segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 25 - Ele não perde uma oportunidade.

(Contado pela Kate)

      A Laura se levantou e foi até a cozinha. Retornou pouco depois, trazendo dois copos de suco. Ela se sentou ao meu lado, e me entregou um dos copos.

           - Kate, nossa amizade não irá mudar por causa de uma besteira daquelas, não é? – pergunta ela.
           - Mudaria se estivesse mentindo pra mim. – respondi, e bebi um pouco do suco.
           - Acredite em mim! Eu nunca mentiria pra você.
           - Se está dizendo. – coloquei o copo em cima da mesinha de centro. – Bem, agora preciso ir.

      Ela me acompanhou até a porta, e nos despedimos com um beijo no rosto. Na rua, peguei um táxi. Cheguei em casa, poucos minutos depois. Entrei, e o Brian estava sentado no sofá, pronto pra sair. Disse-lhe que eu tomaria um banho, me trocaria, e depois passaríamos na casa do Bill. Ele aguardou calmamente – mentira.

           - Vamos, Kate! – Brian batia na porta do quarto.
           - Já estou indo! – gritei.

      Peguei minha bolsa, e coloquei o que achava necessário para levar pro clube. Quando abri a porta, o Brian só faltou me pegar no colo para sairmos o mais rápido possivel. Ele me puxava pela mão, em direção a saída. Nos despedimos da Brenda, que estava limpando alguns objetos da sala, e partimos. Toquei a campainha do apartamento do Bill, e não demorou muito pra ele aparecer.

           - Podem esperar um minutinho? – pergunta Bill. – Vou pegar a chave do carro.
           - Vai rápido, antes que o Brian coloque um ovo! – disse.

      Pegamos o elevador, e o Brian parecia dar leves pulinhos de alegria. A satisfação estava estampada em seu rosto.

           - Brian, pare de pular! – disse.
           - Não estou pulando. – responde ele.
           - Ah não, eu que estou. – nós três rimos.

      Na garagem, caminhamos até o carro do Bill. Abri a porta de trás, e o Brian entrou. Fui colocar o cinto de segurança nele, e...

           - Já tenho sete anos, e não preciso disso. – disse o pequeno.
           - E o Bill tem vinte e um, e também precisa. – respondi.
           - Isso me aperta.
           - Mentir é feio, sabia?

      Coloquei o cinto nele, e a minha bolsa ficou ao seu lado. Lhe dei um beijinho no rosto, e fechei a porta. Me sentei no banco do passageiro, e o Bill deu partida. O caminho inteiro fomos ouvindo música. Brian não parava de cantar, e estava ansioso para chegarmos logo. Devemos ter demorado uns quinze minutos até chegarmos ao clube.

      Assim que entramos no clube, o Brian começou a correr. Fiquei com medo de ele sumir no meio daquele pessoal todo, e por sorte o Bill conseguiu segurar em sua mão. Procuramos um lugar adequado, e que tivesse sombra. Logo nos acomodamos.

      Me sentei numa espreguiçadeira, enquanto o Bill foi comprar refrigerante. O Brian tirou a roupa, ficando apenas de sunga azul. Dei risada ao vê-lo daquele jeito, e pela cara que fez, não gostou muito. Tirei de dentro da minha bolsa, o protetor solar, e o puxei pela mão para que eu pudesse passar nele.

           - Isso é nojento! – ele reclamava
           - Deixa de frescura. – disse.
           - Pra quê passar isso?
           - Pra você não ficar igual aquele homem ali.

      Nesse instante, um homem com barriguinha de chope passava pelo local. Ele estava bem vermelho, e a marca dos óculos de Sol no rosto.

           - O que é aquilo no rosto dele? – pergunta Brian.
           - Shiiiii. – disse. – Fale baixo!
           - Mas o que é?
           - Ele não tirou os óculos de Sol, e ficou assim.

      Terminei de passar o protetor solar, e ele estava ansioso pra ir à piscina. Segurei em sua mão, e o levei. Ele entrou na água, e fez a festa.

           - Brian! – gritei. – Não vá muito longe!

      Ele nem estava tão longe assim, mas o filho não é meu e o cuidado deve ser em dobro. O Bill apareceu do meu lado.

           - Vai ficar ai parada observando o Brian? – pergunta ele.
           - Não posso deixá-lo sozinho.
           - Kate, essa é a piscina mais rasa. E além do mais, estamos sentados logo ali! Não acontecerá nada com ele.
           - E se acontecer?
           - Relaxa! O Brian não é mais um bebê, e os salva-vidas estão de plantão.

      Eu estava com medo de deixá-lo ali na piscina sozinho, mas o Bill acabou me convencendo, e voltamos ao nosso lugar.


(Contado pelo Bill)

      Me deitei na espreguiçadeira, e de longe fiquei olhando pro Brian se divertir. Nem notei que a Kate estava tirando sua roupa. Só me dei conta, quando ela tirou seu short. Meus olhos não se controlaram e se fixaram em seu corpo curvilíneo. E o mais engraçado, é que aquele corpo já havia sido meu por uma noite e não tive tempo de desejá-lo, como desejo agora.

