terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 32

NO SALÃO...

Bill pensou em ir atrás de Duda, mas resolveu ir até o irmão procurar saber o que tinha acontecido.


P. O. V. Bill Kaulitz

Senti meu coração ir parar na boca quando vi a Duda saindo daqui naquele estado... Tentei segura-la mais foi em vão. Eu queria ir atrás dela, mas alguma coisa fez com que eu voltasse... Será que foi por causa da minha declaração? Foi por causa do beijo? Será que ela se sente culpada? Não sabia o que pensar... Quando estávamos no jardim, ela parecia tão calma, apesar de confusa. Eu pude sentir uma ponta de felicidade quando nos beijamos, ela foi tão doce e depois passa por mim correndo aos prantos... Teriam ela e meu irmão brigado? O Tom, precisava falar com ele.

P. O. V. Bill Kaulitz /off
Ao entrarem no salão, Simone e Camila foram até Bill parecendo extremamente preocupadas e apreensivas.
–Filho, porque a Duda saiu daquele jeito? -Simone perguntou aflita. - No estado em que ela saiu daqui não sei o que pode acontecer com ela.

–Simone, eu conheço a Duda há anos e sei que ela não seria capaz de cometer alguma besteira, mesmo encontrando-se no estado em que estava.

–Eu tentei para-la, mas foi em vão! Ela se desvencilhou e saiu correndo pela rua... Temo que ela fique doente com essa chuva. -Simone e Camila olharam-no. - Eu sei que deveria ter insistido em para-la ou então ir atrás dela, mas acho que precisa ficar sozinha.

–Você tem razão Bill, pelo menos por agora é melhor deixa-la ficar sozinha pra pensar e descansar... Ela vai ficar bem.

–Eu não sei o que pode ter acontecido! Ela estava tão feliz e, quando percebi, saiu feito um trovão pelo portão. -Simone disse.

–Ahm, eu não sei o que aconteceu, mas suspeito quem possa nos tirar essa dúvida. -Camila disse, Simone e Bill encararam-na. -Tom... -respondeu. -Eles estavam conversando quando eu saí com a Anne pra procurar o Gust.

–Então vamos falar com ele, o que estamos esperando? -Simone perguntou e foi seguida pelo filho e Camila.

Os três saíram à procura de Tom e encontraram-no sentado no bar, bebendo uma dose de whisky...Parecia estar embriagado, pois haviam copos iguais ao que ele segurava em cima da bancada. Simone foi imediatamente de encontro ao filho sustentando uma expressão preocupada e reprovadora.

–Meu filho, o que aconteceu? -perguntou sentando-se ao lado do filho mais velho. -Você nunca bebeu tanto assim desde que...

–Não aconteceu nada. -Tom respondeu tentando levantar do banco, mas cambaleou, sendo segurado pelo irmão. -Tira as mãos de mim! -grunhiu nervoso.

–Você está bêbado, quase caindo e não quer que eu te segure? -Bill perguntou impaciente.

–Porque não vai atrás daquela... -Tom não continuou a falar, fechou o punho e deu um soco na bancada.

–Filho, vocês brigaram? -Simone perguntou tentando ficar calma, Tom apenas olhou-a e não respondeu.

–Você -apontou o dedo indicador na direção de Bill. -me traiu, beijou ela! -acusou. - Porque fez isso?

–Tom você precisa ir pra casa, eu te levo. -Bill ignorou a acusação do irmão.

–Como conseguiu? No mínimo arranjou uma desculpa muito boa, não é mesmo? -soluçou. -Você sempre consegue o que quer com as suas ceninhas de pobre coitado! Todo mundo acha que você é um cara perfeito, mas você não é Bill... Não é. -Tom gritava com o irmão, chamando a atenção de todos.

–Tom, eu não vou discutir com você. -Bill declarou após respirar fundo. -Quando estiver sóbrio conversaremos, agora vamos embora.

–Tem medo que todos vejam que você não é o anjo que todos pensam? Quer que amanhã saia em todos os lugares que eu sou o irmão errado e que você é o inocente? -Tom cuspia as palavras na cara do irmão que continuava sereno.

–Você sabe que eu não quero o seu mal, agora vamos. -Bill pediu ao irmão que permanecia parado.

–Filho, vai com seu irmão... Por mim. -Simone pediu. -Eu vou com vocês.

–Mãe, eu vou pela senhora. -Tom avisou.

Simone levou Tom até o carro com a ajuda de Georg e, assim que Tom foi colocado no banco de trás do carro de Bill, adormeceu. Bill e Simone entraram no carro e foram embora do local da festa.

P. O. V. Duda

Eu estava em um sono profundo e gostoso, mas meu celular me chamou para a realidade. O som daquela coisa barulhenta fazia minha cabeça doer profundamente, encontrei o maldito aparelho embaixo do travesseiro e atendi porque era a Anne, se fosse o papa, eu não atenderia.

–Alô!?

–Duda? É a Anne, como é que você ta se sentindo? Deixou todo mundo preocupado, sabia?

–Eu não sei Anne...Me desculpe por ter saído sem falar nada.

–Eu chego na sua casa em um minuto, faça o favor de abrir a porta, senão eu arrombo.

–Tudo bem. -respondi após um suspiro, não queria companhia, mas seria bom ter alguém com quem eu pudesse desabafar, não faria mal algum.

–Então, até daqui à pouco, beijos.

–Beijos. -desliguei aquela coisa e levantei da cama indo em direção às escadas.

