segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

The Nanny - Capítulo 29 - Ciúmes?

(Contado pela Kate)

      Era mais um daqueles dias em que o Sol brilhava intensamente, e te deixava com uma enorme vontade de não fazer absolutamente nada. Levei o Brian pro colégio, e como estaria com a tarde livre, resolvi sair à procura de um apartamento pra mim. Eu não passaria minha vida inteira cuidando do pequeno, e uma hora ou outra, eu sairia do emprego.

      Passei em vários condomínios, e numa dessas visitas, encontrei uma que me agradou muito. Não eram apartamentos, e sim casas. No térreo havia; jardim principal, piscina grande, churrasqueira, banheiro feminino e masculino com vestiário, sala de jogos, academia, sauna seca e a vapor, garagem com capacidade para cinco carros, biblioteca, sala de TV, lavanderia, salão principal, sala de jantar, lavabo, cozinha com copa, despensa, e varanda. No primeiro piso tinha; hall, suíte máster com dois closets e dois banheiros, suíte de hóspedes com closet, escritório, roupeiro com banheiro completo.

      De inicio, pensei que era algo muito grande pra uma pessoa “sozinha” como eu, viver. Mas se eu quisesse pensar no futuro, talvez aquele lugar fosse ideal para abrigar uma futura família. Apesar de o preço ser um pouquinho salgado, acabei fechando negócio. Recebi as chaves da casa, e o corretor disse que eu poderia me mudar quando eu quisesse.

      Como eu havia passado um bom tempo procurando por um novo lar, acabei notando que já era hora de buscar o Brian no colégio. Ele me aguardava no lugar de sempre; no pátio, sentado num dos bancos. O chamei, e ele veio correndo. Peguei sua mochila, segurei em sua mão, e fomos até um ponto de táxi mais próximo. Por coincidência, entramos no táxi que havia nos levado pra casa no primeiro dia em que comecei a trabalhar. O senhor deve ter achado estranho, pois desta vez estávamos quietinhos, e não “lutando” como da primeira vez.

      Aproveitei aquela oportunidade, pra citar sobre a minha mais nova compra, e talvez pudesse ir acostumando o pequeno de que um dia eu partiria.

           - E a casa é grande? – pergunta ele.
           - É enorme! – respondi, sorrindo.
           - Se você já tem uma casa, pra quê comprar outra?
           - Você sabe que esta casa não é minha. E estou até pensando em me mudar.
           - O quê? – perguntou incrédulo. – E quem vai cuidar de mim, se você for embora?
           - Não seja dramático. – disse. – Você começará a crescer, e não precisará mais de mim.
           - Quem disse? Se for assim, eu não quero crescer. – me abraçou. – Não quero crescer nunca!
           - Que bobagem é essa, Brian?
           - Kate, você não pode me deixar. Quem é que vai me levar pro colégio todos os dias? Quem vai me levar pro boliche, e pra tomar sorvete? Quem vai brigar comigo quando eu fizer algo errado?

      Era duro ter que admitir, mas ele tem razão. Se sua própria mãe não lhe dá atenção, quem fará tudo por ele? Estou tão apegada a esse garoto, que uma despedida agora seria a pior coisa do mundo.

      O táxi parou em frente ao condomínio. Paguei a corrida, e descemos. Entramos no elevador, e o Brian fez mais uma daquelas brincadeiras. Apertou todos os botões. Eu estava de bom humor, então nem me importei. Quando chegamos em casa, a porta estava aberta e havia algumas malas ali no corredor. Fiquei curiosa pra saber o motivo daquilo, e entramos rapidamente.

      Todas aquelas malas eram da Brenda. Ela teria alguns dias de férias, ou seja, eu ficaria praticamente sozinha num lugar onde minha “única” companhia era o Brian.

           - E quando você volta? – perguntei, enquanto a ajudava a carregar as últimas coisas.
           - Daqui vinte dias. – respondeu.
           - Isso tudo?! – fiquei preocupada. – Não poderia ser dez ou cinco dias?
           - Esta é a primeira vez que saio de férias. Tenho que aproveitar ao máximo.
           - E como é que irei sobreviver aqui? – coloquei as duas malas no corredor.
           - Está pegando essa mania dramática do Brian?
           - Por favor, não demore muito. – a abracei.
           - Se precisar de qualquer coisa, não me ligue.
           - Você é má!
           - Kate – segurou em minhas mãos. -, você é uma garota forte e sobreviverá sozinha. Aproveite pra se aproximar um pouco mais da senhorita O’Connell.
           - Adoro suas brincadeirinhas, sabia?
           - Eu sei. – olhou pro seu relógio de pulso. – Bem, está na minha hora. Boa sorte ai.
           - Obrigada, e eu acho que irei precisar mesmo.