           - Bill? – ela me chamou.
           - Desculpa, eu estava distraído. – respondi.
           - Percebi. E se continuar me olhando assim, não responderei pelos meus atos violentos. – ela ri.
           - Foi mal.

      Ela se sentou na espreguiçadeira ao lado, ficando de costas pra mim e pegou o protetor solar. Começou a passar o mesmo pelo corpo, só deixando as costas, já que ela não conseguia espalhar o produto direito. Me ofereci para ajudar.

           - Quer que eu... Que eu te ajude? – perguntei, e ela se virou um pouco.
           - Pode ser. – respondeu.

      Me levantei, e ela me entregou o protetor solar. Coloquei um pouco na palma da minha mão, e fui passando. Era uma sensação boa estar passando minha mão por sua pele macia e delicada, enquanto outros homens passavam e babavam por ela. Me sentia com uma enorme sorte.

           - Pronto. – disse, e lhe entreguei o produto.
           - Obrigada. – respondeu, e o guardou na bolsa.

      Voltei pro meu lugar, e me deitei. Kate olhou em direção à piscina, pra ter certeza de que estava tudo bem com o Brian, e só depois se deitou. Ficamos ali nas espreguiçadeiras por alguns minutos, até que o pequeno aparecesse, dizendo que estava com fome. Nos levantamos, coloquei meu short, a Kate acabou vestindo minha blusa, que ficou quase como um vestido. Fomos até a lanchonete do clube, e nos sentamos numa das mesas. Fizemos o pedido.

      Terminamos de lanchar, e não demorou muito para o Brian voltar pra piscina. E enquanto a Kate e eu íamos em direção as espreguiçadeiras, conversávamos.

           - Falei com a Laura. – disse ela.
           - E ai?
           - Ela jurou que não fez nada de errado, e que a culpa foi do pai do Brian.
           - Por acaso a Laura costuma mentir?
           - Bem, ela nunca mentiu pra mim.
           - E acreditou no que ela disse?
           - Esse é o problema. Quando estávamos na casa dela, eu disse que acreditei. Mas não sei se devo.
           - Se confia nela, então acho que deveria acreditar.
           - Tá ai outro problema. – ela ri. – Também não sei se devo confiar nela.
           - Por quê?
           - Sei lá. Às vezes tenho impressão que a Laura não é quem realmente acho que é.
           - Como assim?
           - Não sei explicar. Mas vai ver é coisa da minha cabeça.

      Passamos à tarde praticamente inteira ali no clube. Resolvemos voltar pra casa por volta das 16h30. Pelo Brian, nós teríamos ficado lá até anoitecer. A última vez que o vi tão feliz foi em seu aniversário.

      Chegamos ao condomínio, e o Brian cantarolava alguma música. Pegamos o elevador. O mesmo parou, pouco depois e abriu as portas. Saímos quase juntos, já que o Brian foi correndo na frente, e parou na porta de sua casa.

           - Gostou do passeio? – perguntei ao Brian.
           - Sim! Muito! – respondeu, sem hesitar.
           - Se quiserem repetir mais vezes, é só me avisar. – disse.
           - Só se não tiver nenhum compromisso. – diz Kate.
           - Pra sair com vocês, eu desmarcaria qualquer coisa. – respondi.

      Ela coloca a chave na fechadura, e abre a porta. O Brian entra.

           - Vou pedir a Brenda pra lavar sua blusa, e amanhã levo pra você. – diz Kate.
           - Não precisa ter esse trabalho.
           - E quem disse que é trabalho?
           - Já que insiste... Mas mudando de assunto, que dia sairemos? – ela ri.
           - Não sei.
           - E que dia poderei te beijar novamente? – me aproximei um pouco, e suas bochechas coraram.
           - Ué... Eu... – ela gaguejava. – Ah... Não... Não sei... Quero dizer...
           - Você disse que era só eu ter vontade, e estou com vontade agora.
           - Alguém pode ver.
           - E daí?
           - E daí, que o Brian já me fez algumas perguntas sobre isso.
           - Sério? O que ele perguntou?
           - Se estávamos namorando.
           - E respondeu que sim?
           - Não! – ela ri. – Porque não estamos namorando.
           - Mas isso não é problema. – ela ficou calada.
           - Eu... Tenho que entrar agora.
           - Tá legal.
           - Levarei sua blusa ainda hoje.

      Para me despedir, lhe dei um beijo meio demorado no cantinho da boca, e mesmo com os olhos fechados, eu sabia que ela estava sorrindo.


(Contado pela Laura)

      Estava sentada no sofá, assistindo a um filme romântico, e me esbaldando num pote de sorvete, sabor morango, quando a campainha começa a tocar. Dei pausa no filme, coloquei a vasilha em cima da mesinha de centro, e fui atender.

           - O que está fazendo aqui? – pergunto.

Postado por: Grasiele

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