Tudo voltava à minha mente rapidamente como um filme, o replay estava incessante... além da dor de cabeça, pude sentir meu coração em pequenos cacos. Porque as palavras do Tom me deixaram daquele jeito? “Nós não temos nenhum compromisso”, era a frase que ecoava na minha cabeça. Quando a voz do Tom sumia, eu podia ouvir a voz do Bill dizendo repetidamente “Duda, eu te amo. Te amo como nunca pensei que fosse amar algum dia...”, eu ficaria louca se a campainha não tivesse me acordado daquela tortura mental.
Caminhei lentamente até a porta, abri-a e Anne correu pra me abraçar, fomos para sala e nos sentamos no sofá sem dizer uma única palavra.


–Me conta o que aconteceu? Eu sei que precisa desabafar, vim pra cuidar de você. -Anne disse docemente, eu a tenho como minha mãe.

Contei à ela sobre absolutamente TUDO o que aconteceu desde a hora em que eu e os G’s deixamos ela em casa. A pior parte foi quando eu contei da conversa com o Tom... À cada palavra dita, lágrimas corriam descontroladas pelo meu rosto. Além de confusa eu estava magoada. Como ele pôde ser tão cachorro? Como ele conseguia chegar à tal ponto? Eu não acreditava que tivéssemos um compromisso, eu não queria que tivéssemos, mas de certa forma tínhamos assumido um. A burra fui eu que acreditei na hipótese de Tom Kaulitz cair aos meus pés.Idiota, burra, ridícula eu fui isso e mais um pouco. Não sabia o que pensar, aquele canalha era tão imprevisível e o pior é que eu não teria como negar... Eu me APAIXONEI por ele. Encarar os fatos nunca foi tão difícil pra mim. Nunca imaginei que voltaria à me apaixonar por um galinha, nunca passou pela minha cabeça que o meu melhor amigo estivesse apaixonado por mim. O que eu faria? Eu amo o Bill, mas não como ele merece. Eu não poderia entrar em uma relação de corpo e alma, sem um coração. Bill não pode ter uma relação em que apenas ama, ele precisa ser amado... como eu queria poder mandar no meu coração.
Anne ficou o tempo todo escutando o meu desabafo e quando terminei de falar tudo o que precisava, me senti mais leve, porém não menos confusa.


–É complicado, eu sei. -Anne disse. -Duda, eu quero que use toda a sua força e enfrente esse problema... Eu sei que não vai ser fácil, mas você têm à mim e aos seus outros amigos.

–Eu sei. -sorri fraco e abracei-a com força.

–Você não tem culpa de estar apaixonada por duas pessoas ao mesmo tempo, ainda mais irmãos e gêmeos. -Anne disse e eu arregalei os olhos.

–E-eu não 'tô apaixonada pelos dois...

–Vai demorar pra você perceber, então eu vou te dar uma ajudinha... Quando eles saem pra viajar, como você fica?

–Morrendo de saudades, com vontade de abraça-los, sinto falta das risadas escandalosas do Bill, das piadas sem graça e dos amassos com o Tom... -corei ao dizer isso. -Sinto vontade de ir atrás deles onde quer que estejam.

–Quer mais algum motivo pra perceber que está sim APAIXONADA pelos DOIS?

–Sentir saudades não quer dizer nada! Eu sinto saudade do Ge e do Gust também...

–Só que não de uma forma tão intensa quanto a saudade que sente dos gêmeos.

–Ahm, você fica com a sua teoria, 'tá Anne? -pedi séria. -Obrigada por me escutar, por ter vindo aqui... -ela me olhava ainda séria. -Anne, o Bill é meu melhor amigo, não viaja.

–Não falei nada... Talvez eu esteja errada. -disse e o silêncio tomou conta da sala.

–Amanhã nós entregamos o trabalho feito em Madri? -perguntei quebrando o gelo.

–Sim e daremos continuidade ao trabalho com os meninos.- me olhou e eu fiz uma cara do tipo “Gott, faça com que um raio parta a minha cabeça”. -Eu sinto muito, mas assinamos um contrato.

Ops, eu não tinha me lembrado desse detalhe... Como eu não me lembrei desse detalhe ENORME? Eu não poderia surtar, meu trabalho deveria ser feito sem que minha vida pessoal interferisse, por mais difícil que fosse teria que encontrar uma maneira de agir sem que absoluamente nada tivesse acontecido. Mas como? Não conseguiria imaginar como eu trabalharia com aquele pegador imbecil, como eu agüentaria ver ele sem sentir facadas no meu peito? Tudo bem, eu teria que ser forte... mas, quanto ao Bill? Com que cara eu olharia pra ele, sabendo que devo uma resposta sobre lhe dar uma chance? Como seria olha-lo sabendo que ele me ama e que não posso retribuir? OK, tudo tinha ficado contra mim. Maldita hora em que eu deixei me envolver pelo cara mais galinha da Alemanha... Maria Eduarda, você é uma ignorante, songa-monga!
Olhei pra Anne, respirei fundo e respondi.


–Eu sei, não se preocupe... Afinal de contas, eu sou um homem quando estou com eles, sem problemas. -Anne me olhou e começou à rir.

–Desculpe por rir, é que eu me lembrei do Georg imitando um gay. -olhei pra ela séria e parou de rir. -Eu vou embora, já são 18hs. -disse olhando no relógio em seu pulso. -Descanse, amanhã o dia será longo.

Despedimo-nos e levei-a até a porta, subi para o meu quarto em seguida, tomei um banho, revisei o trabalho que tinha que entregar no dia seguinte e me deitei. Como eu iria trabalhar? Boa pergunta.


Postado por: Grasiele

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