segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 21 - Novos amigos?

Nós podemos ir logo ao que interessa? Espere um pouco me deixe corrigir isto Eu quero viver a vida de uma nova perspectiva Você veio junto porque eu amo seu rosto E eu irei admirar seu gosto refinado E quem liga para intervenção divina Eu quero ser elogiado de uma nova perspectiva Mas partir agora seria uma boa idéia Então me acompanhe para cair fora daqui

(Contado pela Kate)

      Aproveitei que o Brian dormiu a tarde, e fui conversar com a mãe dele sobre a festinha surpresa. Eu estava animada, e com aquela confiança de que tudo daria certo. A senhora C se encontrava na varanda, sentada numa das poltronas, e lendo uma revista de moda. Me aproximei, pedi licença, e me sentei numa poltrona ao lado.

           - Algum problema com o Brian? – pergunta ela, sem desviar seu olhar da revista.
           - Não. – respondi. – Mas vim falar sobre ele.
           - Então diga. – continuou olhando pra revista.
           - Depois de amanhã o Brian completa sete anos, e eu estava pensando em fazer uma festa pra ele.

      Naquele instante ela fechou a revista, e me encarou. Imaginei que fosse negar, ou me xingar por isso.

           - E onde seria essa festa? – pergunta ela.
           - Estava pensando em fazer aqui.
           - Aqui no apartamento?
           - Sim.
           - Nem pensar!
           - Mas...
           - Não quero a minha casa cheia de crianças correndo por todo lado, derrubando e quebrando minhas coisas.

      Ela se levantou e entrou na sala. A segui.

           - Posso conversar com o síndico, e talvez ele ceda o playground. – disse.
           - Acho difícil. – ela se sentou no sofá, e jogou a revista em cima da mesinha de centro. – O síndico é bem severo, e também não gosta de festas.
           - Não custa nada tentar.
           - Faça o que quiser, só não conte comigo pra nada! Não quero me estressar com esse tipo de coisa.

      Sai do apartamento, e fui procurar o sindico. Fiquei sabendo da péssima fama que ele tem, de ser mal humorado e muito rígido. Enquanto o elevador descia até o térreo, fui pensando em algumas coisas, caso tudo desse certo. Assim que sai, caminhei pela área da piscina, e encontrei o tal síndico sentado numa espreguiçadeira a beira da piscina.

           - Olá. – disse, e ele não me respondeu. – O senhor é o síndico, não é?
           - Sim. – respondeu. – Tem alguma reclamação a fazer?
           - Na verdade, vim até aqui para lhe pedir uma coisa. – me sente numa espreguiçadeira ao seu lado.
           - Se for dinheiro, vou avisando que não tenho.
           - Não, não é dinheiro.
           - Então diga logo, pois estou tentando relaxar um pouco, antes que aqueles diabinhos apareçam.
           - O senhor deve conhecer a família O’Connell, que moram no sexto andar, certo?
           - Vá direto ao assunto, garota.
           - O negócio é o seguinte; o filho deles, Brian, completará sete anos daqui dois dias. E eu estava planejando fazer uma festinha surpresa pra ele aqui no prédio.
           - Negativo! Festas não são permitidas aqui!
           - O senhor poderia me ouvir até o final?

      Ele ficou quieto, e continuei.

           - Desde que nasceu, o Brian teve apenas uma festa de aniversário. – não sei se isso era verdade. Mas pra conseguir o que quero, vou inventar qualquer coisa. - Sou a nova babá dele, e sei o quanto aquele garoto é solitário. Uma hora ou outra irei deixar este emprego, e queria que ele tivesse algo de que pudesse se lembrar de mim no futuro. E além do mais, o senhor não seria tão mau, ao ponto de não querer festejar a festa de uma inocente criança, seria?

      Ele permaneceu quieto por um bom tempo. Eu estava cruzando os dedos para que ele não me negasse aquele pedido.

           - Quem fará o bolo? – pergunta ele.

      Aquilo era um sim?

           - Ainda estou pensando nisso. – respondi. – Mas o senhor vai deixar?
           - Com algumas condições.
           - Quais?
           - Esta festa não poderá durar a noite inteira...

      É uma festa de criança, e não uma balada.

           - Deve me entregar o salão de festa brilhando, quando tudo acabar. – continuou. – E se houver alguma coisa quebrada, a verba sairá do seu bolso.
           - Ok.

