terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 33

 NA CASA DOS GÊMEOS...

Simone e Bill carregaram Tom desmaiado pra dentro de casa assim que chegaram, levaram-no para o banheiro, tiraram suas roupas e o colocaram embaixo da água fria do chuveiro. Tom levou um susto ao acordar, estava apenas de boxer, molhado e com frio... Sua cabeça doía muito, mas nada comparado à dor que sentia dentro do peito.
Bill pegou uma toalha, entregou ao irmão e saiu do banheiro, deixando a mãe à sós com o irmão mais velho. Bill caminhou até a janela do quarto de Tom e ficou observando as gotas de água escorrerem pelo vidro... Assim como a tempestade que abalava às árvores na rua, ele sentia seu coração e sua mente abalados, seus pensamentos estavam longe, mais precisamente em uma pessoa.

P. O. V. Bill Kaulitz

Eu não entendo porque que as coisas têm que ser tão difíceis... Demorei tanto pra encontrar alguém que me completasse, que fosse a minha luz, minha inspiração, que me fizesse sentir livre e agora que eu encontrei, não posso tê-la... Simplesmente porque meu irmão a ama, eu não consigo ser egoísta ao ponto de vê-lo triste, abdicaria da minha felicidade pra que ele possa sorrir. Sinto que ela me ama, mas não como eu a amo... O sentimento que ela alimenta por Tom, é igual ao que eu sinto.

Porque meu irmão e eu nos apaixonamos sempre pela mesma garota?


Abrirei mão da minha felicidade pra ver as pessoas que eu mais amo se amando e, epesar do sofrimento, eu sei que não poderia desejar ver a Duda com alguém que não fosse o meu irmão, afinal eu sei que ele vai cuidar dela como se eu estivesse cuidando, mesmo que ele seja irresponsável às vezes, é o cara mais carinhoso do mundo quando está com as pessoas que gosta.
Um amor como o que eu sinto nunca vai se apagar, ficará pra sempre comigo, não há tempo que apague... Mesmo que eu encontre alguém que me ame, o amor que eu sinto nunca vai ser substituído, parece impossível.

Será melhor assim, mas antes de “desistir” da Duda, eu preciso de uma noite, apenas uma noite com ela.

P. O. V. Bill Kaulitz /OFF

–Querido, eu já dei remédio para seu irmão, acho bom vocês conversarem. -Simone disse após tocar o ombro de Bill.

–Claro, mãe. –esboçou um fraco sorriso.

–Eu sinto muito que isso esteja acontecendo de novo, filho... Imagino o quanto você esteja sofrendo, essa garota tem muita sorte por ter dois garotos tão especiais apaixonados por ela. -Simone disse abraçando Bill. -Não pense que digo isso por serem meus filhos, mas sim por que é verdade.

–Nós é que temos sorte de termos você como mãe. -Bill beijou o rosto dela, sorriu e foi conversar com o irmão.

Tom estava sentado em sua cama, seus olhos estavam fechados, uma pequena e solitária lágrima escorria por sua face. Em sua mente uma retrospectiva acontecia, tudo o que havia acontecido desde o momento em que viu Duda pela primeira vez, fazia com que pensasse no que aconteceu na sua festa de aniversário.


P. O. V. Tom Kaulitz


A confusão permanece na minha cabeça, não sei por que fiquei tão enraivecido quando a Duda me contou sobre meu irmão e ela terem se beijado...

Foi só um beijo, não foi?

Eu não queria pensar na hipótese que rondava minha mente, mas descobri que o que sinto pela Duda não é apenas uma atração qualquer... Eu me apaixonei por ela.
Ela te um jeito especial de contagiar a todos, trata todos a sua volta com carinho. É a única garota que me deixou sem reação depois de ter levado um “NÃO”, que me fez sentir ciúmes, que me fez chorar depois de tanto tempo.

Já tive uma namorada e ela se apaixonou pelo meu irmão.

Jurei pra mim mesmo que depois da minha ex, nenhuma outra garota me faria chorar, mas eu não consegui controlar! Quando a dor fica guardada por muito tempo, em algum momento ela precisa ser colocada pra fora de alguma maneira...

Porque o amor nos faz sentir tanta dor?

Eu vou tentar seguir minha vida em frente sem a Duda, vai ser difícil, quase impossível não poder sentir o perfume de jasmins invadir as minhas narinas, não poder tocar nela vai ser um sacrifício, quase uma forma de punição... Vai ser massacrante vê-la falando e não estar perto o suficiente para sentir seu hálito, será horrível não poder sentir aqueles lábios macios junto dos meus.
Talvez eu não aguente, mas meu irmão merece uma chance pra ser feliz e, apesar de ter ficado com raiva quando soube que ele a beijou, nunca vou conseguir guardar mágoa alguma, ele é meu irmão e eu o amo.

P. O. V. Tom Kaulitz /OFF

–Tom, podemos conversar? -Bill perguntou sentando-se ao lado da cama do irmão.

–Claro, senta aí. -disse apontando para a cama.

–Antes de mais nada eu quero que saiba...

–Bill, me perdoa por ter feito aquele escândalo todo na festa... Você sempre foi um irmão perfeito, o cara que mais admiro na vida... Eu falei tudo aquilo de cabeça quente, me perdoa.

–Não tenho nada pra perdoar, mano! Você teve razão quando disse que as pessoas não nos conhecem como realmente somos, você não é o cara errado que todos pensam que você é.

–Mano, eu quero dizer que eu vou dar um tempo.

–Como assim, dar um tempo? -Bill perguntou confuso.

–Eu não vou mais procurar a Duda, o caminho vai ficar livre pra você. -Tom disse procurando as palavras certas. -Por mais que isso doa, você é meu irmão e quero te ver feliz... Ela é a garota certa.

–Você não precisa fazer isso por mim, vou desistir dela, não quero e não vou competir com você... Antes de qualquer outra coisa, somos irmãos.

–Eu acho, então, que o caminho dela ficou totalmente livre. -Tom disse sorrindo de canto. -Acho que preciso colocar os meus pensamentos em ordem.

–Por favor, não me faça mais trazer você bêbado pra casa... Você é um porre. -Bill riu escandalosamente.

–Tudo bem. -Tom riu e abraçou o irmão. -Você é o melhor presente de aniversário que eu já ganhei em toda a minha vida.

–Você disse a mesma coisa quando ganhou um vídeo-game. -os gêmeos riram -Eu não trocaria de irmão mais velho por nada nesse mundo.


Bill e Tom continuaram jogando conversa fora e depois de algum tempo, Bill foi para o seu quarto.

Postado por: Grasiele

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