10º andar. Ao sair do elevador olhei à minha volta, encontrando paredes de cor clara e alguns quadros pendurados de forma harmoniosa, além do meu quarto haviam apenas mais dois no andar. Eu estava louco para ir de encontro à uma cama macia e entrei no quarto sem reparar em absolutamente nada, caminhei em direção à cama e me deitei tirando as botas, logo que encostei a cabeça no travesseiro adormeci.
Acordei com o barulho de batidas em minha porta e levantei rapidamente enquanto me espreguiçava, caminhando até a porta sem me importar com o meu estado.

–Oi...-Angel disse e reprimiu um riso.

–Quer entrar?-perguntei convidando-a, dando espaço para que entrasse no quarto.

–Acho que acordei você...-disse sorrindo.-E Bill, sua maquiagem está meio borrada.-disse passando os dedos na minha bochechae logo mostrando-os manchados de preto.

–Obrigada.-sorri sem jeito.-Vou ao banheiro, ok?

–Tudo bem.

Fui para o banheiro, lavei o rosto tirando o excesso de maquiagem e voltei para o quarto, onde encontrei Angel parada perto da janela, observando a rua. Seus olhos pareciam admirar um casal que caminhava abraçado e ao perceber minha presença, voltou seus olhos aos meus.

–Vim para avisar sobre os compromissos de hoje.-disse sentando em uma poltrona.

–E então?-perguntei visivelmente desinteressado.

–Não sei se é uma boa notícia pra você, mas bem... Hoje você está dispensado.

–Como assim?

–Ligaram avisando que o evento de hoje foi cancelado.

–Não acredito nisso!-disse ficando nervoso.-Mas tudo bem.

–Não quer sair pra tomar um café?

–Tudo bem, vou me trocar.

–Espero você lá fora.-disse saindo pela porta rapidamente.

Troquei de roupa rapidamente e encontrei Angel no corredor, seguimos até a cafeteria do hotel. Eu estava um pouco irritado, àquela hora eu poderia estar em casa cuidando da minha namorada e ela poderia me acompanhar na viagem, mas nada poderia mudar, à não ser o meu humor. Tomamos café conversando, Angel me fez melhorar o humor e quando me dei conta estava rindo de suas histórias do tempo de infância.

–Então, Sr. Kaulitz, o que quer fazer agora?-Angel perguntou assim que terminamos de tomar nossos cafés.

–Não sei.

–Que tal darmos uma volta pela cidade?-perguntou animada.

–Eu não acho que seja uma boa idéia...

–Pois eu acho! Você precisa sair um pouco, ver gente.-disse levantando e me puxou pela mão.

–Ok, eu vou... Mas antes preciso me disfarçar.

–E lá vamos nós.-riu.

Voltamos para o 10º andar, coloquei uma roupa simples, mas bem quente:calça jeans, botas de salto, blusa de lã, um sobretudo, luvas, cachecol, luvas e óculos de sol, para completar o look. Saí do quarto e quando Angel me viu, soltou uma gargalhada.

–Que foi?-perguntei fazendo careta.

–Você chama isso de disfarce?

–O que tem de mais?-perguntei fazendo bico.

–Vem, Bill. Vou te ajudar com o disfarce.-disse me puxando pelo cachecol e entramos no quarto.

–Nada de salto.-disse sentando na cama e apontou para os meus pés.

–Mas...

–Nada de mas! Você já chama atenção por ser alto e se usar bota de salto vão saber que é você.-disse concluindo.

–Tá legal.-bufei indo trocar a bota por um par de tênis surrados.-E agora?

–Melhorou.

–Podemos ir agora, Srta.Hohl?-perguntei estendendo o braço para ela.

–Claro.

Saímos do hotel sem os seguranças, apesar de terem insistido para fazerem nossa escolta. Passeamos pela cidade olhando vitrines de lojas e quando nos cansamos, sentamos ao pé de uma árvore em uma praça. Era tão bom sair tranquilamente pelas ruas sem ser reconhecido ou perseguido, é claro que eu gosto das minhas fãs, mas às vezes é bom ter um pouco de privacidade! O tempo passou sem que pudéssemos perceber e o sol já se punha no horizonte, levando consigo o dia.

–Acho que precisamos voltar.-disse me levantando.

–Ok.-Angel concordou e ajudei-a à levantar.

A noite já começava, com a lua cheia iluminando as ruas, o vento soprava fazendo com que nos encolhêssemos e involuntariamente passei os braços ao redor de Angel, tentando aquecê-la e ela retribuiu envolvendo-me em seus braços. Chegamos ao hotel e seguimos direto para o restaurante, sentamo-nos à mesa e fizemos os pedidos.

–O que achou da nossa fuga?

–Há tempos não me divertia como hoje.-respondi enquanto o garçom servia-nos vinho.

–Podemos sair mais vezes, se quiser.

–Claro.-respondi sorrindo.

–Um brinde à liberdade.-disse erguendo a taça e repeti o gesto.

Jantamos e seguimos para o 10º andar, estávamos um pouco alterados devido ao vinho que tomamos.

–Boa noite, Billy.-Angel disse tentando colocar a chave na fechadura.

–É Bill.-respondi rindo meio débil.-Acho que você precisa de ajuda.

–O que quer dizer com isso?-perguntou fazendo bico.-Eu não estou bêbada.

–É claro que não.-respondi irônico.

–Você é que está.-disse rindo.

–Não estou.

–Então prove.-disse entregando-me a chave.

–Você vai ver só.-disse tentando acertar o buraco da fechadura, mas era em vão, acabei desistindo.

–Ih, viu, você está bêbado também.-disse gargalhando e não me contive, acabei rindo também.

–Acho que precisamos de ajuda.-falei e chamei por um dos seguranças.

–Boa noite, querido, até amanhã.-Angel disse beijando minha bochecha.

–Boa noite, Angel.-respondi beijando sua bochecha.

Segui para o meu quarto sendo seguido por um segurança que abriu a porta, entrei pela porta e fui direto para o banheiro. Tomei um banho, me vesti e caí na cama, pegando no sono quase que automaticamente.

Postado por: Grasiele

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