terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Resumption - Capítulo 31

 Simone e eu ficamos sem palavras, chorávamos emocionadas e conseguimos pronunciar apenas um “obrigada, eu amo muito vocês”. Eu pude chegar à conclusão de que os gêmeos são totalmente imprevisíveis e surpreendentes... eu nunca me imaginaria ao lado deles, recebendo uma homenagem tão linda como aquela. Foi engraçado e ao mesmo tempo lindo ver o Tom, aquele garoto durão se “expondo” ao agradecer por eu estar ao lado deles... pra falar a verdade, eu acho que não faço a metade do que foi citado por ele. E o Bill quase me fez desmaiar quando disse “você é a segunda mulher que mais amamos na vida”, ainda mais depois da declaração dele embaixo daquela árvore, no jardim.
Depois de a homenagem ter sido concluída, o som de palmas ecoaram pelo pequeno salão e pude ver a Anne e a Camila chorando, o Gustav e Georg gritando “Esses são os nossos garotos!”.
Anne e Camila esperaram que eu saísse de perto da mesa do DJ pra ir correndo me abraçar, sorriam feito duas bobas.


–Ahm, você quer mais alguma prova de que eles realmente gostam de você?-Anne perguntou rindo.

–Eu não preciso nem dizer que se você não tiver percebido, eu te mato...certo?-Camila falava com as mãos na cintura, aquele gesto me fez lembrar da minha mãe e eu ri.

–Amiga, o que foi aquilo? Tom Kaulitz se expondo... só você mesmo pra deixar o garoto louco pra chegar à tal ponto.-Anne disse.

–Menos, gente, por favor.-pedi rindo.

–Duda, aconteceu alguma coisa? Eu percebi que os olhos do Bill estão com um brilho diferente hoje.-Camila disse e eu fiquei quieta por alguns segundos, procurando uma resposta...eu contaria às minhas amigas o que tinha acontecido, mas aquele não era o momento e nem o lugar.

–Eu não posso falar, pelo menos não agora.-Essa era a melhor resposta à ser dada naquele momento.

–Ih, já vi tudo!-Anne disse- Você vai nos contar TUDO, tudo mesmo! Nos mínimos detalhes, sem cortes de cena, entendeu?-Anne perguntou em tom ameaçador.

–Só não me peçam pra fazer demonstrações.-falei rindo.

–Eu não acredito que vocês...-Camila fez cara de pervertida e com certeza ela deve ter pensado que nos agarramos no banheiro, eu sei que é um pensamento exagerado, mas era a Camila e é bem provável que essa possibilidade estivesse martelando na cabeça dela, garota pervertida!

–Não nos pegamos no banheiro, se é o que você está pensando.-pude ver sua expressão mudar de perversão para decepção.

–Ah...-Camila fez um bico gigante- Mas pelo menos rolou um beijinho?

–Rolou um beijinho? Com quem?-Tom apareceu perguntando com uma cara de poucos amigos.

–Ahm, eu perguntei pra Duda sobre hoje de manhã. O que vocês estavam fazendo que nos deixaram esperando tanto tempo?-Camila perguntou com um sorriso falso, eu não acreditei quando o Tom começou à responder com a maior naturalidade.

–Camilinha querida... eu não posso dar detalhes, sabe como é? Mas se você não tivesse aparecido, com certeza teria rolado muito mais do que os nossos amassos e te digo, você chegou quando aquele quarto ia pegar fogo.-sorriu malicioso.

–Me desculpe cunhadinho, não foi minha intenção.-Camila disse rindo.

–Tudo bem, eu e a Duda temos tempo pra resolvermos esse nosso assunto pendente.-disse aproximando-se mais de mim.-E a propósito, não acha que eu mereço um beijinho pela homenagem?-fez biquinho pra mim.

–Eu acho que seria injusto se você ganhasse um beijo da Duda e o Bill não, afinal de contas ele também fez parte da homenagem.-Camila provocou.

