terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 40

–Nossa, esse cheiro ‘tá maravilhoso! –Ge aspirou o ar e esfregou as mãos como quem pensa “atacar”.

–Eu disse que era uma boa ideia a Duda cozinhar, não disse? –Camila perguntou convencida.

–Amor, você tinha razão. – Gustav concordou e deu um selinho em minha amiga.

–Então, vamos comer ou não vamos? -Tom interrompeu a melação do casal. -Eu ‘tô morrendo de fome!

–Hm... –Bill murmurou. -Eu te ajudo na cozinha. – disse pra mim, enquanto sorria e todos olharam pra nossa direção.

–Ehr, ‘tá . –concordei levemente corada.

Bill e eu levantamos indo em direção à cozinha e, antes de tirar a lasanha do forno, Bill me prensou no armário, dando beijinhos pelo meu rosto e pescoço.

–Bill... –sussurrei.

–Hm? –murmurou enquanto fungava em minha nuca.

–Pode chegar alguém e ...

–E o que tem de mais nisso? – perguntou me encarando, seus olhos pareciam dois pontos de interrogação.

–Você sabe...

–Ok, me desculpa. – pediu me soltando e indo em direção ao forno.

–Hey, não vai ficar brabo comigo, vai? – perguntei parando entre ele e o forno.

–Vou pensar no seu caso. –virou o rosto, evitando meu olhar.

–Vai mesmo? – perguntei passando meus braços em volta de seu pescoço.

–Acho que eu não preciso mais pensar. – sorriu e me beijou, segurando minha cintura.

–Cof, cof. – ouvi Camila “tossir”, nos fazendo parar o beijo.

–Eu sabia que deixar vocês dois sozinhos não ia dar em boa coisa. –comentou.

–Pra você pode não ser boa coisa, mas pra mim... – Bill respondeu abrindo o forno e pegando a fôrma com a mão envolta por um pano de prato.

–Realmente, é muito bom. –concordei mordendo o lábio inferior.

–Me poupem! –fez cara de nojo.

–Então não interrompe da próxima vez. – respondi mostrando a língua.

–Ok, vão fazendo o favor de parar de brigar? Meu estômago está roncando e a fôrma está quase queimando meus dedos. –Bill interveio.

–Vamos antes que estrague as unhas dele. –Camila debochou.

–Debochada você, hein! –murmurei.

Voltamos para a mesa e, quando o Bill colocou a lasanha em cima da mesa, só faltou Tom e Georg mergulharem na fôrma. Camila ficou em pé segurando uma taça de vinho branco e chamou a atenção de todos batendo com a faca na taça.

–Gente, gente! –chamou nossa atenção. -Por favor, façam silêncio! –ordenou. -Tenho um comunicado a fazer.

–Não dá pra ser depois não, nanica? – Georg perguntou provocando.

–Ah, Mila... estou morrendo de fome. -Tom protestou girando os olhos e fez bico.

–Silêncio! –minha amiga gritou e os dois se aquietaram.

–Então, amor, fala logo, eu fiquei curioso. –Gustav pediu.

–Eu desconfio qual seja a notícia... – comentei e Tom me olhou como se tivesse entendido, afinal ele sabia a que exatamente eu estava me referindo: a suspeita de gravidez de Camila.

–Eu, Camila. –falou apontando para si.

–Nanica. – Georg acrescentou e todos olharam feio para ele.

–Fala logo. – Bill incentivou.

–Estou grávida! –declarou sem delongas. -Pronto, falei.

Gustav ficou paralisado, Bill sorria batendo palmas freneticamente, Georg tentava despertar Gustav do “transe”, eu e Tom nos levantamos e fomos abraçar minha amiga.

–Amiga, parabéns! – desejei beijando-lhe a bochecha e me abaixei pra colocar o ouvido na barriga dela.

–Aí, Mila! Parabéns... –Tom desejou. -Finalmente eu vou ter um afilhado! –exclamou animado depois de dar um beijo estalado na bochecha dela e repetiu o mesmo gesto que eu.

P. O. V. Tom Kaulitz

Eu fiquei tão feliz em saber que a Camila estava grávida... Gustav e ela merecem! Ela não seria nem louca de não me convidar pra ser padrinho do garotão que ia nascer.
Tenho certeza que é um menino e uma coisa é óbvia: quem vai ser a madrinha do bebê? A Duda! O bebê vai ser mais um dos motivos pra eu me aproximar dela... Porque o destino tem que ser tão bom e ruim ao mesmo tempo? Não posso reclamar, afinal prefiro que ela seja a madrinha do que qualquer uma outra, não imagino ninguém mais doce, meiga, gentil, linda, sexy e... Ok, eu tenho que parar de pensar na Duda desse jeito!