      Fiquei tão feliz com aquilo. E ele nem é tão mal humorado assim, vai. Me despedi do senhor, e peguei o elevador novamente. Cheguei em casa, e fui direto pro quarto. Eu queria contar aquela noticia pro Bill, afinal, ele também me ajudará nessa festa. Mas e a vergonha de bater na casa dele e me deparar com seu irmão? Preferi guardar aquilo, e só contar quando o encontrasse em algum lugar.

–--
(Contado pelo Bill)

      Estacionei o carro, e olhei pro Tom. Ele estava meio sério, e parecia um pouco nervoso. Nem comento sobre mim, já que meus nervos estavam quase me matando.

      Saímos, e caminhamos em direção as escadas que davam acesso a entrada do local. Nunca acreditei muito em superstições, mas naquele momento resolvi entrar com o pé direito. O Tom até riu daquilo. Fomos recebidos por um homem alto, negro, e com uma expressão super séria. Dava até um pouco de medo. Ele parecia nos conhecer, e pediu que o acompanhássemos.

      Andamos por um corredor longo e avistei no final do mesmo, uma porta branca com uma placa prateada escrita; James Burton. O homem alto bateu na porta, e a abriu em seguida.

           - Senhor Burton, eles já chegaram.

      Entramos, e assim que nos viu, o James se levantou e veio nos cumprimentar com um aperto de mão e um enorme sorriso nos lábios.

           - E ai meninos, como estão? – pergunta ele.
           - Bem. – respondemos em uníssono.
           - Sentem-se.

      Nos sentamos num sofá de couro preto, que por sinal, era bem aconchegante.

           - Aceitam alguma bebida?
           - Não, obrigado. – respondo.
           - Uma água gelada. – diz Tom.

      James caminha até sua mesa, pega o telefone e fala com alguém.

           - Traga duas águas geladas, por favor.

      Depois ele se senta num sofá pequeno, e fica de frente para nós.

           - Essa semana a minha secretária me entregou uma mídia de cd, e disse para eu escutar o que havia nela. – disse ele. – Achei que fossem mais uma daquelas duplas ou bandas que pensam que sabem cantar. Resolvi ouvir, e fiquei impressionado.
           - Sério? – pergunta Tom.
           - Sim. – diz James. – As músicas têm... Algo diferente, entendem? O conjunto da melodia, letra... Parecem combinar perfeitamente.

      Ele fazia alguns gestos com as mãos, e nós escutávamos com atenção.

           - Sinceramente, nunca havia escutado algo realmente bom, quanto o que ouvi ontem. – disse ele. – Vocês dois tem um talento incomparável, e que me agradou muito.
           - Obrigado. – respondemos em uníssono.
           - Mas pra mim ainda está faltando algo. – a porta é aberta, e uma mulher usando vestido preto e meio justo, entrou com uma bandeja com duas garrafas de água. A moça colocou as garrafas em cima da mesa de centro de madeira, e se retirou.
           - O que está faltando? – perguntei.
           - Garotos, vocês são novos e cheios de disposição para entrar nesse mundo de cabeça, não é?
           - Claro! – responde Tom, e se ajeita no assento.
           - Então quero lhes fazer uma proposta.
           - De que tipo? – perguntei.
           - Estou disposto a investir o que for necessário na carreira de vocês...

      Tom e eu nos entreolhamos, e deixamos escapar um meio sorriso. Acho que não tinha como esconder nossa felicidade.

           - Mas pra isso, precisam concordar comigo em uma única coisa. – disse ele.
           - Em quê? – pergunta Tom.
           - Que apenas vocês dois, não é o necessário pra fazer essa carreira decolar imediatamente.
           - O que quer dizer com isso? – aquele suspense estava me matando.
           - Quero dizer que só investirei em vocês, se aceitarem mais duas pessoas nesse negócio. – ficamos em silêncio. – É pegar, ou largar.

      Mais duas pessoas? Acho que isso não dará muito certo. Mas aquela proposta era tentadora demais pra ser descartada.

           - Aceitamos. – respondi.

      O James sorriu e novamente pegou seu telefone, falou com a mesma pessoa de antes.

           - Por favor, pode pedir aos dois rapazes que entrem.

      A porta novamente fora aberta, e os dois rapazes que o James havia pedido, entraram.

           - Meninos, quero que conheçam Georg Listing e  Gustav Schäfer. – James se levantou. – Seus novos amigos.

Postado por: Grasiele

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