      O porteiro do prédio pediu pro seu sobrinho bonitão ir pegar as malas dela, e colocar no elevador de serviço. Nos despedimos com um abraço apertado, e o Brian lhe deu algo para se lembra dele. Até parece que ela não vai voltar. Fiquei parada mais algum tempo ali no corredor, tentando acreditar que eu ficaria mesmo sozinha ali naquela casa.

           - Kate? O que faz ai parada? – pergunta Bill, e me viro.
           - A Brenda acabou de entrar de férias. – respondi.
           - E isso é ruim?
           - Pra mim é? Já imaginou ficar nessa casa com a mãe do Brian, e o pior, com o Brian! – fiz drama. Ele riu.
           - Não deve ser tão ruim assim.
           - Espero que não. – o abracei. – Vai me ajudar a não enlouquecer, não é?
           - Relaxa. Qualquer coisa, estarei aqui.
          
      O Brian apareceu.

           - Eu sabia que vocês estavam namorando. – disse o pequeno.
           - Deixa de ser enxerido, garoto! – disse, e nós três rimos. Bill se abaixou, para ficar mais ou menos da altura do Brian.
           - Vou te contar um segredo, mas promete não contar pra ninguém?
           - Prometo! – respondeu sem hesitar.
           - Eu amo a Kate. – Bill sussurrou.  
           - E ela te ama? – o garoto sussurrou de volta.
           - Não sei. Poderia perguntar pra mim?
           - Ô Kate, você ama o Bill? – perguntou alto.
           - Fala pro Bill, que eu também o amo. – sussurre em seu ouvido.
           - Ela disse que também te ama. – disse Brian.

      Não conseguimos segurar o riso. Bill se levantou, me segurou pela cintura, e selou nossos lábios.

           - ECA! – gritou Brian. – Seus nojentos! – saiu correndo pra dentro de casa.

      Nosso beijo foi interrompido, quando a porta do apartamento do Bill foi aberta, e o Tom saiu acompanhado por mais dois garotos.

           - Kate, esses são Georg e Gustav, integrantes da banda. – diz Bill.
           - Olá. – disse.
           - E ai, tudo bom? – diz Georg.
           - Oi, como vai? – diz Gustav.

      O Tom fica calado, e com expressão séria. Fiquei sem graça.

           - B-Bom, eu vou entrar, pois o Brian deve estar precisando de mim.

      Acenei para os meninos, dei um selinho no Bill, e entrei.

(Contado pelo Bill)

      Tom acompanhou os meninos até o térreo. Entrei em casa, me sentei no sofá, liguei a TV, e comecei a assistir uma série que acabara de estrear. Instantes depois, o Tom aparece. Ele caminhava em direção ao corredor que dava acesso aos quartos, quando o chamei.

           - O que tem contra a Kate? – pergunte, me levantando.
           - Não tenho nada contra ela. – responde.
           - E porque a trata daquele jeito?
           - De que jeito?
           - Você mal fala com ela!
           - E o que queria que eu fizesse? Queria que eu a abraçasse e lhe desse três beijinhos na bochecha? Ah, me poupe, Bill.
           - Poderia se rum pouco mais educado, e dizer pelo menos “oi, tudo bem?”.
           - Ah tá. Vou mesmo fazer papel de ridículo cumprimentando a sua namoradinha.
           - Qual seu problema, hein?
           - Meu problema, é que a mina que eu to a fim, gosta da sua namorada! Satisfeito?
           - Está com ciúmes da Kate?
           - Estou! Algo contra?
           - Isso é idiotice. A Kate e eu estamos namorando, e ela mal fala na Laura.
           - Sorte sua! Mas a Laura vive falando nela.
           - Quer um conselho?
           - Não! – se retirou.

      Não acredito que o Tom está com ciúmes da Kate. Só pode ser brincadeira. E ele tinha que gostar logo da garota que é a fim dela?

Postado por: Grasiele

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