Nota mental: A DUDA NÃO É MAIS SUA!

Pensando bem, não é o que parece... Quero dizer, ficamos meio afastados, fizemos as pazes, mas sinto que ela fica tão balançada quanto eu quando estamos sozinhos! Nossos olhares se encontram, um silêncio constrangedor surge nos torturando e preciso me segurar pra não cometer uma loucura, como, por exemplo, agora! Eu e ela estamos com os rostos tão próximos que se nos descuidarmos nossas bocas se encostarão e eu não quero que isso aconteça... Oras, estou mentindo pra quem? EU QUERO QUE ISSO ACONTEÇA, mas eu não posso! Mesmo que ela e o Bill não escancarem, eu sei que estão ficando e eu não posso estragar tudo... Meu irmão está tendo a chance dele e sinceramente, eu espero que ele aproveite, enquanto eu vou aproveitar a confiança dela e me contentar apenas com a amizade.

Será que consigo?

P. O. V. Duda

–Quem disse que você vai ser o padrinho? –Camila perguntou tentando ficar séria.

–Você não é nem louca de chamar outra pessoa pra ser padrinho desse bebê! –Tom respondeu.

–Oi, bebê aqui é a tia Duda. – falei sorrindo e uma lágrima escorreu pelo meu olho, eu fiquei emocionada demais.

–O tio Tom também ‘tá aqui! –disse sorrindo e me olhou.

–Hey, vocês dois! –minha amiga chamou nossa atenção. -O meu filho não pode escutar vocês ainda! –girou os olhos. -São dois doidos. –murmurou.

–Sua mãe não acredita na gente, mas eu sei que pode nos ouvir. – falei acariciando a barriga dela.

–Você é esperto como o seu padrinho aqui, tenho certeza que pode nos ouvir. – Tom disse e eu ri.
–Que foi? –me encarou fazendo careta.

–Nada. –respondi cinicamente.

–Você viu só, bebê? Sua tia ‘tá tirando uma com a minha cara. –falou fazendo bico.

–Agora chega de tentar manter contato com o meu baby, vocês dois! – Camila xingou.

–Sua mãe é chata, hein! –Tom reclamou e Camila deu um tapa nele.

–Tchau bebê, a gente te ama. –falei e me levantei, sendo acompanhada por Tom.

–Parabéns, Camila! –Bill desejou indo abraça-la e logo o Georg repetiu seu gesto.

–É o melhor presente de aniversário que eu poderia ganhar. – Gustav disse e beijou Camila, ficou um tempo “conversando” com o filho e depois se sentaram nos seus lugares.

Georg serviu os pratos de todos, comemos o tempo inteiro em silêncio. Eu fui a primeira a terminar de comer, depois foi Bill, o Gustav, Georg e esperamos um bom tempo até Camila e Tom terminarem de comer... Os dois pareciam dois mortos de fome, parei de contar quantos pedaços cada um comeu depois de se servirem pela quarta vez. Minha amiga terminou de comer depois de Tom, esse que logo depois de terminar, arrotou na maior cara de pau.

–Nossa, que nojo Tom! – falei tapando o nariz.

–Sinal de que a lasanha ficou ótima. –Camila riu.

–Deu pra perceber. –Bill comentou fazendo uma careta e todo mundo riu.

–Não acredito que você ganhou do Tom... –Georg arregalou os olhos. -Cara, essa criança vai ser forte!

–Acho que nunca comi uma lasanha tão boa em toda a minha vida. –Tom comentou enquanto tomava um gole de vinho.

–Vocês não viram nada ainda, ela faz uma torta de limão que é uma delícia! –Camila disse lambendo os lábios. -Por falar nisso, me deu uma vontade de comer torta de limão.

–Ih, vai começar. –murmurei girando os olhos.
–De onde é que eu vou tirar uma torta de limão? –Gustav perguntou.

–Se vira, fez o filho, agora aguenta! –Georg deu de ombros enquanto ria.

–Viu, se fizesse como o Tomzão aqui te ensinou, não tinha que ficar correndo atrás de torta por aí. –falou cruzando os braços sobre o peito.

–Isso não é nada, o pior vai ser quando ela acordar de madrugada com vontade de comer alguma coisa estranha. – comentei.

–Mas eu não tenho culpa! –Camila disse bebendo um gole do vinho.
–Hey, hey! Dá essa taça aqui, você não pode beber! –Bill advertiu tirando a taça da mão dela.

–Isso é vingança por eu ter descoberto você e a Duda? –perguntou, fez-se o silêncio e os meninos olharam pra mim e para Bill instantaneamente.

Postado por: Grasiele

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