–Acontece que eu falei mais e ...

–E você ta com ciúmes.-Camila completou a frase dele.

–Ahm, vamos parar hein? Tom vem comigo e Camila, vai procurar o seu namorado... deixa que eu me resolvo com o safado aqui.-falei séria.

–Ouviu cunhada? Minha gata é que manda, agora vai procurar o seu “ursinho”.-Tom debochou.

–Vou mesmo, controlem o fogo de vocês.-Camila disse saindo e levando Anne com ela.


–Agora, somos só você e eu.-Tom falou e me puxou pela cintura.

–Tom, eu acho que não é uma boa idéia.-falei tirando as mãos dele da minha cintura e fui me sentar em uma das banquetas do bar.

Eu não queria beijar o Tom, não ali na frente de todo mundo, não era vergonha por causa dos convidados, não me importaria com a opinião de nenhum deles... o que me preocupava era o Bill, antes mesmo de saber que ele me amava eu tentava evitar beijar o Tom na frente dele e agora, eu tomaria o dobro do cuidado, não poderia magoá-lo. Tom sentou do meu lado, ostentava uma expressão confusa...

–Porque você não quer me beijar? Tem vergonha de mim, de nós, é isso?-Tom perguntava sério e eu processei a pergunta dele rapidamente...o que acontecia na mente dele parecia indecifrável.

–Tom, não é isso... porque eu teria vergonha de você?-suspirei e encarei seus olhos.

–Eu gostaria que você me respondesse a pergunta que eu te fiz.-Tom parecia nervoso.

–Eu quero beijar você.-falei- Mas não aqui, você não entende?

–Porque tem tanto medo de me beijar na frente dos outros?-perguntou sério.

–Não me importo com o que os outros vão pensar, mas...

–Então qual o problema?-perguntou confuso.

–O seu irmão...-Tom me olhou com raiva- ele me ama Tom, eu não quero que ele fique magoado. Ele me contou hoje.

–É por isso que eu não encontrava vocês em lugar algum.-disse pra si.

–É Tom... eu vou ser sincera com você, eu não sei o que fazer. Minha cabeça está confusa, eu não consigo pensar e...

–Vocês se beijaram, não foi?-perguntou tentando controlar a raiva.

–Tom... eu não sabia o que fazer...-tentei explicar.

–Tudo bem.-fechou os olhos- Nós não temos nenhum compromisso, você pode beijar quem quiser... assim como eu também posso.- disse ainda de olhos fechados, ele não queria me encarar e eu não o obrigaria a faze-lo.

–Eu vou embora, não posso mais ficar aqui, não posso.-levantei e saí pelo portão.

Passei correndo pelo Bill que tentou me segurar, mas eu me soltei e saí pela rua. O céu estava nublado e começou a chover, com certeza não era a melhor situação pra que uma chuva desabasse sobre mim, mas não era nada comparado com o que aconteceu hoje. Tirei meus sapatos e caminhei lentamente pela calçada, deixando os pingos de chuva gelada do começo de outono se juntarem às lágrimas que caíam dos meus olhos sem consentimento. Eu não queria chorar pelo que tinha acabado de acontecer, afinal de contas o que eu e Tom tínhamos era apenas carnal, não era? Eu não entendo como eu pude me deixar levar... como eu fui chegar à esse ponto? Chorando sozinha embaixo de um temporal?
Cheguei ensopada em casa, agradeci aos céus por ninguém ter me seguido, eu precisava ficar sozinha e pra colocar meus pensamentos em ordem... tomei um banho rápido e me atirei na cama. Pra piorar tudo, o cheiro do Tom estava impregnado na minha cama, eu deveria matar a Camila quando ela chegasse em casa, afinal de contas, a culpa era dela de ter deixado ele dormir na MINHA CAMA. Eu me sentia muito cansada e não me levantei pra trocar a roupa de cama... adormeci com aquele perfume invadindo as minhas narinas.


Postado por: Grasiele

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